Blood, Death And Vampires escrita por Estressada Além da Conta


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Eu disse que ia sair no Sábado. u.u Ou não? o.õ

Boa leitura!



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– Desista.

– Não existe significado para essa palavra. Pelo menos, não para mim.

Nami sentia o sangue em sua boca. Sentia o coração bater, como um relógio, tecendo uma melodia indecifrável. Os olhos castanhos se abriram, devagar. Os braços ardiam com os cortes. Os pulsos provavelmente já estavam marcados graças aos ferros das algemas. Um corte se fazia presente na bochecha esquerda da mulher. Nami olhou em volta. Tudo parecia pintado de carmesim. Bonney ainda possuía um pouco de consciência, prova disso era o constante lamber de lábios. Certamente, a vampira estava faminta e o sangue de duas humanas, ainda mais com alguma parcela de sangue mágico, era atraente demais. Hancock também estava viva e consciente. Bastava ouvir sua respiração ruidosa e ver seus olhos azuis lutando para ficarem abertos.

- Hancock... – A ruiva chamou. Sua voz saiu rouca e um tanto fraca, mas sem nenhuma dose de desistência. Ela não ia desistir. Não mesmo.

- Nami... – Hancock respondeu num murmúrio quase inaudível. Se não estivessem praticamente lado a lado, Nami nunca teria ouvido.

- Bonney...

- O que você quer, humana? – Bonney respondeu, se esforçando para parar de lamber os lábios, em vão. Já que era uma vampira, era mais resistente, porém o que usavam para tortura-la era prata, e talvez ela não aguentasse muito.

- Nada... Só queria saber se você ainda está viva. Ou melhor, se ainda está consciente.

- Vá se danar.

- As mais velhas vão primeiro. – Sorriu travessa. Boa e Jewelry a olharam como se fosse algo raro por demais. Afinal, mesmo toda ferida, mesmo a um passo de ser morta, aquela mulher sorria e fazia piadas.

- Nami, você não está preocupada?

- Com o que, Hancock?

- Já faz exatas duas semanas que está aqui. E eles pegaram sua irmã há uns três dias atrás.

- Nojiko é forte, pode aguentar. Se você soubesse o quanto aquela mulher já sofreu, tudo que ela passou. Minha irmã é incrível! – Disse e seu sorriso aumentou.

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- Que lindo! Você, que supostamente deveria se lembrar do cheiro da Nami-chan, nos trouxe para perto de um castelo! – Ace exclamou exasperado. Ele e Luffy, este na forma de lobo, estavam parados no mesmo lugar em que aqueles bandidos atacaram Nami, quando Eustass a salvou pela primeira vez.

- Mas eu sinto o cheiro da Nami! Fraco, mas é. – Luffy respondeu emburrado.

- E o que a Nami ia fazer perto de um castelo?

- Eu sei lá! Não sou adivinha!

- Pergunta melhor seria: O que vocês estão fazendo perto do meu castelo? – Alguém perguntou por entre as árvores, parando o que seria uma boa discussão. O lugar tinha um jeito assustador naquele dia nublado de cinza.

- Quem está aí? – Ace perguntou já com o facão, que sempre trazia pendurado em seu cinto quando se afastava muito da cidade, em mãos. Então, um ruivo entrou no campo de visão deles – Um vampiro?

- VOCÊ! – Luffy latiu raivoso – POR QUE TEM CHEIRO DA NAMI EM VOCÊ?!

- O quê? – O Mundano olhou curioso para o vampiro – Luffy perguntou por que você tem o cheiro da Nami-chan.

- Não sou obrigado a responder, lobo fedido. O que fazem aqui?

- Você não vai responder, certo? Pois nós também não. – Portgas comentou, mordaz.

- Eustass-ya, por que simplesmente não os ataca? – Um moreno questiona, sentado num galho de árvore.

- Cale a boca, Trafalgar. – O vampiro rosnou – Vocês são... Portgas e Monkey, não é mesmo?

- Como você sabe? – O mais velho indagou.

- Aquela pirralhinha de cabelo laranja me falou de vocês.

- Então você conheceu Nami-chan?

- É, eu a salvei uma ou duas vezes e agora ela me deve. Só que a pirralha sumiu do mapa.

- Ótimo, você pode nos ajudar! – Monkey disse empolgado – Nós precisamos achar a Nami, porque ela sumiu de repente, e Nojiko, a irmã dela, também! O Ace acha que elas foram sequestradas por um tal de Crocodile. Ou alguma coisa assim.

