Troublemaker escrita por Dream


Capítulo 5
All I Want For Christmas


Notas iniciais do capítulo

HEY PARTY PEOPLE, queria ter postado antes, mas semana de festas é muuuuito corrida, né? Então aqui está. O especial de natal atrasado. Eu particularmente gostei do cap, ele não tá tão grande quanto parece, é porque tem musica nele e tal. Não pretendo postar antes de 2015, até porque né, mas vou dar uma pausa, então, se eu subir, ja sabem... Feliz natal, um prospero ano novo. em que 2015 chegue chegando. Obrigada por acompanhar. Amo vocês. E também: PARABÉNS ROSS SEU GOSTOSO.



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– Você precisa largar o lacrosse. – digo subindo na traseira da picape.

– Ahn? – Austin perguntou.

– Você precisa sair do time. – sento ao seu lado.

– Obrigada pela carona, Austin. – ele fala sarcástico. – Por quê? Eu to amando esse esporte.

– Por Elliot. Por favor, Austin. – suplico.

– Não. – ele diz emburrado.

Decido não insistir por ora. Precisava dessa carona, já que Elliot é uma criança birrenta.

...

O resto da semana foi corrido, precisava correr atrás do prejuízo, estudar para os testes de depois das festas. Não fiz mais shows ou se quer vi o Austin durante esses dias. Além estudar loucamente, Trish teria as provas antecipadas, pois visitaria a família. Sim, abandonada pelos meu amigos no dia de Natal. Estou arrumando meu armário quando um deles aparece.

– Hey, Alls, você estava certa. – disse Elliot bagunçando meu cabelo

– Sempre estou. – sorriu presunçosa. – Mas por quê?

– O treinador me devolveu o posto de titular. – o moreno sorria como uma criança.

– Que ótimo. – falo, estou satisfeita. Já havia feito minha boa ação de natal.

– Você vem hoje a noite? – ele indaga.

– Ahn? – não faço idéia de que detalhe deixei passar.

– Pro Jingle Jam... – Elliot pergunta. – Não acredito que esqueceu. Sabe, a festa de natal, decoramos o colégio, montamos a arvore, cantamos algumas musicas de natal, comemos rabanada e bebemos gemada, doadas pela Sra. Greasy...

– Não acredito que me esqueci disso, amo as comidas da Greasy. Te vejo de noite. – falo enquanto corro para biblioteca.

...

Quase todo o ensino médio está aqui. Mesmo aqueles que vivem matando aula. O que um pouco de musica e comida grátis não faz. Talvez eu devesse dar essa idéia ao diretor. Bebo um pouco de chocolate quente com marshmallows, enquanto decoro parte da gigante arvore. Avisto uma cabeleira loira pendurando leds envolta da janela, e decido dar uma pausa.

– Obrigada. –sussurro perto de seu ouvido, assustando-o.

– Por? – ele diz concentrado em seu trabalho.

– Largar o lacrosse. – digo sorrindo.

– Tudo bem, não é minha praia, prefiro ser um LeBron James branquelo. Não Jim Brown, ninguém lembra quem é ele. – o garoto ri descendo as escadas. Estendo uma das xícaras de chocolate quente. – Obrigado.

Continuamos conversando sobre coisas aleatórias, até chegarmos aos fundos do auditório.

– Você vai cantar? – indago surpresa.

– Vou. Você não?

– Não canto assim, tenho medo de palco. – digo.

– Eu te conheci num show, você não tem medo de palco. – ele diz rindo.

– Não... – digo tirando a identidade da capinha do meu celular. – Você conheceu Katherine Miller, de New Jersey. De qualquer forma, a Ally não canta em publico, principalmente se eles estão sóbrios. – rio.

– Você é louca. – ele está gargalhando.

– Eu sei. Quebre a perna. – pisco para o Moon e saio andando até a platéia.

...

Quando Austin subiu ao palco com seu violão, e alguns garotos do coral, ninguém além de mim, Trish, Dez, os professores e diretores, e uma garota morena, que eu acredito ser cheerleader, pelos gritinhos animados, aplaudiram. O que eu estranhei, Austin tinha o tipo de garoto popular. Mas isso não o intimidou, o garoto era confiante. Ele tocou algumas musicas clássicas de natal.

