O Despertar De Mewtwo escrita por 365fanfics


Capítulo 14
O diário de Mew e Mewtwo


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo começa exatamente onde o anterior terminou, com a leitura do diário e o ponto de vista de Small Lady.



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Abri o diário e logo percebi que algumas folhas tinham sido arrancadas e provavelmente destruídas.

5 de Julho:

Guiana, América do Sul,

Um novo pokémon foi descoberto nas profundezas da selva.

– Não tem o ano de quando foi escrito. – Lance observava. No diário, não tinha referencia nem de ano, nem de quem pudesse ter escrito.

Virei a pagina e encontrei outro registro com a mesma caligrafia.

10 de Julho:

Nós batizamos o pokémon recém descoberto de Mew

– O cara descobre um pokémon que mudaria para sempre o rumo de tudo e escreve só isso? – Lance já começava a se agitar.

– Naquela época eles não sabiam que Mew era tão importante. – voltei a me concentrar no diário e notei que o numero de paginas arrancadas era muito maior do que previa. Assim como paginas em branco.

Depois de passar por várias paginas em branco encontrei uma tímida anotação que não tomava nem sequer metade da pagina.

6 de Fevereiro:

Mew deu a luz.

Chamamos o recém nascido de Mewtwo.

Parecia que quanto mais eu me aprofundava nesta história mais confusa ela ficava. Mewtwo era filho do Mew? Como assim?

– Eu não entendo. – sussurrei.

– Já parou para pensar que esteja escrito no modo figurativo? – perguntou Lance – O DNA do Mewtwo é similar ao do Mew, não idêntico, ou seja, é como pais e filhos. – embora a justificativa de Lance fosse absurda, a afirmação do diário estava mais absurda ainda.

E mesmo que isso fosse verdade, não mudaria os fatos. Mewtwo continuaria sendo uma ameaça.

Temos que impedir que Mewtwo desperte, não importa se é filho ou clone de Mew.

Novamente foliei o diário, mas só existia mais uma anotação. Tive vontade de gritar de frustração ao me dar conta que mais 80% das folhas foram arrancadas.

1° de setembro:

Mewtwo é muito poderoso.

Não adianta...

Somos incapazes de controlá-lo.

– Acabou...

– Merda, tanta coisa pra nada. Vamos voltar para Pallet. – Lance deu as costas e partiu.

– Espere, talvez sirva para alguma coisa.

– Sirva para alguma coisa? O Giovanni está deitando e rolando sobre a gente nas ultimas semanas, enquanto nós só sabemos andar em círculos. – apesar das nossas diferenças, sabia que Lance tinha razão.

– Mas está todo mundo fazendo aquilo que pode... – parei de falar ao sentir uma presença estranha, mas ao olhar pra trás não avistei o que seria.

– O que houve?

– Vamos sair daqui. – arrastei Lance comigo e fomos embora da Mansão Pokémon.

Eu não posso ter me enganado, nós não estávamos sozinhos naquela casa.

O levei até a região mais isolada da ilha para que pudesse liberar seu Dragonite.

– Vamos para Lavender.

– O que?

– Eu quero ir para Lavender! – eu parecia uma criança mimada falando daquela maneira, mas não tinha tempo para explicações.

Lance abriu a boca, mas antes que falasse algo, voltei a contestar.

– Sabia pode ter alguém além de nós atrás disso? – mostrei o diário desgastado pela poeira de anos – Vamos para Lavender.

Sem contestar, voamos até Lavender. Apesar de odiar voar, sabia que era melhor e mais seguro que usar o teletransporte.

Quando chegamos, a cidade continuava igual ao dia anterior. Comecei a andar até a casa que era de meu pai e que agora era minha. A casa que passei a minha infância.

Entrei na casa e segui para a sala de jantar, que na verdade era uma biblioteca. Fui em direção aos livros do centro da estante, precisava esconder o diário. Retirei alguns livros e já fora suficiente para avistar o cofre.

Rapidamente abri o cofre e comecei a remexer nas jóias e nos dólares, como se procurasse um espaço para guardar o precioso diário.

– Não acha meio obvio colocá-lo em um cofre? – Lance me observava de soslaio.

– Se esse fosse o cofre verdadeiro sim, se não são. – me afastei e fui até a escrivaninha, desmontei uma caneta comum e introduzi na discreta entrada nos fundos do cofre, logo em seguida o falso fundo se soltou.

– Como conseguiu ter essa ideia? – Lance me perguntava impressionado.

