I Need You Momo escrita por KawaiiFuka


Capítulo 2
Roubaram uma Gueixa?


Notas iniciais do capítulo

Comentarios *_*



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Estavam fazendo um circulo no canto do palco, ainda não haviam entrado, repetindo coisas que ninguém conseguia entender o que era, só dava para saber que eram promessas e sonhos. Deram um grande grito e todos entraram no palco, tocaram bravamente, perfeitamente! Ao saírem, foi a mesma história de Kanagawa. Se jogaram no chão do Backstage, mas desta vez não poderiam dormir. Este show terminou 4:50 da madruga, e teriam que estar em Miyako pela manha, então tomaram banheiro felizmente em uma banheira e dormiram esparramados no ônibus. Era manhã quando o sol alcançou os olhos de Ruki fazendo-o acordar, olhou para os lados, o ônibus estava parado no meio da praça, nem a cidade havia acordado ainda, Ruki levantou-se e foi até Reita o acordando, ambos saíram do ônibus indo até o café mais perto, sentaram-se em uma mesa e pediram seu café da manha.

Reita: vai me contar agora?

Ruki: *suspiro profundo* sim. – o garoto olhava para a xícara em sua mão, não era café, era chá. Parece que essa cidade se tornou mais tradicional que antes – por onde começo?

Reita: do começo!

Ruki: quer escutar ou não? – perguntou bravo, o loiro mais alto apenas acentiu – eu tinha uma irmã. O nome dela era Takanori Yukkimomo. Ela era mais nova que eu, tinha 8 anos enquanto eu tinha 13. Todos sabem que nossos pais morreram no incêndio e naquela época crianças órfãs em Kanagawa eram renegadas por todos, pois acreditavam que quem era órfão não foi digno dos pais que teve. Então fugimos da cidade antes de sermos “apedrejados”. Viemos para cá. A cidade das gueixas, foi quando conheci o Kai. O avô dele trabalhava em uma Okia. – Reita olhou com uma cara confusa – uma Okia é uma casa de gueixa. Então... Ele disse que estava querendo ir embora dali e tentar a vida na fama, que o sonho dele era montar uma banda e eu queria ir com ele. Mas eu achei melhor deixar minha onee-chan aqui, porque o jeito com que o Kai descrevia as gueixas e a carreira perfeita delas! Tinham dinheiro apenas por olharem para os homens, não precisavam se vender, eram elegantes, lindas! Então Kai levou minha irmã até a Okia do Hamamatsu. Onde o avô dele trabalhava, me despedi dela e foi a ultima vez que a vi. Eu a deixei para o vem dela, aqui ela teria água, comida, abrigo, amigos, dinheiro. Eu e Kai nem sabíamos para onde ir... Não sabíamos se íamos tomar água de chuva e comer pão amaçado. Na mesma noite em que a deixei, dei o pouco do meu dinheiro aos deuses e pedi preces. E junto com as preces fiz uma promessa, de que se eu fizesse sucesso, fama, dinheiro... Eu voltaria para busca-la, eu havia me esquecido de tudo isso. Mais... – os olhos do garoto estavam marejados, uma gota de lagrima caiu ao lado do copinho que estava em sua mão.

Reita: não chore Ru-chan. Você a deixou para o bem dela.

Ruki: tenho medo de que ela não me perdoe. – ele olhou para o mais alto serio – eu irei bater de porta em porta no Hamamatsu, aqui existem muitas Okias do Hamamatsu, mais eu bato em todas se for preciso para encontrar a minha irmã!

Reita: daijobu, eu vou te ajudar. O que eu tenho que fazer?

Ruki: você irá comigo. Kai ficara com os outros e irá distraí-los.

Reita: hai – falou animado terminando de tomar seu chá e comendo o bolo que acabara de ser servido. – nee, Ru-chan. Como sua irmã é?

Ruki: watashi wa shiranai – sorriu olhando para as próprias mãos.

Reita: como não sabe?

Ruki: faz exatamente 10 anos que não a vejo! Como vou saber como ela é?!

Reita: sei La... Diz como ela era.

