-Gostou daqui? – Rick me perguntou.

-Sim aqui é muito lindo. – eu disse.

Sentamos na toalha que estava estendida no chão.

-Quem diria que o Ricardo era romântico. – eu disse.

-Cara, não me chama de Ricardo. –ele falou.

-Por quê? Esse não é o seu nome?

-É, mas... – ele hesitou. – Deixa pra lá.

-Não, pode falar.

-É melhor deixar pra lá Mei. – ele fez expressão de triste. –essa história não vale a pena.

-Rick, por favor, me conta. – pedi.

-Ta bom, eu não gosto que me chamem de Ricardo porque esse é o nome do meu pai... Não que eu o considere meu pai ele é um verdadeiro babaca...

-Por que esse ódio todo do seu pai? – eu perguntei.

-Eu tinha sete anos, meu irmão Sam tinha 17 ele era o prodígio da família sabe? Ele era o cara, era inteligente, honesto, engraçado, todo mundo gostava dele. – ele parou e eu assenti pra mostrar que eu estava ouvindo ele. – Ele era o futuro das empresas do meu pai, o Sam queria isso, ele queria comandar as empresas do meu pai, quando eu fiz sete anos comecei a ter crises de asma, e um dia eu e o Sam estávamos sozinhos quando eu tive uma crise, não tinha bombinha e o meu irmão pegou o carro do meu pai e saiu correndo me levando para o hospital. – ele começou a chorar. – Ele estava indo muito rápido quando ele bateu... – ele chorou mais alto. – quando ele bateu o carro num ônibus... Ele morreu, ele morreu Mei. – ele abraçou os joelhos e se encolheu. – Ele morreu por minha culpa.

-Rick... Não ele não morreu por sua causa. – eu já estava chorando também.

-Não é o que os meus pais pensam, quando eles chegaram ao hospital e descobriram que o Sam morreu, eles ficaram loucos eles... Eles me culparam pela morte do Sam. O meu pai disse que eu era um inútil que só serviu pra matar o filho querido dele. – Ele estava em prantos, aquilo matou o meu coração. – Desde então eu venho sendo desprezado pela minha família, a minha mãe só viaja por todo o país comprando sapatos e bolças, o meu pai mal vai em casa, eu seria um solitário se não fosse pelo Matt e pela tia Sandra. – ele enxugou as lágrimas.

-Rick... Eu não sei o que dizer. – eu o abracei.

-Só fica me abraça mais forte. – ele disse e eu o apertei mais. – Chega de deprê, vamos comer. – ele abriu a cesta e tirou um monte de coisa gostosa, ele nem parecia mais aquele menino frágil de dois minutos atrás, a gente comeu muito e riu um bocado.

Agora estamos deitados na toalha do pic nic vendo as estrelas e estamos de mãos dadas.

-Olha uma estrela cadente! – eu disse apontando pra estrela. – Faz um pedido.

-Quero que você me escolha. – ele disse olhando nos meus olhos e minhas bochechas coraram violentamente.

-Rick deixa de ser lindo. – eu disse passando minhas mãos no seu rosto.

-Não posso deixar. – ele riu. Olhamos para o céu de novo e por incrível que pareça outra estrela cadente apareceu no céu. – agora é sua vez de fazer um pedido.

-Quero ganhar um beijo do menino com o topete mais bonito do mundo. – eu disse e ele me olhou.

-Seu pedido é uma ordem. – ele me virou e me beijou seu beijo fazia eu me sentir nas estrelas. Ele parou de me beijar e beijou meu rosto, minhas bochechas, minha testa, a ponta do meu nariz, meu queixo. – Você é tão linda!

-Você não fica atrás. – eu beijei o pescoço dele.

-Ei já são dez e meia. – ele disse olhando para o relógio do celular. – Tenho que te levar pra casa.

-Tem mesmo. – eu disse e ele me ajudou a levantar ele dobrou a toalha e a guardou na cesta. Descemos até o carro e ele me deixou em casa, minha mãe ficou me enchendo de perguntas sobre o encontro eu ignorei ela e fui dormir pensando no dia lindo que eu passei com o Rick.

                                    **************************

  O resto da semana foi bem legal, Rick me levou em vários lugares diferentes, ele me beijou em vários lugares diferentes, ontem foi o último dia da semana do Rick a gente foi ver um filme.

  Hoje começa a semana do Arthur. Eu também estou nervosa.  Acordei e me arrumei pra ir pra escola. Fui andando devagar e cheguei à escola e fui recebida por duas pipocas gays saltitantes.

