What Is Love escrita por Miss2simple


Capítulo 19
Boy Like You


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta! Desculpem a demora, não foi por falta de tempo mas esse calor todo me tira todo o animo para tudo, inclusive escrever.
Mas garanto que a demora tenha valido a pena.
Então, vamos lá.



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Boy Like You

–Chizu? - ouço uma voz distante e irritante me chamando. Mas nada faço. Continuo aqui deitada em paz na minha cama, quem sabe essa pessoa se cansa e vai ....

–Chizu, pode levantando agora - Ayane-chin. Sua voz é reconhecível de longe, até mesmo comigo aqui deitada dormindo confortavelmente e sonhando com um jogo de beise...

Sento-me bruscamente em minha cama. Ayane se assusta um pouco pela minha ação inusitada, mas logo retoma a sua forma habitual e cruza os braços.

Aquilo não foi um sonho, disso eu tenho certeza e ...

Ah não! Ayane-chin aqui com certeza não é um bom sinal!

Passou no jornal da manhã, aposto! Da noite não porque não daria tempo, mas tenho certeza que nessa manhã todos viram.

Começo a me desesperar internamente e talvez exteriormente também pela minha cara Ayane-chin certamente já deve ter deduzido tudo.

–Porque essa cara? Vamos se assustou com alguma coisa? - ela se senta na ponta da minha cama e larga a bolsa que antes estava em seu ombro no chão apoiada em suas pernas - Bem, você se assusta a toa mesmo. Agora vamos ao ponto principal. Como foi seu encontro com o Ryu?

Sua voz atinge altos níveis de malicia e para completar tudo ainda me olha com aquele olhar de águia dela. Um passo, olhar ou expressão errada e ela descobre tudo!

E já que ela não já chegou falando nada e ainda me perguntando sobre ontem, me dá garantias de que o que aconteceu naquele estadio, ficou naquele estadio.

Se bem que não foi apenas no estadio que aconteceram algumas coisas ...

–Chizu!

–A-ah Ayane-chin. Desculpe, mas eu ainda estou sonolenta. Cheguei tarde ontem. Me dê um descanso pelo menos hoje - assusto-me um pouco mas logo deixo transparecer minha expressão de cansaço. E de fato eu estava cansada. Ontem foi simplesmente demais para mim.

Imediatamente cenas de ontem se passam pela minha mente, mas não as do estadio e sim de quando eu estava chegando em casa.

Se eu achava que o estadio foi demais para meu coração, eu realmente não sabia de nada.

O estadio vai de esvaziando aos poucos. As pessoas ainda estão animadas e vão comentando durante o trajeto todo das cadeiras até o portãos. Eu e Ryu vamos andando calmamente até os portões também. Admito que fiquei procurando aquele vendedor fuxiqueiro, mas ele já deve ter ido embora. Tenho umas satisfações á tirar com ele que fez e o Ryu nos ...

Só de pensar no beijo meu rosto todo fica quente. Eu não deveria ter feito aquilo. Não mesmo. Mas eu não tinha escolha, oras.

O pior foram meus pensamentos pervertidos em minha mente, por isso de agora em diante vou fingir que isso não aconteceu. Embora eu ache dificil eu conseguir isso.

Desde o ocorrido ficamos em silencio prestando atenção ao jogo. Uma hora ou outro eu perguntava algo sobre o jogo e Ryu logo me respondi tão sereno como sempre.

Será que para ele teve o mesmo efeito que teve sobre mim? Eu não sei, mas não consigo esquecer seu olhar penetrante de quando nos afastávamos um do outro, das suas bochechas vermelhas, e da sua mão tocando seus próprios lábios, como se não acreditasse no que tivesse acontecido.

Na verdade, nem eu acreditava.

Já são 11:45, meu horário foi extrapolado, mas quando liguei para minha mãe para avisar ela nem ligou. Até porque, ela disse até que já imaginava que isso aconteceria já que ela sabia da minha surpresa para o Ryu. Lembrando bem, ela foi a que me deu maior força para essa ideia. E me apoiou quando perguntei se seria uma boa ideia. E ela tava certa, mas eu sabia que ele ia gostar, mas estava indecisa.

Ryu sempre me deixa indecisa.

–Já está tarde, vamos voltar de táxi. É melhor e mais seguro - Ryu diz enquanto ficamos no ponto de táxi em frente ao estadio junto com outros que também acabaram de sair do estadio.

–Eu pago - digo mais para dissipar o clima de desconforto e timidez que se instalou entre a gente - Moramos na mesma rua, só com uns metros de diferença. Então nem tente me convencer a deixar você pagar.

