A aposta. escrita por Holden


Capítulo 12
Segunda-feira improvável.


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeei o/////////////// Demorei muito? Desculpem, de verdade :c Estou adorando os reviews de vcs suas lindas, é simplesmente maravilhoso sentir que minha fic está pelo menos, um tanto agradável de se ler. A maioria de meus romances são falhos e já exclui milhares. Graças a vocês esse e Lembrança (que eu faço com a Luana) estão a salvos ♥








Deixem reviews ♥



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  Literalmente: Minha vida é uma merda.

  Eu já disse isso? Ah sei lá, mas é mesmo. Já nem me surpreendo mais.

  Estávamos os quatro na delegacia (sim, delegacia), todos sujos de sorvetes e chopp. Jeremy e Henri piores ainda, pois estavam com marcas roxas por todo o corpo. E a Leni... Bem, ela não estava com a cara mais agradável de todas para mim, então achei melhor deixá-la quieta.


  Flashback? ON

  Selei meus lábios nos dele rapidamente, procurando um espaço naquela boca carnuda e rosada (que deus me perdoe novamente, mas que estava deliciosa) enquanto o mesmo tentava relutar um pouco, mas depois, acho que entendeu o plano ou só quis abusar da situação mesmo. Agarrou minha cintura com força e roçou mais ainda seus lábios nos meus com voracidade. Se eu fosse uma manteiga, já estaria derretida (ok, isso foi horrível) Além do mais, atraímos todas as atenções do estabelecimento. É, retiro o que disse sobre dia calmo.

  Mas então algo inusitado aconteceu. Jeremy, meu carma, por alguma razão enfurecida do destino empurrou o hippie para longe de mim e os dois começaram uma briga sem sentido algum. Até que ele era bom, confesso, mas Henri não ficava para trás. Aliás, até que era meio sexy ver dois homens gostosos brigando. Acho que meu modo tarado está ativado. Na boa, o que eu estava pensando? Nós precisávamos separar aqueles dois idiotas antes que se matassem.

- O que estão fazendo? Parem!!- gritei desesperada.

  Nada aconteceu, eles apenas continuavam se matando. Pedi ajuda para alguns homens do estabelecimento, e sabe o que eles fizeram? Ligaram para a polícia. Isso mesmo, só. Depois não moveram mais nenhum músculo. Soltei um palavrão e o dedo médio para tais e corri até a garota loira.

- Precisamos fazer alguma coisa Leni, eu...

- Jane.- me interrompeu.- Tenho uma coisa pra você.

- Hã?- assustei-me.

  Foi nesse momento que ela puxou meu Milk-shake de uva com maracujá, tirou a tampa e jogou todo o líquido sobre minha cabeça. Sim, isso mesmo. Estavam todos loucos!

- Ficou maluca?!- gritei enquanto tirava o excesso do sorvete com desespero de meus fios castanhos.

- Isso é por deixar meu namorado brigar por você, sua vadia!

  Vadia? Jeremy brigar por mim? Vocês viram, foi ela que pediu.

  Peguei o resto do chopp de Henri e sem pestanejar, joguei o copo todo em sua direção. Ela gritou de raiva enquanto esfregava os olhos, pois uma parte da bebida havia acertado seu rosto. Fitamo-nos com raiva e logo uma partiu para cima da outra. A menina puxava meus cabelos com força.- o que todos tinham contra meu cabelo?- enquanto eu esmurrava sua barriga. E NINGUÉM ALI FAZIA PORRA NENHUMA!

  A viatura chegou dez minutos depois. Fomos todos algemados e colocados dentro do carro com brutalidade por partes dos policiais. Ninguém ousou a dizer nada, meu sangue fervia e minha cabeça estava explodindo. Assim que chegamos à delegacia, fomos jogados em uma cela apertada. Eu oficialmente fiz algo muito errado no passado.

- Só queria comer alguma coisa.- murmurei calmamente, porém minha voz saiu mais ou menos como a de uma psicopata.- E acabei na cadeia.

- Jane, você me meteu nisso.- o hippie falou após acender seu cigarro e sentar no canto de trás da cela. Peraí? Ele podia fumar aqui?- A culpa foi toda sua.

  Ótimo, não tem nada melhor do que ter Milk-shake atirado no corpo, apanhar da sua melhor amiga, ser colocada em uma viatura, logo mais ser presa, e ainda por cima levar a culpa toda.

- Henri, cala a boca.- foi tudo que consegui indagar antes de me encostar na parede e sentar naquele chão nojento completamente exausta. Encostei minha cabeça na parede imunda e fechei os olhos procurando minha calma interior. Não consegui.

- Fala alguma coisa Jeremy!- Leni exigiu olhando fixamente para o jumento.

  O mesmo apenas suspirou pesadamente e apertou seus dedos contra a cela, como aqueles presos, fortes e negões que gostam de quebrar tudo. Brincadeirinha.

  Isso foi péssimo.

- Nada disso teria acontecido se você não tivesse empurrado o hippie para longe de mim!- acusei-o percebendo que ninguém falaria mais nada.

- E vocês dois ficariam naquele beijo de línguas-loucas na frente da sorveteria inteira?-rosnou virando-se para mim logo em seguida.