– Todos os cientistas têm arquivos confidenciais e sigilosos, cada um os guarda como pode.

– Se sua intenção foi justamente essa, por que usa o cofre para guardar jóias valiosas e dinheiro?

– Essas jóias são réplicas perfeitas que só um especialista seria capaz de perceber, as originais estão no banco. Quanto aos dólares, são verdadeiros, mas se um dia a Equipe Rocket ou alguma outra facção me descobrir, eles ficarão satisfeitos e irão embora, e para mim é só o que interessa.

– Mas já passou pela sua cabeça que eles podem perceber que o fundo é oco e tentar arrombá-lo?

– Sim, mas caso isso aconteça, eu já o programei para entrar em chamas...

– Mas aí tudo seria destruído.

– Sim, mas antes eles se destruírem do que caírem em mãos erradas Lance.

– Sinceramente, acho que esse diário não poderia ter ficado com alguém melhor. – sorri de lado com as palavras de Lance.

– Eu como a putinha do Bill, tenho que fazer por onde. – travei o fundo do cofre, assim como sua frente, introduzi os livros e saí do escritório. Antes de sair de casa passei pela sala e me deparei com meu reflexo no espelho. Estava em estado deplorável com aquele cabelo sem cor definida, roupa colorida e flor na cabeça.

Se a intenção de Lance foi não chamar atenção, com essas roupas eu chamei muito mais que chamaria com o meu clássico conjunto preto ou até mesmo meu jaleco.

– Sabe... eu achei incrível o jeito como você lutou na Pokémon Tower contra o Petrel... por um momento achei que tudo estava perdido. – Lance surgiu atrás de mim quando já cruzava a saída.

É muito mais fácil mudar de assunto do que encarar as merdas que disse para mim né Lance?

– Will me disse que você guiou todos pela Pokémon Tower. – disse enquanto trancava a porta.

– Sim... não que eu conheça o lugar como você... fui lá poucas vezes, mas sabia fazer o caminho até onde seu pai está... – ele parecia procurar as palavras – Não importa quanto tempo passe, o espaço em si da Pokémon Tower continua o mesmo.

Abaixei a cabeça me segurando para não chorar, a forma suave que saíram suas palavras ao falar do meu pai me emocionou.

Eu daria a minha vida, só para ter a chance de vê-lo outra vez, e dizer o quanto eu o amo. Pelo meu pai, eu faria qualquer coisa, por isso entendi as ações do Professor Fuji.

– Você sente falta do seu pai não é? – comecei a andar rumo a rota que nos levaria até Saffron. Não respondi a pergunta de Lance.

Mas como qualquer caminho que se tome em Lavender, é quase impossível seguir sem passar ou ao menos avistar a Pokémon Tower.

Desde criança, aquele lugar sempre me causou um impacto, quando papai morreu, esse impacto aumentou ainda mais.

Parei por um instante e observei a torre que para muitos, é um pesadelo, e para mim, é apenas um lugar que deve ser respeitado.

– Quer entrar lá? Pelo que vi... desde que voltou, você não encontrou tempo para visitá-lo.

Lance tinha razão, desde que voltei não fui a Pokémon Tower ver meu pai. Pensei em fazer isso quando terminasse a guerra, porém não encontraria um momento melhor sem ser o de agora.

– Eu vou entrar, se quiser voltar para Pallet você quem sabe... eu te encontro depois. – sabia que Lance detestava aquele lugar.

– Claro que não... a ultima vez que você entrou sozinha na Pokémon Tower foi por minha culpa, não quero te deixar de novo, somos aliados agora. – por um momento eu me perguntei se algum fantasma tinha possuído Lance. Mas ele logo se revelou o mesmo imbecil de sempre – Pelo menos enquanto durar a nossa trégua, depois voltaremos a ser rivais.

Não respondi, apenas revirei os olhos e segui pra Pokémon Tower. Fiz o caminho que conhecia perfeitamente. Até encontrar a lápide de meu pai.

Com os olhos cheios de lágrimas, me ajoelhei sobre o chão e as deixei escorrerem livremente, pouco me importava se Lance estava ou não ali.

As ultimas vezes que visitei o tumulo de meu pai, os Gastlys e Haunters que viviam ali sempre apareciam para me consolar, mas desta vez não aparecera nenhum pokémon selvagem.

Nem mesmo os fantasmas de Lavender sabiam o que fazer com uma Small Lady rosada.

