I Won't Give Up escrita por Lena Potter Howe


Capítulo 41
Bônus


Notas iniciais do capítulo

LEIAM AQUI! LEIAM AQUI!
Gente, por favor, não me matem. Acabei confundindo os capitulo e esqueci deste daqui. Esse era o capitulo 40. Podem me xingar, até mesmo eu fiz isso. Desculpem minha falta de atenção. Mesmo assim espero que gostem dele e comentem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/392813/chapter/41

Poucos, na verdade muitos, minutos depois nós conseguimos reunir todos. Fomos até o estacionamento e antes de entrarmos.
– Aonde vamos? – Adrian disse confuso.
– Vamos ao Central Park. Quero ver se dá para patinar lá – expliquei e eles sorriram animados. Todos assentiram e entraram nos carros.
Esses dias estavam muito diferentes. Uma hora Austin me ignora outra ele está muito atencioso. O que está acontecendo?

POV Ally

O caminho ao parque foi tranquilo. Dez já sabia o caminho para o Central Park então todos apenas entraram nos carros. Expliquei para Austin o caminho e ele, felizmente, acertou. Mary, como sempre, estava pulando de alegria. Eu realmente não tinha certeza se daria mesmo para patinar. Mas, quanto mais noite mais frio ficava. Além disso, a previsão para essa semana é de neve. Imaginem a alegria de Mary ao saber disso.
Pouco tempo depois os dois carros estacionaram perto do parque. Mary foi a primeira a sair correndo. Revirei os olhos e também saí do carro.

– Droga – Adam murmurou ao meu lado. Isso porque descobrimos estar ainda mais frio fora do carro. Mary que pulava de alegria agora termia de frio. Adam riu e a abraçou. Todos nós fomos, tremendo, até dentro do parque. Adivinha? Eu acertei. Estava tão frio que o lago havia mesmo congelado.

Havia fitas de segurança em volta de todo o lugar congelado. Tinha alguns cones marcando uma área proibida, e também guardas ao lado para a segurança. Em um lugar ao lado podia alugar patins.

– Vamos – Mary gritou e andou até lá. Já estava virando normal esse jeito infantil de Mary em New York.

– Já patinaram antes? – a mulher que nos entregava patins perguntou. Todos nós estávamos lá experimentando o patim certo.

– Não – todos falaram juntos.

– Sim - falei sorrindo e ela riu.

– Apenas você? – perguntou curiosa e eu assenti – Aqui mesmo? – perguntou simpática.

– Sim. Todos os anos, patinava – contei sorrindo e ela assentiu.

– Adoro isso também – falou alegre.

– Obrigada – agradeci me levantando. Paguei-a por todos os patins e me virei. Todos ainda estavam do lado de fora me esperando. Revirei os olhos e andei até eles com dificuldade.

– Medo? – perguntei rindo enquanto passava reto por eles. Cheguei ao começo da pista e olhei para trás. Eles me olhavam desconfiados, ri balançando a cabeça – Aprendam – debochei e entrei na pista.

Havia muitas pessoas, muitas famílias e muitas crianças caindo. Lembro-me que cai muitas vezes antes de aprender corretamente. Meu pai sempre corria até eu e me colocava de pé novamente. Aprendi a nunca desistir. Assim aprendi a patinar perfeitamente.

Muitas pessoas patinavam muito bem, outras não saiam do lugar. Ri vendo uma garotinha pequena caindo ao meu lado. Num vi ninguém ajuda-la então fui até a pequena. Ela tinha uma cara de choro. A menina devia ter uns cinco anos. Loira e de olhos claros. Abaixei-me e sorri.

– Caiu? – perguntei o obvio e ela assentiu timidamente – Vem cá – falei pegando-a e colocando-a de pé.

– Obrigada – murmurou sorrindo e eu retribui.

– Ah, te achei – um homem chegou até nós, ofegante – Obrigada, ela insistiu em ir sozinha – falou avaliando a filha, tentando descobrir algum machucado.

– Não foi nada. Sempre fiz isso – lembrei sorrindo e ele retribuiu.

