What Is Love escrita por Miss2simple


Capítulo 12
Love/Hate


Notas iniciais do capítulo

Primeiro me desculpem >.



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Capitulo 11: Love/Hate

Okay, agora estou começando a me arrepender seriamente de ter vindo trabalhar. Mas depois do que Ayane-Chin me disse ...

Argh, ela tinha razão, em tudo, não posso ficar fugindo do Ryu, não daria certo de todo o jeito. Afinal não teria como fugir dele para sempre. Mas o que mais me assustou foi a ideia do ‘teste’ que ela sugeriu.

“-Oras você decide, ou fica sendo como mentirosa para todos da escola ou vá ate a Ryu e peça sua ajuda, simples assim – Ayane olha para suas unhas bem feitas enquanto está sentada ao pé da minha cama e eu estou na cabeceira com os joelhos no peito e quase me jogando da janela novamente.

–M-mas Ayane-Chin, como vou pedir isso á ele? – pergunto chorosa.

–Com a boca oras, apesar de que você pode usar a sua boca para fazer outra coisa com o Ryu, mas isso já é mais para frente e ... Chizu, que cara é essa? – Ayane para de olhar para suas unhas e me encara cética – Ah não ser que você já usou essa sua boquinha com o ...

–AH, FIQUE QUIETA, FOI SEM QUERER! – Eu me exaspero e pego um travesso e jogo no meu colo para que eu possa afundar a minha cabeça e esconder o rubor de minhas bochechas. Embora não possa ver, sei que sua expressão deve estar ao nível máximo de malicia.

–Olha Chizu, estou impressionada, não esperava isso de você, nem de Ryu – a cada palavra maliciosa escondo mais ainda meu rosto no travesseiro e gemo em frustação – Por isso que você não quer pedir isso á ele então. Mas Chizu, se vocês já se beijaram porque vocês ainda estão nisso tudo ainda?

–Hã, como assim? – Levanto minha cabeça em surpresa ao que ela disse. Ayane revira os olhos dramaticamente – Foi sem querer que aconteceu. Nós caímos e quando eu fui levantar acabou acontecendo, mas acabou sendo muito rápido.

Ao perceber o que eu falei e inclusive a decepção de minha voz ao dizer ‘mas acabou sendo muito rápido’ a minha vontade é de voltar no tempo para calar a minha boca antes que eu dissesse isso.

–Entendo – Sua voz fica inesperadamente suave e não maliciosa – Chizu você vai trabalhar hoje com o Oji-Chan não é? Então certamente Ryu vai estar lá ajudando ainda mais que o dia dos namorados é amanha, imagina como lá vai estar cheio de hoje.

Ayane-Chin se desvia do assunto como se fosse para me preparar para o pior.

–Mas acho que vocês não terão muito tempo para conversar por causa ...

–Ah Ayane-Chin, eu vou dormir na casa de Ryu essa noite. Oji-Chan já falou com minha mãe e tudo – Percebo o que eu disse e já me preparo, mas Ayane continua quieta.

–Bem, então terão tempo a suficiente para se acertarem – Ayane olha bem fixamente para meus olhos e eu a encara também – Chizu você não pode deixar as coisas como estão, se você tem duvidas em relação á Ryu ... Passe a ter certeza então! Faremos um teste.

–Como assim um teste Ayane-Chin – Me animo com a ideia, quem sabe a ideia da Ayane-Chin pode me ajudar.

Arrasto-me e fico frente a frente com ela sentada em minha cama, ainda com o travesseiro/escudo em meu colo.

–Bem peça para que Ryu a ajude a fingir que são namorados, e durante esse meio tempo perceba tudo o que você, por medo, não queria perceber. Ah mais é claro que você não precisa falar isso para ele. Finja para ele que isso é tudo por encenação e quando você se decidir ... Fale com ele sobre como você se sente sobre isso e pronto! Se for algo bom ou ruim eu não sei, mas você tem que tentar Chizu.

As palavras de Ayane-Chin penetram em minha mente, enquanto eu penso sobre isso. Ela tem razão, embora a parte de não falar com Ryu sobre isso me pareça errada, mas ... Eu tenho que tentar! Isso mesmo!

