Maldição Wilde escrita por A Costa, Rosalie Potter


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

OIIIII PESSOAAAL LINDOOOOO!
Então eu sei o que vocês devem estar pensando: Tá tudo muito lindo, muito bom, mas cadê a maldição?
Ok, ok, gente ela chega em breve ok?

Rosalie Potter



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Sophia ADORAVA Física. Novidade, que matéria àquela garota não gostava eu te pergunto? Então quando ela e Melina foram para o laboratório, ela não pôde deixar de sorrir. Até que aquilo não estava sendo tão ruim assim. Isto é apenas o primeiro dia disse aquela voz interior (lê-se consciência chata) na cabeça da ruiva, mas ela simplesmente ignorou. Se fosse ser pessimista morreria, ela tinha certeza. E morrer não estava nos seus planos.

–Ei, Melina, pode deixar a Merewen e eu sozinhos por um instante? –A voz de Ian tirou-a do transe. Oh Deus, ele era lindo demais! Sophia quase se bateu pelo pensamento. Aquele garoto logo de cara mexera com ela. O jeito que ele a olhava, olhava para os olhos dela era como se ele visse tudo sobre a garota. Ela se sentiu invadida de um jeito totalmente diferente. “Melina se você me deixar de novo eu juro que te mato”.

–Claro, Wolf, se você me disser onde está o Alex. –Soph ficou boquiaberta. “Traíra de uma figa”. De novo aquilo? Lina era extremamente má quando fazia aquilo. Deixa-la com ele, COM ELE!

Depois que Melina saiu, Sophia respirou fundo e se obrigou á olhar para o rapaz:

–Sabe Wolf isso tem nome. Chama-se perseguição.

–Devia estar acostumada. Garotas bonitas geralmente são perseguidas.

Soph tentou segurar, mas não conseguiu. Sentiu as bochechas esquentarem e nem precisava de um espelho para saber que estava vermelha. Ian riu:

–Você cora com facilidade Sophia.

–Pra você é Merenwen.

–Ok, já que insiste. Você cora com facilidade Merenwen.

–Eu sei. –Ela falou num muxoxo. Uma característica que ela odiava em si mesma era corar tão facilmente. Sempre que se sentia envergonhada ficava vermelha e isso era horrível.

–Não tem problema. –Ele sorriu gentilmente enquanto tocava com um dedo a face corada. –Gosto disso. Você fica fofa. –A ruiva ficou ainda mais vermelha.

Sophia pensou em dizer algo, mas então viu Alex e Melina se beijando. Ah, ela teria algo para se vingar da amiga. Ficaria falando daquele beijo o dia inteiro. Quase riu. Tinha que admitir que eles eram um lindo casal. Alex e Melina. Ficava bonito.

–Eles nem tem a decência de disfarçar. –Ian murmurou entre um sorriso.

–Fica quieto Wolf. Eles são bonitinhos juntos.

–Como eu e você.

Soph o fulminou com o olhar, mas antes de dizer qualquer coisa que fosse dar um jeito no garoto o sinal tocou.

–Mas já? –Ian reclamou e Sophia acabou sorrindo.

–Pelo menos não está atrasado. –E foi se sentar perto de Melina. Lançou um olhar malicioso para a amiga. Melina apenas ignorou.

–Bom dia, vejo que temos gente nova, senhorita Merewen? –Oh não, não não. Sophia detestava quando a apresentavam como novata. Sempre quis passar despercebida ou pelo menos tentar.

–Sim. –Ela disse um pouco acanhada e sentiu as bochechas esquentarem levemente.

–Hoje vou precisar que façam duplas. Sophia e... Kathleen.

A ruiva olhou uma garota que loira que fechara a cara no mesmo instante e logo adivinhou que era a Kathleen. “Pelo menos não foi com a Lena... E nem o Ian” pensou enquanto sorria para Melina e ia se sentar perto da loira que parecia cada vez mais fechada.

Sophia escutou todos os nomes atentamente até ouvir “Melina e... Alex”. Aí ela somente sorriu vendo que o destino queria ajudá-los. Conhecia Melina á pouco tempo, mas já queria o melhor para ela. Além disso, a ruiva adorava romances. Obviamente não com ela, já tivera uma experiência com romances e foi o bastante para traumatizá-la, porém amava ver o romance dos outros. Era como ler um livro, só que ao vivo e em cores. Ok, foco, foco na aula.