– Vamos parar? – o homem perguntou e a menina fez uma careta triste.

– Ah, pai – murmurou abaixando a cabeça.

– Quer que eu a ajude? – perguntei e ele me avaliou.

– Mesmo? – o pai perguntou curioso.

– Sim. Vamos ficar desse lado mesmo – garanti. Talvez ele pensasse que ira sequestrar sua filha.

– Eu quero – a menina pediu e olhou para o pai.

– Tudo bem. Só um pouco – falou apontando um dedo. Ele soltou a menina e se afastou um pouco – Cuidado – acrescentou olhando para nós duas. Assentimos rapidamente e depois rimos. Ele se afastou mais, mas ainda visível. A menina se virou para mim envergonhada.

– Como é seu nome? – perguntei e ela sorriu.

– Lisa – falou.

– O meu Ally – falei sorrindo – Quantos anos? – perguntei e ela mostrou uma mão inteira – Mas, já? – perguntei espantada e ela riu.

– Sim – concordou orgulhosa.

– Bem, vamos patinar? – perguntei me aproximando e ela me olhou com medo – Dê-me suas mãos – pedi e ela obedeceu sem hesitar.

Dei impulso e patinei lentamente para trás. Ela me olhou com os olhos arregalados e eu ri. Olhei para trás, afinal não queria bater em ninguém. Dei mais um impulso indo um pouco mais rápido. Repentinamente parei e rodei a garota. Ela girou sem cair porque eu a apoiei. Ela virou surpresa para mim e nós rimos depois.

Peguei-a por apenas uma mão e deu impulso. Patinamos mais rápido e de repente lembrei-me dos outros. Olhei em direção a entrada e vi todos lá ainda, nos observando. Revirei os olhos e fui de mãos dadas com a menina até lá.

– Vocês estão de brincadeira? – perguntei já perto deles, mas ainda dando voltas com a menina – Essa garota é mais corajosa que vocês – falei e nós duas rimos.

– Bem, é que parece ser difícil – Audrey explicou se encolhendo. Ri e olhei para Mary. Ela olhava admirada, mas com medo. Ri e me aproximei dela.

– Eu acho que não vou conse... – Mary começou a falar, mas me estiquei e alcancei sua mão. Puxei-a com força para dentro do lugar. Ela cambaleou um pouco, mas eu continuava a segurando-a. Quando ela conseguiu se equilibrar estreitou os olhos para mim.

– Fale para eles é fácil não Lisa? – perguntei para a garota que segurava minha mão.

– Sim. Ally é muito boa – falou sorrindo e todos riram. Dei um impulso mais forte para conseguir puxar as duas. Mary deu um gritinho, mas conseguiu continuar em pé.

– Venham logo – gritei dando voltas com as duas. Pelo canto do olho vi Adam e Andy entrarem. Eles seguravam a borda das placas de segurança. Ri e fui até os dois. Soltei Mary contra Adam. Os dois se abraçaram para não cair enquanto eu ria. Sem soltar Lisa fui até Andy e peguei seu pulso. Ele me olhou assustado ainda segurando a placa. Ri e assenti.

– Solte – pedi e ele me olhou desconfiado. Mas por fim, acabou soltando. Andei um pouco com ele e depois o soltei. Ele andou meio cambaleante, mas conseguiu continuar. Audrey e Alex entraram no lugar se apoiando. Eles conseguiram andar sozinhos, que orgulho.

Adrian entrou sozinho e andou ao lado de Andy. Dez e Trish estraram quase caindo. E isso aconteceu. Segundos depois Dez estava no chão. Nós rimos e fui até lá. Ele levantou e parecia estar se divertindo. Ajudei-o um pouco e logo depois conseguiu andar sem cair. Cada um foi para um lado da pista. Sobrou apenas Austin, eu e Lisa. Nós duas nos aproximamos de Austin e rimos.

– Você é um medroso – provoquei e Lisa riu.

– Talvez – Austin respondeu dando ombros. Revirei os olhos e o encarei.

