Oblivion escrita por Alessandro Campos


Capítulo 10
X - O Artefato


Notas iniciais do capítulo

Estou fazendo o máximo para conseguir postar pelo menos um capítulo por semana pra vocês. Fico satisfeito que alguns (bem poucos, na verdade) tenham respondido ao meu apelo do último capítulo. Como dito anteriormente, não abandonarei a fanfiction somente por causa de vocês. No mais, o de praxe: Não estou revisando o conteúdo, portanto, podem haver erros de digitação (ou pouco provavelmente, de ortografia :P). Boa leitura e obrigado pela paciência!



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Voldemort observava a guerra acontecendo do lado de fora pela janela da sala enquanto Nagini ficava ao seu lado, também observando tudo. Harry entrou em silêncio pela porta e permaneceu com sua varinha apontada para Voldemort.

– Harry... Esperava mesmo que viesse – iniciou Voldemort.

Harry se surpreendeu. Não esperava que fosse ser notado pelo seu inimigo.

– Estou aqui – respondeu o garoto.

– Podemos evitar que os outros se machuquem... Apenas largue sua varinha e me deixe te matar sem empecilhos – disse o Lorde, enquanto se virava para ele.

Harry não respondeu à provocação de Voldemort, apenas o olhou com um olhar extremamente desprezível.

Expelliarmus! – conjurou Harry para Voldemort.

Voldemort ricocheteou o feitiço sem problema. Harry correu dali e saiu da casa, correndo no meio do fogo cruzado estabelecido no jardim.

– Cuidado, Harry! – gritou Hermione para ele e entrou na sua frente, estuporando um comensal que ia em sua direção.

– Obrigado – Harry abriu um sorriso para Hermione.

O singelo momento foi interrompido por um estrondo vindo da porta da frente. Voldemort havia “bombardeado” a porta e seguia furioso em direção ao jardim onde o conflito se realizava.

– Vamos, Harry... não torne as coisas mais difíceis – gritou Voldemort.

Antes que fosse localizado pelo lorde, Harry correu em direção à estátua previamente vista e examinada no jardim naquele mesmo dia.

– Preciso pensar no que vai abrir isso aqui – pensou consigo mesmo.

Atirando em um inimigo aqui e em outro ali, Hermione conseguiu fugir daquela bagunça e foi encontrar Harry perto da estátua.

– E então? – perguntou, a menina ofegante escondida atrás da estátua.

– Não consigo imaginar o que vai conseguir abrir isso – apontou para estátua.

Hermione o olhou com um olhar de desconfiança. Caminhou agachada até a frente da estátua e leu:

– Aquilo que não lhe pertence, será aquilo que lhe dará o que queres – repetiu algumas vezes olhando atentamente para a fechadura num formato redondo.

– Viu? – indagou Harry, tendo certeza de que a bruxa também teria achado aquilo impossível.

– Não é óbvio? – disse ela, arfante.

Harry apenas olhou e fez uma expressão de confusão.

– Aquilo que não é seu... Buraco redondo... Você precisa roubar uma varinha! – exclamou Granger.

Harry fez uma expressão de surpresa.

– É mesmo! Por que não pensei nisso antes? Mas... você não acha que se me emprestasse a sua isso faria abrir a estátua?

– Não – ela demonstrou certo cansaço – Com certeza isso deve estar coberto de magia negra. Somente algo roubado poderá abrir isso. Se pegasse com consentimento, com certeza não funcionaria.

Um “expelliarmus” acertou a estátua e os dois se jogaram no chão, olhando para trás e vendo que o tiro fora um ricochete da batalha e não direcionado aos dois. Se recompuseram e retomaram a discussão.

– Será que qualquer varinha roubada poderia abrir isso? – indagou o moreno.

– Possivelmente – disse Hermione com incerteza.

– Já imagino que vai dizer que por via das dúvidas devo conseguir a varinha do... – ele suspirou.

– É melhor do que tentar com qualquer varinha, dar errado e nos pegarem – ela não parecia satisfeita.

– Tudo bem – ele se levantou e limpou as mãos nos jeans que usava – Vamos lá.

Hermione também se levantou e abraçou seu amigo.

– Me desculpe por tudo – sussurrou a menina de olhos fechados.

– Não se preocupe, eu entendo vocês... está perdoada – respondeu Harry, apertando o abraço.

