Um Dia Qualquer escrita por Natyh Chase Jackson


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Oiee.
Não sei se me conhecessem, mas se sim devem saber que eu estava viajando, e caramba... Eu me surpreendi com o frio que está fazendo em São Paulo, também né o calor de Pernambuco não é fácil. Mas estava melhor que essa geladeira em que estou.
Emfim...
Espero que gostem da One-Shot e deixem reviews.



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A manhã estava gélida e desconfortável, para qualquer ser vivo que se atrevesse a andar nas ruas de Nova York. E, Percy Jackson, sabia muito bem dessa condição, por isso se negava a sair da cama.

- Percy, levante. – uma voz suave e agradável disse ao pé do ouvido do rapaz, fazendo com que o mesmo desse um pequeno sorrisinho.

- Sabidinha... – o rapaz murmurou e a loira riu, quando o mesmo virou-se e continuou a dormir.

- Vamos, Cabeça de Algas. – a mulher pediu dando-lhe um selinho e o mesmo riu.

- Só se você me der mais alguns desses. – o rapaz murmurou ainda de olhos fechados.

Annabeth se levantou e deu a volta na cama, indo para o banheiro, mas antes de sumir pela suíte, disse:

- Se você acha que eu vou te beijar com essa baba escorrendo pelo seu queixo... Querido, você está muito enganado. – e ao final da frase a mesma soltou uma risadinha, e como resposta teve uma lufada de ar insatisfeita de seu marido.

O rapaz de olhos verdes voltou-se para o teto, e abriu os olhos fitando a pintura branca que estava acima de sua cabeça, e com um sorriso bobo, disse:

- Sério que você não vai me dar nenhum beijinho? – ele perguntou, e ouviu a risada de sua esposa ecoar do banheiro.

- Eu não disse isso. Eu disse que não lhe beijaria, enquanto essa baba ainda estivesse em seu queixo. – a loira disse saindo do banheiro de calcinha e sutiã.

Percy levantou-se e apoiou-se nos braços, para que assim pudesse acompanhar a visão.

- Aonde você vai? – o rapaz perguntou depois de algum tempo analisando a esposa.

- Trabalhar? – a loira questionou retórica.

- Nesse frio? - o rapaz perguntou levantando-se.

- Sim. Porque querendo ou não, a minha chefa espera que eu esteja no escritório ás nove e ponto. – Annabeth respondeu virando-se e batendo contra o corpo másculo e quente de Percy. – E eu acho que seu chefe também te quer lá no horário. – a loira disse sorrindo.

O Jackson ergueu a sobrancelha como se procurasse uma brecha na explicação da esposa, mas infelizmente não achara nenhuma.

- Bem que os deuses lá em cima podiam mandar uma pequena nevasca. Você não acha? – Percy perguntou circundando Annabeth com seus braços, e a loira sorriu, como se aprovasse a ideia do marido.

- Mas, infelizmente, não podemos contar com eles, afinal isso resultaria em um grande desequilíbrio na vida aqui embaixo. Você não acha? – ela perguntou da mesma maneira voltando-se para a sua parte do guarda-roupa e escolhendo uma roupa quente e agradável.

- Como se os humanos não gostassem de perder um dia de trabalho, para passá-lo debaixo das cobertas. – o moreno respondeu, soltando-a e se encaminhando para o banheiro.

- Em uma cidade com Nova York, eu garanto que um dia sem trabalhar seria um grande prejuízo.

Percy sorriu ao notar que ela nunca concordaria que passar um dia debaixo das cobertas seria melhor que trabalhar.

- Ok. Então, nós iremos trabalhar e assim que pisarmos na rua e congelaremos instantaneamente. – o rapaz respondeu sarcástico e Annabeth revirou os olhos.

A loira riu do marido, enquanto calçava a última bota de cano longo, e o acompanhou com o olhar quando o mesmo saiu do banheiro, só com a calça de moletom caindo pelos quadris, deixando a mostra o caminho que levava até sua virilha. O mesmo, vendo que a loira o olhava sorriu, sorriso este que era digno de comercial de pasta de dente.

