I Won't Give Up escrita por Lena Potter Howe


Capítulo 60
Complicada


Notas iniciais do capítulo

Heeey gente. Obrigada as meninas que comentaram e também as que favoritaram *-* Boa leitura!



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POV Ally

Mel já dormia em meus braços quando chegamos em casa. Meu rosto estava marcado pelas lágrimas. Mary não parecia tão ruim como eu. Ela segurava Thony nos braços. Já Thomas dirigiu sem falar nada, apenas parecendo preocupado.

No momento em que deixei Austin na parte mais afastada eu sabia que não aguentaria mais ficar ali. Thomas viu meu estado e concordou em irmos embora. Eu estava me sentindo uma verdadeira covarde porque nem mesmo consegui ir buscar Mel, com medo de ter que encarar a todos.

Poucos minutos depois Mary me encontrou encostada no carro. Assim que a garota me abraçou eu chorei muito em seu ombro. Thomas e as crianças não entendiam nada, mas eu não tinha capacidade de explicar.

Nós entramos no apartamento em silêncio e Thomas foi colocar Thony para dormir. Mary e eu fomos para o quarto colocar Mel para dormir. Depois que a menina já dormia tranquilamente Mary suspirou e se sentou em sua cama. Ela bateu no espaço ao seu lado querendo que eu me sentasse lá.

Fiz isso e poucos minutos depois eu já chorava novamente. Chorei o mais silenciosamente possível porque Mel estava do outro lado do quarto.

Lembrei-me de tudo que senti quando vi Austin. Estava com saudades de tudo nele. Quando sua mão pegou a minha para eu parar de fugir, eu percebi a saudades que estava de seu toque. Em todos os momentos em que ele limpou meu rosto carinhosamente porque eu não conseguia me afastar.

– O que aconteceu? – Mary perguntou preocupada enquanto alisava meu cabelo.

– Eu estou tão confusa... – como uma tempestade – Ele me ama – falei com um meio sorriso – Mas, eu não sei o que fazer. E se tudo voltar a acontecer? Todas aquelas brigas e desconfianças? – perguntei em um tom baixo.

– Ally você não pode tentar adivinhar tudo. Nós não sabemos se tudo aquilo vai voltar a acontecer, mas também não podemos deixar de fazer algo por medo. Austin mesmo disse que te ama. Por que duvidar disso? Por que fixar a ideia que tudo dará errado? Vocês podem fazer isso dar certo juntos – falou compreensiva.

Mary se deitou ao meu lado e nós duas passamos a observar as estrelas de fora pela janela.

– Eu tenho medo – confessei e ela riu entre um suspiro.

– Oh, eu também tenho. Tive vontade de bater na cara de Adam e gritar com ele até ficar sem voz. Ou talvez eu apenas eu tivesse falado que não daria mais nenhuma chance para nós. Mas, eu me arrependeria depois. Com certeza. Então foi melhor pensar: “Você realmente o ama? Porque não dar uma chance? Tem medo? Nós superamos”. Pode não acreditar, mas eu confio em Adam, depois de tudo. Fiquei realmente magoada quando ele se esqueceu de mim durante todo aquele tempo e também não me contou tudo. Mas, eu também não confiei nele. Não tive paciência. Austin foi um idiota ainda maior, com certeza. Mas, assim como ele, você não teve paciência, não pensaram um no outro. – Mary falou.

Ela estava certa como sempre. Agora com certeza era a parte do arrependimento. Mary me fez ver que eu não precisava pensar nas inseguranças e sim no que eu tinha certeza. E desistir Austin, não era uma certeza. Mas, era o que eu havia feito até agora. Essas poucas horas depois de reencontra-lo mudou totalmente meus pensamentos.

Mas, agora eu tinha uma única dúvida, eu tinha o direito de agora estar pedindo uma chance quando eu recusei a dele?

– O que eu faço? – choraminguei escondendo meu rosto no travesseiro.

– Fale com ele – Mary disse dando ombros.

Por que no relacionamento sempre tem alguém para complicar as coisas? Esse alguém com certeza seria eu.