– Obrigada – ela pausou – cuidado.

– Ah, se eu contasse quantas vezes já ouvi essa palavra hoje... – ele riu e ouviram um estrondo.

Quando os dois se soltaram e olharam para trás de Harry, viram Draco parado em suas costas, havia acabado de conjurar um Protego para ricochetear um Estupore de Belatriz.

– Draco?! O que você está fazendo?! – perguntou Belatriz, enfurecida.

– Vai, Potter! – ordenou Draco, olhando para Harry e segurando o escudo mágico.

– Mas, Draco...

– Vai! – disse Malfoy irredutível.

Harry encarou Draco por um segundo, suspirou, apertou a mão de Hermione e saiu correndo enquanto Draco duelava com Belatriz.

Harry guiou Hermione pelo jardim e soltou sua mão.

– Preciso fazer isso sozinho. Junte-se aos outros e se proteja.

Hermione o olhou com insegurança e lhe deu mais um breve abraço.

– Estaremos lá pra te apoiar – respondeu.

– Fale para Ron que vai ser agora – disse.

Hermione apenas assentiu.

Os dois se separaram e Harry seguiu para a frente da casa, enquanto Hermione se juntou os outros que lutavam ao redor de toda a casa.

Lentamente, Harry caminhou até ficar próximo da porta de entrada e visualizar Voldemort parado perto dali, possivelmente esperando que ele reaparecesse.

– Estava me procurando? – ironizou.

– Não, eu sabia que você viria até mim – sibilou o milorde.

– Acho justo que duelemos e que vença o melhor – comentou Harry, com sua varinha apontada para o inimigo.

– Você não tem chance contra o meu poder – gabou-se – porém, acho justo e cabível que seja derrotado de uma maneira formal – finalizou com uma risada cruel.

Harry caminhou até ficar exatamente na frente do outro. Obviamente, não perto o suficiente para que pudesse ser golpeado de surpresa.

– Comecemos – afirmou Harry.

– Ah, Harry... sempre se esquecendo das boas maneiras, não é mesmo? – comentou o bruxo maligno.

Voldemort conjurou momentaneamente o feitiço Imperio e obrigou Harry a reverencia-lo.

– Tenho a sensação de que já vivi este momento – e soltou outra risada cruel.

Assim que se soltou, Harry procurou não perder tempo e ataca-lo antes que perdesse a oportunidade. Um fecho de luz vermelho começou a sair da varinha da Harry Potter e outro verde saía da varinha de Voldemort. Ainda que o duelo principal estivesse ocorrendo, a batalha pelo terreno da mansão dos Malfoy não havia perdido sua energia. Estavam lutando pela ordem: Ron, Tonks, Moody, Lupin, Fred, George, Arthur, Gina e Neville – fora Hermione e Luna que já estavam lá. O duelo dos dois estava acirrado, uma vez o poder de Harry se sobressaía e outra vez o poder de Voldemort.

Em um segundo, Dumbledore havia aparatado para a mansão e estava ao lado de Harry.

– Harry, agora! – ordenou Dumbledore.

Dumbledore manteve o duelo das varinhas enquanto Harry se desligou da luta. Correu para longe e olhou para trás. Na mesma hora, Ron apareceu em sua vassoura e entregou uma outra para o moreno. Voldemort estava possesso de raiva e dera o poder máximo que poderia – o que era inútil, pois a varinha – e o poder - de Dumbledore era infinitamente maior que o dele. Então, o poder de Dumbledore venceu Voldemort e deixou-o cansado por alguns segundos, tempo suficiente para que Harry pudesse agir.

Expelliarmus! ­­– conjurou Harry na mão de Voldemort.

Em poucos segundos, a varinha de Voldemort estava na mão esquerda de Potter. Voldemort gritara de ódio, mas não conseguiu intimidar o bruxinho. Ele se virou rapidamente e guiou-se para a frente da estátua do bruxo, inserindo a varinha do rival na mesma. Voldemort tentara alcança-lo, mas foi impedido por Dumbledore. Por isso, simplesmente sumiu atrás da casa. Talvez tivesse ido pegar a varinha de algum outro Comensal para retomar o combate.