– Eu estou aqui papai – sussurrei – sinto muito se não fui aquilo que o senhor e a vovó sonharam para mim. O senhor merecia uma filha melhor. – disse enquanto acariciava sua lápide inutilmente.

Tudo que eu mais queria era que meu pai ainda estivesse ali, queria tanto conversar com ele.

– Não sei mais o que estou fazendo, pai... Estou com medo de falhar mais uma vez.

Senti a mão de Lance tocar no meu ombro, ele ainda estava ali? Rapidamente sequei as lágrimas e me virei para olhá-lo.

– Não quero te atrapalhar, mas temos que voltar para Pallet agora mesmo. – ele parecia nervoso e aflito.

– Aconteceu alguma coisa?

– Parece que Equipe Rocket invadiu o laboratório do Professor Carvalho... eles levaram a Cynthia e sua avó. Steven tinha ido até o PokéMart de Viridian e quando voltou... – não deixei Lance completar a frase, apenas corri até a saída.

A Equipe Rocket estava muito além de nós. Se continuássemos nesse ritmo perderíamos a batalha antes mesmo de começar.

Lance e eu voamos para Pallet e logo que chegamos encontramos Steven andando de um lado para o outro, enquanto Bruno tentava acalmá-lo. E sentado na entrada do laboratório, Will tentava ligar os fatos.

Automaticamente Lance e eu nos separamos, enquanto ele foi falar com Steven, eu fui falar com Will. Eu também estava nervosa, afinal minha avó também estava nas mãos da Equipe Rocket.

Se algo acontecesse, eu acabaria com a vida de Giovanni e exterminaria toda a Equipe Rocket. Não importava se levasse a minha vida inteira para isso, não importava se acabaria presa acusada de terrorismo e assassinato, não importava.

– Will, por favor, diga que tem alguma pista.

Will me olhou de forma preocupante, ele sabia de algo sério, era tão obvio.

– Na verdade Small Lady, a única pista que temos é essa foto. – ele me entregou uma pequena fotografia e ao vê-la, o chão desapareceu debaixo dos meus pés por alguns segundos. A pessoa na foto era eu há cinco anos – Quando chegamos tudo já tinha acontecido, o Professor Carvalho está muito assustado, mas está lá dentro, se quiser conversar com ele. Parece que a Equipe Rocket deixou cair a foto.

Eu me lembrava daquela foto e me lembrava daquele dia, Cynthia e eu ainda não éramos amigas. E embora todos na faculdade dissessem que parecíamos irmãs, eu jamais me achei tão parecida assim ela, exceto naquela foto.

Naquele dia, lembro que passei a manhã inteira na biblioteca estudando e me encontraria com Will e depois Proton me levaria para jantar. Mas ao sair da biblioteca notei que meu cabelo estava horroroso e eu não teria tempo de arrumá-lo, pois estava atrasada e Proton disse que passaria para me pegar na casa do Will.

Mas antes passei na praça de alimentação da universidade para almoçar e durante esse tempo Cynthia apareceu e pediu para sentar comigo. Como sempre linda e impecável.

Durante todos esses anos, Cynthia sempre se esforçou para ser minha amiga. Enquanto eu nunca tomei iniciativas, pelo contrário, pensava que se a ignorasse ela ao menos se distanciaria de mim.

Ela puxou alguns assuntos comigo durante o almoço, até que o assunto chegou em beleza e cabelos, e ela como sempre gentil se oferecera para consertar meu cabelo, já que comentei que jantaria com meu namorado a noite, mas não teria tempo para arrumá-lo.

Fomos para o banheiro do campus e ela não sei como deixou meu cabelo perfeito em questão de minutos.

Fiquei tão feliz com meu cabelo arrumado que pedi para Will tirar uma foto para mim. Quando Proton partira, eu a entreguei para toda a vez que ele se sentisse só lembrasse que eu sempre estaria ao seu lado.

Na foto eu estava realmente parecida com a Cynthia de agora, qualquer pessoa que não nos conhecesse direito, acharia que aquela da foto era Cynthia.

Comecei a ligar os fatos, Cynthia usava um jaleco quando saí para Cinnabar, eu também usava na foto. Minha avó estava no laboratório no momento da invasão, e eles a levaram também. O cabelo da Cynthia estava idêntico ao meu da foto, a única diferença eram as presilhas pretas.

Todos os fatores apontavam a Equipe Rocket queria na verdade me sequestrar.

