Me sentei à mesa com os meus tios. Nós comíamos a comida que ela pegara no restaurante do posto. Estava boa. Senti falta do Bran durante o jantar. Ele estava lá em cima com o Jess.

-Page, - minha tia falou enquanto eu me levantava para ir lavar o prato - deixe a louça aí. Você poderia ir chamar os garotos para vir jantar?

-Claro tia. - larguei o prato e subi as escadas indo em direção ao quarto do Brandom.

Bati na porta mas não obtive resposta, não devem ter ouvido por causa do som alto. Bati de novo e então Bran finalmente atendeu. Quando ele abriu a porta, pareceu aliviado por ser eu. Senti um cheiro estranho e logo identifiquei. É  o tipo de cheiro que sentimos nas festas da escola. 

-Bran, vocês estão fumando? - cruzei os braços.

-Fala baixo! - ele me puxou pra dentro do quarto.

-Estão fumando maconha. Cara, isso não é legal.

-Como sabe? - Jass falou - Aposto que nunca experimentou.

-Ah, cala essa boca Jass ninguém falou com você. - falei evitando olhar para ele. 

Suspirei e olhei em volta, o quarto estava tomado por uma nuvem de fumaça. 

-Acho que sua mãe não vai desconfiar? 

-Relaxa, a gente ta no controle da situação gatinha. - Bran piscou para mim - Soube que andou falando com o Blame Hans.

-E daí?

-Ele não é legal. - Jass se intrometeu de novo e ia falar outra coisa mas eu o olhei de um jeito ameaçador e de repente, o teto pareceu muito interessante para ele.

-Tanto faz. - falei - A tia Becky quer vocês na mesa agora para jantar. 

-Não podemos ir assim. - Brandom falou desesperado.

-Não tinham o controle da situação? - falei irônica - Tudo bem, vai no meu quarto e pega uns salgadinhos que estão na minha cama, eu falo pra tia que vocês estão fazendo um trabalho e não podem descer.

-Valeu Page. - Brandom beijou minha bochecha e eu saí do quarto.

Resolvi ir direto para o meu quarto e depois de um longo e quente banho, eu iria dormir. Ao abrir a porta do banheiro, me surpreendi com uma banheira estilo colonial que estava ao lado do chuveiro. Eu sorri. Tudo que eu precisava para eliminar meu estresse era um banho de banheira. 

Coloquei-a encher enquanto tirava a roupa e me enrolava no roupão e me sentava no chão ao lado da banheira. Eu olhava a água cair da torneira dourada na parte branca. 

Quando estava cheia, larguei o roupão junto com as roupas no chão e coloquei um pé na água para senti-la, logo entrei e me mergulhei toda. Precisava de um tempo para pensar. Aquele momento, era perfeito.