Anteriormente...

–Ganhei- falei rindo, e fazendo minha dança da vitória, estava tão distraída, que quando reparei, O Fred já havia me pegado pela cintura, e jogado pelos seus ombros, e nisso ele corria comigo em direção do lago.

–FREEEEEED- gritei, mais já era tarde, e nisso nós já estávamos dentro da água gelada.

Ele correu pro fundo e me atirou, nisso eu afundei, mais como sei nadar, subi rapidamente. Procurei ele, e não encontrava, foi aí que eu senti uma mão me puxando para o fundo, afundei novamente, quando voltei, encontrei ele na superfície da água que nem eu, mais ele estava morrendo de tanto rir.

–Para de rir seu idiota, porque fez isso? EU GANHEI!!!- falei furiosa-Não sabe perder não é?

–Não, não sei, e agora eu vou te provar!!! - falando isso, ele começou a nadar, se afastando de mim- Se é que você consegue me alcançar, é até a boia viu!

Não queria perder, sou muito competitiva, então, comecei a nadar também. A tal boia, não ficava tão longe assim, uns 300 metros da beira do lago, era usada quando havia competições de natação, como um ponto de referência. Eu era acostumada a participar das competições de natação, coisa que o Fred não sabia, e para ser mais exata, atual campeã. Não demorou muito para alcança-lo, e logo, logo cheguei na boia, subi nela e sentei-me a sua espera. Ele subiu até a boia, sentando ao meu lado, estava ofegando.

–Acho que ganhei de novo- falei toda feliz.

–Como você consegue ser tão rápida? eu saí na sua frente, não entendo como consegue nadar e não aguenta quase nada correndo!- falou ele parecendo cansado com a atividade.

–Eu costumo participar da competição, caso você não saiba eu sou a atual campeã!

–Tá falando sério?- perguntou ele.

–Porque, é tão difícil assim acreditar que sou capaz?- falei já me alterando.

–Não estou dizendo que não é capaz, só não me acostumei com essa “nova Anna”.

–Então acostume-se, porque essa sou eu.

Passou-se um tempo, e permanecemos em silêncio, até o Fred dar um grito.

–Aaaaaaaaaaaa- gritou ele.

–O que foi?- perguntei.

–Me deu uma câimbra no pé, que droga!- falou ele tirando o pé da água.

–Deixa eu ver.

–Pra que quer ver? É médica por acaso?- falou em tom debochado.

–Não idiota, mais já tive muita câimbra- falei- Agora deixa eu ver seu pé- ele me olhou meio contrariado, mais acabou cedendo, e colocou sua perna no meu colo para ver seu pé.

–O que vai fazer?- perguntou, nisso comecei a fazer uma massagem no pé dele.

–Aprendi que fazer massagem no local, ajuda a passar, além de uma alimentação certa.

–Que tipo de alimentação?

–A câimbra pode acontecer por esfriar os músculos ,falta de minerais no corpo, por isso tem que comer alimentos com cálcio, potássio,e até vitaminas, tem que comer por exemplo o abacate, ameixa, melão, melancia, couve, carne vermelha, tomate, beterraba, brócolis...

–Banana- falou ele.

–Ah isso mesmo, banana, é uma das frutas mais conhecidas para câimbra- falei.

–Não é isso o que quero dizer, estou te chamando para ver que já está escurecendo, vamos embora- falou o Fred.

–Ah tá bem então, mais a dor já passou?

–Passou sim, obrigada pela massagem e pela aula sobre câimbra- ele falou meio rindo.

–Tá bem!- dei de ombros,entramos entro da água, e voltamos nadando para a beira do lago.

Chegamos a sua caminhonete, e ele pegou duas toalhas, nos secamos. Entramos na caminhonete.

–Viu só, se não tivesse entrado naquela água gelada, podia não ter tido câimbra, mais você é simplesmente...

–Lindo, gostoso, sensual, atraente, sexy...- falava ele, e eu caí na risada- Do que está rindo, não concorda comigo?

–Você nem me deixou terminar, eu ia dizer idiota- continuei rindo, já ele parecia não ter gostado muito.

–Porque não respondeu?- perguntou ele sério.

–Não respondi o que?- ainda ria sem entender ele.

–Se você concorda comigo- ele disse, nessa hora percebi o quão interessado ele estava na minha resposta.

–Concordo...- disse, e vi um sorriso de lado em seu rosto- ...que seu ego é gigante, cadê a humildade, não tem não?

–Humildade pra que, eu sei que sou o máximo!

–Se acha mesmo- falei.

–Se eu não me achar, quem que vai achar? Amor próprio em primeiro lugar!

–É, acho que tem razão Pernudo!- concordei com ele.

–Eu sempre tenho razão!

–Aff!- resmunguei e ele rio de mim. Não demorou muito e chegamos na minha casa. Minha mãe já estava em casa, e ouvindo o barulho da caminhonete, veio até a porta para abrir.

–Oi crianças!- falou minha mãe.

–Oi mãe, e se reparar bem já não somos mais crianças- falei

–Oi tia Marcela- falou ele.

–Desculpem, é o costume, mais vamos entrar!- falou minha mãe.

–Obrigada tia, mais eu já tenho que ir andando, ainda tenho que ver umas coisas pra aula amanhã, e terminar uns trabalhos pra faculdade, já que segunda elas recomeçam.

–A faculdade está em greve?- perguntou minha mãe.

–Está sim tia, e semana que vem elas recomeçam, pelo visto vou estar estudando até em janeiro- falou o Fred.

–Nossa que ruim isso- falou minha mãe, e se virou para mim- filha antes que eu esqueça, o Felipe veio aqui te procurar, e disse que você abandonou ele.

–Só o Lipe mesmo, vou tomar um banho pra tirar esse biquíni molhado e vou lá ver ele- falei.

–Não quer ir junto Frederico, assim você conhece seu vizinho- disse minha mãe, ele fez uma careta.

–Não tia, deixa a Anna ir lá, ele quer a visita dela, não minha, e tenho outras coisas para fazer então já vou indo, tchau- falou e foi embora.

Eu e minha mãe entramos em casa, fui tomar um banho e fiquei pensando no que o Fred tinha dito, ele nem conhecia o Lipe e estava falando daquele jeito todo estranho, parece até ciúmes, pensei alto, que isso me repreendi, bem capaz que ele iria ficar com ciúmes de mim né? Terminei meu banho, me vesti e pensei, fazia tempo que não ia mais na sua casa, ele deve até pensar que não gosto mais dele, tadinho, então saí em direção a casa do Lipe.