–Certo, mas só a Sawako pode saber disso, não quero nem que o Kazehaya pense nessa possibilidade desse nosso plano! – Suspiro e tento me motivar. Mas o medo é mais forte, embora eu não saiba do que eu exatamente esteja com medo, será que é de Ryu ou sobre o que eu sinto por eu? Eu não sei, mas eu quero descobrir isso.”

Ai Deus, enquanto penso nisso vejo os pedidos se acumulando e Ryu tentando supri-los e eu sendo uma lerda como sempre.

Argh, vamos Chizu. Teremos tempo a suficiente para pensar em Ryu, só o que? O resto da nossa vida pensando nele, só isso.

Reviro os olhos para meus pensamentos enquanto recolho o pagamento e Ryu pega os pratos e os leva para dentro, rapidamente voltando para limpar a mesa.

Tentamos ignorar nossos ‘conhecidos’ na mesa ao canto, mas admito que é difícil. Muito difícil.

Olho para o relógio pendurado na parede e percebo que desde que desde que tivemos nossa rápida conversa no corredor eu e Ryu estamos quase interligados em nosso trabalho. Não preciso nem chamá-lo e ele logo está ao meu lado. Enquanto eu estou anotando os pedidos, logo que termino procuro-o para que ele leve para a cozinha e vejo-o ao meu lado já pegando o papel e indo para a cozinha.

Percebo que às vezes os amigos do meu ‘conhecido’ que estão sentados em volta dele na mesa cochicham coisas e ele logo olha para mim ou para Ryu, isso quando nos dois não paramos juntos em alguma mesa, o que aconteceu bastante, acarretando em mais cochichos.

Tudo parecia tranquilo e já estava esvaziando aos poucos, afinal quem comeria ás 23:30 da noite? Mas eles continuavam na mesa, conversando.

Acho que só me sentiria aliviado quando eles fossem embora por que ...

–A conta por favor – Olho e vejo quem foi que pediu a conta. Ah eu já esperava isso, me dirijo para a tal mesa do canto/terror, ou como eu prefiro chamar, a mesa infernal que veio para piorar ainda mais a minha vida. É um nome meio longo, mas define totalmente como eu me sinto neste exato momento.

Ao parar em frente á mesa, puxo um bloco de notórias para anotar os pedidos que foram feitos e o preço total.

Olho rapidamente para a mesa e já calculo mentalmente, mas é necessário anotar cada refeição e seu respectivo preço.

–São 2,000 ienes cada prato. Para cinco pessoas ficou em 1,200 ienes – Digo olhando para o bloco de notas, como se precisasse para ter certeza do que estou falando.

–Ah sim, muito bem pessoal, hora de repartir – O loiro de nome estranho que eu até agora não me lembrei disse alegremente para os outros.

Um moreno ficava me encarando e eu rapidamente me lembrei dele sendo aquele que deu em cima de mim quando eu estava perdida.

–Então quer dizer que você trabalha aqui hein bebê – O tal moreno diz e eu reviro os olhos ao ouvir ele me chamando de ‘bebê’.

–Sim, trabalho meio período aqui – Respondo enquanto recolho o dinheiro de alguns que já estendiam a mão com o dinheiro. Eu os recolhia e enrolava tudo junto para mais tarde colocar junto com a notória de seus pedidos.

–Ah se eu soubesse disso antes eu já teria vindo aqui antes, ainda bem que conheci o Hyde naquela festa. Senão nunca teria vindo jantar aqui – Ah é Hyde! Ufa, seria embaraçoso se ele falasse alguma outra coisa comigo e eu não sabendo nem o nome dele. Não, espera! Ele está dando em cima de mim novamente?

Hyde o olha reprovando-o, como se dissesse ‘cara, não faz isso. Você quer morrer ou o que?’ mas ele não pareceu se importar e continuou a me olhar daquele jeito irritante.

Não sei como reagir e então decido ignora-lo. Mas percebo que isso será impossível, já que agora só falta ele pagar.

–Ainda faltam 250 ienes – Digo para que o sujeito se toque.

–Sim, são os meus 250 ienes – aAh pelo menos ele não é sem noção! – Mas antes gostaria de saber de onde você mora, para quem sabe eu lhe fazer uma visita e aproveitar e conhecer minha futura sogrinha.

Okay, nos seus sonhos querido. Não digo isso alto, é claro, afinal não dizem que o cliente tem sempre razão? Mas tenho certeza de que esse está totalmente errado.

