Quem era aquele príncipe que estava na minha frente nesse exato momento, eu não sabia, ele sorriu e falou

–posso entrar?

–c-claro – gaguejei, despertando do meu transe, ele entrou e foi falar com a minha mãe, fiquei observando o jeito dele, ele estava lindo, com o cabelo arrumado mas bagunçado ao mesmo tempo, ele estava sem óculos, e seu terno formava uma dupla perfeita com o seu corpo, era o mesmo jeito dele, o mesmo sorriso brilhante, o mesmo jeito de falar, mas o seu jeito de se vestir e agir havia mudado, e eu sabia que esse era o aviso, ele seria outra pessoa a partir de agora, ele veio com a minha mãe até a sala e pegou a minha cintura, minha mãe botou a mão na bochecha e disse

–que casal lindo, vamos tirar uma foto

Depois de 4 fotos minha mãe falou

–tá bom, vou atrasar o casal

– Sra. Linnel a Ally pode dormir lá na minha casa hoje?

–claro que pode, e não me chame assim me sinto velha, me chame de Rachel querido

Ele assentiu sorrindo, sorri tímida e falei

– é vamos Henrique?

–claro amor

– como minha filhinha está crescendo – disse minha mãe quase chorando, olhei para ela com os olhos arregalados e disse silenciosamente “Não começa”, ela riu e falou

–bom baile para vocês

Peguei a mão do Henrique e abri a porta, me deparando com uma limusine no outro lado da rua, olhei para ele rindo e falei

–sério?

–minha mãe gosta de impressiona

–estou vendo, mas esse visual ai?

–não gostou?

Virei-me e fiquei de frente para ele, dei um selinho nele e falei

–você é perfeito de qualquer jeito

–de qualquer jeito, qualquer roupa?

–sim, sem roupa deve ser melhor

Ele começou a rir e disse

–eu não conhecia esse seu lado

Ri e falei

–vamos, temos que impressiona no baile

–vamos

Entramos na limusine e seguimos o caminho para a escola. Quando entramos no baile os olhares se fixaram em nos, segurei a mão de Henrique forte e olhei para baixo tímida, ouvi longe alguém falar “quem é essa gata nova ai?”, eu estava tão diferente assim?, fomos até uma mesa sozinhos e aos poucos as pessoas voltaram a fazer o que estavam fazendo, ainda não avia começado a parte legal da festa, as pessoas ainda estavam chegando e a música não era legal, estava tomando água quando Paola, uma menina que conheci na aula de Química veio correndo até onde eu estava toda feliz, ela parou e falou

–tenho uma notícia e tanto para vocês

–o que Paola?

–vocês foram eleitos para a votação de rei e rainha do baile desse ano

–o que? – disse quase cuspindo a água que estava tomando, ela deu um pulinho e disse

–não é demais?

–não, claro que não, eles fizeram isso para zoar, quem foi?

–foi a Alana

Me levantei e fui até o grupinho dela e encostei no ombro dela, ela se virou e falou sorrindo

–gostou da surpresa?

–não, por que fez isso?

–estou tentando ser legal, dando chance a garotas como você que sonham ser a rainha do baile

–eu nunca tive esse sonho

–você fala isso agora, mas no fundo está pulando de alegria

–não estou, o que você está tramando?

–está tudo bem aqui? – disse Henrique botando a mão na minha cintura me acalmando na hora

–nada ela só veio agradecer o favor que fiz a ela

–pra mim não é favor, é caridade

– Alice, vamos nos divertir vai, esquece isso, não vamos ganhar mesmo

–eu duvido vocês são lindos juntos – disse Alana, isso não estava certo, nada estava certo, Henrique sorriu e disse

–obrigado mana, Alice é a minha princesa

Sorri com o comentário, ficando um pouco menos nervosa, e se Henrique estiver certo? E se eu esteja me enlouquecendo a toa? é melhor aproveitar, peguei a mão de Henrique e voltamos para a mesa.

O salão já estava cheio, e estavam esperando ansiosos para o anuncio do rei/rainha do baile, menos eu. A coordenadora subiu ao palco e pegou o micro fone falando

–1 2 3 testando

A maioria riu, ela fez um barulho e falou

–então, a hora chegou

Ela pegou o envelope e surpresa disse

–em uma escolha um tanto quando interessante o rei do baile do ano de 2013 é Henrique Jones – Henrique sorriu e me beijou indo até o palco, ela abriu o outro e falou

–que novata de sorte, palmas à Alice Linnel, a nova rainha do baile

–droga – falei baixo e sorri, fui até o baile e botaram a coroa na minha cabeça, a coordenadora sorriu e falou

–e o discurso quem vai fazer?

Henrique me olhou e eu fui, suspirei e falei

–inesperado isso né, até eu não estou acreditando, não pelo fato de ual sou a rainha do baile, e que eu não esperava ser escolhida, mas para mim é só uma coroa, muitas de vocês merecem essa coroa, muitas são desprezadas como eu, e mereciam muito mais atenção do que uma líder de torcida ou um jogador de futebol, somos todos iguais e isso é só um rótulo, não se apeguem a palavras ou a esses rótulos, vivam a vida e sejam felizes, não é uma coroa que te faz feliz e sim você esta bem com sigo mesma, assim você conquista qualquer um.

Terminei de falar e sorri, indo até Henrique, todos aplaudiram e alguns gritaram em aprovação, a coordenadora pegou o micro fone e falou

–lindo discurso, agora a música

Eu e Henrique fomos até o centro e a música começou a tocar, botei a mão no ombro dele e falei

–eu não sei dançar

–não se preocupe, só me siga

Ele é lindo, com aquela coroa então, parecia um perfeito rei, eu seguia os passos dele, e as vezes pisava no pé dele mas ele não ligava, fui até perto dele e o beijei, e tudo desapareceu, todos foram embora, como se só existisse eu e ele no mundo, ele era meu, meu príncipe, meu Henrique.

Já estava tarde e eu e Henrique dançávamos sem parar, eu bebi um pouco menos Henrique, eu estava dançando, rebolava ao som de Last Friday Night, Henrique dançava na minha frente, eu estava dançando de olhos fechados e curtindo a música, senti um arrepio em todo o meu corpo era Henrique beijando meu pescoço, ele pegou minha cintura e sussurrou

- você está me deixando louco dançando assim, e estou com ciúmes, tem muitos garotos ao nosso redor e você é a atração

-você sabe que eu sou sua – disse me virando e o beijando com paixão, parei o beijo e levantei a mão voltando a dançar.

Já avia se passado muito tempo, era quatro da manhã e nem metade do colégio avia ido embora, estava com as pernas doloridas, olhei para o Henrique e falei

–vamos para casa?

–vamos

–pra minha ou para a sua?

–tanto faz

–para minha então

Ele pegou a minha cintura e fomos até o carro, fomos em silêncio, quando chegamos, eu joguei meu sapato para longe e disse

–meu pés estão livres

Ele riu e tirou o blazer falando

–que calor, nunca dancei tanto na vida

Fui até ele com um pensamento malicioso na cabeça e beijei o pescoço dele, fazendo uma trilha de beijos até a boca dele, então o beijei, as mãos dele percorriam todo o meu corpo, peguei a blusa dele e desabotoei a camiseta dele e há tirei, sem parar o beijo, parei e falei

–vamos para o quarto

Ele sorriu e me pegou no colo, subido as escadas.