- Será que agora, eu posso beijar a minha digníssima esposa? – perguntou formalmente e a loira riu se aproximando dele.

- Agora sim, meu digníssimo marido. – a loira respondeu entrando na brincadeira, e o abraçando pelo pescoço.

E então, finalmente, Percy deu o beijo de bom dia em Annabeth, beijo este que os aqueceu de forma instantânea naquela manhã gelada. E o rapaz teria aprofundando o beijo se a loira não tivesse se afastado com um sorriso amarelo enfeitando-lhe os lábios rosados.

- Que tal um café da manhã reforçado? – questionou divertida, e Percy fechou a cara por não poder mantê-la em seus braços. – Panquecas azuis? – a antiga Srta. Chase tentou novamente, e o rapaz sorriu assentindo com a cabeça.

A loira sorriu e deu um selinho no marido, para em seguida deixá-lo no quarto e se encaminhar para a pequena cozinha de seus apartamento, este que ela dividia com Percy desde o tempo que estavam noivos.

Como de costume, Annabeth ligou a televisão sintonizando-a em um canal que passava o jornal da manhã. Em seguida passou belo balcão que separava a sala e a cozinha para logo começar a preparar o café da manhã.

Colocou a água para ferver e o pó do café no coador, pois apesar de ter uma cafeteira elétrica e tudo mais, gostava do café caseiro, sem contar que a vasta experiência com aparelhos eletrônicos que criaram vida era grande demais para alguma, outra ser acrescentada a enorme lista, ainda mais se essa mesma cafeteira fora um presente de casamento do deus do fogo, vulgo Hefesto.

Percy já estava quase pronto, faltava somente colocar o agasalho e os sapatos, mas isso ele faria na sala já que queria assistir o jornal, coisa que o Percy de dez anos atrás nunca sonharia em fazer.

- Vejo que você, finalmente, aceitou que tem que ir trabalhar, não é mesmo Cabeça de Algas? – Annabeth perguntou risonha ao ver o marido se dirigindo para a sala devidamente vestido.

O rapaz a olhou e mostrou a língua, em um gesto super maduro. A loira riu e voltou a fazer as panquecas azuis do marido.

Ao se casarem, fato este ocorrido há dois anos, Sally ensinara a nora a fazer as comidas que Percy mais gostava, e Annabeth a surpreendeu aprendendo tudo com grande facilidade.

- Vejo que tive uma ótima aluna. – Sally disse se deliciando com a lasanha azul feita por Annabeth.

A loira sorriu amarelo, e respondeu:

- Alunos motivados tendem a aprender mais rápido. – a mulher ergueu a sobrancelha, confusa.

- E eu poderia saber a sua motivação? – a atual Sra. Blofis questionou e a loira corou antes de responder.

- Agradar um certo Cabeça de Algas, pode ser considerado uma motivação. – e então, Sally soube que Percy estava em ótimas mãos.

- Percy, você quer calda do quê? – a loira perguntou mostrando o mel e a calda de chocolate.

- Os dois. – o rapaz respondeu prestando atenção na TV, até que chegou a parte que ele queria: A Previsão do Tempo.

Uma mulher morena, e bem atraente ao olhares dos homens, apareceu em frente a um mapa dos Estados Unidos da América.

- Bom dia! Hoje teremos rajadas de ventos e chuva rápida na costa Oeste do país, já na Leste uma massa de ar fria se aproxima e com ela uma nevasca, o que não era previsto para hoje... – a mulher continuou a falar do tempo, mas Percy não prestou atenção, pois pulava igual a uma criança no dia de Natal.

Annabeth assustada com as reações do marido correu até a bancada e perguntou aflita:

- Percy, o que aconteceu?

O moreno soltou uma risada estrondosa e sorrindo respondeu:

- Hoje vai nevar... Na verdade vai ter uma nevasca. – o moreno, realmente, estava feliz com este fato.

- Não, não. É impossível. Falaram que não teríamos neve esta semana, só na próxima. – a loira respondeu contrariada.