Ryu suspira longamente e olha para frente como se estivesse tendo pensamentos profundos demais. Cruzo os braços assim ficamos na fila esperando nosso táxi.

Rapidamente a fila vai diminuindo e todos vão se caminhando para suas casas. Nosso táxi não demora nem 10 minutos. Agradeço á Deus por isso.

Durante o trajeto até em casa o motorista vai comentando sobre como o jogo de hoje está sendo comentado até mundo afora.

–C-como assim?! Vão passar o jogo na Tv ou algo assim? - pergunto tentando controlar o nervosismo em minha voz.

–O jogo todo não, mas certamente vai sair nos noticiários. Tinha muita gente filmando. No youtube com certeza vai chover de vídeos de hoje.

Encosto-me no banco e suspiro de alivio enquanto Ryu apenas observava e ouvia tudo.

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–Chegamos - anuncia Ryu, tirando-me dos meus devaneios aleatórios. Estou nervosa, não sei o porque.

Depois de tudo que aconteceu essa noite eu ainda me sinto... estranha. Em relação á tudo. Eu e Ryu. A vida. E o nosso, quer dizer, meu futuro.

Saímos do carro e vamos subindo a calçada indo em direção aos fundos da casa, onde minha mãe deve estar me esperando, com certeza. A porta da frente já está trancada, minha mãe me avisou assim que eu liguei para entrar pela a porta dos fundos. Ela sempre faz isso depois de um certo horário. Segurança, ela diz, mas aqui é raro esse tipo de coisa. Mas em todo lugar deve se ter cuidado, ela também sempre diz.

Ao chegar lá consto que ela não está me esperando do lado de fora, mas como as luzes internas estão acessas imagino que esteja na sala ou na cozinha.

Me viro lentamente assim que chego na soleira da porta e fico de frente para Ryu. Desvio meus olhos constantemente olhando do chão para a árvore e da árvore para o chão.

Do nada a biologia nunca me pareceu tão interessante.

Por um momento de distração da minha mente e me vem a mente a cena do beijo. Mas calma ai!

É COMO NOS FILMES! ISSO SIGNIFICA QUE A GENTE VAI TER QUE SE BEIJAR AQUI TAMBÉM?!

A garota agradece o garoto pelo ótimo encontro e ela o beija não é? Ou é o garoto que a beija em sinal de que gosta dela?

Quer dizer, no filmes americanos é isso que acontece. Tirando aquele que a gente viu no cinema que os personagens fizeram coisa pior.

Mas que pouca vergonha...

Não, estou me desviando do problema de novo.

Continuando.

Será que ele quer que a gente...

–Chizu?- Ryu arqueia a sobrancelha.

Olho em sua direção em sinal de que estou o ouvindo.

–Você não deveria entrar? Já está muito tarde - tão preocupado comigo como sempre. Dei muito trabalho pra ele, sei disso na verdade, dei até demais e outras coisas também. Sou uma pessoa terrível para o Ryu, nem sei o porque dele gostar de mim.

Eu realmente não entendo.

Ah, Ryu.

Seus olhos se arregalam e ele me olha surpreso. Será que eu falei alto?

Ai droga! Vou entrar logo antes que eu diga algo pior como 'Então, vamos repetir aquele beijo?"

–S-SIM, ESTÁ TARDE! BEM, BOA NOITE RYU, ATÉ OUTRO DIA. TENHA CUIDADO NA RUA! - nervosamente tento abrir a tal porta que hoje resolveu ser tão complicada de se abrir. Mas onde é que eu puxo isso, meu Deus? Com pouca claridade também não ajuda! Eu moro nessa casa desde que me conheço por gente e justamente hoje fico atrapalhada na hora de encontrar a bendita da...

Sem perceber sinto os braços de Ryu me puxarem pelo ombro suavemente porém com força para que eu pare de tatear a porta. Ele me vira em sua direção e me olha fixamente.

–R-Ryu? O-o que você...? - digo surpresa e ao passo de um segundo sinto seus lábios sobre os meus novamente.

Ah não. Hoje vai ser o dia da minha morte.

Não! Ryu vai ser a minha morte!

Seus lábios vem fazendo movimentos suavemente sobre os meus. Assim como no estadio sinto aquela avalanche de emoções em meu peito.

Inebriada por tais sensações coloco meus braços em volta da sua cabeça, já que se abaixou para que possa me ... ah.

E-eu estou morrendo. Adeus todo mundo. Azar de vocês que ficam. Se bem que se morrer for assim, eu morreria mil vezes. E mais.