– Você é inteligente e eu sei no que está pensando. – Will interrompeu meus pensamentos – Só digo uma coisa, o Lance foi muito esperto quando teve a ideia de pintar o seu cabelo.

Depois de sequestrarem duas pessoas que não tinham nada a ver com as informações confidenciais sobre Mew, ele me diz que Lance foi esperto porque pôs a mão em uma tintura de pokémon? Pessoas inocentes estavam pagando por algo que eu deveria! Isso era esperteza?

– Vou me entregar para a Equipe Rocket, já decidi. – o olhar surpreso e indignado de Will surgiram instantaneamente.

– Só passando por cima do meu cadáver. – olhei de soslaio e notei que Lance prestava atenção na nossa conversa.

– Se você estivesse no meu lugar faria a mesma coisa... – enquanto falava notei que ele olhava para os lados, como se não quisesse discutir comigo na frente dos outros.

Ele se afastou um pouco e eu o segui, fomos parar próximo ao rancho do Professor Carvalho.

– Você prestou atenção na minha conversa com Will, eles estão atrás de mim, e eu vou me entregar em troca da liberdade da minha avó e da Cynthia.

– É perigoso, esqueceu que você quase já foi parar nas mãos de Giovanni outra vez? Eu queria ter te protegido naquele dia, mas sabia que não teria forças suficientes para enfrentar a Equipe Rocket, mas agora que tenho, não vou deixar você fazer essa burrada. – ouvindo as palavras de Lance, até parecia que ele se preocupava comigo.

– Escuta, se a sua preocupação é que eles me forcem a trabalhar, eu garanto que não, eles podem até me matar... mas se for para ajudar vocês eu não me importo... você é melhor do que Giovanni para governar Kanto e Johto – na verdade, até um Pidgey era melhor que Giovanni, mas não diria ao meu rival o bom trabalho que ele fizera nesses 12 anos como líder.

– Eu não me preocupo com isso e pare de dizer bobagens! – ele parecia enfurecido com minhas palavras – Small Lady, sacrificar-se por uma causa é muito louvável, mas se pudesse ouvir seu coração não gostaria de viver? – pisquei surpresa com suas palavras, aquele cara não parecia Lance. Comecei a olhar em seus olhos enquanto falava – Não percebe que se fizer isso fará sofrer outra pessoa? – já ouvi dizer que os olhos são a janela da alma, mas os olhos de Lance diziam para eu ficar, porque se eu fosse faria ele sofrer.

Ele se aproximou de mim, colocou a mecha do meu cabelo atrás da orelha e beijou a minha testa. Senti meu coração bater tão rápido, que parecia atravessar minha pele.

Mas suas palavras não me fariam esquecer o cafajeste que ele era, nem as coisas terríveis que dissera para mim. Bill tinha razão, ele só pensava em si próprio.

Ele está preocupado porque sabe que se algo acontecer comigo terá que derrotar Mewtwo sozinho.

E isso claro, você não quer né Lance?

– Prometa que não vai fazer besteira? Agatha não suportaria isso.

– Nós estamos sozinhos, para mim você não precisa fingir que se importa com os outros. – respondi para ele.

– Que tipo de monstro você pensa que eu sou?! – sua pergunta soou tão alta que até os pokémons ficaram incomodados com nossa presença no rancho.

– Um monstro de cabelos vermelhos. – Bruno surgiu ao nosso encontro – Cynthia acabou de ligar e disse que ela e Agatha estão bem.

– Isso é um milagre – comemorou Lance, mas eu embora estivesse ansiosa para rever, continuei cética. Eles voltariam, pois sequestraram Cynthia por engano é a mim que eles queriam.

– Onde elas estão? – perguntei ansiosa pela resposta.

– Ela disse que fugiram do cativeiro e que estão voltando para cá em dentro de alguns minutos... – Antes que Bruno continuasse, corri ao laboratório, e comecei a esfregar meu cabelo com água e sabão e logo vi a água rosada descer pelo ralo, assim como essa Small Lady covarde que deixara sua amiga e sua avó correrem perigo.

– Elas chegaram! – ouvi Steven exclamando e corri para abraçar minha avó. A abracei o mais forte que consegui.

– Isso tudo é saudades de mim? Acalme-se querida.

Obedeci e me acalmei. Enquanto isso Cynthia explicava como conseguiu fugir.

– Eles não acharam o que queriam então me libertaram, mas eles não eram muito inteligentes e acharam que eu deixaria Agatha só. Voltei lá e destruí aquele recinto do laboratório e libertei Agatha. – Cynthia relatava com naturalidade.