Vendo a aparente derrota de Voldemort, todos os seus seguidores se retiraram do local. Todos os membros da Ordem se dirigiram para a frente da estátua e foram acompanhar o processo de abertura da mesma. A estátua abaixou sua varinha e abriu uma espécie de capa que ficava em suas costas. Ela retirou de seu bolso um anel, estendeu sua mão e deixou o anel em sua palma. Todos olharam abismados, meio que sem entender do que se tratava. Harry, que já havia descido de sua vassoura e olhava para a estátua juntamente com os outros, deu um passo à frente e pegou o anel de sua mão. A estátua recolheu sua mão e voltou a sua posição original.

– O que é isso? – perguntou Luna, curiosa.

– Não sei exatamente – respondeu Harry.

– Isso, meus jovens, é um objeto coberto de magia negra que nos ajudará a derrotar o mal – respondeu Dumbledore.

De repente, era possível ouvir uma gargalhada aguda e descontrolada vindo da entrada da casa.

Belatriz vinha caminhando com uma varinha apontada para o pescoço de Draco, com uma legião de Comensais atrás de si. Lúcio e Narcisa estavam contidos por outros Comensais. Aquilo era a prova de que nada e nem ninguém realmente teria valor para aquela bruxa. Nada e ninguém, além de sua lealdade a Voldemort.

– Solte-o! – gritou Harry.

– Quer dizer que eu estava certa, não é mesmo? – gargalhou Belatriz – Parece que o nosso querido Draquinho nos traiu.

Todos os Comensais pareciam um pouco surpresos com aquilo.

– Belatriz, você não precisa fazer isso! – gritou Narcisa.

– Cala a boca! – mandou e conjurou um feitiço silenciador na bruxa.

– Para que seu amiguinho fique bem, quero duas coisas – propôs Belatriz.

Ninguém respondeu, apenas olharam para ela.

– O garoto pela varinha do lorde e o anel – falou.

– Não faça isso, Harry – gritou Malfoy.

– Cala a boca você também! Crucio!

Draco foi jogado ao chão e se contorcia de dor. Gritava, mas gritava muito, muito alto. Era possível ver a dor nos olhos de Draco. Lúcio e Narcisa tentaram se desvencilhar dos outros Comensais, porém seu esforço foi inútil. Belatriz ria ironicamente enquanto via o loiro rolar de dor na sua frente.

– Não! – exclamou Harry.

Harry tentou se dirigir ao bruxo jogado no chão, mas foi impedido por Ron e Hermione que o seguraram.

– Tá bom, tá bom – disse Potter.

– Não ouvi – falou Belatriz.

– Eu disse que eu entrego tudo pra você! – gritou Potter.

Belatriz deixou Draco sofrer por mais alguns breves segundos e suspendeu o feitiço. Puxou o garoto para si de novo e colocou a varinha em seu pescoço mais uma vez.

– Vocês sabem que eu não teria problema nenhum em matar alguém – sibilou Belatriz – Então, não tentem me fazer de idiota.

Harry pegou a varinha da estátua e retirou o anel do bolso. Andou até a metade do caminho até a bruxa e esperou que ela viesse até ele. Belatriz, por sua vez, caminhou desconfiada até Potter e manteve a varinha apontada para o pescoço de Draco Malfoy. Harry fez sinal para que ela o soltasse antes de entregar os objetos para ele.

– Não, os objetos primeiro – disse, sendo agressiva.

Relutante, Harry colocou os objetos no chão e puxou Draco pela mão. Belatriz pegou os objetos e aparatou junto com os outros Comensais.

Harry abraçou Draco com força e todos se aproximaram dos dois.

– Quer dizer que o Draco está do nosso lado? – perguntou Lupin confuso.

– Nunca imaginei que isso poderia acontecer de alguma maneira – completou Tonks.

– Agora as coisas ficarão mais sérias – comentou Dumbledore.

– O que era aquele anel e por que ele era tão importante pra eles? – indagou Neville.

– Moody, nossas suspeitas estavam corretas – disse Alvo.

Moddy assentiu.

– Meu caro Neville, aquilo se trata de uma Horcrux – respondeu Moody.

Murmurinhos começaram a se formar.

– Percebo que não sabem do que se trata – comentou Olho-tonto - Em linhas gerais, posso lhes dizer que é um objeto coberto com uma das piores e mais pesadas magias negras existentes. Aquilo contém um pedaço da alma de quem a fez.

