If I Fell escrita por Bee


Capítulo 1
Capítulo único.


Notas iniciais do capítulo

Olá, olá, olá, mais uma one shot que surgiu na minha cabecinha nada produtiva. E chorem por mim, afinal hoje é meu último dia de férias, amanhã retornar à universidade, e aos textos obrigatórios de Letras :(
Bom, uma músiquinha pra ritmar a leitura: http://letras.mus.br/the-beatles/237/traducao.html - Primeiro- eu amo os Beatles. Segundo: eu amo esse video pela forma como o John vai atrás do Ringo cantando, e o Ringão dá uns chega pra lá no Lennão. Terceiro: Porque essa música é perfeitamente perfeita.



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Férias, tão amadas férias. A neve cai, o frio lhe acerta os ossos, a pele arrepiada, e as canções natalinas que conquistam qualquer um. Lily adorava as férias de natal. Adorava ficar com sua mãe e seu pai um tempo a mais, mas detestava ter que dividir a casa com a irmã, principalmente quando ela levava aquela morsa, que chamava de namorado, quando os pais estavam fora.

_ Se contar qualquer coisa – a cara de cavalo ameaçou, empurrando sua morsa até seu quarto – você vai acabar não conseguindo voltar para aquela escola de aberrações a qual pertence, pois eu te mato, entendeu Aberração? – Lily deu de ombros. Nem ligaria para aquela com quem dividia algumas parcelas de seu DNA –

Lily pegou seu livro, uma coberta, e foi até o beiral de uma janela, se sentou, abriu o livro, e ficou observando a neve cair do céu, e se acumular em todos os lugares, cobrindo o chão, os carros, as casas, tudo ao redor.

Mas algo lhe chamou a atenção. Não pertencia a sua vizinhança, isso se notava pela forma como olhava curioso para todas as casas. O cabelo preto estava bagunçado até demais para o gosto dela, mas como sempre, ele passou a mão pelo cabelo, bagunçando-o ainda mais. Arrumou a armação dos óculos sobre o nariz, e então sorriu.

James Potter estava bem na frente da sua casa. O moreno andava em direção à porta da casa, pronto para tocar a campainha, quando Lily abriu a porta. – O que você faz aqui? – ela perguntou com um tom seco e repleto de curiosidade na voz –

_ É bom te ver também, meu Lírio. – Jay disse com aquele sorriso que tirava o fôlego de todas –

_ Bom, não é exatamente o melhor momento para você aparecer na minha casa em uma surpresa, Potter. – a ruiva disse com seus olhos transbordando raiva –

_ Por quê? Meus sogros estão em casa? Eu quero conhecê-los. – ele esguelhou o pescoço para dentro da casa –

_ Não, minha irmã está em casa, e eu aposto como não gostaria de conhecê-la.

_ A cara de cavalo está aqui? – o moreno questionou olhando ela com a maior cara de felicidade – E ela tá com o leitão?

_ É, e é. – Lily respondeu sorrindo – Posso perguntar? Como você achou minha casa? E por que você veio?

_ Roubei teu endereço de um armário na sala da Minnie no primeiro ano. – Jay respondeu – E porque eu queria te ver, eu sinto falta de observar meu Lírio.

“Ok, isso foi doce de mais, eu poderia facilmente cair de amores por ele.” – Não, Lilian, não poderia, ele não é desse tipo, ele é um galinha, James Potter é um poço de problemas com pernas.

_ Vem, vamos sentar aqui fora. – Lily o empurrou para que pudesse ir até a varanda, onde um balanço de dois lugares ficava, e ali se sentaram –

Lily se surpreendeu pela forma como James parecia tão ‘diferente’ fora da escola. Ele não era tão presunçoso, nem tão arrogante, e não ficava se jogando para cima dela, demonstrado pelo fato como ele literalmente deixou o espaço de um corpo entre os dois no pequeno banco.

_ Tenho uma novidade. – ele sorriu e seus olhos castanhos se encheram de um brilho dramático – É sério, vai me peça para contar logo ou perde a graça.

_ James, é sério que vamos ficar aqui como duas velhas fofoqueiras? – a ruiva sarcasticamente riu, mas ele a ignorou –

_ Já que está interessada em saber, e que sua irmã escondeu a chave da gaiola de Pixie, eu conto. Sirius, meu amigo peludo, está nesse exato momento, tendo um encontro romântico, na minha casa, com ninguém menos que... pausa dramática... Marlene McKinnon. – Lilian não esperava por essa, nunca, sua melhor amiga estava num encontro romântico com Black? Não foi por menos que a boca da garota se escancarou em um “O” perfeito –

_ Não acredito! – ela exclamou dando um tapa leve na coxa do garoto, e que coxa ela se permitiu pensar –

_ Eu imaginava essa reação. – o garoto gargalhou – Foi por isso que resolvi vir aqui, não queria ficar lá sobrando.

_ E ai resolveu vir me ver? – Lily perguntou, a sobrancelha arqueada em tom de desafio e o sorriso de quem não gostou de uma surpresa –

_ Não exatamente. – James mentiu rindo – Foi, sempre foi. Lily Evans sempre foi a primeira opção de James Potter, só ela não nota.

