Blood, Death And Vampires escrita por Estressada Além da Conta


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura e desculpem a demora! XD

Amanhã deve sair "Chocolate" e "Pecaminoso"... E, talvez, "Don't Cry, I'm Here", que eu sei que vocês estão com saudades. XD



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- Família maluca... – Resmungou para si mesma e continuou fitando a noite. Isso antes de alguém pressionar um pano em seu rosto. Ela desmaiou e o sujeito sorriu, com o luar a iluminar a cicatriz que marcava o seu rosto horizontalmente.

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- Olá... Pequena bruxa. – Crocodile sorriu com sarcasmo, observando o rosto sereno da ruiva.

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Nami abriu os olhos lentamente. Sentia que estava sobre algo frio e duro. Piscou algumas vezes, se acostumando com a pouca iluminação do lugar. Colocou uma das mãos na cabeça e constatou que seu pulso estava mais pesado e algo o apertava. Seria uma algema? De modo lento, sentou-se e se pôs a fitar o lugar onde estava. Uma cela escura com cheiro de mofo. Uma minúscula janela e o brilho pálido do luar, outrora tão belo, agora apenas um leve resquício, eram tudo que a cela possuía.

- Ah, então você acordou? – Ela ouviu alguém dizer.

- Quem...? – Nami olhou bem para um canto da cela e percebeu que ali havia uma mulher de longos cabelos negros. Ou seria apenas impressão por causa da pouquíssima luz?

- Como se sente?

- Eu estou bem... E você, como está?

- Viva. – Respondeu simplesmente. A voz dela era sofrida – Meu nome é Boa Hancock, e eu sou uma feiticeira.

- Feiticeira?

- Sim. E você?

- Eu sou uma bruxa...

- E qual é seu nome?

- Não quero falar. Sou uma bruxa sem magia... – Suspirou – Mas meu primeiro nome é Nami. Por que estamos aqui?

- Eu não sei. Quando acordei, já estava aqui.

- Faz quanto tempo?

- Que cheguei aqui? Duas semanas. Você está aqui... Já faz uma hora, creio eu.

- Uma hora e meia, para ser mais exato. – Alguém respondeu da escuridão do corredor.

- Quem está aí? – O vulto se aproximou e a iluminação diminuta permitiu que as duas vislumbrassem um homem alto com uma cicatriz cortando seu rosto ao meio.

- Olá, pequena Scarlet. – Ele cumprimentou cínico – Acho que você não gosta muito desse sobrenome, não é mesmo, Scarlet D. Nami?

- Scarlet D...? – Boa sussurrou. Isso não podia ser, certo? Os Scarlet haviam sido dizimados por um ser sanguinário e vingativo. Mas... Então, aquela profecia estava certa? Aquela que dizia que uma bruxa com cabelos alaranjados iria salvar tudo aquilo que era importante? E que assim, a família D seria, então, uma só novamente?

- Quem é você? – O tom rude da ruiva cortou os pensamentos da feiticeira.

- Eu? Eu sou Crocodile.

- Você não é um bruxo, nem lobisomem, nem vampiro, tampouco feiticeiro. Mas... Creio que sangue não é nem um terço de sangue de Mundano.

- Está certa. Sou apenas um humano fascinado por aberrações como você e essa Imperatriz aí.

- Imperatriz? – Nami franziu o cenho. Quer dizer que Hancock era a Imperatriz das Feiticeiras?

- Vocês ainda vão ter muito que conversar... Isso se você sobreviver, claro.

- O que quer dizer com isso?

- Você irá descobrir. Mas antes... – Jogou, por entre as grades, para ela algo macio e pesado. Tecido – Vista isso.

- E se eu me recusar?

- Eu mesmo colocarei você nisso. E não posso prometer que sua camisola e sua pele sairão intactas. – Debochou, mostrando o gancho que possuía nu lugar de uma das mãos. A mensagem era bem óbvia. Ou ela se trocava sozinha, ou ele acabaria por corta-la por inteiro.

- Pode ao menos se virar?

- Não. Vá para um canto escuro qualquer. – Nami, extremamente a contra gosto, fez o que lhe foi sugerido – E quanto a você... – Fitou bem a outra mulher – Levante-se e venha comigo. Está na hora de mais uma sessão.

- Eu já contei tudo o que tinha para contar! – A morena reclamou. A presença da ruiva parecia ter dado alguma energia para ela.

- Não confio em você. Mulheres são exímias mentirosas, ainda mais feiticeiras e bruxas. Levante-se, ou... Bem, você já sabe o que vai acontecer... – Sorriu com escárnio e a mulher estremeceu. Lembrava-se muito bem do que acontecia se por um acaso não acatasse ao que ele falava. A marca em suas costas era recordação suficiente.

Nami finalmente terminou de se vestir e foi para a luz. Ao que parecia, trajava um vestido longo e vermelho, um tanto pesado. O decote era um tanto comportado, mas não muito. Parecia muito um vestido da Idade das Trevas. Ela bufou. Odiava ter que usar vestidos que passavam de seus pés. Sua única exceção era o seu futuro vestido de noiva. Isso se tivesse um, já que do modo que as coisas iam... Crocodile abriu a cela e Hancock, com dificuldade por culpa de um peso que a ruiva não entendia, nem podia ver, andou até o homem. Scarlet resolveu ir junto. Afinal, ele iria falar para que ela os acompanhasse de qualquer forma.