– Venha logo – pedi e ele estreitou os olhos. Bufei e o puxei para dentro do lugar. Ele parou no gelo e não deu mais nenhum passo. Lisa riu e tentou me ajudar. Nós duas puxamos as mãos de Austin e ele deu alguns passos. Mesmo assim, era mais forte que nós.

– É legal – Lisa garantiu puxando sua mão levemente.

– Eu posso observar daqui – Austin pediu e nós bufamos.

– Austin Moon entre aqui agora – falei seriamente e ele sorriu – Estou falando sério – garanti e ele deu ombros. Puxei sua mão o mais forte que pude. Por pouco ele não caiu de cara.

– Tudo bem eu vou, só não me faça cair – pediu tentando ficar em pé. Ri e peguei sua mão firmemente.

– Ally? – a voz envergonhada chamou ao meu lado.

– Sim? – falei atenciosamente.

– Tenho que ir – falou abaixando a cabeça. Olhei diretamente em direção ao pai da garota e o vi acenar para nós. A garota olhou para o pai e depois olhou para mim novamente.

– Obrigada por me ajudara a andar de patins – falou olhando para o chão. Ri e soltei a mãos de Austin me abaixando.

– De nada criança. Nunca desista ok? – pedi sorrindo e a abracei. Ela assentiu e retribuiu o abraço.

– Ok – falou apertando meu pescoço. Ri soltei-a um pouco.

– Felicidade para você, garota – desejei e ela sorriu.

– Para vocês também – falou se distanciando. Sorri e observei-a até ela chegar a seu pai. Quando já não conseguia os ver me virei para Austin novamente.

– Já falei que leva muito jeito com crianças? – Austin falou sorrindo torto.

– Eu já falei que NÃO estou grávida – garanti apontando um dedo. Austin riu e se aproximou com cuidado de mim.

– Não quis dizer isso. Apenas que as crianças te amam – falou rindo e eu dei ombros. Ele colocou os braços em minha cintura e eu ri.

– Não está mais com medo? – perguntei debochando e ele semicerrou os olhos.

– Não estava com medo, estava apenas aflito – falou dando ombros. Revirei os olhos e dei um sorrisinho sarcástico.

– Sei – resmunguei e me afastei um pouco – Acho que sua aflição já passou – falei sorrindo e ele arregalou os olhos.

– Não sei – disse assustado. Ri e me afastei totalmente dele. Peguei sua mão e seguramos firmemente um no outro.

– É fácil – garanti.

Dei um impulso para ir para frente, mas Austin era mais pesado do que eu imaginava. Puxei sua mão novamente tentando fazer com que ele patinasse sozinho. Ele estreitou os olhos para mim e depois deu um impulso. Segundos depois Austin quase caiu. Ele se desequilibrou para um lado, mas eu o empurrei para o lado de novo.

– Não caia – pedi bufando. Ele me olhou com uma cara “Você está falando sério?”

– Vamos de novo – falei e ele assentiu.

Acabamos tentando mais algumas vezes até que Austin conseguiu patinar um pouco sem se desequilibrar a todo momento.

– Você é uma ótima professora – Austin disse enquanto patinava ao meu lado. Dei ombros e sorri minimamente.

– Apenas tenho paciência – falei olhando-o.

– Quer ir embora? – perguntou observando-me. Só então eu percebi quanto cansada estava. Minhas pernas pareciam pesar mais e meus olhos pareciam querer ser fechados.

– Sim – concordei suspirando.

Olhamos em volta e percebemos cada um em um canto. Fui até Mary e Adam enquanto Austin ia até Andy e Adam. Demorou um pouco, mas conseguimos reunir todos. Todos tinham sorrisos gigantes estampados no rosto.

Devolvemos todos os patins rapidamente e andamos até os carros. A escuridão tomava conta do parque. Muitas pessoas continuavam lá, mas a maioria já havia indo embora. Afinal, estava cada vez mais frio e mais escuro.

Todos entraram no carro sem falar nada. Encostei minha cabeça no banco do carro e suspirei. Mary foi a primeira a quebrar o silencio enquanto Austin dirigia.

