Austin e eu seguimos de volta para a boate, nenhum de nós disse nada no caminho, talvez porque era muito tarde, ou talvez porque estávamos envergonhados demais para falar qualquer coisa.

Beijar Austin foi bom, legal e divertido, estranho e mesmo assim mágico. De qualquer forma, depois de alguns minutos chegamos ao club, entramos no "Camarim" e fomos atrás do pessoal, Dez e Trish dormiam no sofá, Dez encolhido no canto e Trish ocupando todo o espaço do sofá, Elliot juntava algumas coisas no canto.

–Hey dudes! - ele disse nos olhando. - Ally, pode acordar os dois e terminar de juntar as coisas pra irmos? Preciso falar com o Austin um pouco. - ele disse encarando-o.

Eles saíram em direção ao bar, e tentei acordar a Trish e Dez, e depois de looooongos (longos mesmo) minutos acordaram e juntaram as coisas. Dez nos ajudou a colocar meu violão, a guitarra, o piano, e o amplificador de Elliot no porta-malas do carro da mãe de Elliot (que era uma SUV, a)porque os pais deles não deixavam ele usar o carro decente pra vir pra essa área da cidade e b)porque não caberia os instrumentos) e depois o ajudamos a colocar suas tralhas na picape (e tinha muuuuuitas). Terminamos exaustos, mas Trish ainda tinha energia para bater no Dez. Logo depois Austin e Elliot chegaram. Austin pulou para caçamba da picape e Dez ligou o motor, eu e Trish já estávamos no carro quando Elliot deu partida.

– Você não passou seu numero... - ouvi Austin gritar

– Até amanhã, Austin! - gritei em resposta antes de Elliot arrancar em direção a ponte

–--x---

No caminho de casa, Elliot ligou o som do carro, e fomos cantando musicas aleatórias que tocassem, então meu pai me ligou.

– oh suck! Abaixa o radio, é meu pai! - disse para Elliot - Alo, pai?

– Ally Dawson! - ele gritou e eu afastei o telefone do meu ouvido - Onde você está? E não figa que é na casa do Elliot, porque eu liguei pra la e a ms. Lockwood disse que não estavam lá, que haviam saído sei la pra onde e ainda não voltaram. Onde você esta?

Este era o grande problema de Lana Lockwood, ela não sabia mentir, por mais que tentasse nos acobertar ela sempre acabava soltando algo.

– Nós saímos... Pra ir no Mc Donald's. Resolvemos comprar umas batas e cheese burgers para a sessão video game.

– Espero que seja verdade, agora vou desligar, tenho que voltar ao trabalho.

Chamada encerrada. - Espero que seja verdade, agora vou desligar, tenho que voltar ao trabalho... - disse o imitando - Sempre o trabalho.

– Que tipo de mentira foi essa, Ally? - disse Trish rindo.

– Batatas? Serio? - Elliot riu.

–--x---

Quando chegamos, me joguei no puff e Trish no tapete.

– Vou pegar umas coisas. - disse Elliot.

– O que aconteceu? Pode me contar tudo... - disse Trish sorrindo perversamente.

– Nada demais. - disse abrindo o ziper de minhas botas e chutando. - So demos uma volta, bebemos, Austin se meteu em uma briga...

– Em uma briga? - ela gritou me interrompendo.

– É, meio que me defender de um idiota ai, depois os tiras apareceram e nós fugimos...

– Os tiras? Ally, e se a policia tivesse te pego? Você tava ferrada.

– Relaxa, Austin despistou eles, e nos beijamos.

– Vocês o que? - ela gritou.

– Fala baixo!

– Okay, desculpa!

Então Elliot entrou no quarto com uns potes com Chips, pipoca e molho. Olhei pra minha amiga como se selássemos um trato de não dizer mais nada, Trish assentiu.

– Let's kill some bitches! - ela gritou.

–--x---

Austin's vision

– Hey dudes! - disse Elliot. - Ally, pode acordar os dois e terminar de juntar as coisas pra irmos? Preciso falar com o Austin um pouco. - ele disse me encarando.

Saímos em direção ao bar, e Elliot começou a falar.

– Austin Monica Moon... O que diabos você está fazendo aqui?

– O mesmo que vocês... - respondi.

– Man, eu odiaria te dar uma surra, então é melhor tomar cuidado com a Ally... - ele me olhava assustadoramente.

– Cara, acho que não to te entendendo.

– Eu te conheço Austin, e conheço sua reputação, Ally não é pro seu bico, nem esse tipo de garota.

– Cara, você sabe que eu não fiz aquilo...

– Não sei Austin, na verdade ninguém sabe, só tome cuidado pra não ferir a Ally, troublemaker... - ele deixou a frase morrer e deu um soco na própria mão.

– Não conte nada pra ela! Por favor! - supliquei.

– Não irei! Está avisado, Moon! - ele pegou uma cerveja e saiu.