Ryu coloca seus braços em volta da minha cintura e me aperta com força, mas não o suficiente para me sufocar. Mas acho que nem perceberia.

Me sinto tão protegida aqui. Quente. E... amada.

Quebro o beijo para que eu possa respirar e restaurar o que me resta de sanidade mental.

Olho-o e vejo com as bochechas um pouco vermelhas, assim como devem estar as minhas.

–Chizu, eu... -diz ofegante.

–Xiu, depois você fala - respondo da mesma forma e logo o puxo para baixo novamente para beija-lo mais.

Sinto-o lamber meu lábio inferior e eu mordo o dele. Ficamos assim por um tempo até que ele consegue que sua língua invada a minha boca e toque a minha.

E então foi nesse instante que eu fui para o inferno.

Deus, isso é tão bom. É ainda melhor do que foi no estadio.

Que ele não pare nunca!

Mais alguma hora ele vai ter que parar...

Mas eu não quero!

Arrasto minhas mãos pelos seus cabelos fazendo uma leve caricia e sinto Ryu tremer sob minhas mãos.

Não sei o que foi isso, mas adorei!

Lentamente Ryu vai me levado para a parede e eu me vejo imprensada nela. Com o corpo de Ryu a minha frente não vejo nada e pelo modo como nossos corpos estão, duvida que uma folha de papel passa por entre a gente.

Mas é como dizem: tudo que é bom, dura pouco. Meu telefone celular toca nos tirando do paraíso onde estávamos.

Visivelmente nervosa, atordoada e excitada caço meu telefone miseravelmente. Ryu continua com seus braços ao redor da minha cintura e me observa também parecendo estar em estado de estupor completo, com suas bochechas visivelmente vermelhas agora, na verdade, parece que todos seu rosto agora está vermelho.

Mas que fofo...

CHIZU O TELEFONE, IDIOTA!

Ah sim, mas quem... minha mãe!

Olho para o visor para conferir se realmente enxerguei direito, faço uma breve oração e atendo. Antes que eu pudesse pensar minha mãe já se desmancha em sermões.

–Posso saber o porque da demora da senhorita?! - afasto um pouco o telefone, não quero ficar surda.

–A-ah mas mãe, já estou entrando. Na verdade, estou no quintal na parte de trás como a senhora falou e já estou com a mão na porta quase entrando...

–Ah, acho bom mesmo. Já estava preocupada com vocês - Ryu me olha atentamente enquanto falo lentamente com a minha mãe e orando para que ela não perceba meu estado emocional e hormonal, só pela minha voz. Mães são ninjas, percebem tudo! - Já estava achando que eu realmente ia acabar sendo avó cedo, imagina isso.

–M-mãe! -Ryu se assusta com meu tom de voz e espero que meu rosto não esteja mais tão vermelho quanto parecia que estava.

–O que? Isso é perfeitamente normal. Alias, ouvi sua voz daqui. Pode entrando agora. Ah e manda um beijo para o Ryu e diga para ele ir com cuidado para casa. Sei que é logo ali, mas nunca se sabe.

Desligo o telefone e Ryu afasta suas mãos da minha cintura.

–E-então...

–Chizu, porque você está olhando para cima se eu não sou tão alto assim, não do tamanho de uma árvore pelo menos.

–Ah, desculpe - o constrangimento agora é latente. Não contenho um bocejar e Ryu logo se lembra de que o momento não é de conversa e sim de dormir.

–Entre, agora não é hora para se conversar - Ryu sorri - Apesar que você disse para que a beijasse primeiro e falasse depois.

AH, MAS QUE IDIOTA!

O constrangimento se foi e agora só resto o aborrecimento.

–E é o que farei agora, seu idiota! Boa noite - viro-me bruscamente para tentar abrir a porta novamente.

–Quer que eu ...

–Não!

Sinto seu sorriso mesmo estando de costas, da para perceber no tom de voz dele. Mas é realmente um idiota, mas que raiva!

ARGH.

ABRIU! FINALMENTE!

Entro e bato a porta com força. Paro por uns segundo, volto rapidamente e abro a porta ao me lembrar do que eu tenho que dizer.

–Ei, idiota. Cuidado na rua, e vá logo para casa!

Antes de fechar a porta vejo seu sorriso, seu aceno positivo e então se vira para ir embora.

Agora posso ter um pouco de sossego e acalmar esse meu coração que hoje não teve descanso.

