Moonlight escrita por Pamisa Chan


Capítulo 8
O cofre


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a (enooooorme) demora!
Mais informações nas notas finais.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/395078/chapter/8

Bom, como eu já supus, a ordem das estrofes do poema mostraria a sequência de números que abririam o baú. Então era só ler cada estrofe e decifrar a qual dos espíritos se referia. Vamos a primeira:

"Olhos claros como o mel" Bem, todas elas tinham olhos claros. Mas o parecido com mel, era Stella. "Olhe agora para o céu, De dia vês uma apenas, E de noite, vês centenas." Olhar para o céu.. O que se vê apenas uma de dia e várias de noite? Bom... As estrelas, claro! De dia, se vê o Sol e de noite se vê muitas outras! Está certo: O primeiro número da senha é 2, o número da porta de Stella. E o segundo?

"Uma grande escuridão Que dura menos no verão." O que dura menos no verão? A noite! Tudo bem que não entendo muito de verão, já que onde moro parece que sempre é inverno, mas quando é verão, as noites são mais curtas... "Nunca podes a ver de dia, Mas à noite ela domina" O que nunca posso ver de dia? A noite, isso é meio óbvio, não? À noite ela domina? Bem... Não seria tão óbvio a ponto de ser "à noite, domina a noite" Então... É o céu noturno! Claro! Noctis Caelum! É o segundo número da senha, 1. Vamos ao terceiro.

"Seu reflexo a ilumina, A tornando uma rainha." Reflexo que ilumina? Bom, acho que pode ser o mar. Quando a lua e as estrelas brilham à noite, elas iluminam o mar... Mas rainha? O mar é uma rainha? Acho que não. Bem, vejamos o resto da estrofe... "Todo o seu esplendor Dá à noite sua cor" Meio difícil. Mas acho que não é o mar... Bom, lembrando que a lua não brilha, e sim, reflete o brilho solar, acho que ela se encaixa nessa estrofe. A lua é uma rainha, a rainha da noite! Creio então que o terceiro número da sequência é 4!

E por último, "Uma grande imensidão, Uma enorme extensão, E consigo espalha a vida E a água, tão querida" Como já foram todas as outras, só restou o Mar. Embora eu estivesse em dúvida na outra estrofe entre lua e mar, agora sei que estava certo! Afinal, esta última falou sobre a água! Então já sei a sequência!
Saí do quarto de Stella e voltei ao quarto de Mari. Peguei o pequeno baú e fui teclando os botõezinhos da senha: 2-1-4-3. Ouvi um "click" e ele se abriu. Dentro dele, a outra metade da folha do Dia da Busca. Começou a ler:

"O dia da busca é o dia em que a dimensão dos espíritos noturnos se abrirá para o humano, e ele virá a conhecer todos os outros espíritos além daquele por quem se apaixonara.

O humano conhecerá a mansão das garotas e entrará nela em busca de encontrar sua amada. Irá vasculhar seus quartos, e em vez de dormitórios normais, as portas o levarão à dimensão das garotas, onde em cada porta adentrada, ele verá a respectiva dona do quarto e ela o dará dicas do que fazer, ou ameaças, dependendo de como ele agir a cada uma.

Se estás lendo isto, é porque você já passou por três portas. E a última em que entrará é a de sua amada. Mas antes disso, passarás por mais um desafio."

De repente, ouvi a porta se abrindo. Me virei para trás e logo vi Mari Magno. Ela era uma sereia, mas estava em forma humana. Pude então perceber o como ela era linda. Seus lindos, longos, volumosos e cacheados cabelos alaranjados... Seus belos olhos azuis esverdeados, da cor do mar... Ela usava um vestido branco transparente e bem curto. Pude ver pouco nitidamente suas roupas íntimas por baixo da transparência de sua veste. Corei no mesmo instante e me virei.

Ela se aproximou lentamente de mim, colocando seus braços sobre meus ombros e colando seu corpo em minhas costas. Aproximou sua boca de meu ouvido e murmurou "Venha para mim!". Senti meu corpo se arrepiar. Tirei delicadamente os braços dela de mim, me virando à ela e me afastando até trombar com a perna na cômoda onde estava o baú e quase o derrubei. Ela vinha em minha direção lentamente e pôs a mão em meus cabelos, os acariciando na parte da nuca, enquanto segurava minha cintura com sua outra mão. Com agilidade, me virou e me empurrou gentilmente em sua cama. Começou a subir em cima de mim, estava difícil resistir. Mas fechei meus olhos, pensei em Luna e logo, encontrei forças para fugir das garras da bela ruiva dos olhos da cor do oceano. Rolei para o lado, saindo da cama, quase caindo. Então, Mari foi rápida e chegou à porta antes de mim, a trancando e depois colocando a chave dentro de seu sutiã. É, se eu quisesse sair de lá, teria de fazer algo muito errado. Depois, ela começou a tirar seu vestido, ficando só em sua lingerie.

Ela vinha em minha direção, querendo me abraçar. Eu não podia abraçá-la, não podia ceder. Eu amava Luna e faria tudo por ela. Fiquei pensando se eu devia mesmo tentar pegar aquela chave. Será que Luna me perdoaria? De qualquer forma, resolvi não tentar. Eu me ajoelhei, abaixei a cabeça e supliquei para que Mari me deixasse em paz. Gritei:

–Eu amo Luna! Eu amo Lunae Lumen! Não cederei a tua tentação! Não tocarei teu corpo! Nem que eu precise ficar cego, arrancando meus olhos com minhas próprias mãos, farei isso para amar sempre a Luna e jamais traí-la!

Mari então ardeu em chamas de ódio. Seu olhar antes sedutor, agora era um olhar de rancor. Ela se encheu de lágrimas e deu um grito. Começou então a praguejar algumas coisas em latim, as quais eu não entendia.

Repentinamente, houve um estrondo na porta que se abriu e um clarão quase me cegou. Quando a forte luz se cessou, vi Stella adentrando o quarto. Ela olhou para Mari e começaram a discutir em latim. Fiquei sem entender. Então, a garota do olhar estrelado segurou Mari pelo punho e a tirou do quarto. Depois voltou para lá e estendendo sua mão em direção a parede danificada pelo estrondo, e ela começou a se restaurar magicamente. Stella então me olhou sorrindo e me entregou um bilhete.

O bilhete dizia: "Parabéns. Você concluiu o desafio. Vá em busca de sua amada."

Ao terminar de ler, virei meu olhar para Stella, que sorriu. Seus olhos expressavam grande gentileza. Ela então, abriu a porta e apontou para o quarto de Luna. Agradeci com um sorriso e fui até a próxima - e provavelmente última - porta.

Olhei para a porta com ansiedade, e um pouco de medo. Segurei a maçaneta por uns segundos. Inspirei e por fim, abri.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É, fiquei um mês e meio sem postar. Desculpem. Bem... Eu só voltei a postar porque uma das (2) leitoras me obrigou. Mas na verdade, eu já queria voltar, porque eu li uma recomendação super linda aqui. Muito obrigada, Ingrid!
Sabe, gente... É difícil ser escritora. Escrever sem ganhar reviews, escrever sem criatividade... Tem vários fatores envolvidos. Mas o que importa é que voltei!
E eu quero pedir que por favor, divulguem a história e deixem reviews... Isso significa muito pra mim, sério!
Obrigada! Até o próximo capítulo!