Ruki: ela tinha olhos azuis escuros, da cor do céu quando vai escurecer. Pele bem branquinha, cabelos pretos. E era linda de mais. – sorriu ao ter aquelas lembranças, não se lembrava mais do rosto de sua irmã. Mas naquele momento pode vê-la nitidamente.

Reita: então vamos acordar o Kai. – enfiou o resto do bolo na boca e praticamente arrastou Ruki de volta para o ônibus, a cidade já estava acordando, entraram, colocaram roupas diferentes, Ruki colocou um chapéu estranho com um óculos e um sobretudo por cima com sapatos sociais. Reita fez o mesmo, mas este estava parecendo um verdadeiro idiota com aquela roupa, já Ruki ficou até chique.

Kai: então ta. Se vocês não voltarem até eles acordarem, então digo que foram dar uma volta pela cidade para conhecer melhor as tradições daqui.

Ruki: domo arigato Kai. – abraçou o amigo que sorriu e saíram do ônibus, foram pelas ruas que mais pareciam um labirinto, mais Ruki parecia conhecer como a palma de sua mão.

Reita: qual era o nome da sua irmã mesmo?

Ruki: Takanori Yukkimomo. Mas não acho que iremos acha-la pelo nome, as gueixas têem uma crença estranha, em que rejeitam o próprio nome. Alguma coisa assim.

Reita: não custa tentar. – sorriu e começaram a bater de porta em porta procurando pela garota, até mesmo descreveram ela. Já estava anoitecendo – que tal olharmos nos olhos das gueixas, todas tem olhos pretos.

Ruki: acho que a Momo foi transferida para algum lugar, ou a Okia dela mudou... Não me lembro qual é. Batemos na porta de TODAS as Okias. – estava se desesperando.

Reita: nee Ru-chan! Não é hora de desistir! Eu estou olhando bem as gueixas. Nenhuma tem olhos tão perfeitos quanto você descreveu, e todas são altas.

Ruki: olha o sapato delas! – eram exageradamente altos – não pera... O que quis dizer com isso?

Reita: é que você é baixinho então constatei que sua irmã também seria baixinha... – falou com medo da reação.

Ruki: tenho que concordar, ela deve estar baixinha mesmo, mas mesmo assim, o sapatos delas não ajuda – falou indignado, voltaram a caminhar e passaram ao lado de 2 gueixas lindas, Ruki parou Reita com um olhar apavorado – Reita! Eu estou sentindo. Parece que ela esta perto de mim. – sussurrou e olhou para trás vendo as duas gueixas paradas e uma delas com a mesma expressão de Ruki, o loiro caminhou até a mesma e pode ver os olhos azuis escuros da garota por trás da mascara – Yukki. – seus olhos se encheram de lagrimas, Reita não conseguiu vê-la direito, mais pode ver o olhar apavorado e desesperado da garota quando Ruki a abraçou, suas mãos permaneceram em frente ao Kimono sem se mover, Ruki teve mais vontade ainda por achar que estava sendo rejeitado.

????: venha. – foi andando em passos curtos e ao mesmo tempo apressados, chegaram a uma Okia e entraram, a outra gueixa estava com eles também, as duas gueixas retiraram seus sapatos e foram andando até o interior da casa, Ruki e Reita seguiram seus passos retirando os sapatos com rapidez, quando estavam no meio da sala a gueixa se virou e abraçou o loiro baixinho com força, muito força, e sim, ela era significativamente baixinha. Até um pouco mais que Ruki, o loiro retribuiu o abraçou a apertando fortemente, ela chorava.

?????: acalme-se, irá borrar a mascara. – a moreno se distanciou olhando-o, curvou-se um pouco e voltou limpando as lagrimas com cuidado.

Ruki: Yukkimomo. Você se tornou uma gueixa.

????: não sou Yukkimomo. Rejeitei meu nome a 5 anos, agora sou Hatsumomo.

Ruki: nani?

Hatsumomo: por que esta aqui? – perguntou com os olhos marejados, Reita não conseguia tirar os olhos da garota.