–Chizuru! Mas isso são modos de se falar com o Ryu? Pode vindo aqui na sala para a gente ter uma conversinha - ouço a voz da minha mãe.

Esquece a parte do descanso. Acho que o único descanso que vou ter agora é a morte.

Vou arrastando meus pés em direção á sala e me preparando psicologicamente.

Como se isso fosse o suficiente.

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–Nossa, você dormiu de olhos abertos praticamente, Chizu. No que você está pensando tanto, você não é assim - Ayane se apoia nos cotovelos da mesa da cozinha.

Logo depois de um bom banho desci em busca do meu almoço. Milagrosamente essa noite não tive nenhum sonho com o Ryu. Só que eu estava num estádio de beisebol, sozinha.

Ou um com eu, Ryu e uma criança parecida com Ryu.

Ou eu e Ryu fazendo uma criança.

Isso sim acabaria com o pouco de sanidade que eu tenho. Ainda mais depois do filme que vimos, da minha mãe falando e daquele beijo.

Mas o que é que eu estou pensando?!

–Você está muito estranha. Aconteceu alguma coisa noite passada? - preparo minha mente automaticamente para mentir e torcer para que ela acredite.

–Claro que não! O que aconteceria afinal? Sempre saímos juntos! Não foi a primeira vez - ótimo, agora não diga nada, já foi o suficiente. Não fique nervosa e continue encarando o fogão como se a comida fosse se apressar só por isso.

–Certo. Então quer dizer que aconteceu alguma coisa então - Droga! - Soube que você levou ele para um jogo de beisebol importante e com uns jogadores estrangeiros.

–C-como você sabe disso?! - tem uma camera escondida aqui e casa ou o que? Só não pode ter uma no quintal, ainda mais depois de ontem...

–Antes da sua mãe sair eu encontrei com ela e acabei sabendo de uma coisinhas - sua voz se torna tão maliciosa que por um momento em penso que eu fiz algo imoral junto com Ryu.

–Q-que coisas?

–Hum, está nervosa Chizu? - ela agora ri. Que descarada. Cade Sawako quando se precisa dela? É mesmo, cadê ela?

–Ayane- chin, onde está a sawako. Só a vejo agora na escola.

–Mudar de assunto não vai adiantar nada - cantarola.

–N-não estou - droga, sinto meu rosto quente. Estou corando, fim de jogo.

–Bem, ela está com o Kazehaya. Estão em um encontro. Pergunta respondida. Agora, responda a minha.

–Mas eu já respondi! - digo exasperada

–Não, você mentiu. Vamos lá, sou sua melhor amiga, não sou? Vou adivinhar então, ele ficou tão feliz que você o levou naquele jogo que te beijou? Ou você ficou tão feliz que beijou ele? Ou ambos ficaram tão feliz que se beijaram?

–P-porque tudo tem que ter beijo na historia?! - minha boca deve estar no chão agora. Estou perplexa.

–Ah, sabia que teve beijo.

–O que? Você viu?!

Ayane nesse instante bate os punhos na mesa em sinal de vitória. Porque eu não aprendo a ficar quieta meu Deus? Porque?

–Espera Chizu, viu? Como assim vi? Não foi aqui no quintal - apontou com o dedo indicador para o minha inimiga porta.

Mas como ela...?! O que está acontecendo aqui?!

Estou totalmente sem palavras agora!

Coloco as mãos em minha cabeça em sinal de desespero. Minha mãe! Ela deve ter visto! Mas como? A menos que tenha sido lá de cima da janela ou pela parte de vidro da porta.

Ai meu Deus.

–Chizu, você está bem? - ela parece preocupada agora. Devo estar branca de tão assustada que estou.

Faço que não com a cabeça.

–Olhe, senta aqui na cadeira e deixa que eu cuido da sua comida. Falemos sobre isso mais tarde.

Faço que sim com a cabeça agora.

–Ótimo. Só deixa eu ligar a tv aqui...

–"O jogo de ontem foi simplesmente eletrizante! Ver nossos jogadores treinando e jogadores com os mets, inclusive tem jogadores dos mets que começaram aqui e agora vivem lá nos Estados Unidos. Mas a maior surpresa da noite com certeza foi a kiss cam. Hábito antigos dos Norte-americanos e fez bastante sucesso aqui. Será que essa moda pega aqui? Quem sabe..."

Ah droga...

Ayane para de mexer a colher que está dentro panela que está no fogo e me encara.

–Chizu, você e o Ryu tiveram a sorte de ser ... - ela nem termina de completar a pergunta ao me ver acenando positivamente com a cabeça.

Agora é sua vez de abrir a boca em espanto.