– E para que isso nos seria útil? – perguntou Harry.

– Eu já li algo sobre isso – comentou Hermione - Só é possível matar alguém que fez uma Horcrux, se destruirmos a Horcrux antes mesmo da pessoa.

– Exatamente – assinalou Dumbledore.

Todos pegaram suas vassouras e começaram a se guiar em direção à casa da Ordem.

Mais tarde, na casa da ordem, Harry e Draco dividiam o mesmo quarto. Ninguém, além de Ron, Hermione e Luna, sabia do que realmente se passava entre os dois. Com exceção, talvez, de Dumbledore. O bruxo era sábio demais para não perceber que algo especial estava acontecendo entre os dois.

Todos tinham acabado de chegar e estavam se arrumando para descansar e seguirem com os planejamentos do dia seguinte. No quarto, existiam duas camas, um grande armário e uma cômoda. Draco mexia em sua mala enquanto Harry estava sentado na beira de sua cama, de costas para Draco.

– Me desculpe – sussurrou Harry, enquanto tirava os tênis.

– Te desculpar? – Draco parou de mexer na mala e apenas ouvia o outro.

– Por hoje – prosseguiu.

– Você não fez nada – comentou Malfoy.

– Exatamente, eu não te protegi – respondeu Harry, visivelmente alterado.

Harry se levantou e olhou para Draco, que continuava ajoelhado em frente à sua mala.

– Não foi culpa sua – continuou – Isso poderia ter acontecido com qualquer um.

– Mas você sofreu por minha causa – Harry já estava vermelho – não suportei te ver daquele jeito. Se eu tivesse te protegido, talvez não tivessem te pego e eu não precisaria ter entregado tudo para Belatriz.

Draco se levantou e parou na frente de Harry, segurando suas mãos e olhando em seus olhos. Nessa altura, Harry já havia deixado que as primeiras lágrimas corressem seu rosto e estava chorando levemente.

– Você tem que parar de se culpar por tudo o que acontece no mundo – consolou, Draco – não podemos tomar conta de todo mundo o tempo todo. Eu sabia o risco que corria desde que decidi ajudar vocês todos com isso.

Potter abraçou Malfoy e deixou que um soluço escapasse de sua boca. Apertou-o fortemente em seus braços e disse:

– Não conseguiria me imaginar sem você. Não posso te perder. Só de pensar que isso poderia ter acontecido, eu me sinto um verme desprezível.

– Eu te amo e te prometo que nada vai acontecer com nenhum de nós.

Os dois apertaram mais o seu abraço e deram um longo e intenso beijo. Poucos momentos depois, os dois já estavam sem camisa, rolando na cama e curtindo um o corpo do outro. Ficaram assim por longos e longos momentos. Murmuravam “eu te amo”, “preciso de você” e demais coisas apaixonadas um para o outro.

Foram interrompidos por um bater na porta.

Harry? – ouvia-se a voz de Hermione do outro lado da porta.

– Só um minuto – gritou Harry do outro lado.

Os dois, ainda que relutantes, deram mais um beijo e levantaram-se da cama. Harry levantou-se e abriu a porta, porém, esqueceu-se de um único detalhe: os dois estavam suados e sem camisa.

– Eu... eu... – iniciou Hermione.

Harry olhou para dentro do quarto e viu Draco sentado na beira de sua cama, vermelho e suado – assim como ele.

– Estávamos indo tomar banho – disse Harry, sem-graça.

– Não precisa explicar nada – disse Hermione com um sorrisinho no rosto.

– O que foi? – desconversou Harry.

– Dumbledore disse que precisava falar com você – ela apontou para o andar de baixo.

– Certo – ele voltou, colocou uma blusa e saiu do quarto, fechando a porta.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Acho desnecessário ficar mendigando o retorno de vocês. Quem se sentir à vontade pra deixar uma review, recomendar, favoritar, etc, que o faça, ficarei muito agradecido. Quanto ao resto, obrigado por estarem lendo minha fic. A propósito, essa semana fiz minha primeira tattoo! Fiz o símbolo das Relíquias da Morte *-* Querem ver? http://instagram.com/p/dC93jmKcsr/Beijos pra quem é de beijos, abraços pra quem é de abraços! ♥



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