- Na na ni na não. A moça acabou de falar que na costa Leste dos Estados Unidos da América vai nevar.  – Percy respondeu dando ênfase nas últimas palavras.

A loira caminhou até a varanda de seu apartamento e abriu as portas, se arrependendo em seguida, pois uma rajada de vento e neve foi de encontro ao seu rosto, congelando-a.

Annabeth voltou-se para o marido que ainda tinha um sorriso estampado no rosto de orelha a orelha, e disse, totalmente, contrariada.

- Não vai nevar. Já está nevando. – a loira disse com um bico nos lábios, este que Percy fez questão de se levantar e morder.

- Porque está triste? Está nevando, isso não é maravilhoso? – o rapaz perguntou abraçando-a, e a mesma negou com a cabeça. – Por quê?

- Agora, eu vou ter que trabalhar morrendo de frio, porque a mesquinha da minha chefa não quer pagar o conserto do maldito do aquecedor. – a loira respondeu revoltada, e Percy aperto-a em seus braços, depositando um beijo em sua testa.

A questão era simples, Annabeth trabalhava para a melhor arquiteta que já pisara na face da Terra, nos últimos dez anos, e no começo a loira a idolatrava, mas com o tempo a atual Sra. Jackson descobriu que aquela mulher não passava de uma mão de vaca, mesquinha, arrogante, egocêntrica, e disso para baixo.

- Amor, se você odeia tanto trabalhar para ela, por que continua lá? – Annabeth já tinha explicado milhares de vezes o porquê daquilo, mas Percy não entendia o raciocínio da esposa.

- Querendo ou não, aquela mulher é a que mais possui renome na arquitetura desse país. Se ela estiver no meu currículo, eu terei acesso a qualquer trabalho que eu queira fazer. – a loira disse, como se não tivesse sido ela que restaurara o grande Monte Olimpo.

- Sabidinha, por que você não pede uma carta de recomendação dos Deuses? Eles, com certeza, adorariam ajudar a Arquiteta Oficial do Monte Olimpo, a Morada dos Deuses. – o rapaz disse enchendo o peito e falando como se falasse da coisa mais incrível e solene que existe, o que não deixa de ser verdade.

- Sério Percy? E quem escreveria essa carta? Afrodite, falando de suas belas estátuas, ou Apolo com haicais de como eu fiz um belo trabalho com o templo dele? Ninguém, nunca, acreditaria que eu reconstrui o Monte Olimpo. – a loira disse cabisbaixa.

- Uma pena, porque eles estão perdendo o maior monumento arquitetônico já construído em eras, quem sabe, desde a existência do homem. – Percy disse puxando o saco da esposa, esta que teve o ego inflado de diversas formas possíveis.

- Que bom que o senhor achar isso, Perseu. – a loira disse beijando o moreno em seguida. – Agora deixa de ser puxa saco e se arruma para trabalhar.

O sorriso do moreno murchou, e ele olhou com cara de cachorro pidão, e Annabeth já sabia que ele lhe pediria algo.

- Fala o que você quer? – a loira perguntou cruzando os braços na frente dos seios.

- Vamos faltar hoje? – o moreno perguntou abrindo um sorriso, como se aquela fosse a melhor ideia do milênio. – Eu não estou a fim de trabalhar, e você não quer passar frio... Então, a gente podia fazer um brigadeiro de panela, uma... Não, não. Duas bacias de pipoca, e podemos assistir a filmes agarradinhos para o frio passar. Que tal?

Annabeth revirou os olhos, mesmo que internamente estivesse adorando a ideia.

- Não, não e não. – a loira disse voltando para a cozinha, mas antes que pudesse de fato voltar aos seus afazeres um comunicado do ancora do jornal chamou sua atenção.

- O prefeito da cidade de Manhattan solicitou que os civis permanecessem em casa devido a nevasca que assola a ilha. Segundo a guarda de trânsito a neve já passa de dez centímetros e os carros já escorregam na pista, o que já ocasionou dois acidentes na Quinta Avenida.

Antes que Annabeth pudesse assimilar a noticia, Percy já comemorava o fato de ter que ficar em casa.

