Estava de manhã,Dália não sabia exatamente que horas eram.Eles estavam sentados em uma sala comprida cheia de cadeiras enfileiradas.Esperando a vez de serem avaliados pelos idealizadores.

Ela não fazia a menor idéia do que ia fazer.

Paloma havia dito que ia atirar facas.Jake iria mostrar suas habilidades com arco e flecha.Robert,disse que ele não iria fazer nada, pois assim que os idealizadores o vissem iriam dar dez somente pela sua beleza( o que eu duvido que tenha acontecido.

Finalmente chegou a vez dela.Aquele ano os tributos estavam sendo avaliados em uma sala enorme e de pouca luminosidade.A sala era circular e seu chão coberto por um tapete persa.Do teto pendiam lustres de cristal cobertos por uma fina camada de poeira.

Os idealizadores estavam no outro canto da sala.Comendo,bebendo e fazendo outras coisas aleatórias (tudo menos prestar atenção na garota tributo parada na porta.O chefe dos idealizadores era um homem e grande e gordo,que estava sentado com sua bunda grande e gorda em uma cadeira,catapultando ervilhas com um garfo em uma mulher de cabelos fluorescentes.

Entre os dois lados se encontrava uma espécie de parede.Como uma mistura de vidro e gelo(cerca de 37 edições de jogos depois a parede foi substituída por um campo de força).Em homem,com um par de implantes sob a pele que pareciam chifres abriu uma garrafa cheia de um liquido borbulhante e espirrou em um outro homem com um nariz enorme.

Dália se aproximou da divisão de vidro/gelo (quem sabe esse seja um bom nome) e bateu levemente.Mas,não foi percebida.Depois mais insistentemente,com força e uma pequena rachadura se formou sob seus dedos.Mas,novamente não foi ouvida pelos idealizadores que riam alto e começaram uma guerra,atirando pão uns nos outros.

Ela olhou para a cena,enojada.Pensou nos meses de caça que seriam necessários para consegui tanto pão,quem sabe anos.Lembrando-se das crianças subnutridas em seu distrito.Que morriam de fome todos os dias.

Seu rosto se fechou,marcado por ódio.Ela se moveu para o lado leste da sala,cheio de armas e coisas aleatórias usadas na tentativa de conquistar aquela gente estúpida.Sobre uma pequena bancada haviam facas uma porção de estilhaços de vidro marcados de vermelho,como se alguém tivesse treinado pontaria em garrafas de vinho.

Ela escolheu uma das laminas,a com ponta mais cruel.E voltou se para o vidro.E com ela foi fazendo profundos sulcos na parede,a cor avermelhada do vinho causava a impressão das palavras serem feitas com sangue.

Os idealizadores pararam de rir e olharam pasmos para a garota que finalizava seu trabalho de apenas uma frase:

“Down with the capitol”