POV’S Ken:

Sabe quando você está nervoso porque sabe que se meteu em alguma encrenca? Todos esses problemas podem ser resolvidos com pedidos de desculpas ou outros atos. O meu problema começou diferente de qualquer outro. O meu problema começou quando eu nasci.

Vocês acham que eu sei do meu defeito com a resurrección só por saber? Não. Vou lhes contar uma coisa.

Eu era muito, mas muito ingênua na época que conheci Aizen. Tive a ‘’brilhante’’ ideia de achar que ele seria meu amigo. Nem quando eu me perdi dele no deserto do Mundo Hueco me fez abrir os olhos para ver o que ele é de verdade.

Eu estava sozinha quando conheci uma menina de longos cabelos negros e olhos dourados, ao contrário de mim, que tenho cabelo curto e olhos amarelos bem simples. Ela cuidou de mim e, como ela disse que não tem nome, eu a nomeei de Kei, que significa abençoada e respeitável. E assim ela foi chamada até hoje.

Kei sempre suspeitava por eu ter nascido arrankar através de uma gravidez e me fez fazer a minha primeira transformação, mas eu não conseguia controlar meu corpo. Ela conseguiu me fazer parar e eu nunca mais queria passar por isso novamente, mas ela sempre soube que eu não teria escolha em uma guerra.

Como ela não concordava com meus planos, nós brigamos e fui procurar Aizen sozinha. Mas sei que eu nunca estou só, pois ela vigia todos do Mundo Hueco.

Mas voltando a essa realidade, confessei a Hikaru que a minha próxima transformação seria parada com a minha morte. Ele ficou chocado como Ulquiorra e Orihime. Pedi para que não contassem ao Tesla e principalmente ao Nobu, Kazu e Hiko.

Hikaru, assim como Orihime, queriam mais explicações, mas Ulquiorra conseguiu os tirar de lá. Partiu-me o coração ao ver Tesla e meus filhos sorrindo achando que ficaremos bem e eternamente juntos. Nem consegui dormir. Assim que eles adormeceram, eu saí de casa. Eu precisava de um tempo só pra mim.

Vi uma pedra branca e me sentei nela. Apoiei minha cabeça em minhas mãos e suspirei. De repente, uma Garganta é aberta.

– Olá, Ken.- Revirei os olhos. Era Kei.

– Você nunca sai de casa e daquele cristal sem motivo. Fala logo!– Ordenei. Ela sorriu docemente.

– Eu queria saber se você aceitou.– Ela disse. Estranhei.

– Aceitei o que?– Perguntei sem muita paciência.

– O seu destino.– Ela respondeu. Então ela sabe da minha escolha?– Vai mesmo lutar, mesmo sabendo que está enfraquecendo?

– Então estou mesmo enfraquecendo? Estou perdendo meus poderes?– Eu perguntava á procura de respostas imediatas, pois sabia que Kei gosta de fazer mistérios.

– A palavra certa não é ‘’perder os poderes’’. Eles só estão um pouco fracos. Eles estavam acostumados com a Hou-Gyoku no seu corpo e agora precisam fortalecer sem ele.

– Como assim?! Eu não estou mais com a Hou-Gyoku?! Foi você, não foi, sua ladra?!– Eu ia pra cima dela, mas ela usou o sonido e apareceu atrás de mim.

– Não me culpe por isso. Pelo menos uma vez na vida seus filhos fizeram algo que não seja somente por Hikaru.– Eu vi em seus olhos. Ela não estava mentindo. Eu nem queria saber como Nobu, Kazu e Hiko conseguiram tirar a Hou-Gyoku de mim, mas mesmo assim, eles estarão de castigo por dois meses! Ou mais!

– Eu não me importo com que vai acontecer comigo. Se Tesla, os meninos e os Espadas estiverem bem... Eu estarei feliz.– Tentei ser firme.

Um tenso silencio estava entre mim e Kei. De repente, eu sinto ser abraçada pela mesma. Depois de tantas discussões, ela ainda se preocupa comigo. Kei é aparentemente mais nova que eu, por isso ela é baixinha. Ela me largou e abriu uma Garganta.

– Tenho que ir. As coisas vão começar a ficar interessantes.– Ela disse e sumiu.

Eu fiquei confusa com isso e não entendi suas palavras. Sem escolhas, voltei para casa e finalmente consegui dormir.

POV’S Ken off:

POV’S Hikaru:

Quase não dormir por causa da revelação de Ken. Realmente aquela arrankar só complica a vida. Traz Aizen para Las Noches, engole algo que aparenta ser um perigo, me chama de fraco...

