O Incontrolável escrita por Gisely Mackingfor


Capítulo 5
Capítulo 4




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Assim que Yanna caiu no chão de madeira Jean foi até ela.

–Yanna!- gritou ele.

–Ah meu Deus, o que aconteceu?- perguntei me ajoelhando perto dela e de Jean que já estava com ela nos braços.

–Eu... eu não sei- disse Fanny se ajoelhando também.

–Ela esta respirando?- perguntou Noa se ajoelhando ao lado de Fanny.

–Sim, tem que estar- disse Jean chegando perto de seu nariz para ouvir sua respiração.

Ele parecia muito desesperado, parecia que algo foi tirado dele a força.

–Ah!- suspirou aliviado- Ela esta respirando.

–Faz alguma coisa para acorda-la –disse Fanny.

–O que você quer que ele faça? Da um beijo que nem em conto de fadas?- perguntei.

–Não, não isso não funciona. Bate nela- disse Fanny.

–Não! Não vou bater nela- retrucou Jean.

–Ah, você é um mole- disse Noa.

–Não, não me chama assim Noa- disse Jean aumentando um pouco o tom de voz- Imagina se fosse a Yandra, ou até mesmo a Fanny. Você não iria bater na Fanny!

Noa olhou para Fanny um pouco envergonhado e corou, como ela.

–Ah, tá bom, já que ninguém vai bater nela para salva-la, eu bato- disse.

Bati em sua face com força e ela acordou rapidamente. Parecia confusa, como se não conhecia ninguém, como se não soubesse onde estava.

–Quem me bateu?- perguntou confusa.

Jean riu e a abraçou forte.

–Que bom que você acordou, e a proposito... Foi a Ruby- disse ele se afastando um pouco dela, como se tivesse com medo do que ela ia fazer em seguida.

–Valeu- disse ela se levantando.

–Valeu? Por que?- perguntei levantando junto.

–Bom, esses babacas ai não tiveram coragem, eu estava... bom... não estava consciente e se você não me bate-se eu poderia ter morrido, por isso valeu- disse Yanna, parecia sincera, mas também parecia que estava escondendo algo.

–Não somos babacas- disse Noa se levantando e ajudando Fanny se levantar também.

–São sim!- disse Yanna calma- Mas então, vamos para a próxima parada?

–Você não pode sair agora, temos que leva-la há enfermaria- disse Jean pegando em seu braço.

–Eu estou bem- disse ela- Vamos Ruby.

–Tem certeza que esta bem?- perguntei.

–Sim, estou sim- ela fez um pausa e encarou o nada por um momento. Depois olhou para Noa, Fanny e Jean- Vocês vem?

–Claro- disseram Fanny e Noa juntos, o que fez eu me lembrar de Julieta e Jennifer.

Como sentia falta delas. Minhas irmãs caçulinha estavam crescidas já. Mas queria tanto que estivessem aqui, que descobrissem a verdade.

Todos olharam para Jean em busca de uma resposta.

–Tá! Mas não vamos demorar muito, tenho que treinar- disse ele indo até a saída da quadra.

–Ah, qual é?! Você treina 24 horas por dia, merece um descanso– disse Fanny.


********



Era uma floresta incrivelmente grande e perfeita. Era cercada por arvores com grande copas que cobriam o céu e as sobras que faziam cobriam o chão. Essas arvores só tinha envolta da floresta, era como um campo de força que protegia a floresta inteira. Assim que passamos pelas arvores grossas e velhas que deixava a floresta escura e assustadora chegamos em uma parte mais ampla e clara. O meio da floresta era preenchida por eucaliptos e pinheiros gigantescos. Era incrivelmente assustador e incrível estar nessa floresta.


–Incrível- sussurrei e Yanna escutou.

–É, e é meu lugar favorito. Aqui não tenho minhas responsabilidade e consigo viver como se não existisse nada lá fora, como se só existisse isso... só existisse eu- disse ela.

As palavras dela pareciam muito sinceras. O ar desse lugar também me deixava livre, como se só existisse eu.

–Olha, ali esta. Vamos- disse ela apontando para uma plataforma de madeira velha um pouco há frente.

–Mas então, o que acha que aconteceu com ela?- sussurrou Fanny para Noa.

–Não sei, deve ser algo da profecia- respondeu ele.

–Que profecia?- me intrometi na conversa.

–A porcaria da profecia que todos acham que pertence a mim- disse Yanna.

