Sweet Little Boy escrita por Chris llama


Capítulo 13
Can't Fight This Feeling


Notas iniciais do capítulo

Até que enfim tomei vergonha na cara e atualizei haha
Então gente, obrigada pelos comentários, mensagens e tudo mais, vocês são lindos



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Quando Kurt acordou naquela manhã ele não se sentia mais doente, toda a dor havia ido embora e seu corpo era preenchido apenas pela sensação de conforto proporcionado pelo abraço de Blaine.

Blaine...

Blaine havia cuidado dele a noite toda, demorou alguns minutos para Kurt acreditar que aquilo realmente estava acontecendo, e mais alguns minutos para o menino criar coragem e deixar os braços calorosos de Blaine e se preparar para ir à aula.

Kurt optou por uma roupa não tão elaborada e um penteado simples, evitando perder tempo. Após organizar todo o material dos dias de aula perdidos, Kurt gastou seus minutos restantes sentando-se na cama e deixando seus dedos passearem pelo belo rosto do moreno, criando linhas invisíveis em sua bochecha e arrumando, inutilmente, seus cachos rebeldes.

– Muito obrigado por tudo, Bee. – Disse antes de estalar um beijo no rosto do mais velho e se levantar para ir à escola.

~K&B~

– Aaaaaaaaaaah, você voltou meu unicórnio! – Assim que Kurt pisou dentro da escola foi atacado por um abraço da loira. – eu senti tanto a sua falta, você está bem? – Disse Brittany pressionado as bochechas do amigo com as mãos.

– Hey Britt, eu também senti sua falta, embora tenhamos nos visto ontem... Eu me sinto muito melhor!

– Oh Hummel você voltou! Eu realmente cheguei a pensar que você não resistiria sabe? Eu estava até procurando a lista de música que você iria querer no seu velório.

– Cala a boca Santana, você estava preocupada até agora! – Disse o loiro aproximando-se dos amigos. – Kurt eu estou tão feliz de te ver novamente na escola! – Sam afastou a loira carinhosamente e abraçou o amigo por alguns demorados segundos. – Você veio sozinho? Eu pensei que aquele cara te traria! Eu poderia ter te buscado, você está bem mesmo?

– Eu não quis acordar Blaine, ele estava tão adorável dormindo. – Disse Kurt corando um pouco, e recebendo um olhar de desprezo do loiro. – Além disso eu já estou bem, eu definitivamente posso caminhar até a escola sozinho, sem problemas.

– Hmm então você estava assistindo ele dormir? – Santana sorriu maliciosa fazendo Kurt corar ainda mais. – Mas sério Kurt, eu não gostei desse seu boy. Prefiro que você fique com Sam, ele nunca me expulsou de casa e ele ainda pode me dar sobrinhos loiros.

– Santana cala a boca! E-eu preciso ir... Tenho que recuperar as lições perdi.

– Me espera, minha próxima aula é com você! – Sam andou atrás de Kurt, oferecendo um sorriso ao amado.

Os dois meninos caminharam adoravelmente pelo corredor, sendo assistidos pelas amigas.

– Kurt e Sam podem mesmo ter bebês? – Perguntou a loira inocentemente, recebendo um olhar de incredibilidade da latina.

~K&B~

Após a quarta aula Kurt se dirigia até a biblioteca para tirar xérox do material perdido, quando sentiu um punho em seu braço o empurrando violentamente contra o armário.

– Onde você esta indo princesa?

Por um momento, Kurt não conseguiu pensar em nada além de uma dor súbita, ele mal conseguia respirar. Logo em seguida, ele viu outro punho sendo lançado em sua direção, desta fez acertando diretamente o rosto perfeito do castanho, não dando nenhum tempo para fugir, protestar, ou perguntar o que estava acontecendo. Até que a visão de Kurt se tornou clara por alguns segundos e ele percebeu o que estava havendo.

Karofsky...

O menino que desde sempre trabalhou arduamente para tornar a vida de Kurt um inferno, e quase sempre obtinha sucesso.

– Cadê o seu namorado bixa? Ele não está aqui para cuidar de você hoje? – Kurt desejou que Sam estivesse lá neste momento, Dave raramente encostava as mãos nele na presença do loiro.

Kurt achou que ele iria deixa-lo, mas ele não parou.

Mais socos e chutes seguidos de uma série de xingamentos. Kurt tentava se proteger, mas ele sabia que era inútil. Karofsky tinha pelo menos o dobro de seu tamanho.

– Eu achei que você não voltaria mais, porra! – Karofsky agarrou Kurt pelo colarinho de sua blusa e empurrou suas costas fortemente no armário. - Eu pensei que finalmente eu tinha me livrado de você e da sua cara de gay, e desse seu quadril rebolando pelos corredores da escola... Mas não, ai está você novamente, por que você ainda está aqui? – Karofsky terminou jogando Kurt bruscamente no chão. – Por que você tem que ser tão gay? Você é nojento, eu não te quero perto de mim, eu ficaria melhor se você não estivesse mais nessa escola...