O professor começou á explicar algo que Soph já sabia até detrás pra frente. Seria tão fácil fazer que ela sentia até sono. Até que viu Kathleen começar antes dela com um ingrediente errado:

–NÃO! –Quase gritou. –Não coloque isso á não ser que queira que tudo isso daqui vá pelos ares. Este daqui. –Ela disse agora mais calma, quase rindo pelo exagero da frase.

–Tá, desculpa. Não quero que tudo isso daqui vá pelos ares.

–Ok, talvez eu tenha exagerado um pouquinho. –Soph colocou o ingrediente correto enquanto procurava o próximo. –Ah aqui, coloque esse daqui, por favor.

–Nossa menina, me deu um susto. Por um momento pensei que tudo explodiria e nós todos morreríamos –Kat foi despejando.

–Isso, isso, só mais um pouquinho, parou. –Soph riu. –Sou um pouquinho exagerada, só um pouquinho... Pode ficar tranquila, eles não fariam nada que se errássemos nos colocasse em perigo... Eu acho.

–Ou talvez eles queiram se livrar da gente. O que mais fácil do que um erro numa aula “inocente” de Física onde uma aluna desavisada errou um ingrediente? –Kathleen procurava o próximo. –É esse?

–Não, é esse. –Sophia entregou á ela o correto. –Se o nosso diretor fosse um psicopata seria uma boa ideia não é? Pelo menos do nosso trabalho não vai sair essa explosão. Pelo menos eu espero que não.

–Não será. Se você continuar me guiando. Sabe você não tem cara de delinquente. O que você fez?

Sophia quase sapateou:

–É sério se alguém mais me falar isso eu surto. Será que eu posso manter segredo? Não é nada psicótico eu juro. Só não quero... Falar disso.

–Entendo. –Kathleen sorriu pela primeira vez perto da garota. –Também não vou falar se me perguntar acho que os nossos crimes são coisas pessoais nossas.

Não cometi crime nenhum” Soph teve vontade de gritar, mas guardou a língua:

–Concordo plenamente. Olha se a gente continuar assim vamos ser as primeiras á terminar. Coloque uma pitada, apenas uma pitada disso daqui.

–É nerd né? Você não prestou atenção em nada do que ele disse.

–Já fiz algumas (quinhentas) vezes.

–Ah... –A loira levantou uma sobrancelha e colocou a pitada do que Soph havia dito. –E aí, vi você e o Wolf...

–Ah não, não, não. Ele apenas resolveu que eu sou uma boa pessoa.

–Ah tá sei.

–Sério mesmo, já tive relacionamentos desastrosos demais para uma vida toda. –Só um. E já valeu para a vida toda.

–Sério? Não imagino minha vida sem o Taylor... –A loira suspirou longamente e Sophia deu um sorrisinho. –Ah, não me olhe assim. Sou uma garota apaixonada, o que posso fazer?

–Nada. Apenas viver sua paixão intensamente. –A ruiva deu um sorrisinho enquanto adicionava mais três ingredientes um seguido do outro. –Acho lindo.

–Você não se parece com a Melina.

Soph riu:

–E me parece que ela não é muito amada por aqui, por mais que eu a adore.

–Nada contra a morena. Só não vou com a cara dela.

–E foi com a minha?

Kathleen deu um sorrisinho:

–Não estaria falando com você se não tivesse ido.

Sophia sorriu, mas foi com os olhos:

–Sinto-me honrada. –E ergueu a mão. –Professor terminamos!

Mark olhou as duas garotas desconfiadas, com uma cara de “Tem que ter algo de errado aqui”. E foi até as duas. Analisou o que elas fizeram com um olhar desconfiado enquanto quase todos os alunos olhavam para as duas. A maioria ainda não tinha chegado nem á metade então esperavam que algo explodisse á qualquer momento.

–Tenho que dar os parabéns. –Mark admitiu por fim. –Perfeito. E rápido.

–Méritos para a Sophia. –Kat falou fazendo a ruiva corar mais uma vez.

–Oh, parabéns senhorita Merenwen. Bem ainda faltam trinta e cinco minutos para a aula acabar. Se eu liberar vocês duas agora vocês prometem que não farão nenhuma bagunça?

As duas se entreolharam com um olhar “Não”, mas Soph por fim virou-se para o professor:

–Prometo.

–Kathleen...

–Ok, prometo.

–Então vão, as duas podem ir.

As duas se levantaram quase que correndo e esbarraram uma na outra. Riram e seguiram em direção á porta. Antes de sair da sala Sophia deu uma ultima olhada para Melina que dizia apenas por movimento labial três palavras: Sabe. Tudo. Irritante. A ruiva riu e saiu junto com Kathleen.

