Aluga-se Um Noivo escrita por Clara de Assis


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Olha que coisa boa, vou inserir dois capítulos de uma vez, pq preciso atualizar a segunda temporada de A Aposta, então, meninas que babam pelo Erick, mais tarde tem mais A Aposta - 2ª Temporada, com cenas mais picantes, então preparem seus banhos frios rsrsrs, eu mesma tô precisando de um.... afff....



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Abri os olhos por culpa da claridade e.... bem, por causa de uma coisa me cutucando a bunda.

Olhei de esguelha e era real, Théo estava ali comigo, ressonando bem baixinho, e eu com um sorrisinho bobo no meio da cara.

Não dava pra ser perfeito né? Mas até aquele ronquinho baixinho o deixava sexy. O cabelo caia um pouco sobre o olho fechado e os lábios dele estavam entreabertos, tentei não fazer movimentos bruscos para descer da cama mas assim que me afastei um tantinho atoa ele me puxou com tudo me agarrando forte e aquela coisa dura logo de manhã roçando na minha bunda.

Ele continuava dormindo, mas havia parado de ressonar, tentei me afastar novamente, estava estranho aquilo ali, minha camisola mais parecia uma blusa, toda embolada acima da cintura e a mão dele sobre meu abdome.

Os dedos dele começaram a deslizar para cima, eu paralisei, meus olhos estavam pra lá de arregalados e então senti seus dedos em meu mamilo, acariciando tão delicadamente quanto se estivesse passando uma pluma.

Meus olhos de arregalados começaram a se fechar aos poucos, revirando e revirando, minha respiração presa se esvaindo de meus pulmões lentamente, a mão que outrora era delicada se fecha de uma só vez em meu seio, de repente a voz rouca me alcança os ouvidos e todos os pelos do meu corpo se arrepiam!

— Aonde você pensa que vai?

— Fazer xixi. — Fazer xixi? Eu disse isso mesmo? Senhor eu disse sim!

Foi mico, mas ele me soltou na mesma hora. E eu como sou muito inteligente saí correndo para o banheiro.

Como um leão enjaulado (no banheiro de quatro metros quadrados), andando de um lado a outro, o que fazer? O que fazer? Não tinha nem como ligar pra Carol! Ah! O que estou pensando? A primeira coisa que aquela maluca me diria é: dá pra ele!

Será que devo? Não que eu não possa, afinal de contas como diria a Lady Kate, eu tô pagando. Meu coração a mil migrou do peito pra minha garganta, começava a suar. Banho! Um banho frio vai resolver a situação!

E foi isso mesmo o que fiz me enfiei por inteiro debaixo do chuveiro e quando saí... estava morrendo de frio e de vontade de transar com ele.

Escovei os dentes, fiz o máximo de hora possível! Mas em algum momento precisaria sair e foi isso que fiz, saí! Disposta a me jogar naquela cama e me jogar naqueles braços musculosos e cheguei cheia de atitude no quarto, praticamente jogando os cabelos, toda sexy, enrolada na toalha e.... Ué, cadê o cara?

Meu narizinho foi agraciado pelo aroma do café que invadia o quarto. Ouvi os passos dele e me virei, estávamos ambos de toalha, ele também tomou banho. Ele tomou banho? No banheirinho de empregada? Mas lá só tem água fria!

— Quer?

— O quê?? — cara! mais é um mico atrás do outro, fiz uma cara de espanto achando que ele estava se oferecendo, mas estou tão paranoica com isso de sexo que nem me dei conta da xícara que ele esticava na minha direção. E foi aquele sorrisinho dele que me fez despencar do mundo da lua.

— Café.

— Ah! É, é.. er.. am... é ... — dei uma risadinha do tipo hi hi hi, balançando a cabeça em negativa, Meu Deus abra um portal para outra dimensão e me suma daqui! Responde alguma coisa sua maluca!

É, não saiu nada da minha boca, eu só estiquei a mão e peguei a xícara fumegante, bebi um pouquinho, bem devagarinho, afinal, estava pelando! E ele tomou o dele.

— Hmm, gostoso. — elogiei, estava mesmo.

— Eu sei. — ele passou a mão livre no abdome. Eu não acredito que estava se referindo a ele próprio!

Segurei a dignidade e fui me vestir, ele saiu do quarto ainda de toalha e entrou no banheiro.

Coloquei um conjunto simples de calcinha e sutiã, um short jeans e uma camiseta branca.

Théo surgiu ainda de toalha, barba feita, muito cheiroso. Passou por mim e ficou nu, sem o menor constrangimento e só então foi vestir uma cueca. Fiz de conta que aquilo tudo era muito natural e fui saindo de fininho pra arrumar a bagu... Cadê aquela bagunça absurda?

Ele arrumou o apartamento? Mas em que momento ele fez isso? Fiquei bege! Fui até a cozinha e estava tudo lavado, tudo organizado, que loucura!

— Preciso fazer uma observação, Débora. — se escorou no portal da cozinha.

— Tá, mas espera um segundinho. Você arrumou tudo? — ele fez que sim e colocou mais um pouco de café na xícara, contou mentalmente as gotas de adoçante enquanto seus lábios se mexiam sutilmente. — Obrigada, puxa, isso foi muito gentil da sua parte!

— O que? Lavar uns copos?

— Amm... por tudo! Lavar, arrumar e bancar o noivo tesudo... E qual a observação quer fazer? Olha se for pelo dinheiro já está na sua conta desde sexta!

— É sobre você.

