Meu Ex E Atual Vizinho escrita por Garota da Calça Vermelha


Capítulo 6
O que tem sábado?


Notas iniciais do capítulo

oii mais um capítulo chegando!!!
Boa leitura...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/391003/chapter/6

Anteriormente...

–Você tem razão, mais eu estou adorando saber que o Frederico está te ajudando, viu como ele mudou, eu falo, você não me escuta, isso ainda vai dar casamento...

–Ai para mãe, nem pensa numa coisa dessas, eu odeio aquele garoto, e ele também me odeia- falei brava- e quer saber vou subir e tomar um banho que estou toda suada.

Subi as escadas e fui para o banheiro,e durante o banho fiquei pensando no que minha mãe tinha dito “... viu como ele mudou, eu falo , você não escuta, isso ainda vai dar casamento.” Não isso não é verdade, ele não mudou né? Ou será que mudou????

[...]

No dia seguinte, levantei e fui me vestir. Como parecia que seria um dia mais frio do que de costume, apesar de ser quase verão, coloquei uma calça jeans, blusa, minhas botas diárias, e peguei um casaquinho. Desci para a cozinha e minha mãe não estava, estranhei, ela não costuma sair sem avisar. Olhei na geladeira e tinha um bilhete dela colado com ímãs.

“Filha tive que sair mais cedo, parto de última hora, fazer o que , trabalho é trabalho. Volto pra casa assim que der.

P.S: Tome café direitinho...

Mamãe te ama, beijinhos”

Quando terminei de ler tive que rir, recado bem a cara da minha mãe mesmo. Ah acho que esqueci de dizer o que minha mãe faz, mais como já deve ter percebido, ela é pediatra, então volta e meia ela tem partos de última hora. Mesmo tendo as vezes que sair de madrugada, ela parece não se importar, tem muito orgulho do que faz, e é apaixonada pelos “seus filhos” como ela mesma chama seus pacientes.

Tomei meu café, peguei a mochila e fui andando até a parada/casa do Fred, que por sinal estava parado lá já esperando o ônibus. Me aproximei.

–Oi- falei, ele que estava de cabeça baixa parecendo pensativo, olha para mim.

–Oi.

–Que coisa, andou esfriando né?- pergunto para tentando um papo.

–É- fala ele, contando que ele estava de manga curta, vai entender, vai ver não queria puxar papo comigo, ou nem estava prestando atenção no que disse, acho que os dois.

Nossa conversa termina aí, eu falando sobre o tempo, quando o assunto chega nesse ponto, é que a coisa tá feia. Ele não quer falar comigo, eu também não vou falar com ele. Subimos no ônibus, sento com a minha amiga Paula como sempre. Descemos na escola e logo vamos para a sala de aula.

A manhã passa até bem rápida, com as aulas de matemática, química, e português. Vou saindo da sala de aula, quando alguém me chama.

–Anna me espera- escuto a voz e me viro, era o Caio, um colega meu, bem bonito por sinal.

–Ah sim, o que foi Caio?- pergunto a ele.

–É sobre aquele trabalho de matemática, quando a gente pode fazer?

–Olha, pode ser no final de semana?- pergunto- Porque essa semana estou cheia de coisas pra resolver!

–Por mim tudo bem, sábado pela manhã?- pergunta ele.

–Sábado está ótimo!- respondo.

–Então vou indo para não perder o ônibus, tchau!

–Tchau!- respondo derretida, ele é tão lindo fico pensando.

–O que tem sábado?- escuto atrás de mim uma voz, que me tira dos meus pensamentos, viro de frente para a tal pessoa.

–Escutando minha conversa é?- falo.

–Não só estava passando e ouvi!- responde Fred.

–Então significa que estava ouvindo minha conversa!- falo me sentindo vencida.

–Isso não vem ao caso, mais o que tem sábado?- perguntou novamente, pelo visto ele estava curioso pra saber.

–Nada que interesse você!- falei.

–Custa dizer?- ele fala, nossa que insistência.

–Tá bem, ele vai lá em casa fazer um trabalho comigo, tá bom ou quer saber a matéria? E a hora que ele vai?- aquilo já estava me irritando.

–Não ia perguntar, mais já que você quer me dizer a matéria e a hora, fica a vontade- ele falou na maior cara de pau, e com aquele sorriso bobo no rosto, aff. Deixei ele ali e fui andando, logo ele já estava do meu lado me acompanhando.

–O que aconteceu pra ficar todo meu amiguinho de novo, se hoje de manhã nem falava comigo? Não tem amigos ou alguém pra incomodar aqui é, só eu?- falei, ele perdeu o sorriso do rosto e ficou sério.

–É verdade, eu mal falei com você hoje, é que meu avô está muito doente no hospital, praticamente entre a vida e a morte, e para sua segunda pergunta, você tem razão, não tenho amigos por aqui, só conheço você- falando isso o ônibus chegou, estava sem reação, vi Paula chegar perto de mim, subimos no ônibus, sentei com a Paula. Estava me sentindo muito mal pelo modo como tinha falado com ele,” não devemos julgar sem saber das coisas”, isso gritava na minha cabeça. Virei minha cabeça para trás e vi ele sentado sozinho.

–Paula eu vou sentar lá atrás!- falei.

–Porquê?- perguntou ela.

–Depois eu te ligo e explico, tá bem!

–Claro- falou, como ela me conhecia, sabia que algo estava errado.

Peguei minha mochila, e fui andando até o fundo do ônibus, ele estava tão pensativo, que nem reparou em mim, até eu sentar ao seu lado.

–Desculpa- falei,ele continuava olhando para a janela, então continuei- Não devia ter falado com você daquele jeito, estou me sentindo muito mal, sinto muito mesmo pelo seu avô- e nada, ele continuava do mesmo modo- e por você não ter amigos, quero que saiba, que estarei aqui, mesmo que seja pra ser uma amiga, sou uma boa ouvinte por sinal, ou até mesmo pra ser incomodada- falo, nem assim ele vira pra mim- Bom era isso!- quando estou me levantando, sinto uma mão no meu pulso, viro e ele está olhando para mim, com os olhos escuros mais bonitos que já vi, porém os mesmos estão marejados.

–Fica!- é apenas isso que ele fala, sento novamente e abraço ele. Que no inicio está tenso, mais depois relaxa e devolve o abraço, ficamos assim por um tempo, sem falarmos nada, até que ele quebra o silêncio.

–Eu te desculpo- ele fala- com uma condição...- eu me afasto dos seus braços, para olhar em seus olhos.

–Qual?- pergunto encasquetada.

–Seja a pessoa a qual eu possa incomodar!- ele está com um sorriso no rosto agora, sorrio feliz por saber que sua tristeza passou, mesmo que apenas por esse momento.

–Sempre as ordens Pernudo!- respondo rindo.

–Que bom Banana!- nisso nos preparamos para descer, pois a próxima parada já é a casa dele. Descemos.

–Até daqui a pouco Banana.

–Até daqui a pouco Pernudo.

Nisso vou para minha casa almoçar, já imaginando que daqui a pouco iremos nadar no lago. Me sinto feliz, pensando que mesmo triste, consegui deixar ele feliz, e um sorriso bobo vem para minha cara, ei pera ai, eu não posso me sentir assim, não pelo Pernudo!!!!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Fotos: Paula e Caio
Indicação de fanfic:
http://fanfiction.com.br/historia/394269/Entre_Mentiras_E_Verdades/
Comentem!!!
Até mais *-*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Meu Ex E Atual Vizinho" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.