– Eu gostaria de dedicar essa musica, para uma pessoa muito especial, que não está entre nós. – ele termina a frase com um fio de voz. Olho em volta, todos estão de cabeça baixa. Acho que perdi algo.

– Oh oh, Christmas is coming
Those elves and reindeer are running
And I just want you by my side

Santa, is coming to town
And you're not gonna be around
This snow is bringing me down
'Cause tomorrow's gonna be a big day
And you're worlds away

I'd give anything
If we'd could sing
Fa la la la la la la la la la la

Oh oh, Christmas is coming
Those elves and reindeer are running
And I just want you by my side
This year, the season is crazy
Snow globes, that somebody's shaken
That's what makes it Christmas time

Presents, under the tree
Could never mean as much to me
As you here
That's why I believe
That when I see Santa's sleigh
Heading this way

He's gonna hear my wishes
And know I miss ya
Fa la la la la la la la la la la

Olho para todos em volta. Alguns estão chorando, ou cantando junto. Vejo Elliot limpar uma lagrima. O que eu não sei?


– Oh oh, Christmas is coming
Those elves and reindeer are running
And I just want you by my side
This year, the season is crazy
Snow globes, that somebody's shaken
That's what makes it Christmas time

If we could all be together
In crazy christmas sweaters
I know that santa hears me
Loud and clear
Don't ya hear me now?

Oh oh, Christmas is coming
Those elves and reindeer are running
And I just want you by my side
This year, the season is crazy
Snow globes, that somebody's shaken
That's what makes it Christmas time
Yeah, yeah, oh oh

Oh oh, Christmas is coming
Those elves and reindeer are running
And I just want you by my side
This year, the season is crazy
Snow globes, that somebody's shaken
That's what makes it Christmas time

Oh o woah
Oh o whoah oh
That's what makes it, makes it Christmas time.

Fomos liberados depois disso. O caminho foi silencioso. Elliot deu carona a alguns caras do time, e ninguém falava nada, nem mesmo uma piadinha idiota.

– Pai? Chegamos... – grito para avisar, sei que ele está em casa, seus sapatos estão virados ao lado da soleira.

– Ola, querida. – vejo minha mãe sentada na poltrona bebericando um chá.

...

Era 24 de Dezembro, véspera de natal, minha mãe havia me arrastado por NYC inteira atrás dos presentes. O que ela fazia aqui eu não tinha idéia, ela nunca vinha no natal, ligava e mandava algum presente, às vezes um de seus aclamados exemplares sobre a vida selvagem. Estava morta de cansaço, nem se quer tirei os coturnos para me jogar no sofá. Estou quase caindo no sono quando alguém pigarrei-a.

– Ally, precisamos conversar. – meu pai está serio. Me sento no sofá de frente pro casal que um dia já foi feliz.

– Sua mãe e eu conversamos, e ela acredita... Que... – ele está enrolando, está nervoso. Isso não é do tipo homem de negócios Dawson.

– Que você vai voltar comigo, para África. - ela diz sorrindo.

– Hahahaha. Otima piada, Penny, mas april fool’s já passou há muito tempo. – digo.

– Não é brincadeira, Ally, me respeite, sou sua mãe. – ela repreende.

– Uma mãe não abandona a filha. – respondo seca.

– Ally, por favor, fale direito com sua mãe. – meu pai pede. Mas já explodi, e não há como conter uma explosão.

– O que? Por quê? Sua querida filha está atrapalhando seu precioso trabalho? O que vai fazer? Me mandar embora? Ah, já está fazendo isso, não é mesmo? – saio batendo o pé e sigo para o elevador. Sei que não irão me seguir pois escutei um “deixe-a respirar”. Decido mandar uma mensagem para a única pessoa que sei que está na cidade.

Austin, o que sua família faz na véspera de natal? xx

Nada além de comprar presentes. A sua faz algo? xx

No momento destrói vidas. :)

Vish... Quer que eu passe ai?

O mais rápido o possível. xx

...

Austin chegou 20 minutos depois numa moto preta. Sem falar nada, ele estendeu o capacete pra mim. Coloquei e subi na garupa, me aconchegando envolta do seu corpo. Segurei firme seu abdômen definido quando ele acelerou. Corremos pela cidade. Nas ruas mais vazias, me arrisquei a ficar de pé. Os ventos balançavam minha camiseta. Sentia-me livre. Dirigimos mais um pouco, até que o loiro estacionou num bairro vazio. Era um grupo de prédios abandonados, reconhecia o lugar, em breve seria construído um grande shopping, e mais uma franquia da Sonic Boom.