Ruki: o que? Eu disse que se eu fizesse sucesso eu voltaria.

Hatsumomo: não, não disse.

Ruki: eu disse em preces.

Hatsumomo: Panpinkin, por favor, prepare chá para nós.

Panpinkin: hai – curvou-se levemente e adentro mais a casa.

Ruki: Momo... nee-chan... Eu vim te buscar.

Hatsumomo: me buscar? Você me abandonou e depois de 10 anos volta para me “buscar”?? watashi no kami-sama nii-san... Quer dizer... Matsumoto.

Ruki: não faz isso Momo. Onegai! Vem comigo.

Hatsumomo: não tenho permissão. E se tivesse não iria. – a moreno olhou para o garoto ao seu lado e sorriu maravilhosamente curvando-se, o loiro fez o mesmo e não entendeu o porque – sou Hatsumomo.

Reita: ééérr... Eu... Reita. – esticou a mão para a mesma. Que observou – ééérr... Pega. – a garota levantou sua mão e segurou a do loiro que sorriu ao ver que assim como ele, ela não entendia muito bem o porque daquilo.

Panpinkin: o chá esta pronto. – a moreno deu as costas.

Reita: podia ter dito que ela era muito linda. – sussurrou para o loiro calado.

Ruki: Momo! Eu preciso de você! Onegai! Venha comigo! – gritou.

Hatsumomo: tenha respeito dentro desta Okia! Oka-san não está em casa, mas deve ter respeito por esse lugar! – disse brava.

Ruki: gomenasai.

Hatsumomo: shinai – abaixou o olhar, ajoelhou-se de forma gentil e perfeita, curvou-se um pouco abaixando a cabeça colocando as pontas dos dedos no chão –honto ni gomenasai nii-san. – Reita não estava entendo nada, só sabia que ela pediu desculpa por alguma coisa – eu fiquei revoltada quando você me deixou aqui. Eu gostaria muito de ir com você, mas não tenho permissão. Se eu não tenho um Daana que me compre não posso deixar esta Okia – disse levantando a cabeça ainda sentada.

Reita: Daana? Te compre?

Ruki: Reita – o mais alto o olhou – cala a boca – Ruki se ajoelhou de frente para sua pequena nee-chan – eu te compro Momo.

Hatsumomo: não pode. Sou uma maiko ainda. Apesar de ser a gueixa mais famosa de Miyako.

Ruki: eu compraria seu mizuage se não fosse seu irmão.

Hatsumomo: não tem algum amigo? Algum que você de o dinheiro e então viste minha caverna. E depois se torne meu Daana. Nii-san...Não quero mais ficar aqui, não gosto, a muito ganância.

Ruki: watashi wa shiranai Momo. – abaixou o olhar e logo levantou olhando para Reita que arregalou os olhos.

Reita: que foi? Que papo é esse de mizuage, daana, caverna??? O que vão fazer comigo? – só agora Hatsumomo havia percebido que aquele menino era lindo, com a faixa no nariz, ficava não fofo.

Ruki: eu não acredito que vou pedir isso!!! – dizia furioso consigo mesmo.

Reita: pedir o que?

Ruki: não! Momo. Foge. – disse olhando-a arregalar os olhos, não podia pedir ao seu amigo para simplesmente tirar a virgindade de sua irmã.

Hatsumomo: fugir.

Panpinkin: Hatsumomo. Não deve – colocou a mão no ombro da amiga.

Hatsumomo: eu vou se Panpinkin ir.

Panpinkin: gomen Hatsumomo. Mas meu lugar é aqui, gosto de ser gueixa.

Hatsumomo: eu também mas... Não gosto de ter vários encontros com vários homens, ter que vender meu mizuage para qualquer um e não poder escolher o homem que amo para minha vida.

Panpinkin: siga o seu coração. – colocou a mão no peito da garota e ambas sorriram.

Hatsumomo: eu vou! – falou determinada – quando?

Ruki: agora! – a garota abriu os olhos e suas pupilas diminuíram

Hatsumomo: agora? Mas... Eu... – não sabia o que falar, olhou para Panpinkin que estava sorrindente – hai!