- Yeah. – o rapaz começou a fazer um dancinha da vitória, que se fosse feita em público o tornaria motivo de chacota. – Pelo menos uma vez na vida os deuses resolveram me escutar. – o moreno comemorou olhando para o teto e de braços abertos.

Annabeth desapontada olhou para o marido e deu um sorriso amarelo.

- Acho que agora nós podemos ficar o dia inteiro debaixo das cobertas. – Percy sorriu, mesmo que não estivesse entendendo a desanimação da esposa.

O rapaz correu até o quarto e voltou com os dois cobertores que ambos usavam para dormir, depois deu mais uma corrida até o cômodo e quando voltou estava de calça moletom e trazia o aquecedor portátil nas mãos.

- Estou me sentindo quando tinha cinco anos e a neve me impedia de ir para a escola. – o moreno disse sorrindo de orelha a orelha e Annabeth sorriu sincera com a felicidade do marido.

- Eu não gostava de ter que faltar na escola. – a loira disse lembrando-se de quando a nevasca a impedia de ir para o Jardim de Infância. – Apesar de não gostar dos meus coleguinhas, eu gostava da Sra. Beckendorf.

- Eu já desconfiava de que a minha Sabidinha não gostasse de matar aula. – Percy disse jogando-se no sofá, e quando a loira fez menção de passar por ele, o mesmo a agarrou pela cintura, fazendo com que ela caísse em seu colo.

Percy não deu tempo para que a loira falasse apenas a beijou, e durante o beijo a loira sorriu lembrando-se que Percy, às vezes, tinha cinco minutos de loucura e a agarrava, sem mais nem menos.

- Você precisa parar com isso. – a loira disse se levantando e seguindo para seu quarto. Afinal, não teria que trabalhar, então, por que continuar com aquela roupa, não é mesmo?

- Para com o quê? De te amar? – o rapaz questionou galante, e a mulher riu aparecendo novamente no corredor.

- Não. De me agarrar quando tem vontade.

- Então, eu teria que para de te agarrar... Até porque eu sempre tenho vontade. – o rapaz completou com um sorriso malicioso, fazendo a loira corar, como se não estivesse acostumada com o lado safado do marido.

A loira logo voltou para a sala, agora com um moletom de Percy e as pernas desnudas, pois um pequeno short se escondia debaixo do moletom.

- Hum... Eu reconheço esse moletom de algum lugar. – o moreno disse brincando e a loira riu, mas entrou na brincadeira.

- Então você deve ter um parecido, porque esse daqui foi um amigo que me deu.   

Percy lerdo do jeito que é, interpretou a frase de uma maneira totalmente errada.

- Como assim Annabeth Chase Jackson? – o moreno quase nunca demonstrava ciúmes, mas quando o fazia poderia ser considerado pior que a esposa.

A loira riu, percebendo o mal entendido do namorado, e sorrindo sentou-se em seu colo para só então começar a explicar.

- Ou você vai me dizer que quando você me deu esse moletom eu era mais do que sua amiga?

Então, Percy se lembrou da única vez que Annabeth dormira em sua casa, antes de ser sua namorada de fato, e ele emprestara seu moletom para a mesma dormir, já que estava frio naquela noite.

- Eu te emprestei não te dei. – o rapaz disse, mas a loira rolou os olhos e com a voz manhosa perguntou:

- Mas eu achei que ficou tão bem em mim. Você não acha? – Annabeth rodou, lentamente, na frente de Percy, fazendo com que suas pernas ficassem na altura dos olhos de Percy, que na humilde opinião do moreno, eram: belas pernas.

- Com certeza, ficou mil vezes melhor em você.

A loira sorriu vitoriosa e antes que Percy pudesse tocá-la a mesma se afastou indo para a cozinha.

- Limpa a baba que está no canto do queixo. - a loira disse para provocar.

Percy zangou-se e fechou a cara, sentando-se no sofá com cara de quem comeu e não gostou, o que no caso dele seria... De quem não comeu, mas teria gostado.

No entanto, a loira logo voltou com o café da manhã dos dois, e o sorriso de Percy voltou a sua face, pois este estava sendo paparicado com comida na boca.