- O que ele disse?

- Você não ouviu? Ah, é, esqueci que só os D podem ouvir. "Nós precisamos achar a Nami, porque ela sumiu de repente, e Nojiko, a irmã dela, também! O Ace acha que elas foram sequestradas por um tal de Crocodile. Ou alguma coisa assim.", ele disse.

- Crocodile? Nami? Nojiko? Em que confusões você se meteu nesse tempo em que fiquei sem vir aqui, Eustass-ya?

- Cale a boca, Trafalgar. – Kid já estava se irritando. Então a ruiva havia sumido de vez? Sido sequestrada? – Nami foi sequestrada?

- É isso que eu acho. E se for mesmo por Crocodile, ela está em apuros. Ele tem fama de torturar, fazer experiências e até mesmo matar seres não humanos. O que significa que vampiros, lobisomens e bruxas estão em sua lista.

- Bruxa? – O ruivo ergueu uma sobrancelha.

- Nami é uma bruxa. Ela não te contou? – Ace questionou, não muito surpreso. Sabia que Nami desejava apagar seu passado de bruxa. Eustass apenas acenou com a cabeça em negativa – Bem, não vou ser eu quem vai contar.

- Trafalgar, alguma chance da chiclete ter sido pega?

- Para um vampiro, as chances são de 10% ou menos. Para uma pessoa normal, uns 40%. Para Jewelry-ya, uns 90% ou até mesmo 100%.

- Maluca do bairro problemática. – Resmungou insatisfeito. Agora a dor no peito e a sensação de estar sendo sufocado fazia sentido. Não era por falta da ruiva. Era porque ela estava em perigo. Santa lerdeza desse vampiro! – Escutem, humanos, não tenho vontade nenhuma de ajudar vocês, mas uma amiga provavelmente está presa lá e esse sádico irritante vai ficar buzinando no meu ouvido.

- Eu posso ir sozinho. Diferente de você e de Jewelry-ya, eu sou cauteloso e sorrateiro. – Law se defendeu.

- Quer que eu te lembre daquela vez em que eu e a chiclete tivemos que te salvar?

- Aquilo foi um pequeno contratempo. – Trafalgar replicou enfezado. Odiava se lembrar daquele fatídico dia em que teve que ser salvo por dois idiotas. Kid ergueu uma sobrancelha, como se dissesse "Ah, é?" e voltou sua atenção para Portgas, que agora cochichava algo para o lobo.

- Ei, não é muito educado ficar cochichando, sabia? – Zombou. Kid estava se admirando por não ter saído correndo atrás da ruiva maluca. Ainda.

- Então... Vamos todos juntos? – Ace perguntou receoso. Não era nem um pouco agradável ficar perto de seres que poderiam muito facilmente arrancar sua garganta e beber o seu sangue até te deixar seco. É... Ele tinha razões de sobra para ficar incomodado.

- Correção. Vocês nos guiam, nós pegamos Bonney e o resto é problema seu e desse pulguento aí.

- Ace... Eu não gosto dele... – Luffy choramingou. Pelo menos, foi isso o que pareceu para os dois vampiros.

- Por quê?

- Ele tem cheiro de perigo... E de tristeza... E de... Laranjas...

- Mas a única pessoa no mundo que tem cheiro permanente de laranjas sem precisar de cremes ou qualquer outra coisa é...

- A Nami. Ele tem cheiro da Nami no corpo. Mas não é cheiro do sangue dela, e sim dela.

- Isso é impossível! Ele teria que abraça-la. – O sardento voltou seu olhar para o vampiro, que franziu o cenho – Será?

- Se ele abraçou minha Nee-san... Eu vou acabar com ele!

- A Nami deve ter uma boa explicação para isso...

- Se ela não morrer enquanto as duas comadres ficam aí fofocando. – Kid interrompeu a conversa, irritado. Quanto mais eles ficassem ali, mais perigo a moça corria. Será que eles não entendiam isso?

- YOOOOOOOOSH! SIGAM-ME, MEUS BONS! PEGUEI UM RASTRO DELA! – Luffy uivou e saiu correndo feito louco.

- O que ele disse? – Traffy indagou curioso.

- "Yooooosh! Sigam-me, meus bons! Peguei um rastro dela!", ele disse.

- Yosh, vamos atrás do chiclete ambulante. – "E da minha humana com cheiro de laranja".


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Notas finais do capítulo

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