– Foi muito divertido – ela observou ainda animada.

– Foi mesmo – Adam riu.

– O que vamos fazer amanhã? – Mary perguntou curiosa. Por um segundo ninguém respondeu. Austin olhou para mim rapidamente e depois virou para frente novamente. Franzi a testa confusa, mas já havia desistido a muito tempo de entendê-lo.

– Não sei – Austin respondeu por Adam. Virei-me para a janela já prevendo o que viria, provavelmente outra briga.

Saímos do carro praticamente correndo quando Austin estacionou. A temperatura havia caído muito. Nós entramos no prédio e relaxamos, o prédio todo tinha aquecedores. Nós subimos as escadas conversando sobre toda a noite e logo depois nos despedimos. Entrei no carro sem nem esperar Austin. Afinal, era previsível uma briga.

Peguei um pijama dentro da minha mala e entrei no banheiro quando Austin entrou no quarto. Troquei de roupa me controlando em ficar calma. Além do mais, ele não havia feito nada não é?

Coloquei meu pijama, que era uma calça roxa e uma regata branca e roxa. Sai do banheiro e a primeira coisa que vi foi Austin encostado na janela olhando para fora. Joguei minha roupa em cima da mala e encostei-me a parede cruzando os braços.

Austin parecia bem pensativo. E apenas percebeu minha presença minutos depois. Ele olhou para mim e sorriu. Não retribui o sorriso, não conseguia. Ele se aproximou de mim com os olhos fixos nos meus.

– Está brava comigo – constatou. Dei ombros e suspirei – Fale o que aconteceu – pediu assentindo e eu o olhei, receosa.

– Irá trabalhar amanhã não é? – perguntei com medo. Sua expressão se alternou ou entre surpresa e vergonha.

– Sim – respondeu apenas. Comecei a sentir uma raiva enorme, mas continuei me controlando.

– Não pode fazer isso quando voltarmos? – pedi com calma.

– Quando voltarmos isso já precisa estar pronto – explicou seriamente.

– Tanto faz – falei agora brava.

– Ally, por favor, entenda – disse se aproximado.

– Eu entendo. Entendo que tem muitas coisas a fazer, sem problemas – falei sarcástica e dei ombros.

– Quando acabarmos podemos fazer algo – prometeu.

– É podemos. Não me importo de ficar por último. Nem de seu trabalho ocupar todo o seu dia – falei sorrindo friamente. Ele se aproximou ainda mais e tentou pegar minha mão. Desviei e dei um passo para trás - Você não pode sempre fazer algo de errado e depois se redimir. Tudo bem é seu trabalho. Mas eu sou sua namorada. Não sou acostumada com toda essa fama em cima de você. Ainda mais, quando é de um dia para o outro. Um dia você diz que me ama verdadeiramente. No outro diz apenas para eu não ficar brava – gritei em um tom moderado. Austin estava assustado com minhas palavras, mas também parecia irritado. Lágrimas já inundavam meus olhos.

– Também não é fácil para mim, mas é meu trabalho. Tente entender. Quando estivermos com o CD pronto voltaremos a ser o que éramos antes – garantiu e eu apenas o encarei - E você sabe que eu te amo – disse olhando em meus olhos. Mesmo assim eu tinha duvidas e medo de acreditar.

– Temos apenas que esperar sua fama não é? – disse como se fosse algo insignificante. Ele me olhou confuso, mas apenas andei até a cama.

Deitei rapidamente e me cobri com um cobertor gigante. Fechei os olhos tentando não me importar com Austin me observando. Pouco tempo depois a luz foi apagada e a porta do banheiro fechou.

Austin nunca tinha mostrado esse seu lado. Mas, era assim que qualquer pessoa fica com a fama, certo? Talvez. Mas, esperava que Austin fosse diferente. Mesmo assim espero aguentar afinal nada pode ficar pior. Ainda tenho Austin.

“E você sabe que eu te amo”. Essas palavras se repetiam em minha cabeça. Agora? Eu realmente não sei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Comentem! :3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I Won't Give Up" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.