–Devo-lhe os agradecimentos. Se não fosse você e eu seu cérebro escondido pelos cabelos ruivos eu com certeza estaria até agora lá e teria um buraco no teto.

Sophia riu:

–Gosto de Física.

Mais tarde:

As duas rindo abriram a porta do quarto. A escola de repente ficara muito cheia e uma hora ou outra alguém estava ouvindo a conversa das duas. Não que elas tivessem conversando algo muito sigiloso, mas Kat detestava o fato de alguém ouvindo o que falava.

As risadas acordaram Melina que dormia:

–Desculpa Melina, achei que estivesse com o Alex. –Sophia se sentia uma idiota. Jurara que a amiga estaria com Alex.

–Também achei, estavam se agarrando na sala de aula.

–Cala boca, Kathleen. Afinal, o que ela está fazendo aqui? –Melina já se irritava.

–Oh Deus. Sinto muito Melina, de verdade. Pensei que não estaria aqui. –Sophia já sentia suas bochechas corarem de vergonha.

Melina olhou para a loira e para a ruiva com uma pontada de ciúmes, mas depois suspirou:

–Soph... Está tudo bem. É seu quarto também apesar de tudo. E eu já estava de saída.

–Não que é isso. –Soph deu um sorrisinho. –Volte ao seu sono, eu e a Kat vamos para outro lugar.

–Kat é? –Lina olhou para Sophia com um olhar que dizia “Vai lá com sua amiguinha vai”.

–Ah, eu já vou indo. –Kathleen falou. –Vou ir ver o Taylor, ele já deve estar se sentindo jogado de lado. A gente se vê Soph.

E a loira saiu. Melina olhou a ruiva acusadoramente:

–Soph?!

Sophia gargalhou e depois procurou nas malas algum livro:

–Sinto muito Lina, não queria mesmo invadir sua privacidade. Pode voltar á dormir que eu vou ler em algum outro lugar. E não se preocupe, tem Sophia pra todo mundo.

–Affs, eu viro para o lado por um minuto e a garota já se apegou com a loira mais mal humorada do mundo. –Ela bocejou.

–Com licença, volte á dormir. –Sophia já havia pegado “Insurgente” pronta para ler novamente. –Afinal vai precisar bastante para o seu Alex.

Sophia fechou a porta antes de ser atingida por um travesseiro. Tempo livre ótimo. Para ler então mais ainda.

Andava pelos corredores á procura da porta de saída, queria achar uma parte isolada dali para ler em paz. Mas não resistiu, abriu o livro e começou á ler enquanto andava. Acabou esbarrando em alguém e deixando o livro cair. Ótimo.

–Sinto muito. –Murmurou enquanto se abaixava apara pegar o livro.

–Que é isso. –Ian sorriu marotamente enquanto se abaixava também. Soph deu um sorrisinho:

–Desculpa, mas seria muito clichê se nós dois fôssemos pegar juntos e nossas mãos “acidentalmente” se tocasse. –Ela se ajeitou enquanto Ian pegava o livro.

–Sim, seria. –Ele estendeu o livro pra ela. Assim que a ruiva pôs a mão no livro Ian deu outro daqueles sorrisos marotos e olhando nos olhos azuis colocou a mão sobre a dela. E a garota incrivelmente não corou.

–Obrigada. –Ela puxou o livro. –A propósito o que você faz no prédio das meninas?

–O que você acha? –Ele levantou uma sobrancelha enquanto dava um sorriso de canto de boca. A ruiva revirou os olhos e foi em direção á porta.

Sophia sabia que durante aqueles dois anos jamais sentiria de novo a sensação de liberdade, mas podia pelo menos achar um lugar ali onde pudesse ficar sozinha para entrar em um de seus livros. Lendo ela acabava se desligando de tudo e naquele momento, naquelas circunstâncias era tudo o que ela queria.

Dentro da escola, atrás dos prédios tinha um pequeno bosque e foi lá que Sophia se embrenhou. No começo ela pensara que iria ser só perda de tempo, mas continuou mesmo assim á andar entre as árvores e acabou valendo a pena.

No meio daquilo tudo ela achou uma clareira. Tinha um pequeno lago que parecia muito limpo e o chão era cheio de gramíneas. Era um pouco escuro por causa das árvores altas ao redor, mas para a ruiva era perfeito.

Sentou-se á sombra de uma árvore e abriu o livro.


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