_ Não imaginou que eu podia estar com outro cara? – ela questionou –

_ E está? Não. Porque você, assim como eu, está esperando pelo nosso encontro em que você se renderá ao meu charme irresistível.

_ Você deseja isso. – ela sorriu, mas incrivelmente surgiu um comichão na sua barriga. Algo parecido com uma serie de pequenas borboletas a se revirar, dar cambalhotas e se remexer muito dentro de seu estômago – Mas e ai, preciso perguntar, que charme usaria para me conquistar de vez?

Ele pensou por um momento, olhou para o céu, e encarou a neve que caia. – Eu deixaria de ser eu mesmo, porque convenhamos que tá indo lento de mais assim. – Lils revirou os olhos – Mas eu me mostraria como alguém parecido com você.

_ Como assim? – ela ficou realmente curiosa com essa última frase –

_ Ah, você sabe, desse jeito que se preocupa em pisar no chão e matar um inseto minúsculo, que realmente se importa com os amigos, do tipo de ver uma beleza que ninguém mais vê, como fez quando descobriu ‘aquilo’ sobre o Moony. Sabe, aquilo foi tão bondoso. Ou como mesmo quando o ranhoso te ofendeu você defendeu-o de mim. – ele deu de ombros parecendo ignorar o fato de odiar aquilo –

_ Na verdade, eu nunca te agradeci por ter realmente me defendido. Ninguém tinha feito isso dessa forma, e foi realmente fofo. – ela sorriu – Obrigada, mesmo que um ano atrasado. – ela se inclinou e beijou a bochecha do moreno –

James sentiu sua bochecha queimar onde os lábios suaves dela tocaram, e dali, o calor irradiou para todo o resto do corpo. Um sorriso bobo surgiu em seu rosto, e ele poderia simplesmente sair saltando, porque (a) ela tinha beijado a bochecha dele; (b) a bochecha ficava logo perto da boca, era uma questão de perspectiva; (c) Lilian Evans finalmente havia demonstrado algum carinho por ele.

_ Tá Potter, agora, por conta deste seu momento idiotice, onde ficou olhando pra frente com cara de quem viu um hipogrifo dançar valsa, eu nunca mais vou encostar em você.

_ Não, sério? – ele questionou triste – Você é má.

_ Fiz um curso intensivo de como ser má com James Potter.

E incrivelmente, ele gargalhou da ‘piada’ sarcástica que ela acabara de fazer. E por incrível que pareça Lily adorou o som daquela risada ritmada e profunda. Ela achou adorável quando percebeu pela primeira vez como ele jogava a cabeça para trás e depois voltava a encarar a garota sério.

Algo dentro de Lily havia mudado. Ou simplesmente despertado, pois ela começou a notar que alguns pontos positivos de James sobressaiam aos muitos negativos. Ele era galinha, mas sempre a tratou como a única. James fazia aquela coisa de bagunçar o cabelo bagunçado, e aquilo a irritava, mas ele era incrivelmente bonito quando não se esforçava para parecer bonito. Potter era um encrenqueiro, e isso ninguém negava, mas ele sempre defendeu Lilian.

E se ela estivesse simplesmente se apaixonando por James idiota Potter? Não, era impossível, Lily havia sido magoada não fazia nem um ano, o idiota do todo lindo Amos Diggory simplesmente quebrou seu coração em muitos pedaços. Potter quebrou o nariz de Diggory em seguida. Talvez, diferente do que sempre acreditou ser verdade absoluta, James fosse o único que agiria diferente com ela, porque ele não se importava se ela estava bonita – e sinceramente, nesse dia Lily não estava bonita, moletons, calça, e meia listrada, o cabelo uma bagunça e o rosto limpo, não era o melhor jeito de ter um encontro e ele ainda disse que ela estava maravilhosa -, ele não se importava se Lils fosse mais inteligente que ele, ou fosse trouxa, ou quantas vezes Lilian o esculachasse, ele sempre ia atrás dela como um cachorro atrás de seu dono.

_ Lilian. – ele disse pegando na coxa da garota delicadamente, apesar de sua voz estar alarmada – Olhe aqueles garotos, eles estão maltratando um pequeno. – ele tirou a mão da coxa dela e apontou para um ponto da rua, onde um grupo de cinco meninos de 10 anos atiravam bolas em um menor –

_ James, são crianças! Eles fazem isso. – Lily afirmou sentindo falta do toque daquela mão grande em sua coxa –

_ Não comigo aqui. – ele se levantou e andou em direção àquelas crianças, Lily adorou a forma como ele andava como se fosse mais forte do que realmente era – Hey vocês! É melhor pararem com isso. – um dos garotos falou alguma coisa que Lily nem chegou a prestar atenção – Ou então eu vou trazer um amiguinho meu, ele vai estar junto com seus pais em casa. E bom, ele não é muito bonzinho, mas talvez ensine vocês a se comportarem. – James gargalhou como um vilão e uma fumaça densa se instaurou no lugar que ele estava, Lils reconheceu aquilo como uma poção, enquanto ele pegava o menor e levava para trás do arbusto, fazendo os meninos correrem de medo –

Logo após a fumaça se dispersar, ele sorriu para o pequeno e fez um “High Five” – Boa sorte, pequeno.

