O 13º Andar escrita por Pequena Sonhadora


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo tá bem fraquinho e um tanto estranho senão prestar atenção, entao fico na expectativa de que gostem.. Ah Brenda Targino você é demais*-*
Boa leitura



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POV Ane

Não acreditei no que ouvi. Aquela voz era um tormento para meus ouvidos. Talvez eu estivesse tão enfurecida por me permitir pensar no Hernandez que meus ouvidos me traiam fazendo me lembrar daquele som totalmente irritante e sexy. Devo admitir Diogo tinha uma voz rouca e incrivelmente sexy, ficava arrepiada só de ouvi-lo. Mas depois do que aconteceu tudo mudou.

—Não é educado não cumprimentar de volta, Rodrigues — Droga! Não era mentira, ele estava aqui — Vou tentar de novo, olá Ane.

—Vá pra inferno praga — Gritei  —Nunca mais me chame de Ane, você perdeu esse direito.

—Ficou nervosa por quê? —perguntou — Não, espera... eu ainda te deixo nervosa

Revirei os olhos.

—Rárá , o que faz aqui?

—O que acha? —perguntou mostrando a mesa — Trabalhando o que você devia estar fazendo também

—Você trabalhando? Não me faça rir Hernandez — zombei

Diogo bufou. Mas não teve tempo de revidar, o telefone tocou.

Aproveitei que ele estava ocupado e fui pegar o elevador, ficar ali não estava nos meus planos. Tudo o que acontecera hoje não estava nos meus planos. Digo colocar fogo numa mesa (ainda não sei como fiz aquilo), e encontrar o Diogo depois de três anos com certeza não estava nos meus planos.

POV. Ane off

Enquanto isso...

—Surya aquele senhor quer ser atendido por você — Soraya falou quando se aproximou do balcão

—O que? —Su aguardava o pedido anterior — Só que faltava agora ser cantada por um velho

—Seja boazinha Su — Zombou a amiga — Você não tem namorado aproveite!

Soraya saiu gargalhando. As duas garotas trabalhavam numa sorveteria a quatro quadras do prédio. Esse era um dos motivos pra elas terem se mudado.

POV. Surya

‘’Aff ninguém merece, bem que aquela torneira ali poderia estourar quando a Soso estivesse bem perto ‘’. Pensei e virei de volta pro balcão pegando a bandeja.

—ahhhhhhhh! — ouvi Soraya gritar e virei em sua direção

—O que...— Oh céus! (Como diria a Ane) , Soso estava tentando se esquivar da água

—Me ajuda Su — Pediu

Corri até o registro e fechei. Voltei até onde ela estava.

—Como aconteceu? —perguntei prendendo o riso. Foi uma cena engraçada de se presenciar sem duvida.

—Pode rir Montenegro — resmungou

—Eu não sabia que minhas palavras tinham tanto poder — Levei a mão à boca, droga porque eu disse isso alto?

—Anh? Do que está falando?

—Você ficou me zoando sem motivo por causa do velho, então eu desejei que a torneira estourasse quando você estivesse bem perto — A confusão estampava o rosto De Soso. Não é todo dia que algo que falo acontece por que se fosse eu já tinha ficado rica. O.k parei isso nunca vai acontecer.

—Surya isso foi estranho — falou —Tudo está muito estranho

—E como — completei

—O que está havendo aqui?— Tifany perguntou atrás de mim, ela era a noiva do Sr. Gustavo o dono da sorveteria — Não pago vocês pra ficarem conversando pelos cantos

—Já estávamos voltando ao trabalho — respondi secamente

—Ótimo — Disse e saiu rebolando

—Cobra miserável — sussurrei

—Melhor voltarmos ou a ‘’cobra miserável’’ vai nos despedir — Falou

 —Vai trabalhar assim?

Soraya estava toda molhada.

—Vou não tenho outro uniforme aqui

Pov Soso off


As garotas voltaram ao trabalho. Soso reclamava a cada minuto por estar molhada e Su zombava da amiga por isso. O expediente chegara ao fim, as duas estavam  a alguns passos do prédio quando Su para e puxa a amiga pra que olhasse pra ela.

