Oblivion escrita por Alessandro Campos


Capítulo 26
XXVI. O Conflito Final


Notas iniciais do capítulo

SURPRESA! Decidi terminar a fic no dia em que ela faz 1 ano! Amanhã será postado o último capítulo e o Epílogo.
Boa leitura!



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– Como vocês...?

Pela primeira vez na vida, Voldemort parecia ter sido pego de surpresa. Ele apontava sua varinha para os bruxos à sua frente: Dumbledore, Harry, Draco, Ron, Hermione e Alastor. Tonks e Lestrange ainda estavam ocupadas com sua disputa do lado de fora. Lúcio e Narcisa também pareciam muito assustados com tudo aquilo, todavia, apenas Lúcio empunhara sua varinha e a apontava para o grupo. Narcisa parecia ter algum dificuldade para controlar sua respiração e se apoiava na mesa, olhando espantada para aquela cena. Ela não se lembrava de nada do que acontecera e só sabia dos últimos acontecidos porque seu marido lhe refresca a memória com alguns fatos, mas não foi o suficiente para que as lembranças voltassem. Ela literalmente só sabia das coisas.

– Tenho certeza de que imaginou estar bem seguro no seu aconchegante chalé inglês no meio da floresta – comentou Alvo – este me parece um bom lugar para ficar.

– Seu velho idiota, não preciso da sua ironia – e ele projetou algum feitiço. Uma briga começara na sala. Dumbledore e Voldermort, Harry e Lúcio.

– Rápido, por aqui – ordenou Moody, apontando para uma escada ao lado da entrada – subam e procurem pelas Horcruxes.

Ron e Hermione foram ágeis e logo estavam no andar superior. Draco permaneceu atônito por alguns segundos, enquanto alternava o olhar entre seu pai, seu namorado e sua mãe. Sentiu uma cerca de arame farpado se entrelaçar no seu coração e esmaga-lo.

– Vamos – ordenou Moody de novo.

Draco saiu de seu pequeno transe e moveu-se um passo, até que Nagini surgisse à sua frente e tentasse o abocanhar. Ele recuou e logo Moody entrou em sua frente, apontando a varinha para a fera.

– Vou dar um jeito nesse bicho, agora subam!

Draco assentiu e, sem olhar para trás, pulou por cima da enorme cauda da cobra e seguiu pelas escadas até o andar de cima. Quando chegaram até o andar de cima, avistaram o que parecia ser uma espécie de santuário. Dois pedestais enormes sustentavam cada um, duas relíquias. Uma era bem conhecida por todas: o anel de Voldemort. A outra, era algum tipo de medalhão. Marcharam em conjunto metade do caminho até as horcruxes, quando foram impedidos por três comensais que apareceram em sua frente. Mais um duelo começou na casa e vários feitiços começaram a ricochetear, quebrando diversas janelas e demais objetos naquela residência. Um dos comensais nocauteou Draco, levando-o ao chão e deixando-o desnorteado por alguns instantes, quando foi finalizar o garoto. Nesse instante, Narcisa se projetou na frente do garoto e defendeu o feitiço, lançando-o longe.

– Meu filho, não! – ela parecia determinada – Estupore!

O comensal voou alguns metros, o que permitiu que Narcisa segurasse o filho pela mão e o levantasse. Um sentimento de ternura tomou conta dos dois e eles se comunicaram apenas com um sorriso. Ela se levantou e os dois se posicionaram contra os dois comensais.

– Hermione – chamou Narcisa – nós damos contas deles. Vá logo! – ela sinalizou para as horcruxes.

Hermione, apesar de surpresa, assentiu e correu até os pedestais. Ron permaneceu lutando contra um, enquanto Narcisa e Draco davam conta dos outros dois. A grifinória retirou a pequena bolsa de dentro do seu casaco.

Accio espada!

