The King Of Fashion escrita por Sheena Criss


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

heey.
esse é o penúltimo capítulo :((
aproveitem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/391138/chapter/3

No sábado, o carro de Kurt parou ao lado do apartamento de Blaine às nove horas em ponto. Ele sempre fora um homem extremamente pontual. Blaine correu pelas escadas — o elevador estava quebrado no momento — e deslizou até parar logo antes de atingir a porta de entrada. Ele não queria parecer desesperado, afinal.

— Oi! — cumprimentou alegremente ao abrir a porta e deslizar no acento traseiro com Kurt. O moreno estava vestido tão elegantemente como sempre, mas havia algo mais simples, mais relaxado nas suas roupas. Levou um momento para Blaine perceber que esse era um figurino mais solto, não de trabalho. Por alguma razão, a ideia de ele ser capaz de ver Kurt em suas escolhas fashionistas casuais criou borboletas em seu estômago.

— Oi, você. — Kurt sorriu. Então, para o motorista, Jeff: — Momo's, por favor.

— Com prazer, senhor. — Jeff sorriu. Era quase malicioso. Mas talvez fosse a imaginação de Blaine.

— Você está ótimo — disse Blaine. — Quer dizer, você sempre está ótimo, mas.

Kurt soltou uma risadinha. Uma risadinha verdadeira. Ele está tentando me matar?

— Obrigado. Você não está muito ruim também. É da nossa coleção?

— Sim, é — confessou ele, puxando as mangas castanhas-avermelhadas do blazer. — Espero que você não se importe...

Kurt imediatamente o calou.

— Eu te dei permissão, lembra? Você pode usar o que quiser. Cientemente, é claro. Tem algumas coisas que simplesmente ficariam péssimas em você.

Blaine riu.

— É pra isso que eu tenho você, certo?

Kurt sorriu.

— Certo.

No final, Momo's era um café não muito longe do condomínio de Kurt. Era pequeno, acolhedor e muito caro na opinião de Blaine.

— Um mochaccino grande sem gordura com creme extra, um pingado médio e um biscoito de canela — pediu Kurt, a autoridade em sua voz tão familiar para Blaine que era confortante. Ele precisou de um segundo para perceber que Kurt acabara de pedir sua bebida predileta para ele. E pagado por ela. — É assim que você gosta de café, certo?

— Hm — disse Blaine estupidamente. — É! Sim... é. Obrigado. Você não precisa pagar por mim.

Kurt torceu o pulso em um gesto de "deixa pra lá".

— Você paga na próxima vez.

Próxima vez. Haverá uma próxima vez. Ele quer fazer isso de novo. Ai meu Deus, acho que vou vomitar.

Eles encontraram uma vaga numa mesa próxima aos fundos, que estava relativamente vazia.

— Nunca fiz isso antes — admitiu Kurt, tomando um gole de seu mocha delicadamente.

Blaine o encarou.

— Como em... tomar café com alguém?

— Sair com alguém — esclareceu Kurt. Isso fez as borboletas no estômago de Blaine voltaram. Elas sempre pareciam estar por perto quando Kurt estava envolvido.

— Isso é realmente surpreendente — confessou ele, sorrindo um pouco ao pensar que era a primeira pessoa a fazer isso com ele, mesmo que fosse apenas um encontro para tomar café. — Eu teria pensado que você estava rodeado por garotos implorando para sair com você.

Kurt deu de ombros.

— Já me chamaram para sair, sim. Mas nunca pareceu certo. Hora errada, ou pessoa errada. — Ele encontrou os olhos de Blaine, e algo indescritível passou por eles. — E você?

Blaine brincou com seu café, servindo-se de um pacote extra de açúcar para ter algo para fazer.

— Eu tive uns dois namorados na faculdade. Nunca sério demais. Acho que eu estava apenas... esperando. Pela pessoa certa. E pela hora certa. — É você. É você e agora. Por favor entenda isso.

Kurt passou a ponta do indicador pela borda do copo de café e uau, como Blaine nunca tinha notado o quão longos e finos e graciosos seus dedos eram antes? Ele queria colocá-los entre os seus e estudar as diferenças entre seus tons de pele.

— Olhe, Blaine, eu realmente... Eu quero que isso dê certo. Mas não tenho certeza... — Kurt suspirou.

— Qual o problema?

— É só que... Toda essa coisa de que saindo com seu chefe nunca dá certo. Você é meu primeiro assistente; se as pessoas descobrirem que estamos juntos, vão achar que estou jogando com favoritismos ou algo assim. Você pode ser atacado e humilhado e não quero que isso aconteça.

Blaine sorriu e inclinou-se sobre a mesa para segurar a mão de Kurt. Sem hesitação. Sem vergonha.

— Kurt, relaxe. Sou bem crescidinho, posso ligar com fofoca. Tinham uns rumores bem ruins na minha escola quando eu me assumi. Estou acostumado a ficar surdo quando necessário. Prometo, não vou ficar ofendido se você quiser manter isso secreto.

— Mas eu quero esconder você, como algo que me envergonha! — insistiu Kurt, apertando a mão de Blaine com força. — Não posso te contar quantas vezes eu quase te chamei para sair para mudei de ideia porque estava com medo. Agora que sei que você também gosta de mim, eu... eu não quero ferrar com tudo. Eu não quero fugir.

Blaine passou o polegar sobre as articulações dos dedos de Kurt para acalmá-lo, e conseguiu ver Kurt realmente relaxando um pouco.

— Certo. Sem esconder, então. Sem fugir. Vamos só ver como as coisas vão, ok?

Kurt sorriu tentativamente.

— Ok. É, gosto disso.

Blaine beijou o topo da sua mão.

— Você é adorável quando fica nervoso.

— Cale a boca.

Blaine riu. Depois de um momento, Kurt também riu.

À princípio, ninguém notou as mudanças sutis entre eles; os olhares prolongados, os sorrisos sem motivo, Blaine cantarolando, Kurt mantendo a mão no lugar por um segundo mais longo quando eles se entregavam coisas. Não foi até que Blaine beijou Kurt na bochecha uma manhã como cumprimento que algo foi mencionado.

— Cara! — sussurrou Sam, encontrando com Blaine quando ele estava saindo do banheiro. — Como assim você não me contou sobre você e Kurt, meu?

— Porque não é da sua conta? — respondeu Blaine, fingindo que não estava corando mesmo que o calor em suas bochechas fosse inegável.

— Bom, há quanto tempo então?

— Quase uma semana.

— E vocês dois estão, tipo...?

– Namorando, sim. Agora esqueça disso. — Ele olhou para Sam em advertência e acrescentou: — Não espalhe por aí, está bem? A gente conversou e ambos concordamos que queremos manter nossa relação pessoal separada do trabalho.

— Sim, claro, eu entendo. — Sam ergueu as mãos em derrota. Mas então um sorriso astuto surgiu em seu rosto. — Então acho que Kurt agora quer que você faça mais além de passar recados, hmmm?

Blaine o encarou com sua careta menos impressionada.

— É exatamente comentários como esse que estamos tentando evitar, Sam.

— Foi mal, foi mal. Mas você tem que admitir, o infame Kurt Hummel namorando seu assistente? Isso vai fazer as pessoas falarem. E estou disposto a apostar meu próximo salário que não vai ser só coisa boa.

Blaine suspirou.

— Não. Provavelmente não. Mas vamos lidar com isso quando acontecer. Até então, por favor? Fique com a boca fechada?

Sam bateu no seu ombro.

— Conte comigo, cara.

— Valeu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Será que isso vai dar certo mesmo? kkk pode ser que sim, ou pode ser que não.
gostaram ?