Karofsky fez seu caminho pelo corredor e se afastou de Kurt, deixando o castanho mortificado e sozinho.

Após deixar as lágrimas escorrerem algum tempo, Kurt se levantou e caminhou pelos corredores com alguma dificuldade, ele sentia um filete de sangue escorrendo de seu nariz, mas ele não quis parar para ver nada. Tudo o que ele queria era sair de lá imediatamente, ele não queria que nenhum de seus amigos o vissem assim.

~K&B~

Kurt chegou até sua casa caminhando com certa dificuldade, ele abriu a porta lentamente e avistou Blaine deitado no sofá, brincando com o controle da televisão. A última coisa que ele queria neste momento era ser visto pelo moreno, por isso caminhou lentamente subindo as escadas.

Blaine levantou sua cabeça suavemente pensando ouvir um barulho do andar de cima, mas constatou que era coisa de sua cabeça e continuou a vaguear pelos canais.

Kurt tirou os sapatos com cuidado e se jogou na cama, ele queria apenas entrar no chuveiro e ficar lá para sempre, mas ele sabia que Blaine o escutaria e ele não queria isso agora.

Ele não entendia Karofsky, qual era o real problema em ser gay? Ele nunca tentou incomodar ninguém, ele sequer conversava com as pessoas antes de Brittany e Santana. Ele só queria terminar o ensino médio como um estudante normal, e continuar a sua vida sem maiores problemas, mas as coisas insistiam em dar errado para o menino, apenas o fato dele querer ser ele mesmo incomodava praticamente toda a escola, e isso doía muito.

Tudo o que Kurt queria agora era dormir para esquecer-se de seus problemas. Foi quando o castanho ouviu batidas em sua porta, mas optou por ignorá-las, afundando ainda mais seu rosto no travesseiro. As batidas continuaram por alguns segundos, até que a porta foi aberta revelando um rosto bastante conhecido.

– Kurt?

– Oi Bee... – Disse Kurt se virando e apertando o cobertor próximo a seu peito. Ele tentava conter as lágrimas, ele estava cansado de Blaine vê-lo chorando.

– Oh eu sabia que tinha ouvido alguma coisa... Por que você está aqui? Não me diga que sua febre voltou, eu sabia que você não devia ter ido para a escola hoje. – A preocupação era notável na voz do moreno, que continuou monólogo. - Eu sinto muito, eu deveria cuidar melhor de você, não se preocupe, desta vez eu não tiro meus olhos de você. Logo seu pai está de volta e eu prometo que tudo vai ficar bem.

– Eu estou bem, eu não tenho febre mais, posso ficar sozinho? – Disse com a voz cansada.

– Eu sinto muito, já vou sair... Espere, o que houve? Por que você voltou mais cedo? E oh, Kurt, você está chorando?

– Blaine você pode só sair por favor? Eu não quero que você pense que eu continuo sendo aquele garotinho chorão que você conhecia, embora ainda pareça que eu sou, por favor, não pense que eu sou um bebê, eu posso me cuidar sozinho...

– K-kurt... Eu nunca, nunca vi você como uma criança chorona. – Blaine se arrastou sobre a cama e jogou seus braços em volta do corpo machucado de Kurt, cuidadosamente. – E mesmo assim, não existe nenhum problema em chorar, por favor, me conte o que aconteceu. – Lágrimas começaram a correr livremente dos olhos de Kurt, Blaine sentia o corpo do menino tremendo em seus braços, e ele não podia fazer nada além de sussurrar palavras de conforto.

Após alguns minutos se recompondo, Kurt contou tudo para Blaine. Sobre Karofsky, e todos os outros garotos do time de futebol que costumavam intimá-lo, sobre as raspadinhas, sobre os empurrões contra os armários e as surras nos corredores. Ele não escondeu nenhum detalhe, e Blaine ouviu tudo pacientemente enquanto o encarava com aqueles intensos olhos cor de mel compreensivos. Kurt nunca esteve tão feliz de ter Blaine por perto.

– Kurt isso é... Isso é horrível! Seu pai não sabe sobre nada?

– Eu não quero falar pra ele Blaine. Ele tem problema no coração e eu não quero que ele se preocupe com isso, eu não sei o que há de errado comigo mas, não quero preocupá-lo.

– Mas Kurt, ele precisa sab-

– Podemos por favor não falar sobre isso agora? – Disse o castanho cortando a frase de Blaine. – Eu só quero descansar um pouco...

– Tudo bem... Mas, não tem nada de errado com você.

Os dois meninos permaneceram abraçados em silêncio por um longo tempo, enquanto Blaine acariciava os cabelos castanhos. Os olhos cor de mel passeavam por todo o quarto, ele tinha perdido tanto da vida de Kurt, talvez se ele fosse mais presente ele poderia ter evitado muitos problemas na vida do mais novo, ou até mesmo oferecer algum apoio, do tipo que um irmão de verdade realmente faria. Mas nem Finn estava aqui... Kurt teve que lidar com muita coisa sozinho.