Antes que eu possa articular alguma resposta, percebo Hyde se assustar ao olhar para mim. E inesperadamente surge uma mão em minha cintura me segurando, quase que protetoramente e rapidamente sei de quem é, já que vejo o meu presente de fim de ano em seu pulso.

–Estamos fechando, então se você não se importa pague o que deve – A voz de Ryu retumba em meu ouvido. Sinto-o perto de mim, quase que intimamente já que não há espaço que nos separe.

–Ah então quer dizer que vocês são mesmo namorados hein? Tsk que pena, bem que Hyde falou, mas eu não queria acreditar nisso. Bem, não importa mais, aqui está os 2,000 ienes e espero que nos encontremos novamente e que nesse caso você já esteja disponível – O tal cliente abusado deixa o dinheiro na mesa e é o primeiro a se levantar e andar calmamente porta a fora, logo os outros também vão e só resta Hyde.

–Ah cara, ele não tem jeito mesmo, mas não o julguem tão duramente. Ele é um cara legal só que não consegue demostrar isso – Hyde diz em tom de desculpa e sorri para nós. Eu retribuo o sorriso por educação á ele, mas não que eu tenha acreditado nessa desculpa.

Olho rapidamente para Ryu e vejo que ele continua serio, mortalmente serio, mas acena positivamente para Hyde. Mas eu também não acho que ele tenha acreditado nessa desculpa esfarrapada.

Hyde se despede e ao sair suspiro aliviada. Ryu começa a recolher os pratos, eu o ajudo limpando a mesa enquanto ele vai para a cozinha levando a louça.

Ao ver tudo pronto e limpo sento-me na bancada de uma das mesas perto da cozinha suspirando dramaticamente e retiro o bloco de notórias do bolso e já revendo os lucros de hoje.

Oji-Chan aparece com Ryu ao seu lado e sorri calorosamente para mim.

–Chizu, very god, fez um bom trabalho! – Estendo o bloco para ele enquanto penso ‘very god? Eu posso não ser expert, nem fluente em inglês, mas tem algo errado nessa frase. Muito errado’.

Aproveito a oportunidade para pedir algo que está muito em minha mente, além do assunto mal resolvido sobre meus sentimentos e Ryu.

–Ah Oji-Chan? – Chamo-o timidamente

–Sim?

–Será que eu poderia ... Assim ... Só por experiência ... Não que eu esteja querendo me intrometer aonde não sou chamada ... Mas .... Sei lá ...

Ryu me olha com sua expressão de confuso enquanto tenta entender o que eu estou tentando dizer.

–Chizu você está dando voltas de mais o que ...

–Eu posso fazer a contabilidade do restaurante para que eu possa ganhar experiência e aprender um pouco mais se eu devo ou não seguir por esse caminho no futuro – Digo rapidamente e ao final pego folego o suficiente para alguém no planeta ter morrido por falta de oxigênio.

O silencio que eu recebo em troca nunca foi tão constrangedor ...

–Mas é claro que sim! – O tom animado do Oji-Chan me assusta, mas no fundo me sinto aliviada por sua reação ter sido esse e não ‘quem você pensa que é garota? Você não é da nossa família, nunca foi’ ou coisa do tipo. Sei que parece uma coisa muito dramática já que o Oji-Chan nunca me trataria desse jeito.

Ryu nos observa calmamente, mas percebo-o que está pensando em algo.

–Ufa, me sinto aliviada Oji-Chan, pensei que não deixaria já que eu não sou da família e ... – suspiro aliviada e me levanto ficando de frente para os dois.

–Mas para mim você sempre foi da família Chizu-Chan, mesmo não tendo nosso sobrenome, sempre pensamos assim e eu espera que você pensasse assim também – A expressão de animação do Oji-Chan é transformada em tristeza. E rapidamente tento me explicar o mais rápido possível.

–N-não, mas é claro que sempre me considerei, mesmo não sendo – Sorrio como uma criança feliz para Oji-Chan e ele logo se anima novamente.

–Ah que bom Chizu-Chan. Mas isso não será problema por muito tempo – ele ri, eu e Ryu nos assustamos com essa risada, me lembra ate a risada da minha mãe durante esses dias tenebrosos – Afinal é só uma questão de tempo até que você se torne oficialmente da nossa família.