Em uma fração de segundos, a espada fora projetada em sua mão, com sua lâmina reluzindo o luz do sol que invadia o quarto pelas janelas quebradas. Ela não pensou duas vezes até que atingiu o anel com a mesma. Uma fumaça preta apareceu e de repente o céu ficou escuro, recoberto por uma densa camada de nuvens negras. A mesma fumaça empurrou a garota longe, fazendo com que ela soltasse a espada e o objeto caísse pela janela do andar superior. Todos se assustaram com aquilo, o que permitiu que Narcisa, Draco e Ron finalizassem os bruxos com quem duelavam. Os três correram para a janela e visualizaram a espada cravada no jardim, em meio algumas flores. Ron voltou, colocou o medalhão no bolso e correu para as escadas.

xXx

O duelo no andar de baixo estava acirrado, pois ambos os lados não conseguiam ao menos acertar de forma eficaz seus alvos. De repente, ouviram um grande e estridente barulho vir do andar de cima, acompanhado por uma escuridão tenebrosa do lado de fora, que ocultara qualquer raio de sol. Aproveitando o aparente eclipse, Harry correu até o lado de fora e tentou visualizar melhor o que estava acontecendo. Próximo do buraco por onde saíram, Narcisa e Belatriz ainda lutavam com a mesma voracidade desde a hora em que chegaram. Ambas pareciam cansadas, mas nenhuma se dava por vencida. Moody já estava ficando sem ideias, pois todos os feitiços que usava contra Nagini só funcionavam como paliativo, pois não lhe causavam nenhum real dano. Dumbledore também correu para o lado de fora.

O lorde das trevas foi entorpecido por um rompante lancinante de dor quando sentiu um pedaço de sua alma se esvair junto com os pedaços do anel que ficaram espalhados pelo chão do andar superior. Ele havia esquecido completamente que suas Horcruxes estavam apenas sob a proteção de três de seus melhores comensais, mas ele tinha plena convicção de que aquilo não seria suficiente para impedir a ordem de alcançar seu objetivo principal. Quando se deu conta, Dumbledore e Harry Potter já tinham corrido para o exterior da casa, deixando-o sozinho com Lúcio na frente da lareira. Enfurecido, aparatou para o jardim e encontrou os dois do lado de fora.

Com todo aquele escarcéu formado diante da destruição da primeira Horcrux, mais cinco comensais foram invocados. Uma caveira se formou no céu negro que antes era de um azul celeste tranquilo. De dentro da boca dela, saiu uma cobra que se dividiu em cinco filetes de fumaça que logo pousaram no chão de grama verde. Ron, Hermione e Draco conseguiram sair à tempo de juntarem-se ao duelo, investindo de uma só vez contra os comensais. Mas, ao sair da casa, Narcisa sentiu uma mão puxar-lhe e impedir-lhe de prosseguir. Ao virar-se, vira Lúcio, com uma expressão perdida.

– O que você está fazendo, querida? – ele parecia incisivo.

– Salvando a minha família – ela respondeu convicta – eu não consigo acreditar em nada do que você me diz. Olhe para Draco – ela apontou e o homem direcionou seu olhar para o garoto – você quer mesmo perder o seu filho? O seu garoto?

Lúcio fechou a cara e desviou o olhar.

– Ele gosta dessas pessoas, Lúcio – continuou – e não há mais saída. Olhe diante de si, Voldemort não tem mais nenhuma chance contra a Ordem.

Mantendo o olhar em outro lugar, ele ajeitou sua capa e rumou para dentro da batalha, limitando-se a responder sua esposa com um suspiro cansado. Decepcionada, também realizou seu trajeto até a batalha e auxiliava Ron, Hermione e seu filho.

Foi quando a caveira reapareceu e mais um filete de fumaça desceu do céu. Era Severo Snape. Ele pousou um pouco distante do duelo e parecia tentar se situar sobre o que estava acontecendo.

– Hermione – gritou Ron – preciso chegar até a espada, me dê cobertura!

A garota apenas assentiu. Narcisa e Draco, apesar de não terem sido convocados pelo garoto, também assentiram e deixaram que ele se desvencilhasse da briga em direção à espada. No meio do caminho foi impedido por um dos cinco comensais, que aparatou na sua frente. Ele recuou e viu Snape correr até a espada e pega-la.