– Mas o que eles queriam afinal? Você descobriu? – perguntou Bruno e eu pude notar o receio de Cynthia, Steven e Will em respondê-lo na minha frente.

– Eu já entendi tudo e devemos agir como adultos nesta hora. – não queria que Cynthia ocultasse os acontecimentos – Quem está atrás de mim e o que querem?

– Boa parte da Equipe Rocket e isso inclui executivos e recrutas. Não sei o que queriam, mas eu tenho quase certeza que naquela base está Mewtwo. – eles queriam informações, mas a dispensaram quando se deram conta que estavam com a mulher errada. Já minha avó, Cynthia mesmo admitiu que a resgatou.

O novo plano da Equipe Rocket seria manter minha avó presa para que eu fosse lá salvá-la, para eles então me pegarem.

Quanto mais eu pensava, mais nervosa eu ficava. Sabia que Cynthia jamais concordaria, mas eu devia a ela um pedido de desculpas.

– Por quê desconfia? – perguntou Will.

– Eles queriam informações confidenciais sobre Mew, então sugiro que você e Small Lady tomem cuidado. – xeque-mate. Exatamente como suspeitava.

– Onde fica essa base? – foi a vez de Lance perguntar.

– Eu não sei. O Gengar da Agatha que nos tirou de lá, mas vou pesquisar e prometo que descobrirei o mais breve possível.

– Imagino que vocês devam estar cansados, acho melhor encerrarmos por hoje, até porque a Equipe Rocket pode voltar. – Will parecia bastante intrigado com este acontecimento.

– Vamos para casa vó. – voltei a abraçá-la e seguimos até a saída do laboratório. Também devia a ela um pedido de desculpas.

– Eu faço questão de acompanhar vocês até Viridian. – disse Lance, logo atrás de nós.

– Eu não acho necessa...

– Nós aceitamos – minha avó me interrompeu.

Seguimos a pequena rota que nos levava até Viridian e trocamos poucas palavras. Quando chegamos até a entrada da cidade, Lance se ofereceu dormir em casa, pois a Equipe Rocket poderia voltar. Recusei e expliquei que iríamos dormir no porão, já que era impossível alguém de fora saber como acessá-lo.

– Esse porão me trás umas boas lembranças sabi...

– Lance!! – escutei uma voz com um forte sotaque de Johto interrompê-lo e Liza se jogou em seus braços.

E como sempre continuava esguia e bela. Não que antes não fosse, mas o tempo fora muito mais generoso com ela do que com qualquer outra pessoa.

Inconscientemente abaixei os olhos para eu mesma, comecei a comparar meu corpo com o dela. Depois que mergulhei de cabeça no mundo da ciência, minha alimentação não fora a ideal para uma mulher, logo ganhei peso. Comecei a me sentir uma Psyduck desajeitada em relação a esbelta, alta e elegante Liza.

Até que percebi o papel ridículo que fazia ali, me comparando com Liza. Afinal Lance já fizera a sua escolha, e todos sabiam que eles se casariam. Era burrice competir com ela.

– O que faz aqui Liza? – ele perguntou.

– Seu avô pediu para te entregar isso – ela lhe entregou uma pequena caixa – ele disse que você sabe do que se trata.

– Tudo bem... se era só isso. – ele voltou a olhar para mim – Você se lembra da Small Lady?

– Ah, lembro... – ela começou a me examinar de cima a baixo, provavelmente me achando gorda – Você mudou bastante.

– Você também. – a minha duvida era se ela era mesmo feliz com Lance. Se ele realmente era capaz de fazer alguém feliz – Já está tarde, a gente não quer atrapalhar vocês. – puxei minha avó pelo braço e viramos as costas.

– Small Lady espere! – parei por um momento, mas não me virei para olhá-lo – Quais serão os próximos passos?

– Amanhã discutimos isso. – voltei a andar, puxando a minha avó.

Desde que parti, há 12 anos, eles já namoravam... se estão juntos até hoje é porque se amam.

Suspirei e notei que minha avó me olhava preocupada.

Mas eu não entendo... Se ele namora uma garota daquelas, por que a trai?

Ele é um canalha.

Por namorar uma garota linda e traí-la daquela maneira.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado do capítulo e eu gostaria de agradecer aos reviews e aos leitores que estão acompanhando a história.
Um grande beijo para vocês.



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