Blood, Death And Vampires escrita por Estressada Além da Conta


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

"Blood, Death and Vampires" será atualizada às quintas, sempre que possível.



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– Você e mais quem? Até onde eu sei, uma vampira sedenta, uma feiticeira fraca e uma bruxa sem magia não formam exatamente um grupo de resgate.

– Então reveja seus conceitos. – Eustass Kid rosnou para o homem. Estava zangado, afinal, ninguém além dele podia zombar de sua humana de cabelo laranja.

– Kid! – Bonney exclamou – Como você...?

– Está atrasado, velhote! – Nami interrompeu, brusca – Sabia que é falta de cavalheirismo demorar tanto para salvar pobres donzelas indefesas?

– Você pode ser tudo, pirralha, menos indefesa. E uma donzela. – O vampiro alfinetou, o sorriso debochado nos lábios.

– Está insinuando que sou um homem? – Uma constelação de veias saltou na testa da ruiva, que estava a um passo de atacar o ruivo, quer ele morresse ou não.

– Se fosse, com certeza é rico, pois nunca um okama mudara tanto o corpo assim...

– Eustass Kid, se não calar essa boca, vai levar um soco tão forte na cara que seus dentes irão cair.

– Que medo da humana. – Ele ironizou – Bonney, você está horrível.

– Ótima escolha de palavras, pivete ruivo. – A rosada reclamou. Sabia do seu estado, não precisava de um idiota para dizer-lhe o que já sabia.

Nesse momento de descontração, Crocodile fez a areia envolver a menina de cabelo laranja e a si mesmo. Kid e as garotas ficaram estáticos. Que será que o homem planejava? Algum mal? Provavelmente. Mas qual?

– Nami! – Os três exclamaram.

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Dentro do "casulo" de areia era um tanto escuro. Nami fitava o homem cuja a cicatriz cortava todo seu rosto ao meio.

– O que você vai fazer? – Ela questionou.

– Vê essa cicatriz? Proibi a mim mesmo de relembrar o rosto do maldito que me fez isso. Mas, não sou capaz de esquecer quem a curou. – Crocodile contou. Parecia calmo até demais.

– Quem?

– Sua mãe. Isso me impede de te matar, ao mesmo tempo em que me dá vontade de te ver sofrer.

– Minha mãe? Conheceu minha mãe?

– Digamos que o fundo do buraco é mais embaixo... – Ele sorriu com deboche – Vamos dizer que ela me trocou por seu pai e eu fiquei para ser seu padrinho.

– P... Padrinho?!

– Talvez um dia eu te conte a história toda, ou não, tanto faz. Por agora, só o que você precisa saber é que está se metendo num perigo enorme ao continuar ao lado de Eustass Kid.

– Falou o cara que me sequestrou e torturou.

– Comparado ao que pode te acontecer, isso é o de menos. Nami, escute bem. – Pediu, segurando uma das mãos dela com a palma virada para cima – Isso vai te ajudar. – Disse, depositando ali uma corrente de prata cujo pingente era um pequenino frasco com uma minúscula flor roxa dentro.

– O que é isso?

– Você vai descobrir, Scarlet D. Nami. Você é mesmo parecida com Bellemere. – Comentou, acariciando a cabeça laranja com a outra mão. (Não, ele não tem o gancho ainda. Ainda.).

– Mas o que você quis dizer com "meu padrinho"?

– Exatamente o que significa. – Ele respondeu.

O casulo começou a se desfazer, a areia se dispersou e Crocodile foi junto. Sumindo aos poucos e depois desaparecendo por completo. Nami ainda ouvia as últimas palavras dele em sua mente. "Exatamente o que significa". Seria possível? Bem, ela conheceu um vampiro e era uma bruxa, então por que não?

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A primeira coisa que Nami viu foi seu primo Ace com expressão de surpresa. Viu três garotas, Nojiko entre elas. Sua irmã estava desacordada e Bonney a levava nas costas. Um ruivo pasmo, um moreno indiferente... E um Luffy boquiaberto. E um esqueleto de cartola. Espera! Um esqueleto de cartola? Luffy? De onde diabos aqueles dois saíram?

– Por que diabos tem um esqueleto aqui? E quando foi que o Luffy voltou? – Questionou confusa.

– Nami-chan!

– Nami! – Os outros D correram a abraçaram a moça.

Mal fizeram isso, e a pulseira dela, o colar de Ace e o bracelete de Luffy, que ele usava quase no ombro (Aquele que ele pegou em Thriller Bark), emitiram serena luz dourada. Os herdeiros D estavam juntos novamente.

– É bom ver todo mundo reunido! – A ruiva disse, abraçando simultaneamente os dois morenos.

– Senti sua falta, Nami. – Luffy murmurou, sentindo o doce aroma de laranjas. Continuava o mesmo cheiro delicioso.

– Também senti, irmão idiota.

– Yohohohoho! Amor fraterno é muito bonito. – O esqueleto falou, e a Scarlet se separou de seus irmãos, surpreendida.

– Você fala?

– Você fala, pirralha, por que ele não falaria? – Kid comentou emburrado repentinamente. Abraço em grupo idiota.