Realmente eu fico triste por isso. Nunca fui fraco, sempre estive á altura do meu pai. É estranho, pois semana passada eu parecia forte. Meus poderes sempre eram admirados pela minha família e amigos. Aos cinco anos, eu consegui lançar meu primeiro cero e lembro como Ken me aplaudia. Acredite ou não, fui eu quem ensinou os trigêmeos a lançar ceros.

Acordei cedo, antes da hora de acordar, e caminhei muito, tentando me manter distante de todos. Ali mesmo, lancei um cero com toda a minha força. Arrependi-me ao sentir um enorme cansaço.

Escuto passos se aproximando. Era Nobu, Kazu, Hiko e Wonderweiss.

– Bom dia, Hikaru!– Cumprimentou Nobu.

– Bom dia, morcego!– Cumprimentou Kazu.

– Não dormiu, Schiffer?– Perguntou Hiko.

– O que fazem acordados há esta hora?–Perguntei.

– No momento, estamos na sua frente, olhando pra sua cara.– Brincou Kazu, como sempre.

– Deviam estar dormindo...

– Ficamos preocupados! Sabemos que coisas perigosas vão acontecer e...– Hiko foi interrompido pelas mãos dos irmãos.

– Cala a boca, Hiko!– Mandou Nobu.

– Que coisas perigosas?– Perguntei.

Hiko se livrou das mãos em sua boca.

– A guerra que está se aproximando.

– Guerra?!

– Sim. Nossa mãe disse que Aizen está tramando alguma coisa e nós temos que participar. Não percebeu que faz algum tempo que a família Sousuke está desaparecida? Nossa família acredita que aí tem coisa.– Explicou Nobu.

– Pena que você não vai participar, Hikaru!– Kazu provocou.

– Eu vou participar. –Afirmei firmemente.

– Mas a mamãe disse...–Hiko foi interrompido.

– O que Ken diz não me interessa. Ela só causou problemas e ela mesma está tendo um problema. Eu não vou obedecer a ela e ninguém me impedirá de entrar na primeira guerra da minha existência!

Os quatro ficaram surpresos e silenciaram por uns três minutos até que sorriram travessos.

– É por isso que gostamos de você, morcego!– Disse Nobu.

– Desobediência 90%!– Disse Kazu.

– Parece que nosso líder entrará pra história!– Disse Hiko.

POV’S Hikaru off:

Horas depois...

Szayel acordou e se viu em um quarto escuro, sem janela e sem porta. Sua cabeça estava dolorida e não se lembra de como foi parar ali. Se levantou e sentiu tontura. Após alguns minutos, não sentia mais dor e sua visão estava melhor.

Perto da parede, Grimmjow estava desacordado no chão.

– Grimmjow!– O oitavo Espada correu até o azulado.– Hei! Acorda!

Szayel tentava cutucá-lo para ver se ele reagia. Foi quando ele percebeu uma ferida na cabeça do sexto Espada.

– Então te acertaram feio, não? Não se preocupe, pantera! Eu sempre estou preparado.– Szayel tirou do bolso de sua calça um frasco com um líquido roxo. Ele abriu o frasco e colocou perto do nariz de Grimmjow, que abriu os olhos e se levantou o mais rápido o possível.

– QUE FEDOR É ESSE?! Onde você tirou essa coisa?! É mais uma de suas invenções, Aporro?!– Gritava o azulado, fazendo Szayel segurar as risadas.

– Eu não sei o que é isso, mas tem um cheiro tão especial que faz as pessoas reagirem na hora. Foi um presente da Ken.– Szayel sentiu o aroma do líquido arroxeado como se tivesse cheirando uma flor.

– Como você consegue cheirar essa coisa?!– Perguntou Grimmjow, bem afastado de Szayel e com as mãos no rosto para evitar sentir o aroma.

– Eu fiquei praticamente minha vida toda no laboratório sentindo cheiros insuportáveis de ingredientes que apodreceram. Isso não se compara com o que eu já senti!– Szayel fechou o frasco e o guardou novamente em seu bolso.– E sua cabeça está com um corte horrível.

– Droga!– Grimmjow levou sua mão para o corte.– Qualquer um ficaria assim depois de ser atingindo por uma pedra!– Szayel encarava Grimmjow confuso.– Esqueceu, rosado?! Você estava no Mundo Real olhando para aquela humana que você gostou...

Flashback Grimmjow:

Eu fui para o Mundo Real e vi que eu estava em um lugar onde havia muitas flores brancas, uma casa simples e uma grande árvore. Encima da árvore, eu o encontrei.