-Bom dia baixinha. – elas gritaram pulando em mim.

-Bom dia. – eu respondi.

-Como anda sendo as últimas semanas? – Dany perguntou.

-Ótimas. – eu ri.

-Safadinha. – Dany riu também.

-Alô, alerta de tô boiando. – Gabi disse.

Antes de eu contar a Dany contou tudo antes de mim.

-Hm, tomara que isso consiga fazer você escolher um deles. – Gabi disse

-Tomara, mas se ela não conseguir pelo menos ela beijou todos eles. – Dany disse rindo, Dany sua alien pervertida.

Ficamos lá conversando, até que alguém me abraça por trás. A-R-T-H-U-R.

-Bom dia. – ele falou no meu ouvido me fazendo ficar arrepiada.

-B... Bom dia. – eu respondi corando.

-Alô, alerta de ficamos de vela. – Gabi disse e ela e a Dany foram embora.

  Elas mal tinham saído e o Arthur me beijou.

-Eu queria fazer isso há muito tempo. – ele pegou a minha mão.

-Vamos pra sala? – perguntei.

-Vamos.

Assistimos às aulas juntos, o Arthur ficava me fazendo rir. As aulas acabaram e o Arthur me levou pra casa.

-Mais tarde eu passo aqui. – ele disse me dando um selinho.

-Vamos fazer o que? – perguntei.

-Vamos fazer coisas. – ele disse misterioso.

-Que tipo de coisas? – perguntei.

-Coisas que você só vai descobrir mais tarde. – ele riu

-Vai me deixar curiosa mesmo? – eu perguntei.

-Vou. – ele riu.

Ele me beijou e foi embora, eu entrei em casa e dei comida pro Ciel e fui arrumar a casa, Arthur me ligou dizendo que vinha me buscar as três. Era uma e meia então eu tenho tempo bastante pra fazer alguma coisa tipo dançar.

Love Drunk (http://www.youtube.com/watch?v=o0c-kC8xZ-I)

-Hey, hey, hey, hey
Top down in the summer sun
The day we met was like a hit and run
And I still taste it on my tongue . – comecei a cantar e a dançar feito uma maluca. - The sky was burning up like fireworks
You made me want you, oh, so bad it hurts
But girl, in case you haven't heard.

Peguei uma vassoura e comecei a dançar com ela.

-I used to be love drunk, but now I'm hangover
I'll love you forever, forever is over
We used to kiss all night, now it's just a bar fight
So don't call me crying, say hello then goodbye
(Oh yeah!)

There's just one thing, (Oh yeah!)
That would make me say
I used to be love drunk, but now I'm hangover
I love you forever, but now it's over
Hey, hey, hey, hey

Hot sweat and blurry eyes
We're spinning on a roller coaster ride
The world stuck in black and white
(Stuck in black and white)

You drove me crazy every time we touched
Now I'm so broken that I can't get up
Oh girl, you make me such a lush

I used to be love drunk, but now I'm hangover
I'll love you forever, forever is over
We used to kiss all night, now it's just a bar fight
So don't call me crying, say hello then goodbye
(Oh yeah!)

There's just one thing, (Oh yeah!)
That would make me say
I used to be love drunk, but now I'm hangover
I love you forever, but now it's over

All the time I wasted on you
All the bullshit you put me through
I'm checking into rehab 'cause everything that we had
Didn't mean a thing to you

I used to be love drunk, but now I'm hangover
I'll love you forever, but now I'm sober

I used to be love drunk, but now I'm hangover
I'll love you forever, forever is over
We used to kiss all night, now it's just a bar fight
So don't call me crying, say hello then goodbye
(Oh yeah!)

There's just one thing, (Oh yeah!)
That would make me say
I used to be love drunk, but now I'm hangover
I'll love you forever, but now it's over

Na, na, na, na, na, na, na, na, na
Na, na, na, na, na, na, na, na, na
Na, na, na, na, na, na, na, na, na
Na, na, na, na, na, na, na, na, na

Na, na, na, na, na, na, na, na, na
Na, na, na, na, na, na, na, na, na
Now it's over, I still taste it on my tongue. – terminei e cai no chão e o Ciel pulou em mim.

Fiquei lá deitada até dar duas e meia, ai levantei e fui me arrumar pra sair com o Arthur. Vesti uma calça preta uma blusa azul e um all star. Logo ele chegou.

-Agora vai me dizer aonde vamos? – perguntei.

-Vamos dançar. – ele disse.