– Obrigada. – sorrio.

– Por nada, Alls. Antes de me contar sua tragédia, quero te mostrar um lugar. – Austin me guia através das escadas, iluminada pelo celular, até o telhado do prédio. La, ele liga uma espécie de gerador que acende todas as leds de natal pendurada. Sei que não é nenhuma decoração de natal. É apenas uma forma mais barata e secreta de iluminação.

– Uau, isso é incrível – falo encantada.

– Bom, eu e uns caras, daquela banda que as vezes toca comigo, sempre procuramos lugares como esse. Esse prédio vai ser demolido em breve. O que é triste, estamos aqui há uns dois anos. Um dia antes a gente passa, pega as coisas e procura outro. Tem sido assim há uns três anos, ou até mais. – ele explica se debruçando no peitoral. – Mas o que te perturba, pequena gafanhota?

– Essa palavra não existe. – rio. – Antes de contar o Ally’s drama, sei que é loucura, mas tem algo pra comer?

– Bom... – ele diz indo em direção ao sofá coberto com umas mantas. – Temos salgadinhos e cerveja quente.

– Melhor que nada. – digo rindo. Pegamos quatro garrafas e dois pacotes (um doritos e uma chips) e voltamos ao peitoral. Austin estoura o lacre na laje.

– Milady. – ele entrega a cerveja fazendo reverencia. Pego e me sento na beirada da laje, enquanto ele abre sua cerveja, eu abro os pacotes.

– Minha mãe apareceu no dia do Jingle Jam, eu achei de verdade que ela queria nos ver, sabe, depois de três anos lá. – beberico um pouco da minha garrafa. Austin escuta atentamente, pegando alguns punhados de salgadinho uma vez ou outra. - Mas de repente, ela decide que vou morar no meio da savana com ela, e meu pai, ele nem se quer se importa se eu for. – Viro a garrafa novamente, bebendo quase todo o conteúdo. – Isso é uma droga. Como são seus pais?

– Isso é uma longa historia. – ele diz sem emoção.

– Então, e aquela musica no colégio, pra quem era? – indago.

– Outra longa historia. – o loiro responde ficando tenso.

– Você vai ter que contar uma das duas, então. – sorrio, e sei que o venci, pois ele suspira antes de começar.

– Meu pai de verdade, bom, eu não faço idéia de quem seja, ou seu nome. E pra falar verdade, não me importo. Ele estava sempre indo e vindo. Até que quando eu tinha uns 6 anos, ele parou. – ele diz bebendo um pouco da sua garrafa. -Eu perguntava sobre ele, por que ele nunca estava lá no natal, ou na páscoa. No colégio, via os pais com os meninos nos jogos, e me perguntava por que ele não aparecia. – o loiro pegou um punhado de chips e enfiou na boca. - Quando tinha uns 10 anos, parei de me importar. Sabe? Se ele não queria aparecer, por que devia procurá-lo? Quando eu tinha 12, minha mãe se casou com um cara, e eles abriram uma loja de colchões. A gente até que se da bem, mas ele não curte musica. – ele vira a garrafa de cerveja inteira. - Sei que meu pai manda dinheiro todos os meses. Mas nunca pergunta de mim, ou eu dele.

– Isso é uma droga. – digo. – A todos os péssimos pais do mundo. – bebo o restante da garrafa, e com um grito atiro-a longe, estilhaçando-a. Austin ri, e me imita.

Ele liga um boombox, e me surpreendo com a raridade daquilo. Dançamos e rimos bastante. Ando pelo peitoral, fingindo cair e levo um ralho de Austin, e isso vai por todo resto da noite. Até nos sentarmos no sofá.

– Obrigada por salvar minha noite, Moon. – lhe ofereço singelo sorriso.

– Por nada, Dawson. – ele retribui.

– Meu Deus, é quase meia-noite. Talvez eu devesse te levar pra casa. – ele diz se levantando. Mas o puxo de volta. O que faz cair sobre mim.

– Não ainda. – sussurro. Olho o relógio em seu pulso virar meia-noite. – Feliz Natal, Austin.

E beijo-o.

...


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Notas finais do capítulo

Até 2015, delicias, não esqueçam dos reviews.



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