—Soso você não vai acreditar no que acabei de ver

—Não tenho bola de cristal— responde a outra — O que você viu?

—Diogo Hernandez — Surya pronunciou o nome com nojo e desprezo

—Onde?

—Naquele carro

—OH CÉUS —exclamou —Será que a Ane viu ele?

—Vamos torcer pra que não  — Su cruzou os dedos

As duas entraram no prédio e foram direto até Josh. Aguardaram o garoto terminar de atender o telefone.

—Oi girls — Josh cumprimentou sorridente

—Oi — Soso cumprimentou —Aquele cara ali saiu daqui?

Soraya apontou pra entrada do prédio. Pela porta aberta apontaram para o Diogo que estava em pé na porta do motorista, conversando com um policial.

—Aquele com o policial? — Josh questionou as garotas assentiram. —É o Diogo

—A gente sabe — disseram em coro

—Sim ele saiu daqui o expediente dele acabou

—Expediente? — Su perguntou

—Sim ele estava trabalhando aqui e sim a Geane já viu ele — Josh informou as garotas exatamente aquilo que temiam

—OH CÉUS — Soraya exclamou

—Soso você precisa parar de falar isso e obrigada pela informação Josh, querido.

—De nada

As duas pegaram o elevador rapidamente enquanto as portas fechavam Surya estava inquieta, ora olhava pra amiga ora abaixava a cabeça. Não sabia se perguntava ou não a duvida que rondava a sua mente.

—Soso acha que eles brigaram? — perguntou nervosa

—O que você acha Surya? Eles são muito piores que cão e gato

—Soso... Você sabe o que aconteceu pra... Ter esse ódio todo?

Soraya ficou pensativa, escolhia com cuidado as palavras, embora ela tenha prometido nunca falar nesse assunto com ninguém ela sabia que Surya deveria saber. Precisava saber. E não seria por ela ou seria?

—Eu sei pouca coisa — começou

—Então fala criatura — Surya estava impaciente com tanto mistério

— A Ane e o Hernandez tiveram um relacionamento conturbado...  Cheio de idas e vindas durante algum tempo... 

—Disso eu sei

—Vai me deixar  falar? —Perguntou nervosa por estar quebrando sua promessa

—Prossiga

—Então como eu ia dizendo — Soso parou e olhou pra amiga esperando por uma interrupção o que não aconteceu — Eu sei que numa dessas idas e vindas Ane descobriu um segredo dele

—Qual segredo?

—Eu não sei — Soraya engoliu em seco ela sabia muito bem qual o segredo que Geane havia descoberto — Apenas sei que depois dessa descoberta, nossa amiga teve uma surpresa

—Ela estava grávida — Surya disse imersa em pensamentos

—É, ai você já sabe o resto

—Ela escondeu dele, eles brigaram a casa misteriosamente pegou fogo e ela perdeu a criança — Soraya escondia mais coisas mesmo assim concordou com a amiga, ela já tinha falado demais — Tem certeza que é só isso?

—É tudo que sei

—Qual será esse segredo?

—Não faço a mínima idéia, mas eu que não vou perguntar pra eles — A porta do elevador abre e as garotas levam um susto com o que está à espera delas no corredor.

—AHHHHHHHHHHHHHHHHH — Gritam

—S-so-so — Surya tentava chamar a amiga porem o pânico não deixava —Vo-você e-es-está ve-vendo o-o mes-mo- q-q-eu e-e-u?

—É um fantasma? —Sussurra a amiga

—Ta muito real pra ser um fantasma

O que assustara as garotas era uma menina sentada no meio do corredor de cabeça baixa. A criança brincava com uma boneca  distraidamente, tinha um rosto cheio de cicatrizes, os braços e as pernas tinha várias marcas e a roupa que usava estava velha e rasgada. Soraya e Surya tinham saído do elevador, estavam estáticas observando a criança quando a ouvem perguntar:

—Vocês vieram me ajudar? — Perguntou sem olhar pras garotas

—A-ajudar? — Soso perguntou  — Ajudar com o que?