Assim que chegamos na plataforma avistei 3 arcos e uma bolsa com varias flechas com uma pena azul na ponta. E uns 5 metros a frete havia 3 alvos idênticos.

–Bem vinda- disse Yanna mostrando os arcos.

–Que legal- disse.

–Vamos jogar?- perguntou Noa.

–Sim, claro, hum... podemos?- perguntei há Yanna.

–Sim, peguem os arcos e as flechas vamos um pouco mais perto- respondeu ela.

Pegamos os arcos que pareciam leves porem eram muito pesados.

Jean sentou em uma pedra junto com Fanny.

–Vocês não vão jogar?- perguntei.

–Eu só vou olhar, não sou muito para isso, meu lance é basquete- disse Jean.

–É, eu também- disse Fanny.

–Então tá bom, primeiro Ruby, você tem que colocar uma flecha no arco e depois estica-lo assim- disse Yanna pegando um arco, colocando uma flecha e esticando até o canto de sua boca.

Ela ficou um tempinho assim, estava se concentrando no alvo. A floresta estava totalmente silenciosa, e então ela soltou e a flecha foi diretamente para o centro do alvo. A flecha veio rapidamente, pois quando passou por mim pude sentir os ventos em meu cabelo, mas pude vê-la indo tão lentamente até o alvo que pensei que o mundo todo estava em câmera lenta. Era como aquelas cenas de filmes, como em “Jogos Vorazes” quando ela vai atirar a flecha na pilha de mantimentos.

–Uau!- suspirei.

–É, ela é muito bom- disse Noa ao meu lado.

Assim que a flecha tocou o alvo, a floresta ficou mais silenciosa do que antes e depois de uns segundo vários pássaros começaram a “gritar”. Era grito de varias espécies. Começaram a voar em cima de nós e não paravam de gritar. Parecia que estavam enlouquecidos, como se algo ruim estivesse perto de acontecer. Tive até que tampar meus ouvidos para tanta ouvir meus pensamentos. Eles viam se aproximando e se aproximando. Até que ouso Yanna gritar. Tinha vários pássaros a sua volta.

Ela tampou os ouvidos, se ajoelhou e gritou mais forte o que fez como uma bomba, espantou todos os pássaros ao seu redor. Alguns bateram nos eucaliptos, outros voaram para fora da floresta e uma grande parte veio até mim. Fizeram o mesmo que fizeram Yanna. Mas em meio de alguns gritos deles pude ouvir vozes como:

“É ela, só pode ser”.

“Não, ela nem tem assas, não pode ser”.

“Tome cuidado! Tudo esta em suas mãos”.

“Não confie neles, não vão fazer bem há você”.

Eram tantas vozes que não consegui mais. Fiz o mesmo que Yanna. Gritei com toda a força que encontrei naquele momento. Eles se afastaram e foram embora. Depois disso algumas penas estavam espalhadas no chão. Não entendi absolutamente nada que estava ouvindo daqueles pássaros. Olhei para Yanna em busca de alguma pista, mas ela me encarava aterrorizada assim como Fanny, Jean e Noa.

Olhei para eles e depois para o alvo, um pássaro estava morto fincado na flecha que Yanna jogara. O sague fresco escorria de suas assas. Soltei um grito, mas então me aproximei mais dele. Era um corvo totalmente negro que nem carvão.

Olhei para ele e em seguida para meus colegas. Uma das vozes falou para não confiar nele. Mas por que?

–O que... aconteceu... aqui?- perguntei gaguejando.

Ninguém respondeu.

–O que aconteceu?!- perguntei novamente, aumentando o tom de voz.

E mais uma vez sem resposta. Os encarei e corri para onde passamos ao entrarmos. Corri sem parar. Lembro que o caminho não era tão grande, mas parecia que nunca acabaria. A sensação de leveza que senti antes, desapareceu. Agora parecei que eu estava afundando a cada passo, porém mesmo assim não parei de correr. Até que sai da floresta e fui para qualquer lugar longe dela. Precisava de ar fresco para pensa, então corri para frente e não olhei para trás.


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Notas finais do capítulo

Esta ai, mais um capitulo :). Eu sinceramente gostei muito desse capitulo, principalmente o final :D, espero que tenham gostado também e eu sei que deve estar muito confuso, mas vai fica mais claro kkkk. E esse ficou um pouco menor :S, estava com pouca imaginação, foi mau :S
Comentem :D



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