- Tem coisa melhor? – Percy questionou de repente e a loira em seu colo franziu o cenho. – A mulher que eu amo, está no meu colo me dando comida na boca, e eu não tenho que trabalhar hoje. Então, tem coisa melhor?

Annabeth riu, mas não respondeu, afinal não tinha nada melhor do que um dia de folga com quem se ama.

E assim se passou à tarde, um dos dois fazia alguma guloseima, deitavam agarradinhos no sofá cama para assistir ora um filme, ora um desenho animado, segundo a vontade de Percy, e entre esses afazeres os dois se beijavam, pois segundo o casal Jackson aquela era a melhor forma de se aquecerem.

O dia estava quase no fim, quando Annabeth calou-se apresentado a mesma desanimação que tinha pela manhã.

- O que aconteceu, Sabidinha? – Percy questionou, quando percebeu que a loira estava quieta demais.

- Nada não. – a loira respondeu, mas o moreno a conhecia há tempo demais, para saber que ali, tinha sim, algo.

- Me conta Annie, senão não poderei de ajudar. – o rapaz disse virando-a em seu colo, fazendo com que a loira ficasse de frente para ele.

Annabeth até então, estava decidida a não contar o que estava acontecendo até porque estava planejando toda uma ocasião para contar o que precisava, mas o fato de ter que ficar em casa atrapalhara todos os seus planos, e como uma boa Filha de Atena, a mesma odiava a ser contrariada. Todavia, uma boa Filha de Atena sempre tem um Plano B.

- Você está assim porque não foi trabalhar? – Percy questionou, e Annabeth olhou no fundo de seus olhos, achando coragem para continuar.

- Percy, não é porque eu não fui trabalhar, mas é porque eu tenho uma coisa, muito séria para te contar. – a loira disse se afastando do calor do rapaz.

O Jackson estranhou os movimentos da loira, e sentiu-se desconfortável por não tê-la tão perto de si, no entanto, ele respeitou o espaço que ela estava impondo.

- Percy eu preciso que você prometa que vai entender os meus motivos. – o moreno a olhou assustado, devido a seriedade que ela falava.

O moreno querendo passar-lhe confiança afirmou segurou:

- Juro pelo Rio Estige. – um sonoro trovão ribombou por cima da nevasca, selando a promessa de Percy.

- Eu não sei quando, ou como aconteceu... Mas eu conheci outra pessoa. – a loira foi direta e clara.

O coração de Percy parou de bater, para voltar de uma forma desesperada. Os pulmões do moreno se fecharam e ele sentiu como se estivesse se afogando, o que era uma sensação horrível para um Filho de Poseidon.

- Calma, espera. O que você disse? – o moreno perguntou atordoado.

- Como eu falei... Eu não sei como aconteceu, mas quando eu vi já estava mais do que envolvida com essa pessoa e... – Percy a cortou com uma risada seca.

- Então... Era por isso que você queria ir trabalhar? Para encontrar essa pessoa? Eu não acredito. Eu não acredito que você fez isso comigo, Annabeth. – o rapaz andava de um lado para o outro desesperado.

A loira diferente do rapaz permaneceu sentada entre os lençóis e como a expressão de culpada.

- Percy, eu sinto muito... Não na verdade eu não sinto, mas quando eu percebi o que estava acontecendo eu já amava essa pessoa.

- Amava? Não, não Annabeth... Você... Você me ama. – o rapaz descontrolou-se – Você disse que ME AMAVA. – Percy acabou gritando e Annabeth encolheu os ombros, ainda mais culpada.

Percy continuou a andar de um lado para o outro, algumas lágrimas já caiam de seus olhos verde-mar, e a loira parecia alheia a esses detalhes. Depois de alguns minutos Percy voltou-se para ela e com os olhos suplicantes, perguntou:

- Você ainda me ama... Não é? – a voz de Percy estava frágil, como se a qualquer momento o mesmo fosse se quebrar.