“Já era” pensou.

Foi quando Severo surpreendeu a todos. Ele estuporou o comensal, correndo até o ruivo e colocando-a em sua mão.

– Vamos, Weasley! Não temos muito tempo! – ordenou Snape.

Atônito, Ronald retirou o medalhão do bolso e o colocou no chão. Empunhou a espada, respirou fundo e acertou-o em cheio. Uma luz verde muito forte cegou momentaneamente todos os bruxos que estavam ali. Pôde-se ouvir o grito de dor que Voldemort emitira ao ter mais um pedaço de sua alma destruído. Então, o lorde depositou força máximo no seu poder, atirando Dumbledore e Harry para longe.

Assim que o clarão sumiu, Draco, Hermione e Narcisa aproveitaram para finalizar os comensais com quem lutavam. Foram bem sucedidos. Belatriz jogou Tonks no chão e apontava sua varinha no pescoço da bruxa, preparando-se para finaliza-la. Ao perceber a tragédia que estava prestes a acontecer, Snape rapidamente chegou até Belatriz e conjurou o feitiço da morte na mesma. Ela soltou um grito agudo e muito alto, caindo no chão e soltando sua varinha. Era possível ver o brilho deixar seus olhos, enquanto a varinha rolava para longe dela. Snape estendeu a mão para Tonks, que abriu um sorriso e estava muito surpresa pela atitude do bruxo. Ela pegou sua mão e levantou.

– Onde está a última Horcrux? – gritou Draco para qualquer um. Ele não sabia muito bem a quem direcionar a pergunta.

– Eu tenho um palpite – anunciou Moody, correndo com certa dificuldade de dentro da casa com Nagini em seus calcanhares – olhem! – ele lançou cerca de cinco feitiços na cobra e eles somente a atrasavam cinco segundos cada. – Ela não é uma cobra normal!

Alastor conseguiu pegar uma distância segura da cobra que, por sua vez, avistou Harry e Dumbledore caídos enquanto Lúcio e Voldemort se aproximavam para finaliza-los. O bruxo que Snape estuporara se levantou e acertou Ron, que segurava a espada. Ele caiu no chão e, mais uma vez, a espada voou para longe, caindo ao lado de Lúcio Malfoy. Ele observou a lâmina brilhante pousar ao seu lado e abaixou para pega-la. Como um reflexo, Hermione o acertou e ele caiu morto, perto de onde todos os outros comensais mortos também estavam.

– Muito bem, Lúcio – disse o lorde – me dê a espada – e estendeu sua mão.

Nagini estava próxima dos dois, preparando-se para dar o bote assim que Voldemort permitisse.

– Lúcio, você sabe o que é o certo a fazer – gritou Narcisa, um pouco distante dali.

Todos estavam petrificados pelo pânico e pela sensação de invalidez. Tudo estava nas mãos do bruxo que, até agora, estava ao lado de Tom Riddle. Era praticamente certo o fim de toda aquela batalha – e com um final não muito feliz.

– Papai – sibilou Draco, sem conseguir dizer mais nada.

Voldemort enrijeceu sua expressão, como se cogitasse a fraqueza de seu servo em ser levado por sentimentos tão levianos. Harry e Dumbledore pareciam despertar de um pequeno desmaio e se deram cona da situação em que estavam. À sua frente, Voldemort apontando sua varinha e Lúcio com a espada. Ao seu lado, Nagini pronta para devora-los.

Lúcio engoliu a seco, olhou para todos do outro lado do campo, para Dumbledore e Harry, e para Voldemort. Ele segurou a espada com mais força e golpeou Nagini na garganta. A cobra virou cinzas e se esvaiu no ar.

AVADA KEDAVRA! – conjurou Harry.

Uma luz verde se formou e Voldemort começou a se desintegrar na frente de todos.


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Notas finais do capítulo

Até amanhã. :)



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