Ao dizer isso ele vai novamente para a cozinha e dessa vez falando sozinho sobre adolescentes e casamentos, fico com a expressão confusa, mas o que ele queria dizer com ...?

AH, ELE QUER DIZER QUE ... ? AI DEUS!

CHIZURU NÃO OLHE PARAS SEU LADO, SENÃO VOCE VAI ACABAR SE CASANDO MESMO!

Meu rosto se petrifica e eu fico olhando para o nada, não pude ver nem a reação de Ryu ao ouvir o pai dizendo isso.

–Chizu? – Ryu me chama de algum outro plano, já que acho que minha alma não está mais na Terra.

–Hã? – Respondo incapaz de dizer qualquer outra coisa. Agora eu me lembro de quantas vezes o Oji-Chan fez esses tipos de brincadeiras e eu nunca nem parei para pensar no que ele dizia.

PARABENS CHIZURU! VOCE É REALMENTE UMA GRANDE IDIOTA!

–Está tarde, vamos para cama – Ao ouvir essas palavras eu sinto minha alma voltar rapidamente para meu corpo.

–O QUE?! – Ryu se assusta com meu tom, mas logo se recompôs.

–Ah sim, quer dizer. Você vai para a cama e eu para o sofá – Ele dá de ombros, mas percebo que há um leve rosado em suas bochechas.

–Mas espere, Ryu, o sofá é desconfortável demais. É mais fácil eu dormir no sofá não? – Olho-o preocupada, já que eu tenho serias duvidas de que ele vá caber no sofá.

–Não, você fica na minha cama. Vamos está tarde – Ele vai indo para o corredor e subindo as escadas não dando mais brechas para discussão.

Sigo-o não totalmente convencida dessa decisão. Ao chegar no quarto dele pago minha mochila que estava ao pé da cama e vou para o banheiro me trocar.

Logo quando termino um banho relaxante, porem rápido, vejo-o as roupas das minhas mochilas e a minha vontade é de dormir nua.

Eu não botei essas coisas na minha mochila! Eu nem usava isso em casa, foi um presente da Ayane-Chin, e logo achei totalmente indecente, mas de acordo com ela era chique e as mulheres ocidentais usavam, até as solteiras. Até parece.

EU.NÃO.VOU.USAR. ISSO.NUNCA!

Isso é uma lingerie, isso sim! Mas quem foi que ... Ayane-Chin logico! Minha mãe nem sabia que eu tinha uma coisa dessas!

Okay, respira Chizuru.

Olho para a tal roupa de dormir/lingerie em minhas mãos e choro internamente.

É cor de rosa, mas um rosa delicado. Tem alças finas, que parecem que vão arrebentar. Um short curto até demais, quando eu digo curto na verdade é que parece uma calcinha, mas acho que não é porque não é estilo fio dental. A parte de cima é bem leve e solta, ou contrario do short/calcinha que é justo ao corpo. Há demarcações para os seios e até que admito que é bonito, mas eu usar isso? Nunca!

Reviro minha mochila e vejo, que não há outra opção. Há menos que eu queira dormir de jeans, admito que fiquei tentada, mas está calor de mais eu não aguentaria.

Suspiro derrotada e com o rosto em chamas coloco essa indecência em meu corpo puro. Ao terminar rezo, oro, faço até simpatia para que Ryu não esteja por perto.

Rapidamente vou correndo do curto espeço que é o corredor para o quarto, ouço Ryu me chamando de algum lugar lá em baixo mas ignoro-o. Tranco a porta e me escondo no meio de seus cobertores.

Ai deus, que eu consiga dormir logo.

Mas conforme vou sentindo o cansaço, vou relaxando ao sentir a cama e os cobertores de Ryu me envolverem. Inspiro profundamente e é quase como se Ryu estivesse deitado ao meu lado, seu cheiro está em tudo, até em um dos travesseiros que eu não êxito em abraçar enquanto vou indo rumo ao inconsciente.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês entendam, realmente eu sinto muito, mas sinto que desse modo será bem melhor para todos. E prometo que os capítulos serão longos e vão compensar a demora.já tenho 2 capítulos prontos e irei posta-los ainda esse mês, os dois e depois a próxima atualização será só no fim de novembro, ok?Bem, até a próxima /



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