- Amo... – a loira disse, e um sorriso começou a nascer no rosto do moreno, no entanto, a garota completou -... Mas eu também amo essa pessoa, e nada do que você fale me fará mudar de ideia... Percy, eu estou lhe comunicando que eu ficarei com esta pessoa independente de qual seja a sua vontade.

E então, aconteceu. Percy quebrou-se por completo.

O moreno levantou-se atônito, e quando as palavras de Annabeth pesaram sobre seus ombros, ele sentiu-se como se estivesse segurando o céu novamente... Mas desta vez ninguém viria ao seu auxilio, pois o seu mundo esta ruindo sob seus ombros.

- Eu vou te deixar sozinho para que você pense melhor... – Annabeth disse levantando-se, mas antes que ela pudesse se afastar, Percy a agarrou pelo pulso, e puxou o corpo dela de encontro ao seu.

Sem permissão Percy selou seus lábios no dela, esta que resistiu nos primeiros segundos, mas Percy se fez tão insistente que a loira cedeu-se a um beijo sôfrego e desesperado.

As línguas duelavam por espaço, mas Annabeth logo perdeu deixando que Percy explorasse cada canto de sua boca. As mãos do moreno, que até então, estavam segurando Annabeth pelos pulsos se deslocaram para a cintura da mesma, prensando-a contra o corpo do moreno. A loira que agora estava livre deixou que as suas mãos percorressem um caminho perigoso do abdômen do rapaz até o pescoço, enlaçando-o no final.

Quando o fôlego se fez necessário, Annabeth desceu do colo do Percy, o que a mesma estranhou, pois não se lembrara de ter subido no rapaz.

- Eu vou te deixar pensar melhor... – a loira disse se afastando desnorteada.

Percy que estava do mesmo jeito sentou-se no sofá, e passou as mãos pelo cabelo.

 Aquilo, definitivamente, não podia estar acontecendo. A mulher que ele amava estava em outro, ela tinha encontrado outra pessoa, o maio medo de Percy tinha se tornado realidade.

E como seu um filme estivesse passando em sua cabeça, ele começou a se lembrar de todos os momentos que já vivera com Annabeth. Lembrou-se de quando a conhecera, e quando a mesma dissera que ele babava enquanto dormia.

Lembrou-se de sua primeira missão, e quando conversara com a loira, e a mesma afirmara que ficaria ao lado dele, caso uma guerra entre seus pais olimpianos se iniciasse, pois ela era sua amiga. Lembrou-se de quando foi até o Mar de Monstros e viu o desejo mais intimo da mesma. Lembrou-se de quando ela fora seqüestrada em uma missão de resgate dos irmãos Di Ângelo, e como ele ficara preocupado com a mesma. Lembrou-se também de quando segurou o céu por ela, de quando enfrentaram juntos, o labirinto de Dédalo; de como ela estava acabada quando achara que ele estava morto. De quando ela levou uma facada no lugar dele, e de quando se beijaram pela segunda vez ao final da guerra.

Ele não acreditava que depois de ter caído no Tártaro junto dela, ela quebraria seu coração. Aquilo parecia muito injusto, pois mesmo enfrentara Deuses, Titãs, Gaia, Gigantes, Monstros e um pai ciumento para ficar com ela.

Ela, definitivamente, não poderia estar fazendo aquilo com ele.

Percy estava sem chão, e um pouco desnorteado quando Annabeth voltou para a sala.

A loira parou no batente da porta com um sorriso culpado e uma pequena mochila nas mãos, fazendo com que o desespero de Percy aumentasse. No entanto, ele não demonstrou apenas a fitou com os olhos tristes. Afinal, se fosse isso que ela queria, ele não iria impedir.

- Há quanto tempo? – o moreno disse com a voz seca, e com dificuldade já que sua língua parecia ter sido picada por um escorpião.

- Dois meses. – a loira respondeu e aquilo doeu ainda mais.

Então, ela trocaria anos de amizade, de um namoro “sólido”, e casamento quase que perfeitos, por uma pessoa que conhecera há dois meses?

- Eu o conheço? – Percy só tinha essa dúvida... Pois seria ainda mais doloroso se fosse alguém que o mesmo conhecesse.