Ruki: pege suas roupas mais normais e vamos.

Hatsumomo: como assim “mais normais”?

Ruki: calça... blusa... Tênis... – falou confuso.

Hatsumomo: o que? Eu só tenho kimonos. Aqui não tem nada disso.

Reita: Ruki... Leva ela e depois fazemos compras pra ela.

Ruki: boa idéia. Vamos Momo.

Hatsumomo: adeus Panpinkin – ambas se levantaram, abraçaram-se forte – irei lhe mandar cartas, então olhe no correio todo dia de manhã, se não a Oka-san irá ver e você apanhara!!!

Panpinkin: hai. Responderei todas.

Hatsumomo: sayonara Panpinkin. Aishiteru.

Panpinkin: kimi no shiteru. – a morena colocou aqueles sapatos e passou a correr com Ruki que ria alto feliz, estava vidrada em Reita que também corria rindo, por algum motivo não conseguia sorrir, estava deixando tudo para trás. Mais se concentrando em Reita, não parecia importar muito. Quando o loiro a olhou. Hatsumomo desviou o olhar e sentiu seu rosto arder, sabia que estava corada, mas graças a mascara o loiro não poderia ver. Chegaram no ônibus e já adentraram.

Kai: vocês demor... – parou ao ver a garota entrar logo após os dois, caiu ajoelhada, ofegante, mau respirava direito, Ruki e Reita a ajudaram a se levantar, suas pernas estavam visivelmente bambas apesar de serem escondidas pelo grande kimono vermelho, Ruki pegou água para a garota que bebeu vagarosamente. Todos os olhavam.

Sakai: você roubaram uma gueixa?

Ruki: lembra... o que... eu tinha....deixado...aqui... Aoi? – perguntou ofegando.

Aoi: era ela? Você voltou pra buscar seu grande amor e ela te aceitou? Que romântico!!! E vocês formam um belo par... Os dois são baixinhos – disse vendo o tamanho do salto da mesma. A morena se levantou ficando de frente para todos, curvou-se um pouco lindamente.

Hatsumomo: eu sou Takanori Hatsumomo. – ninguém entendeu o porque de ela fazer aquilo, mas foram na onda, cada um se apresentou.

Uruha: e ai Hatsumomo... Você e o Ruki são irmãos a quanto tempo?

Hatsumomo: hãn? – não entendeu a pergunta.

Aoi: ignora.. Ele esta bêbado. – apontou para o copo com sake na mão no garoto.

Kai: lembra-se de mim Momo? – a garota acentiu positivamente como uma verdadeira diva.

Reita: daqui a pouco vamos chegar na backstage... Daí você pode tomar banho e pegar alguma roupa do Ruki por enquanto.

Ruki: por que roupa minha?

Reita: porque você é pequenininho igual ela.

Ruki: sua cacatua desnarigada infeliz!

Reita: vai formiga!

Ruki: vai aonde?

Reita: dançar – começou a dançar e Ruki também, Hatsumomo caiu na risada com cuidado é claro, era uma gueixa perfeita – por que segura sua risada?

Hatsumomo: apenas para rir mais naturalmente.

Reita: vou te fazer rir naturalmente – disse e pegou-a deitando-a no sofá extenso, sentou na coxa da mesma, o que assustou a menina, mas logo começou a fazer cócegas na mesma que não agüentou e caiu na gargalhada fazendo um verdadeiro escândalo – agora sim! – saiu de cima da mesma que ajeitou seu kimono ainda sorrindo.

Hatsumomo: arigato, a anos que não rio assim – curvou-se.

Reita: não se curve, e não precisa de formalidades. É só mostrar o dedo do meio e já esta bom.

Kai: para de estragar a menina!

Reita: fica na sua!

Uruha: cabo o sake. – disse olhando para a garrafa


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Notas finais do capítulo

Eu ri sozinha aqui as 5:49 da madrugada "vai tampinha... vai pra onde? Dançar!" ahahahhahahahahahahahahahahahhahahahahahahahahahahahhahaha ai ai ai ai

Coments *-* Onegaaaai



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