- Isso não é da sua conta!- berrei completamente já fora de mim, levantando-me logo em seguida e apontando para sua cara odiosamente perfeita.- Pare de achar que tudo tem que girar ao seu redor seu mauricinho banana!

  Henri levantou-se na mesma hora já se colocando entre nós para evitar uma futura discussão desnecessária. Bufei enquanto rolava os olhos e soltava meu último olhar frio para aquele ser lamentoso. Guiei o hippie para o outro lado da cela (que por sinal era bem pequena) e descansei minha cabeça em seu peito altamente definido, e sexy, e quente, e... Isso não é hora para taradices Jane. Não agora.

   E Leni juntamente de Jeremy ficaram do outro lado.

  Fuzilando-nos com os olhares.

  Foi assustador. Completamente.

- Você está bem?- murmurei fitando o moço de olhos esverdeados que nesse momento passava os dedos finos e grandes sobre a minha juba (cabelo).

- Considerando nossa situação atual... Não.- brincou. Mas nem tanto.- Mas até que é legal ficar aqui. Nunca havia passado por tal experiência.- riu baixinho e eu o acompanhei.

- Ok, eu sou péssima pra isso.- e acenou a cabeça como se estivesse concordando.

  Passamos à tarde naquele inferno astral. A mesma tarde que eu poderia ter usado para dormir, comer ou dormir de novo. Ficamos ali até mais ou menos às sete da noite.

  Os pais de Jeremy foram os primeiros a chegar, pagaram a fiança dele e da minha talvez-ex-amiga, pois acharam que a mesma era sua namorada. Fitaram-nos com desprezo e foram falar com os policiais, enquanto o diabo de olhos azuis não desperdiçou a chance de ficar me encarando com um olhar diabólico, enquanto eu estava presa.

- Uma boa noite com seu namoradinho, Jane.- sorriu vitorioso e saiu.

  Não gritei ou mandei o mesmo para o inferno, estava cansada demais para isso. Horas se passaram e os amigos do hippie finalmente apareceram, pagaram sua fiança e disseram que não pegaram o resto do dinheiro por acharem que Henri estava sozinho.

  Que ótimo.

- Se a garota quiser, nós voltamos para a tenda e pegamos mais dinheiro.- o mais relaxadão do grupo falou enquanto um policial tirava Henri de dentro da cela.

- Ãhn... Não precisa, é claro que meu pai virá daqui a pouco.- tentei esboçar um sorriso.

- Tem certeza?- o moreno desviou o olhar para o meu perguntando-me logo em seguida.

- Oras! É claro! Não se preocupe.- indaguei.- Nos vemos amanhã?

  Ele apenas sorriu e saiu com seus amigos drogadões dali. Que ótimo.

  Encolhi minha cabeça entre minhas pernas e por ali fiquei. Esperando que alguém se lembrasse de vir me tirar dessa merda. Não percebi quantos minutos se passaram, ou sei lá, talvez horas.

- Com licença!- chamei a atenção de um policial que mexia em uma papelada na mesa de algum delegado moribundo.- Que horas são?

- Hum...- despertou-se quando ouviu minha voz e olhou em seu relógio de pulso.- Quase onze e meia da noite.

  Onze e meia da noite??

  É oficial, eu mofaria ali.

- Que ótimo.- bufei enquanto revirava os olhos e me encolhia mais ainda no canto da cela imunda.

  Mais alguns minutos se passam e o corredor é tomado por vozes masculinas animadas.

  Meu Deus, vou ser estuprada por policiais bêbados.

  Levantei-me rapidamente do canto e corri até as barras de ferro da cela. As segurei fortemente esperando alguém surgir e eu... Sei lá. Dar tiros pela boca?

  Mas policiais gordos, rabugentos e escrotos não surgiram. Apenas o... Jeremy? Juntamente de outro policial fardado.

- Jeremy?- acho que mais gritei do que perguntei.

  O garoto apenas me fitou e deu aquele sorriso torto sem-vergonha que eu bem conhecia. Fiquei confusa e meia que desligada. Por que diabos ele estava ali se há poucas horas fora liberado do inferno?

  O policial caminhou até a fechadura, destrancou o local e ajudou-me a sair daquela imundice.

  É brincadeira né?

- O que faz aqui?- rosnei cruzando os braços e esperando uma resposta aplausível.

  Mas espere aí? Eu estava reclamando de que mesmo?

- Quando ajudamos as pessoas, geralmente esperamos agradecimentos.- sussurrou com a voz rouca perto de meu ouvido.

- Pois espere sentado.- retruquei e andei para fora completamente desesperada daquele lugar nojento.

  O demônio seguiu-me, e logo me guiou até seu carro de desculpe-aí-mas-eu-quero-fazer-inveja-pra-você.

- Por que você veio?- disse já me acomodando no banco da frente e sentido a bela textura do banco de couro.

- Nas suas circunstâncias atuais, acho bem improvável alguém querer te ajudar às onze da noite.- jogou em minha cara.

  Calei-me e aconcheguei minha cabeça na janela de vidro já sentindo o sono chegar. Hoje com certeza, foi à pior segunda-feira da minha vida.


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