— O que... o que... eu? O que tem eu?

— Apenas uma observação. — Théo deu uma golada no café e me olhou nos olhos — Você está a fim de mim?

Ai Jesus Cristo. Senti meu queixo bater de nervoso, então me virei pra pegar... pegar... er... a manteiga! Na geladeira.

— Que bobagem é essa? De onde tirou isso?

— Do beijo de ontem, da sua reação hoje quando acordamos, do quanto demorou no banheiro, deixa ver o que mais... e da maneira como gagueja quando fala comigo.

— Cara, seu ego é mesmo muito inflado né?

— Meu ego? Vai querer me convencer que não tá ficando maluquinha comigo?!

— Não estou nem um pouco, eu sou lésbica se quer mesmo saber. Desde que meu namorado terminou comigo. — bati a porta da geladeira, irritada!

— Então tomou banho frio só de onda né?! — Agora ele estava rindo novamente e na minha cara.

Se aproximou normalmente me imprensando contra a geladeira, colocou a xícara dele sobre a pia e voltou seu olhar pra mim. Minha respiração novamente me deixando na mão! Meu coração é um traidor miserável! Pulando como se tivesse corrido a maratona da São Silvestre!

Aquele corpo todo em cima de mim, me inebriando com seu perfume, com seu peito desnudo, com aquele abdome definido, com aquele cabelo úmido e as mãos, ai, as mãos segurando firme meu quadril e os olhos castanhos esquadrinhando minha alma.

Seja forte, seja forte!

Não me movi um milímetro e ele sorriu. Mas que merda! O que será que ele estava pensando? O que? Pior ainda foi quando mordeu o lábio enquanto enterrava ainda mais os dedos na minha pele e foi até minha orelha mordiscar o lóbulo, me deixar sem fôlego, sem ação, sem lembrar nem mesmo o nome da minha mãe!

— Lésbica né?!

Sabe Deus de onde tirei forças, mas me desvencilhei dele e fui para o corredor, soltando de uma vez o ar. Droga! Parece que voltei aos meus quinze anos! O mesmo aperto na barriga, as tremedeiras na perna, tudo, tudo! Por um homem que vende sexo!

Fui o mais rápido possível para o quarto que havia feito de escritório, precisava trabalhar, ou fingir pelo menos!

O vi passar e voltou já vestindo uma camisa.

— Vou sair, querida. — debochado, desgraçado — Não precisa me esperar para o almoço, na verdade, devo voltar só na quarta-feira.

— Quarta-feira?

— Quarta-feira. Tente não se matar com aquele vibrador, e não estou falando do bullet na gaveta de calcinhas não, mas daquele disfarçado de soldadinho inglês.

Acho que abri uma boca tão grande que era possível encaçapar uma bola de basquete dentro dela! Como ele sabia do...? Aff... Como não saberia? Esses brinquedinhos ele devia conhecer todos...

Fiquei tão passada com o que ele disse que além de não responder nada, fiz questão de não ligar, nem mandar nenhuma mensagem!

Assim que pisei no escritório no dia seguinte, Carolina veio com um mega sorriso.

— E aí?

— E aí que ele é um grosso!

— Ah disso a gente já sabia né?! Quero saber se foi gostoso?!

Fiz uma tromba gigantesca e Carol envergou a boca num bico de lado.

— Ah fala sério, Dé.

— Nenhuma palavra quanto a isso!

— O cara tava lá disponibilíssimo, gostosíssimo, mercadoria paga e você de babaquice!

— Tem coisa muito mais importante que fuder com um prostituto.

— Como o que por exemplo?

— Você por acaso se deu conta que não sabemos nada desse cara? Nem onde mora, qual a rotina dele, o nome dele! — eu enumerava nos dedos.

— Pelo menos sabemos que ele não tem Aids.

— Aff... não dá pra conversar com você.

— Tá e você pretende investigar o Théo...

Ela falou de brincadeira, mas a sobrancelha esquerda que levantei a fez revirar os olhos.

Estava tão preocupada com meus sentimentos (a fatídica constatação de estar apaixonada pelo Théo), que me esqueci completamente na análise que solicitei na Junta Comercial.

Abri meu e-mail e descobri o nome do dono da Galáctica S/A, Paulo Couto do Nascimento.

Peguei o endereço e não quis saber de porra nenhuma.

— Aonde você vai ô maluca? Tem reunião de coordenação às duas!

— Ainda são dez da manhã, relaxa, volto em tempo, qualquer coisa, tranca o banheiro dos deficientes e diz que estou lá com diarreia!

— Ah! Capaz!

— Fui.

Saí discretamente e alcancei o primeiro taxi que passava, muita sorte, seguimos para o endereço da Galáctica S/A.

— É aqui, moça.

— Ah obrigada.

— Paguei ao motorista e desci do taxi um tanto quanto chocada.

Estava em um bairro decadente da zona norte do Rio, perto da linha do metrô, tudo tão estranho, conferi novamente e era lá mesmo, apertei o interfone do 302 e uma voz masculina atendeu. Disse que era do senso e ele abriu a porta quase que de imediato.

Cara, ninguém é visitado pelo senso! E se alguém diz “sou do senso”, as pessoas correm pra participar da pesquisa!

Agora eu peguei aquele filho da mãe arrogante!

Subi os lances da escada quase colocando os bofes pra fora! Dei uma respirada e toquei a campainha, a porta nem olho mágico tinha, ele abriu a porta de uma só vez e nos encaramos.


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Notas finais do capítulo

ah eu quero comentários!