– Vou comer – Mary anunciou se levantando. Revirei os olhos, afinal fazia pouco tempo que tínhamos voltado de um jantar. Ela saiu sorrindo do quarto. Mel continuava dormindo tranquilamente em sua cama.

Nós havíamos arrumado duas camas no quarto de Mary. Uma para ela, e uma para eu e Mel. Entre as duas camas tinha uma janela enorme que e a sua frente um pequeno sofá. Sentei-me nele e olhei novamente para fora.

Peguei meu celular e encarei o nome de Austin. Depois de um momento eu finalmente decidi. Portanto aqui estava eu, a meia noite de sexta feira toda arrumada e parada em frente a uma janela com um único pensamento: consertar tudo.

POV Austin

Eu não sabia como agir nem o que fazer. Mais uma vez vi Ally ir embora. Mas, dessa vez eu não poderia fazer nada, afinal foi decisão dela. Mas, mesmo assim era possível ver a dúvida em seus olhos.

Nós não voltaríamos. Ela não me daria mais uma chance. Acabou.

Tudo isso se misturava em minha cabeça tentando-me fazer acreditar que tudo aquilo era real. Depois de eu ter afirmado que a amava ela teve dúvidas, como acreditar que voltaríamos ainda?

O medo de isso ser verdade me dominava. Fiquei por um tempo sem reação. Mas, depois minha maior vontade era de chorar. Mas, mesmo assim eu não o fiz. Apenas voltei para a mesa que do restaurante tentando não demonstrar nada.

Adam estava feliz e eu estava realmente feliz por ele. Quando todos me viram perceberam rapidamente o que havia acontecido. Nenhum deles perguntou nada, o que eu achei sinceramente bom.

Ninguém aguentou ficar muito tempo naquele lugar. Em todo momento lembrava-me de Ally. E também do momento em que a pequena Mel pulou em meus braços. Todos esses momentos me destruíam quando eu pensava que não mais veria isso, e por quanto tempo? Mais dias, ou seria meses como já foram?

Quando chegamos em casa meus pais já dormiam. Alex tinha ido para seu apartamento. Dez e Trish foram para casa. Aos poucos todos meus irmãos subiam para o quarto. Já eu, a única coisa que fiz foi deitar no sofá da sala e olhar o teto. Querendo que o tempo passasse comecei a ouvir músicas, mesmo assim tudo parecia se arrastar.

Todas as luzes da casa estavam apagadas a não ser a da sala. A única coisa que eu ouvia eram as músicas que eu nem fazia questão de prestar atenção. Ainda era meia noite. Suspirei e ao mesmo tempo meu celular vibrou.

Bufei olhando na tela do celular em seguida. Apertei os olhos para enxergar melhor. Ally? Franzi a testa e sentei-me rapidamente. Era possível eu estar tendo uma parada cardíaca? Será que havia acontecido algo com ela?

Levantei-me do sofá e comecei andar de um lado para o outro enquanto atendia a ligação.

– Oi – falei ainda em dúvida. Os segundos seguintes pareciam se prolongar.

– Oi – ela respondeu suspirando. Oh, como eu gostava dessa voz.

– Tudo bem?

– Tudo – ela respondeu – E você?

– Também – respondi sem saber para onde andava. Mais segundos se passaram.

– Podemos nos encontrar? – ela perguntou com medo. Eu é que estava com medo, confuso, inseguro, mas dei a melhor resposta que consegui, sem deixar espaços para questionamento. Se aquela era mais uma chance, eu não ia pensar demais e estragar tudo.

– Podemos. Ahn. Amanhã. No Café Panther, às duas horas – falei.

– Ok – ela respondeu e eu sorri. – Austin... – eu adorava quando ela fazia isso, dizia meu nome. – Desculpe por ligar tão tarde – disse envergonhada.

– Sem problemas – sorri a imaginando.

– Então, boa noite – ela disse atenciosamente.

– Boa noite – falei sorrindo ainda mais e soquei o ar em sinal de vitória.

Ela desligou e eu ri loucamente. Realmente, tudo pode mudar em segundos. Em um você está simplesmente desistindo de tudo e no outro só quer que tudo seja como antes.


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Notas finais do capítulo

Será que esses dois vão deixar de complicar as coisas? Comentem!!