Paulina e Carlos Daniel tem longas horas de sono tranquilo, um nos braços do outro, como o perfeito casal que eram, e no clima perfeito daquele quarto, imagens começaram a se projetar na cabeça de Paulina durante seu sono, naquelas imagens ela via ela, Carlos Daniel e as crianças reunidos no jardim, a família perfeita, Carlinhos e Lizete correndo por todo lugar e Paulina, Carlos Daniel, Paulinha e Gabriel brincando daquela toalha quadriculada, Carlos Daniel colocava a mão sobre o ventre de Paulina sempre dizendo com carinho a mesma frase:

— Obrigada por mais um fruto do nosso amor, obrigada por mais essa benção que esta por vir.

Nesse momento Paulina desperta com um sorriso imenso no rosto, fica alguns minutos sentada na cama maravilhada com aquele sonho, e ao ver que as sete da manhã já se aproximavam resolve acordar o marido, aproxima suas mãos do rosto dele, e ao toca-lo sente a temperatura de Carlos Daniel bem mais alta que o normal, logo começa a tocar-lhe todo corpo para ver se realmente estava febril, e ao ver que era verdade já foi logo ficando assustada, chamando pelo nome dele:

— Carlos Daniel, Carlos Daniel! Acorda por favor.

— O que aconteceu?... ai meu Deus que dor de cabeça.

— Meu amor o que você tem? Primeiro vi que estava com febre e agora essa dor de cabeça.

— Não se preocupe bebê, deve ser uma coisa passageira, vamos logo tomar banho e ir pra fábrica...

— Mas nem, pensar, fique deitado ai por favor, eu vou chamar o medico.

— Não precisa Lina, eu já falei que vai passar logo.

— Não Carlos Daniel, Eu já mandei você ficar ai, eu vou chamar o medico.

— Mas que mulher teimosa, tabom amor, já vi que não tenho escolha.

— Não tem mesmo. Agora fique quietinho ai que eu vou pegar o numero com a vovó, ligar e já volto.

— Esta bem.

Paulina sai do quarto e deixa Carlos Daniel sozinho, assim que ela sai ele levanta pega uma toalha e vai pro banheiro com a mão sobre a cabeça.

— Ai que dor infernal. Resmungava pra si mesmo.

Entra no banheiro toma um banho bem rápido e volta pro quarto, veste uma camisa social e quando esta vestindo a calça Paulina entra no quarto.

— Carlos Daniel! O que pensa que esta fazendo? Eu mandei você ficar na cama.

— Mas meu amor...

— mais nada Carlos Daniel, Pode voltar pra cama agora mesmo.

— Esta bem. Carlos Daniel respira fundo, troca de roupa e volta pra cama, Paulina se senta ao lado dele e acaricia seu rosto.

— Carlos Daniel! Diz ela assustada.

— o que foi amor?

— sua febre aumentou, e o medico que não chega.

— Não se preocupe bebê, eu já disse que estou... aaaiiii. Ele põe a mão sobre a cabeça de novo.

— O que foi? A dor de cabeça não é? E ainda quer me convencer de que esta bem.

— tabom minha linda, eu já vi que não vou te convencer.

— E não vai mesmo.agora fique quietinho esperando o médico chegar.

Carlos Daniel acomoda sua cabeça no colo de Paulina, enquanto ela acaricia os cabelos dele, não demora muito e eles ouvem batidas na porta.

— Pode entrar. ( Paulina )

— Bom dia.

— Bom dia Dr. Varella. Paulina diz levantando-se da cama e dando-lhe um aperto de mão.

— Em que posso ajudá-los?

— È que Carlos Daniel acordou febril, e com uma dor de cabeça muito forte, tenho medo de que seja algo grave.

— Entendo, posso examiná-lo?

— Claro, por favor.

O doutor Faz alguns exames e em seguida fica olhando Paulina com uma cara será e de preocupação.

— o que foi doutor? É alguma coisa seria? Paulina pergunta já com o coração na boca.