Lily então, por incrível que pareça seguiu em direção ao garoto e o abraçou forte. – Você é um herói. – eles riram antes de se sentirem um tanto desconfortáveis ao notarem o tempo do abraço, voltando a se sentar no velho banco, agora mais perto do que antes –

Eles se sentaram em silêncio, e de maneira com a qual Lily notou uma coisa. Existem duas formas de silêncio, o silêncio desconfortável, aquele que você quer quebrar falando qualquer coisa sem sentido, como o clima, e o silêncio confortável, aquele que você simplesmente fica bem com ele, e é quase impossível encontrar alguém que consiga fazer com que esse silêncio exista.

Lils encarou o garoto e encontrou aqueles grandes olhos castanhos olhando para ela. James abriu os lábios para dizer alguma coisa, mas ela simplesmente o cortou, colocando o dedo indicador sobre os lábios rosados dele. – Não estrague nosso momento, vai saber quando teremos outro?

E ela fez uma coisa que estranhou o garoto. Lilian Evans desceu a mão e acariciou o rosto dele, e então com uma trilha de calor, ela dirigiu a mão à nuca dele, e o beijou. Beijou os lábios de James Potter, e por simplesmente desejar isso. Quando ela se afastou dele, sentiu seu rosto queimar, e sua respiração acelerar, seu peito queimar e sua barriga se remexer de forma deliciosa.

_ Eu acho que te amo. – James confidenciou sério ao encarar as esmeraldas que ela tinha no lugar dos olhos –

_ E eu acho que estou me apaixonando por você. – ela sorriu ao ouvir como aquilo simplesmente parecia certo e ao ver o sorriso perfeito de James ela teve certeza de que estava se apaixonando por ele. – Mas prometa que você vai ser verdadeiro comigo, e não fará o que Amos fez.

_ Lily, meu lírio, minha ruiva, você acha que eu vou cometer os mesmos erros que aquele babaca? – ele lhe encarou e acariciou o rosto da garota com tamanha delicadeza que ela simplesmente não querida perder aquele toque – Eu esperei anos para ter esse momento, e acha que vou desperdiçar?

_ Não, acho que não. – ela sorriu – Mas eu ficaria triste se nosso amor fosse em vão.

_ Não vai ser, eu prometo. – ele sorriu. E voltou a beijar os lábios de Lily –

O beijo foi interrompido pelo barulho do carro chegando na casa. Eles se separam e fingiram que nada estava acontecendo. Até James ver a mulher ruiva de olhos estranhamente bonitos, e castanhos, em aparência até parecia a Lily, exceto pelos olhos. – Oi Lily, Oi...

_ Mãe, esse é o James, ele é de Hogwarts. – Lily sorriu – James essa é a mamãe.

_ Prazer em conhecê-la, senhora Evans. – ele sorriu –

_ Prazer é meu, James. – ela sorriu – Vocês evitem ficar se beijando aqui na frente, ou seu pai vai ver. – ela alertou – Petúnia?

_ No quarto com o namorado. – Lily e James responderam juntos, rindo –

[...]

James já estava indo embora, quando se virou para a garota. – Isso tudo quer dizer que estamos namorando?

_ Você ainda não me pediu em namoro. – ela sorriu, viu que ele pediria ali, naquele momento exato e então continuou - Vai ter que ser de uma forma que me surpreenda. – ela piscou –

_ Tudo bem. – ele sorriu para sua ruiva – Nos vemos em Hogwarts.

_ Até logo. – Lils sorriu o beijando –

[...]

E se querem saber, ele não deixou a desejar no pedido de namoro. No primeiro jogo após o feriado de natal ele então a pediu em namoro. Ele estava montado na sua vassoura. Mas não perseguiu o pomo de ouro, mesmo que ele passasse perto de sua cabeça várias vezes. Então do nada, ele tirou uma faixa cintilante da sua camisa e estendeu com a ajuda de Sirius.

“Lily Evans disse que namoraria comigo se eu a surpreendesse, agora eu digo, Grifinória pode ganhar nesse momento exato, mas só o pegarei o pomo se ela aceitar namorar comigo. E então Lils Evans, aceita namorar comigo, ou quer ver sua casa perder?”

Metade das arquibancadas se virou para ela, o silêncio reinou, e com a cara vermelha como seus cabelos ela gritou que aceitava namorar James Potter. Ele então saiu correndo em sua vassoura atrás do pomo de ouro, pegando-o menos de um minuto depois. Para comemorar suas duas vitórias ele foi até ela, e lhe beijou ainda montado na vassoura.

_ Eu te odeio por me fazer passar essa vergonha. – ela disse em seu ouvido –

_ E eu te amo, é por isso que eu fiz isso.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? Gostaram? - deixe um review - Odiou? - deixe um review -