O Livro Do Destino escrita por Beatriz Azevedo


Capítulo 79
E mais...




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Chegamos na vila.

–Isso é uma das coisas mais lindas que já vi! Falei olhando para a cidadezinha.

–Não é grande coisa, sabe?

–É claro que para você não é, mas isso é lindo.

–Ok, então vamos logo com suas pesquisas. Ele falou impaciente.

–Tudo bem, larga a pilha de papeis ali. Falei apontando para um canto qualquer.

Ele deu de ombros e colocou os papeis no lugar indicado.

–Coloca algo para segurar as anotações! gritei.

Os papeis começaram a voar para longe.

–Isso não está acontecendo! Reclamei.

–Hey, não é o fim do mundo. -Ele se apoiou no meu ombro - É só acabar com o vento.

Do nada os papeis caíram todos no chão.

–E agora alguém só precisa recolher.

–Quem seria? Perguntei revirando os olhos e catando os papeis.

Ele sorriu.

–Não desista.

Revirei os olhos.

Entramos na cidade, combinava com o estilo medieval do castelo.

–Tem folhas por todo canto. Ele reclamou pegando alguns papeis próximos dele.

Rapidamente coletamos todas as folhas de papel que vimos.

–Pronto acho que são todos.

Examinei as folhas.

–Acho que hoje não é meu dia de sorte... como se algum dia eu tivesse.

Ele revirou os olhos.

–Não seja pessimista, podia ser pior.

–Não fale isso que fica pior. Falei empurrando-o.

Ele riu.

–Olha, eu preciso pensar, pesquisar, então por por favor...

–"Por favor saia daqui" - ele me imitou - Eu acho que tem uma princesa nova por ai...

Ele semi cerrou os olhos.

–Então vai atrás da princesa, duvido que queira perder seu titulo de galinha.

Ele fez uma careta.

–É você.

Revirei os olhos.

–Vai Felipe, anda.

Ele fez uma careta.

–Mas e se você precisa de ajuda?

–Não vou precisar, muito obrigada. Falei empurrando-o até a entrada da vila.

Ele acenou, revirei os olhos e voltei para as centenas de papeis.

–Eu sei que está aqui. Falei depois de alguns instantes.

–Por favor deixa eu ficar aqui. Ele falou aparecendo.

–Felipe, nem vêm, eu quero me concentrar e você fica falando e falando.

Ele revirou os olhos e sumiu.

No final da tarde consegui acabar minhas pesquisas com todos os papeis que tinha (mais ou menos uns 1080).

Eu estava completamente exausta, mas mesmo assim a todo custo iria recusar todo e qualquer convite vindo da Heather.

–Acabou? Ele apareceu de repente.

–Falta aqueles dois papeis, nunca vou conseguir acabar sem eles, mas se eles derem o mesmo resultado que todos provavelmente irá funcionar.

–Parabéns Julie, isso quer dizer que em breve eu vou morrer. Ele falou me abraçando.

Revirei os olhos.

–Olha, eu vou encontrar uma maneira de salvar vocês.

–Eu não entendo só uma coisa.

–Sim?

–Se diz que meu pai não tem direito de matar ninguém por que você teria de mata-lo?

–Ai que tá, eu não vou mata-lo.

–Vai me dizer que vai envia-lo para a galáxia de novo. Ele falou fazendo uma careta.

–Felipe, não sei o que seria de mim sem seu apoio. Falei irônica.

–Conte comigo.

Revirei os olhos.

–Não tem como seu plano funcionar sem aquelas duas páginas?

–Não, eu só tenho uma vida, tenho que ter 100% certeza que vai funcionar e eu não vou morrer em vão.

Inteligente, Julie, pelo menos você já sabe o que lhe espera.

Felipe abriu a boca para falar algo, mas depois desistiu.

Eu também não tinha mais nada à acrescentar.

Voltamos para o castelo em silêncio profundo, eu perdida em meus pensamentos e ele não sei aonde.

–Vai mesmo ficar naquela cela com palha?

–Se eu quiser acordar viva amanhã acho que devo.

Ele revirou os olhos.

–Tem 50% de chance de você acordar viva amanhã.

Fiz uma careta.

–Vou optar pela cela, obrigada.

–Hey, a quanto tempo não lancha nada?

–Tranquilo não estou com fome. Respondi descendo as escadarias.

Felipe me seguiu.

–Isso não é bom.

–O quê?

–Você está equivalente a uma semana sem comer e não está com fome.

–Mas eu não emagreci. Respondi o encarando por um tempo.

Ele franziu as sobrancelhas.

–Julie, ninguém neste castelo tem fome.

–O que quer dizer com isso é que...

–Você está se alimentando da energia daqui.

Quase me desequilibrei, mas apoiei minhas mãos na parede.

–Calma...

–Olha. Ele falou tirando uma pequena adaga do bolso.

–Vai me cortar? perguntei.

–Tudo pela ciência.

Revirei os olhos.

–Veja, se você estiver lá fora tudo bem cicatrizar rapidamente e tal, mas aqui dentro só pessoas que utilizam a energia do castelo.

Fechei os olhos enquanto ele aproximava a adaga do meu braço.

Senti a lâmina fazer um pequeno furo no meu ante braço.

Tentei segurar o sangue, mas ele me impediu.

–Vejamos, isso demoraria um mês para cicatrizar e alguns pontos.

Olhei para o furo horrorizada.

–Quanto tempo levará para o seu "sarar"?

–E eu sei? perguntei sentando-me nas escadas.

–Dói, mas você se acostuma... agora só precisamos ter certeza se está ficando igual a... nós.

Pisquei repetidas vezes enquanto olhava para o furo aos poucos se juntando.

–O que eu faço.

–Não sei, eu não me importava quando isso acontecia com os outros. Ele falou segurando meu braço e o examinando.

–Acha que vou ficar igual a vocês?

Ele pensou um pouco.

–Não vai acontecer.

Sorri.

–Primeiro eu preciso descobrir como.

O olhava enquanto ele subia e descia as escadas pensando.

–Talvez seja melhor você não ficar no castelo.

–Mas aonde mais?

–Não sei... calma ai... isso!

–Teve um plano? perguntei ansiosa.

–Sim, mas eu meio que esqueci.

Revirei os olhos e examinei meu ante braço.

–Já cicatrizou ele perguntou se sentando do meu lado e puxando meu braço.

–Já está cicatrizando.

–Isso não é bom... quer dizer... é bom por que se você já fosse com nós ele iria cicatrizar em menos de um minuto.

Concordei de leve.

–Vou pensar em algo... Ele continuou se levantando e voltando a subir e descer as escadas.

–O problema é que não temos tempo. Reclamei.


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