- Senhoritas... E antes que uma de vocês pense em fugir, devo contar que essas pulseiras em volta de seus pulsos são capazes de dar uma descarga elétrica e isso vai doer, pois devem ter mais de uns 50 volts em cada. E já que são duas... Bem, já se pode pensar no estrago, não é mesmo?

Ótimo. O que mais podia piorar? Lembrar-se da fuga de Luffy? Isso ela aguentava. Um desconhecido que provavelmente é um inimigo? Só mais um louco na lista. A certeza de que certo vampiro ruivo não viria ajudar? Bingo! Nami sabia que Kid nunca a acharia ali. Não sem ajuda, e o ruivo não parecia ser do tipo que aceitava ajuda de bom grado. Não mesmo.

Eles andaram pelos corredores escuros e mofados. Se seus cálculos estivessem certos, logo seriam umas quatro horas da manhã. E se sua previsão do tempo, um dos poucos dons que conseguiu mesmo sem magia, estivesse certa, o dia seria nublado. Mas agora não deveria pensar nisso. Tinha que achar um jeito de sair dali o mais rápido possível e levar Hancock junto.

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Kid não sabia o motivo de se sentir daquele modo. Parecia que algo perfurava seu peito em busca de seu coração. Era como se alguma coisa importante estivesse em perigo. Aquela sensação fazia sua cabeça explodir em mil e uma possibilidades, cada uma pior que a outra, e todas falando de Nami. Será que sua humana atrevida estava bem? Havia deixado a mulher na cama, dormindo serenamente. Mas... Então por que raios ele sentia ser dilacerado por dentro? Será que ela já havia se metido em confusão? Do jeito que a ruiva era, provavelmente sim. Ele viu o sol nascer, ele sempre via. Sempre, desde que conhecera a menina de cabelo laranja. O nascer e o pôr do sol o lembravam dela. Até na parte em que ele deveria sempre se esconder nas sombras da cortina e nunca poder esticar a mão para tocar aquela preciosidade.

- Sabia que você pode acabar morrendo se ficar aí e o sol te tocar? – Um moreno disse despreocupadamente, com as pernas em cima de mesa de jantar. Ele possuía cavanhaque e costeletas. Também era um pouco pálido e tinha tatuagens pelo corpo, a maioria escondida pela roupa peculiar para alguém de duzentos anos: Um moletom amarelo com uma carinha sorridente, uma calça pintada, sapato social e uma touca na cabeça. Uma touca branca com pintas negras. Na verdade, era uma roupa peculiar para qualquer pessoa.

- Não é como você se importasse, não é mesmo, Trafalgar? – Resmungou.

- Que surpresa. Você geralmente gritaria algum insulto e tacaria algo em mim, e não responderia com simples ironia.

- Cale a boca, idiota. Aliás, o que você tá fazendo aqui, ô desgraçado?

- Estou procurando por Jewelry-ya.

- Que lindo! Sua namorada fugiu de novo! – Alfinetou, sendo imperiosamente ignorado pelo outro vampiro – E então, o que houve?

- Ela veio para Cocoyashi bem antes de mim. Pensei que você soubesse.

- Eu não vi a chiclete em lugar nenhum.

- Então vou ter de procura-la por mim mesmo.

- Boa sorte, então. – Eustass conhecia bem a vampira ao ponto de saber que ela estava viva e bem. Afinal, Jewelry Bonney não era exatamente uma flor delicada. Não, essas seriam as últimas palavras que qualquer pessoa que a conhecesse mesmo de vista iria atribuir àquela mulher maluca de cabelo rosa. Ou, como ele dizia, a "cabeça de chiclete" ou "estranha da vila".

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Mal sabia ele o quanto estava errado.

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- Não... Isso não tá legal... – Ace murmurou olhando bem para aquele maldito motor daquele carro maldito – Haja santa paciência... – As palavras de sua mãe vieram-lhe à mente e ele repetiu-as, tentando fazer uma voz parecida com a dela, e falhando miseravelmente – "Se você consertar o carro, eu dou ele pra você! Se esforce, Ace!", ela diz. "É fácil, você vai ver!", ela diz. É, MÃE, É MUITO FÁCIL! TANTO QUE JÁ QUASE PERDI UM DEDO! – Ele já estava irritado com aquele motor desgraçado que não parecia a favor de ser concertado. O que poderia fazer? Trazer um bolo, brigadeiros e um cartão pro carro e ver se ele se deixava ser consertado?

- Se sua mãe ouvir você berrar desse jeito, você vai estar frito. – Uma voz alegre e um tanto cavernosa adentrou a garagem e chegou aos ouvidos do moreno sardento.

- Essa voz! – Portgas se virou rapidamente e deu de cara com um lobo grande e de olhos amarelos. Ele era totalmente negro – Você...

- Já faz um bom tempo, Ace! Shishishishishishishi!

- Luffy...


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Notas finais do capítulo

Reviews? Os pontos finais são apenas um teste, então ignorem! XD

Estou pensando em fazer um DofalmingoXHancock... Que vocês acham? XD



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