—Ele não vai permitir — A criança parou de brincar com a boneca — Mas vocês tem que sair daqui

—Do que está falando? — perguntou Su

—Vão embora, sumam daqui — A criança tapou os ouvidos e apoiou a cabeça nos joelhos machucados — Vão embora enquanto a tempo


POV. Soso

A aquela criança estava toda machucada. Admito que senti uma imensa vontade de ir até ela e a abraçar fortemente e lhe dizer que tudo ficaria bem. Mas meu intuito dizia pra fazer exatamente o contrario, dizia pra eu fazer o que ela pedira. Embora eu quisesse muito fazer isso largar tudo e ir embora algo me prendia ali.

—Qual seu nome? —perguntei dando um passo a frente

—Não se aproxime — ela avisou —sou perigosa

—Qual seu nome? —perguntei novamente

—Liana —respondeu — e o de vocês é Soraya e Surya

—Como sabem nossos nomes? —Ouvi Su perguntar ao meu lado

—Sei de muitas coisas — Liana ou a criatura levantou-se eu a observava. Fora os machucados ela era muito parecida com alguém que conheço. — ele disse que minha mãe vem morar aqui em breve — Um pequeno sorriso surgiu em seus lábios — Na verdade ela já veio

—Quem é a sua mãe? —Perguntei dando mais um passo ela recuou ‘’ela não é um fantasma não aparenta ser’’ pensei

—Não se aproxime — avisou — Você conhece minha mãe

Engoli em seco.

Era muita coincidência o nome dela ser Liana. Esse era o nome que... fui tirada dos meus pensamentos quando ouvi a voz de Mya na porta

—O que estão fazendo  paradas aí? — perguntou da porta — A Ane precisa da gente

Olhei em volta e Liana não estava mais ali. O lugar onde ela estava sentada tinha uma poça de sangue em formato de um feto que sumia quanto mais nos aproximávamos.

—Ta vendo aquilo ali? —Su sussurrou pra que Mya não ouvisse ela apontava pro sangue

—O nome dela — Não consegui terminar a cima da porta onde Melya estava vi Liana olhando pra mim ela levou o indicador a boca pedindo silêncio e sumiu.

—O que tem? — Surya olhava pra baixo

—Nada

‘’Por que ela pediu silêncio? Será que a mãe dela é que estou pensando? Oh céus !!! Se for? ’’ Tantas perguntas passavam em minha mente que já estava com dor de cabeça só de pensar em achar as tais respostas.

—Não podemos contar a elas — falei pra Su assim que entrei no apê. Mya tinha voltado pro quarto da Geane.

—Por quê?

—Não a viu?

 — O que tem ela pediu silencio— Su voltava da cozinha com uma maçã — Além do mais temos que concordar  que coisas extremamente estranhas está acontecendo aqui desde que chegamos.

—Eu sei, mas não podemos ir embora — Falei

—Por que não? Acabamos de ver uma garota morta no corredor — Su mordeu a maçã —Preciso dormir

—Eu também — concordei

—O que vamos fazer? —Perguntou sentando no sofá

—Não sei — Não era mentira eu não sabia o que fazer, apesar de ter uma idéia absurda. Conversar com a garotinha e saber mais.

—Eu sei — disse ela —vamos embora daqui

—Não podemos — ‘’Ainda não falei com ela’’ — ainda não

—Até a garota disse que temos que ir — Su disse

—É por isso que não podemos ir — comentei

—Não vai me dizer que você vai querer ajudar

—Sei lá

—Tá de brincadeira né Soraya?

Fiquei em silêncio.

—Sabe o nome dela?

—Sei é Liana — Su parou e pareceu refletir — O mesmo nome que Ane daria pro bebê se fosse menina

—Exatamente — Falei

—Acha que  a Ane é a mãe daquela..coisa?

—Não tenho certeza

—Ok eu preciso dormir — Disse levantando do sofá — é muita coisa pra processar

Eu não falei nada. Joguei a cabeça pra trás e fechei os olhos, a imagem da menina preencheu minha mente e um arrepio percorreu meu corpo ao ouvir aquela voz no meu ouvido.

—Oi



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Notas finais do capítulo

Então gostaram?