- Na verdade, não. – a loira disse sentando ao lado dele no sofá e da mochila tirou um embrulho pequeno. – Eu comprei isso para você.

Percy deu uma risada seca e irônica.

Como se um presente fosse tapar esse buraco. – o moreno pensou no seu coração que parecia ter uma enorme ferida.

- Abra, por favor. – a loira pediu quando Percy começou a brincar com o embrulho.

Percy fez o que ela pediu e quando viu o que tinha dentro de pacote não entendeu mais nada.

- Você perguntou se o conhecia... Na verdade nem eu o conheço... Ou a conheço. Só vou conhecê-la daqui sete meses. – a loira respondeu massageando o ventre.

E então... A ficha caiu.

- Você está grávida? – perguntou exasperado, enquanto tirava dois sapatinhos de dentro do embrulho. Na verdade, dois sapatinhos de crochê especiais para bebês.

- Eu espero que você esteja comigo quando chegar a hora de conhecê-lo. – a loira sorriu assentindo.

Percy a olhou estupefato e a agarrou em um abraço apertado, enquanto a girava no ar. A loira riu do entusiasmo do marido, e mesmo a acompanhou.

O moreno a beijou. Um beijo feliz e repleto de amor. E quando a soltou perguntou:

- Você tem noção do quanto você me assustou?

- Um pouquinho. – a loira disse sorrindo marota.

- Nunca mais... Você está me ouvindo? Nunca mais faça isso comigo. Sabe por quê? – ele questionou e ela negou com a cabeça – Eu morreria se você me deixasse. – o moreno completou com seriedade.

- Eu também morreria se você cogitasse a ideia de me deixar. – a loira respondeu beijando-o.

Percy sorriu em meio ao beijo e desceu os lábios pela mandíbula de Annabeth terminado na base do pescoço da loira.

- Acho que precisamos comemorar. Você não acha? – o moreno perguntou depois de refazer o caminho, só que dessa vez terminando na orelha de sua esposa.

- Como toda a certeza. – a loira disse já entregue as caricias do rapaz.

- Mas antes eu preciso te contar uma coisa. – o moreno disse se afastando e Annabeth o encarou, séria. – Eu te amo. – Percy disse em forma de sussurro, e Annabeth riu. Depois o Jackson se abaixou e murmurou as três palavras para a barriga de Annabeth deixando-a mais feliz ainda.

-Acho que agora nós podemos comemorar. – a loira disse dando um sorriso malicioso. – E só para constar. Eu também te amo.

Percy sorriu e a beijou levando-a aos trancos e barrancos para o quarto.

Com certeza, ficar debaixo das cobertas em um dia de frio não é tão ruim assim. Pelo menos foi isso que Annabeth aprendeu como aquele dia.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram?
Espero que tenham gostado, apesar desse final idiota.
Leiam as minhas outras fics. POR FAVOR

PERCABETH's

—--------------- Long-Fic ----- IT IS THE LIFE...
LINK: http://fanfiction.com.br/historia/218949/It_Is_The_Life

—--------------- Short-Fic ----- AS LONG AS YOU LOVE ME
LINK: http://fanfiction.com.br/historia/328868/As_Long_As_You_Love_Me

—--------------- One-shot ------ JUST THE WAY YOU ARE
LINK: http://fanfiction.com.br/historia/366058/Just_The_Way_You_Are

KATEETA

—---------------- One-shot ------ A ESPERA
LINK: http://fanfiction.com.br/historia/265441/A_Espera


Bom se você já leu algumas dessas e não deixou reviews passe lá e me deixem FELIZ. Agora se você acompanha algumas delas que ainda não foi finalizada e não deixou reviews passe lá e me deixem FELIZ.
Agora se você ainda não leu nenhuma dessas passem lá, leiam analisem e deixem reviews --> MESMO QUE NÃO TENHAM GOSTADO, FALEM PELO MENOS QUE ODIARAM.


BEIJOS E ATÉ UMA PRÓXIMA.

P.S.: Não esqueçam dos reviews pelo menos nessa One.