Apenas Um Sonho (Just A Dream) escrita por Pérola


Capítulo 11
Mais uma ajuda, e a próxima parada




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- Não me escutaram? Tem que pagar pra entrar. – o senhor reclamava. Quando uma jovem chegou até ele.

- Vovô, por favor, o senhor está assustando os turistas e o Príncipe de Lira sabia? – a moça falou.

- Príncipe? Príncipe Leon? Este homenzinho é ele? Hm...

- Por favor, desculpem meu pai. Meu nome é Kerina, meu este é meu avô... Kerlinton.

Kerina não parecia com uma gata, a não ser os olhos de duas cores, verde e violeta. Ela tinha o cabelo castanho, e usava um vestido de seda vermelho, curto demais para ser exata.

- Muito prazer Príncipe Leon. – ela se curvou.

- Prazer... Esses são Charlie e Elise, estamos buscando o Santuário de Lincra.

- Oh, o santuário... Ele não existe mais...

- O que? Como assim? – Elise ficou assustada.

- Queiram me acompanhar...

Kerina estava levando-os para a cidade de Lincra. As ruas eram pavimentadas, e as calçadas com pedras coloridas... Era tudo muito alegre e rico naquele lugar.

Kerina estava ao lado de Leon, e atrás dela Charlie com Elise ao seu lado. Ela não foi com a cara daquela garota.

- Ela vai nos trazer problemas... Não gosto dela. – Elise sussurrou para Charlie.

- Que nada, ela é até legal e vai nos ajudar muito acredito.

- Legal até demais não acha?

- Você esta com ciúmes de Leon? – Charlie provocou.

- Não. Eu não sou ciumenta... – ela falou um pouco alto demais.

- Ciumenta? – Leon se virou e olhou torto para ela.

- Nada... Continue! – ele se virou e ela olhou para Charlie – Viu? Ele está encantado por Kerina, o verdadeiro Leon ia me mandar calar a boca e prestar atenção no que ela diz.

Charlie riu.

- Você é hilária...

Ele a deixou sussurrando sozinha, ela fez bico, cruzou os braços e fez cara feia. Ficou se queixando sozinha, enquanto Kerina ficava de Blá, blá, blá.

- Posso te dizer uma coisa Leon – Kerina o olhava nos olhos – Uma vez preso no santuário, presos para sempre...

Elise não entendeu, também não prestou atenção.

- Ah... Kerina se não for pedir muito você poderia nos acompanhar nessa viagem até o Santuário? – Leo perguntou e Elise teve um surto.

- Não! – ela gritou e todos que estavam em volta se viraram para ela.

- Como não Elise? – Leon perguntou.

- Não... Não é... Não devíamos nos apressar? – ela improvisou.

- Eu aceitaria com muito prazer Príncipe Leon, seria uma honra!

Charlie cutucou Elise e falou no seu ouvido.

- Controle o ciúme... – ele sorriu e piscou pra ela.

Elise se virou e o puxou pela orelha.

- Fique na sua... – ela sorriu e piscou pra ele do mesmo jeito.

Todos voltaram para o barco que ficou no porto. O senhor Kerlinton estava na frente.

- Paguem para entrar – ele balbuciou.

- Sai da frente vovô – Elise passou na frente dele, já estava estressada e com isso não iria mais aguentar. Kerlinton pôs a bengala no chão e Elise caiu de costas.

- Ai... Ai, que dor... Você é mau vovô! – ela falou em deboche.

- Vovô, o senhor não deve fazer isso, já falamos sobre este caso! E eu vou com eles não tenho data de volta se cuide então. – Kerina a ajudou a levantar e reclamou com Kerlinton.

- Vá logo sua neta desnaturada, já era tempo de você sair de baixo da minha calda.

Ele voltou para casa. Todos riram menos Elise que ainda estava com dor na coluna. Leon nem mexeu um músculo pra ajudá-la. Ela ficou com raiva e enciumada, pensou: “Ele dá mais atenção a essa qualquer do que a mim!”.

Não queria pensar assim, mas era o que tinha...

Kerina estava conversando com Leon desde quando entrou no barco e nunca disse para onde estavam indo, alias, só quem não sabia era a própria Salvadora. Elise estava sentada ao lado de Charlie enquanto Leon vidrava os olhos em Kerina, Elise percebeu alguns olhares dele em sua direção, mas os ignorou.

- Problemas com Leon ainda? – Charlie falou.

- Não, com ele não – ela fitou o mar – Com ela... Eu não gostei dessa garota.

- E por que não Elise? Ela ainda vai nos ajudar muito acredite...

- Acredite você em mim, por favor, Charlie eu estou com um pé atrás em relação à Kerina... – ela implorava fazendo cara de anjo.

Charlie olhou feio para ela, coisa que era impossível porque ele era lindo demais.

- Vou tentar acreditar em você! – ele sorriu.

- É bom mesmo... Preciso de alguém para me ajudar sabe...

Charlie chegou mais perto de Elise.

- Você acha que eu tenho um a chance?