– Ah, é, esqueci que quem não deveria saber falar é você, seu velho.

– Vai catar coco, pirralha. – Uma constelação de veias brincou na testa dele. Velho? Ele não era velho! Não mesmo! Apenas tinha vivido uns cem anos e pouco a mais do que ela. Não era velho.

– Oya, oya. – O esqueleto se pronunciou novamente, dessa vez se aproximando de Nami – Que moça bonita! Eu tenho bons olhos para moças bonitas, apesar de não ter olhos, pois sou um esqueleto. Yohohohoho! – Dito isso, limpou os sapatos, arrumou a gravata e ajeitou a cartola em cima do afro, que por algum motivo se mantinha firme e forte no crânio liso. Em seguida fez uma mesura para ela e... – Pode me mostrar sua calcinha?

–... NÃO! – Ela respondeu, dando um chute muito bem dado nele. Foi um milagre ele não se desmontar. Eustass sorriu, sabia que a ruiva reagiria assim. Luffy e Ace começaram a rir descontroladamente.

– Oya, oya, que brava que ela é... – Comentou o esqueleto falante, arrumando a cartola.

– Cale-se! – A bruxa virou o rosto, irritada.

– É bom ver todos tão animados, mas temos que ir embora. Não há mais nada aqui que interessa. – O outro moreno, que agora estava quieto em silêncio sepulcral, chamou a atenção deles.

– Quem é você?

– Você é bem direta, Nami-ya. Sou Trafalgar Law, e pode-se dizer que sou um tipo de babá para o ruivo irritadinho ali.

– Vá pro inferno, Trafalgar. – O vampiro rosnou e Law sorriu sarcástico.

– Yohohohoho! Eu sou Brook!

– Um esqueleto que fala! – Luffy estava entusiasmado – Você caga?

– Sim, eu cago. – Brook respondeu.

– Você canta? – Monkey questionou.

– Sim, eu sou um músico.

– Última pergunta. – O D sorriu – Quer ser meu nakama?

– Heh?

– Aproveite, Brook. – A garota de cabelo laranja alertou – Os D são extremamente fiéis aos seus nakamas. Uma vez nakama, para sempre nakama, não importa o que aconteça.

– D? Espere, vocês três são os herdeiros D? – O músico indagou surpreso.

– Hai! Eu sou Monkey D. Luffy, e serei o próximo Grande Rei! Esse é Portgas D. Ace. Ele é um chato às vezes.

– Idiota. – Ace resmungou, dando um soco na cabeça de Luffy.

– Ace, isso dói!

– Era a intenção. – Respondeu dando de ombros – E aquela é Scarlet D. Nami.

– A última Scarlet... – Todos direcionaram o olhar para Nami. Ela era a última de uma grande linhagem de bruxas. Isso era óbvio pelo modo de agir dela. Era como se o mundo pudesse ser seu, bastava ela querer. Ela tinha jeito natural de rainha. Não uma rainha qualquer, mas de Rainha das Rainhas.

– Ótimo, eu realmente vou tatuar isso na testa. De qualquer forma, vamos? Eu continuo não gostando desse lugar.

– Antes, eu preciso pegar meu anel. – Hancock lembrou – Sem ele, não tenho poder algum.

– Tem uma sala cheia de jóias e coisas brilhantes por ali. – Portgas informou.

– Ótimo, vou procurar lá. Quem vai comigo?

– Eu vou! – Nami exclamou de prontidão. Jóias e coisas brilhantes eram com ela mesma – Imagina quanto dinheiro aquelas jóias devem valer...

"Mercenária", Os outros, tirando Luffy que nem conhecia a palavra, pensaram.

– Por que estão me olhando assim, gente?

– Nada, sua mercenária maluca. – O sardento replicou – Vamos, é por aqui.

– Mercenária é a tua avó!

– Não se esqueça de que eu e você temos a mesma avó, laranja irritante.

– Vai se danar, sardento estúpido.

– As damas vão primeiro.

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Eles entraram numa sala repleta de jóias e tesouros. Hancock, junto de Ace e Bonney, que havia deixado Nojiko com Luffy, procuravam o anel. Monkey olhava tudo sem ver. Apenas sonhava com carne. Kid observava tudo ao redor, seguindo Nami, que praticamente babava.

– Olha tudo isso! – Ela dizia a cada passo – Ouro, jóias, jóias, ouro! – Cada palavra vinha seguida de um suspiro.

– Descobri o porquê de você não ter um namorado. Ele iria falir no primeiro encontro. – Kid alfinetou, porém Nami nem sequer prestou atenção.

A ruiva fitava um anel com uma grande pedra rubra que repousava sobre um pedestal. Era reluzente. Parecia que algo a puxava para o anel. Algo a incitava a tocar naquela joia que mais parecia uma grande gota de sangue. Scarlet chegou cada vez mais perto. Mais perto. Mais perto. Ela ergue a mão e segurou o anel. Sua visão apagou-se. E a última coisa que ouviu foi Eustass chamando seu nome.


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Notas finais do capítulo

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