Blaine parou sua reflexão no momento em que avistou uma placa de argila na prateleira do quarto.

– Kurt... Esse é o seu zoológico de massinha? – O moreno levantou aproximando-se da peça.

– Ahn... Não é como se eu tivesse coragem de jogá-lo fora. – Um leve rubor tomou conta do rosto do mais novo. – Ele é importante pra mim.

– Eu fico feliz que você não tenha se desfeito dele... – Blaine sentiu seu coração disparar - Por que não terminou ele?

– E-eu... Ele me lembra de você. – Kurt agora desviava seu olhar para o chão. O mais novo reuniu toda coragem possível para continuar – Bee, eu senti muito a sua falta.

Blaine não disse mais nada, ele precisou de um minuto de silêncio para entender o que estava acontecendo, e logo em seguida fez seu caminho lentamente até o mais novo. Enquanto isso Kurt se repreendeu mentalmente, por que ele tinha estragado tudo?

Bochechas coradas, lágrimas em seus olhos, cabelo bagunçado. Blaine tinha certeza que jamais vira Kurt tão completamente frágil e adorável em sua frente, e o que veio a seguir, bem, Blaine não se conteve, o moreno se aproximou levemente tomando o rosto do mais novo em suas mãos e encostando sua testa na dele, deixando seus narizes rasparem levemente. Kurt levantou seus olhos aproveitando para olhar no fundo dos de Blaine, e os dois permaneceram em silêncio. Blaine só conseguia ouvir a respiração entrecortada do mais novo e a melodia de seus batimentos cardíacos, aquele momento todo, tudo era perfeito. E se antes o moreno pensava que estava fazendo algo errado, agora ele simplesmente não estava pensando. Tudo o que ele queria era sentir mais de Kurt, sua pele, seus lábios, seu cabelo, ele precisava de mais.

– Bee... – Kurt sentiu o polegar de Blaine acariciando seus lábios, e pensou que seu coração fosse explodir.

– Shhh.... Jesus, você é perfeito.

Kurt decidiu que não deveria pensar sobre o que estava acontecendo, simplesmente por que ele não conseguiria. Por um momento ele se deixou levar, e moveu suas mãos lentamente para os cachos de Blaine, e aquela era a sensação mais maravilhosa que ele já tinha experimentado em toda a sua vida. E por impulso o mais novo aproximou seus lábios dos do moreno, só pra poder sentir seu gosto, e se mudou para se afastar lentamente. Mas Blaine não permitiu, puxando Kurt novamente para perto de si, e iniciando um beijo inocente, inocente, porém demorado. Blaine se sentiu como se estivesse em chamas, ele deixou sua língua escorregar pelos lábios macios do mais novo, conhecendo o caminho dentro de sua boca

Kurt sabia que inconscientemente ele tinha sonhado com esse momento por toda sua vida, e não foi nada menos do que perfeito, agora ele tinha certeza que seus lábios se encaixavam perfeitamente com os de Blaine, ele tinha certeza que eles tinham nascido pra ficar juntos. O moreno não estava diferente, os lábios de Kurt eram simplesmente a coisa mais deliciosa que ele já havia provado, ele não queria largá-los de jeito nenhum. Mas, uma hora, nenhum dos dois tinha mais ar, e foram obrigados a se separarem, com uma intensa troca de olhares. E, novamente, um silêncio se instalou no quarto.

Um desespero tomou conta dos pensamentos de Kurt, e se ele fez a coisa errada? E se Blaine não gostasse dele? E se Blaine só estivesse com dó dele? E nesse momento um choque de realidade acertou Kurt da maneira mais dolorosa possível.

– E-eu, eu sinto muito – Kurt disse levantando da cama rapidamente e debruçando seus braços na janela, evitando mais do que tudo encarar o moreno.

– Não se preocupe Kurt... Não foi sua culpa, eu não devia ter feito isso, me desculpe – Uma onda de tristeza percorreu todo o corpo de Blaine. Kurt não tinha gostado?

– Eu preciso sair... Santana está me esperando. – Kurt abriu a porta do quarto e saiu em disparada, não dando a Blaine nenhum segundo para impedi-lo.


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Notas finais do capítulo

Ai meu Deus, eles se beijaram!
Porra, por que o Kurt fugiu?
Pois é, só saberão isso ano que vem, provavelmente.
E vocês achando que tinham se livrado dos bonequinhos de massinha ein...
Me desculpem pelos erros de escrita e concordância, e mesmo esse capítulo não tendo saído do jeito que eu imaginei, eu não achei ele tão ruim. Me digam o que vocês acharam!
Muito obrigada por lerem até aqui o// Boas festas, que tenhamos muito Klaine no ano que está vindo!!