- Com aquela ali? Vá em frente, mas aviso... Boa pessoa ela não...

- Não, não é com ela, é com você.

Elise não ficou muito surpresa, lembrou-se do sonho e de como Leon agiu. Ela não queria dar conclusões precipitadas...

- Olha Charlie. O problema é que eu gosto não gosto desse jeito de você...

- Entendi, mas se um dia você esquecer Leon você fica comigo? – ele sorriu e ela também.

- Isso eu não posso comentar. Ei... Eu não gosto do Leon. – ela entendeu depois.

- Tem certeza?

- Certeza... Oh Charlie, você... Não confunda as coisas, mas eu prefiro você como um amigo...

Ele foi para mais pra cima dela, e um D’javu passou por Elise, o sonho. Ela olhou para o lado e viu Leon, o garoto e a mulher eram eles dois... Os marinheiros... Elise gritou.

Leon se afastou de Kerina e foi até Elise.

- O que houve? – ele perguntou desesperado.

- O sonho Leon... O sonho se realizou... Então Serena não vai... Ugh! – ela soluçou - Ela não vai...

Elise parecia estar traumatizada com aquilo. Leon a levou até o quarto e a deitou na cama. Ficou sentado ali por alguns minutos. Ela não estava bem, a cada minuto começava a chorar, mas ainda estava consciente.

- Melhor? – ele perguntou.

- Um pouco. – ela ainda estava deitada.

- Foi um surto talvez... Ou você entrou em pânico.

- Leon eu estou com medo... – ela ia chorara de novo, mas ele a levantou para ficar sentada e a abraçou.

- Medo... Medo de que Elise? – ele olhava nos seus olhos, ela não queria responder, queria ficar horas ali, olhando para ele.

- Medo de Serena morrer. Medo de não acharmos a rainha. Medo de falhar...

Leon deu um beijo nela. O que fez com que Elise definitivamente calasse a boca. Não queria sair dali por nem mais um minuto de sua vida. Se um beijo era bom, um beijo apaixonado vindo de um príncipe era melhor ainda.

- Não precisa ter medo... Quer voltar a brigar assim você supera? – ele riu. E Elise o abraçou.

- Quem sabe? – ela deu de ombros - Leon... Estamos numa Amizade Confusa Colorida?

- O que? Não... Não... Só... Ah, amizade com... – ele gaguejou.

- Sai daqui é melhor.

- É mesmo, bem melhor...

- Espera... Pra onde vamos? – ela se lembrou.

- Vamos avisar!

Ele saiu do quarto. “Vamos”. Ele iria com Kerina, o ciúme era tão inquietante que deixava Elise desconfortável junto dele...

Ela saiu do quarto, quando abriu a porta Charlie tinha passado.

- Melhoras! – ele falou indo embora.

- Valeu! – ela respondeu seguindo para o outro lado.

Leon estava ao lado de Kerina e os dois cochichavam algo, não dava para entender bem. Os marinheiros estavam aglomerados no mesmo lugar. Charlie chegou depois e ficou ao lado de Elise.

- Já que estão todos aqui, anunciarei nossa próxima parada. – Leon disse.

- Então não se assustem, mas é a nossa única chance.

- Reino de Aspéries, onde fica o Monte Aspéries.

Todos do navio gemeram, todos mesmo, até os fantasmas. Alguns sumiam e voltavam. Charlie estava sem reação, apenas Elise que não entendia nada...

- Bem, já que sabemos. Até amanhã. Chegaremos amanhã a noite! – Kerina falou como se fosse à coisa mais simples e saiu.

Todos se dirigiram para suas cabines. Mas Elise recebeu uma má notícia.

- Dividir quarto? Não, eu não vou dividir meu quarto!

- Por favor, Elise. Melhor do que ela ir dormir com Leon. – Charlie falou.

- Então eu durmo com ele e ela aqui, mas dividir com ela nunca.

- Não ligo pra isso Charlie, posso ficar aqui essa noite... – Kerina falou e Elise achou que pegou pesado demais.

- Vem, você dorme comigo, mas no chão... Eu não vou com a sua cara. – Elise disse e foi marchando até o quarto.

Elas entraram, Elise pulou na cama. E Kerina dormiu num colchão inflável.

- Por que você não gosta de mim? – Kerina falou.

- Não sei só não gosto! – Elise falou de olhos fechados.

- Para tudo tem uma explicação... Por quê?

- Porque eu não gosto de você... Quer que eu finja ser sua amiga? – ela debochou.

- Não, só que seja minha amiga de verdade. Você é arrogante.

- Eu sei... E te acho muito atirada.

- Eu não sou atirada.

- Oh, não é? Tem certeza? – Elise estava bufando de raiva.

- Tenho você que é ignorante demais... E quer tudo do seu jeito.

- Eu não... Ah...

- Pois é... É o que eu disse! – Kerina falou.

Elise não suportava mais ficara ali com ela, de um jeito diferente Kerina a incomodava sem nem mexer os lábios.


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