– Hei, Aporro! Me forçaram a vir te buscar e não quero ficar mais um minuto aqui!– Gritei, mas você nem me ouviu. Resolvi subir na árvore também.– Vamos logo! Eu odeio esse lugar! Szayel?

Decidi olhar para a mesma direção que você olhava. Foi quando eu vi uma mulher alegre mexendo nas flores enquanto cantava. O cabelo dela era muito longo e negro. Ela tinha olhos azuis e usava óculos branco.

Você observava a humana com uma cara esquisita. Olhei novamente para ela.

– Então é essa humana que você olha? E não é que ela é mesmo muito bonita...– Antes de concluir, senti um soco no rosto.

– OLHA O RESPEITO! É DA MINHA NAMORADA QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO!– Você gritou. Por sorte, a mulher não podia nos enxergar e escutar.

– ESSA MULHER NEM É SUA NAMORADA PARA COMEÇAR O ASSUNTO!– Revidei o grito.

– Ainda não, mas até lá, vê se a respeita! O que está fazendo aqui?!

– Tentando te levar para o Mundo Hueco! Já tá na hora!– Respondi. Saí da árvore, sendo seguido por você.

Abri uma Garganta e aparecemos no deserto.

– Finalmente! Eu vou pra casa!– Comentei aliviado por voltar.

– Vai observar a rainha, isso sim!– E você ainda me provocava.

Antes de falar alguma coisa, quatro hollows apareceram do nada e nos cercaram.

– Teremos diversão no caminho!– Sorri, pegando minha espada.

– Não sei por que, mas acho que esses hollows são diferentes, Grimmjow.– Comentou.

– Você é fraco, Aporro!– Antes de avançar, um hollow te agarrou por trás e bateu em sua cabeça, o fazendo desmaiar. Três hollows me seguraram e um usou uma pedra para me fazer ficar desacordado também.

Flashback Grimmjow off:

– E foi isso. É melhor nós sairmos daqui!– Grimmjow tentou procurar uma porta, mas não teve sucesso. Szayel observava o local.

– Eu conheço esse lugar.– Szayel caminhou até um canto do quarto e viu uma parte quebrada no teto, onde caía um pouco de areia branca. – Estamos embaixo do palácio!

– O que?!– Exclamou Grimmjow, se aproximando de Szayel.

– É uma prisão esquecida do palácio! Alguém nos colocou aqui para morrermos e sermos esquecidos. Aconteceu o mesmo com os antigos presos.– Explicou Szayel.

– Se nós entramos aqui, podemos sair!

– Tem que ter alguma saída...– O Espada de cabelos rosados encontrou no teto uma parte que parecia ser uma pequena porta.– Olha!

– Szayel, você está com a sua espada? Os hollows levaram a minha.– Perguntou o azulado.

– Aqui, mas cuidado para não arranhá-la!– Grimmjow pegou a espada sem delicadeza e com a lâmina, conseguiu quebrar a pequena porta, fazendo um buraco no teto.

– Agora temos uma saída.

Os dois subiram e se viram no corredor de Las Noches. Eles correram á procura da saída do palácio até que atrás de uma porta, escutaram gemidos de dor.

– Tem alguém nesse quarto.– Disse Szayel.

– Deixa comigo!– Como a porta estava trancada, Grimmjow teve que arrombá-la. Ele encontrou Harribel no chão. A loira estava completamente machucada. Havia arranhões e pequenas queimaduras pelo corpo.

– Harribel?– Szayel se aproximou, acompanhado por Grimmjow.

– O que aconteceu aqui?– Perguntou o azulado.

– Aizen... Ele me prendeu aqui... Injetou um líquido que me deixou assim... Tentei lutar... Mas foi inútil...– Harribel estava quase desmaiando.

– Temos que tirá-la daqui!– Disse Szayel. Grimmjow segurou Harribel em seus braços.

– Vamos levá-la para a Orihime!

Eles conseguiram sair sem serem vistos. Foram diretamente para a casa de Ulquiorra. Orihime aceitou ajudá-la.

Após alguns minutos, Harribel se sentia curada, mas um pouco fraca.

– Eu a examinei.–Começou Szayel.– É um sonífero que eu fiz para enfraquecer hollows e fazer experiências com eles sem me preocupar de ser atacado.

– Loly conseguiu derrotar Apache, Mila Rose e Sun-sun. Não sei o que aconteceu com elas. Ele disse que tudo voltaria a ser como era antes e que as crianças dos arrankars seriam os novos Espadas.– Todos que estavam presentes ficaram chocados.– Ele pretende nos matar e usar a resurrección de Ken como uma arma, caso ela sobreviver. Ele já deve estar atrás dela nesse momento.