–Será que tem videos? Porque se tiver, eu quero ver! - seus olhos agora brilham.

Ah Deus, me leva agora.

–Chizu, já cheguei - ouço a voz da minha mae, provavelmente da porta ainda. Ela logo aparece na cozinha com sacos cheios de legumes, verduras e mais coisas para comer. - Ah Ayane, ainda está aqui, ótimo. Refeição para três. Afinal, temos muito o que conversar não é mesmo?

As duas trocam olhares malignos e assim tenho a minha confirmação de que minha mãe viu tudo. Ah mas aquele Sanada Ryu vai se ver comigo.

Mas você também beijou ele não foi? Se bem me lembro você o beijou duas vezes.

Desde quando meu cérebro tem a autoridade de ficar me lembrando de coisas que eu quero que não sejam lembradas?

Ah esquece, estou atordoada demais para discutir comigo mesma.

–Hum, Chizu seu affair está querendo falar com você - a voz de ayane- chin me desperta. Olho para meu telefone celular em cima da mesa, entre mim e ela e vejo vibrando.

Meu o que? Faço cara de desentendida mas ela não se dar por vencida.

–Seu namorado, ficante, caso, amante. São varias opções, você escolhe.

–Eu espero que seja a primeira opção, estou certa Chizuru? - minha mãe me olha com aquele olhar maligno.

–E-eu vou atender lá em cima - pego meu telefone e fujo para meu quarto subindo os degraus de dois em dois.

Respiro fundo e atendo.

–Alô.

–Chizu - a voz de Ryu me faz tremer da cabeça aos pés e automaticamente me lembro da noite passada.

–Sim? - coloco o mão em meu pescoço e sinto meus batimentos acelerados.

–Tohru irá vir aqui essa noite junto com Haruka e meu sobrinho. Ele falou comigo e me pediu para você estar aqui as 7pm. Está querendo que você conheça o bebê por isso estão vindo até aqui.

–B-bebe? Já nasceu?!

–Sim.

–Ah quero vê-lo sim!

–Ótimo, então apareça aqui hoje de noite.

–Claro! Mas como ele é? É ele ou ela? Não, isso não é tão importante assim. O importante é se ele é saudável! Ele está bem né? E a Haruka? E seu irmão cuidando de um bebe, isso deve ser engraçado, estou louca para ver!

–Venha ver pessoalmente então, e pergunte para eles. Eles vão gostar - posso sentir o sorriso através da sua voz. Incrivel não? Você conhecer alguém tanto a ponto de saber quando está sorrindo ou não mesmo pelo telefone.

–Claro! Já vou avisar minha mãe!

–Hum.

Então o silencio se instala sobre nós e eu penso seriamente em contar o que aconteceu hoje.

–Queria que você estivesse vindo aqui para me ver, e não ao meu sobrinho e meu irmão. Ainda mais depois de ontem - suspira.

–R-ryu! - até pelo telefone eu fico constrangida.

–Mas pelo menos você estará vindo. Isso é o suficiente para mim, por enquanto - meu corpo se aquece ao ouvi-lo.

–Pois terá que ser o suficiente para você! - logo paro para pensar no que eu disse e me arrependo.

–Mas e você? Até quando somente isso será o suficiente para você? - sua voz soa mortalmente seria agora.

–O-olha eu...

–Esqueça isso. Só venha aqui de noite, estaremos á sua espera. Até - ele desliga.

Sinto meu coração se apertar agora. Eu o magoei de novo. Como sempre.

Você tinha que ganhar um prêmio, Chizu! A idiota do ano!

Jogo meu telefone na cama e ao abrir a porta vejo algo realmente inacreditável.

Minha mãe e Ayane-chi com as orelhas grudadas na porta quase caindo ao serem flagradas fuxicando a minha vida.

Com outro estado de espirito, talvez eu brigaria com elas, mas depois de tudo que aconteceu ontem e hoje não sinto vontade, nem animo para isso.

É isso que eu não entendo. Porque mesmo depois de magoá-lo ele sempre me devolve com amor? Isso não faz sentido. Ele deveria me odiar.

Porque agora, até eu mesmo estou me odiando.


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Notas finais do capítulo

Então, como está o coração de vocês? Bem, eu espero.
Estou administrando meu tempo bem agora, mas admito que posso fazer melhor e as capítulos saírem mais cedo, mas o clima não colabora comigo.
Estou ansiosa pelos comentários de vocês. Adoro cada um, seja positivo ou negativo, o importante é eu saber o que estão achando.
Até



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