O Fim Do Mundo escrita por Amgis Carlus


Capítulo 10
Point 10 - Fugindo Do Triãngulo Pra Não Acabar Mal


Notas iniciais do capítulo

E aí pessoal? Eu ia upar a história ontem e quase não upei hoje também. O que tá rolando é o seguinte: A minhas história está igual a estudo: quero fazer mas o facebook, o tumblr, o youtube e outras coisas não deixam kkkkkkkkkk. Então acabo demorando mais. Mas hoje estou aqui, arrumando um tempo e espaço pra postar e vamos lá. Como eu moro no Rio De Janeiro vou usar a cidade como referência.



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Mais um dia começou. Juliane queria fazer algo diferente mas não sabia por onde começar. Estava cansada de ficar presa no mesmo quarteirão vazio. Queria ver o que o mundo tinha. Queira ver as maravilhas que as pessoas deixaram sem saber, para eles aproveitarem com direito a tudo sem nenhuma interrupção. Só que nem todos estavam animados.

– Juliane não estou animado para isso hoje. - Disse Carlos resmungando - Vamos amanhã ou outro dia. Não estou a fim hoje!

– Mas é hoje que vamos! O William já está até pronto! - Insistiu ela sacudindo Carlos

– Vai só com ele então. Me deixa aqui dormindo e ouvindo música. - Resmungou ele voltando para a cama.

Ela ficou com raiva disso mas não insistiu mais. Mas antes dela sair ele disse:

– Amanhã a gente vai pra um lugar maneiro só nós dois.

– Eu quero ir hoje e não só com você. - Disse Juliane

– Então vai ficar querendo. - O tom sarcástico voltou à tona nessa frase.

Ela saiu dessa vez e foi embora com William.

Quando se está a carro não dá pra fazer a volta ao mundo então eles se contentaram com a cidade mesmo. William e Juliane foram ao Cristo Redentor, Pão de Açúcar, correram um atrás do outro no Maracanã e fizeram muitas outras coisas. Quando era de noite por volta das oito horas eles chegaram em casa.

– Foi muito divertido William. Espero que possamos fazer isso mais vezes.

– Eu também. - Respondeu ele animado. - Amanhã a gente se vê. Eu estou cansado e vou dormir. - Ele se despediu e foi em direção a casa dele.

– Ok. Valeu William. - Juliane ao dizer isso fechou ao porta.

Ela foi para a cozinha. Tinha comida pronta e a mesa estava arrumada. Só que não havia ninguém lá. Ela se sentou e começou a comer. Logo em seguida viu um bilhete escrito: "Desculpe, mas estava com fome e sou um pouco impaciente. E é o melhor que sei fazer. Espero que goste." Ela deu um sorriso pequeno e voltou a comer. Depois oi jogar alguns jogos no computador até ficar com sono.

No dia seguinte, Carlos saiu cedo para caçar mais mantimentos enquanto ainda havia e estavam em bom estado. A maioria já não dava mais, mas alguns tinham utilidade. Ele resmungou para se mesmo no mercado "Logo vamos ter que virar fazendeiros...". Ele pegou o que precisava e depois foi para casa. No caminho passou na casa do William.

– E aí cara como foi ontem o passeio com ela? - Carlos começou o assunto.

– Foi bom cara. Não do jeito que eu esperava mas foi legal. - Disse ele. Havia uma pequena frustração em sua voz;

– Como assim? Como você queria que fosse? - Perguntou Carlos normalmente.

– Cara, eu tentei algumas vezes falar de uma maneira diferente com ela para ver se rolava algo, mas nunca tinha uma chance. Ela nunca prestava atenção e quase sempre envolvia você não meio dos assuntos. "Ele estaria se divertindo se estivesse aqui." "Pena que o Carlos não veio". Cara, você não devia fazer o que está fazendo. Porque pelo ao menos não tenta? - William disse com sinceridade

– Porque eu só vejo ela como minha amiga. Cara, eu gostei de muita garota quando o mundo estava normal, mas ela nunca me chamou atenção. E não é porque ela é a última garota do mundo que isso vá mudar. - Respondeu Carlos com uma pequena impaciência que logo seria superada por William.

– Cara, isso já está me dando raiva. Você vivia reclamando que ninguém gostava de você e nunca te dava uma chance. Agora você tem alguém que gosta de você e está jogando fora. Na moral isso não está certo. - Ele realmente estava desgostoso daquilo e já até queria mudar de assunto, mas ainda não conseguia aceitar o que estava acontecendo.

– Olha, já que você está ficando com raiva, vamos até mudar de assunto. - Carlos conhecia bem o amigo e sabia que continuar com aquele assunto não daria certo. Enfim, vou tentar está bem? Se é isso que vai te deixar um pouco mais calmo eu faço. Bom, mudando de assunto, tem entrado em alguma rede social?

– Olha, nem tenho. Não tem nada de novo. Você só posta besteiras, que agora nem tem mais graça, porque são tudo de coisas velhas. E a Juliane nem posta mais.

– Bom, não custa nada entrar de novo. Vamos lá ver o que tem de bom. - Disse Carlos abrindo uma nova aba no computador e fazendo login.

Ele logou e não viu nenhuma nova atualização. Entrou em alguns perfis de alguns conhecidos e nada.

– Entra no da Gaby aí. - Pediu William

– Cara o perfil dela deve estar igual ao dos outros. Não tem nenhuma atualização dela aqui. Eu tinha ela como melhor amiga. - Explicou Carlos

– Mas entra só eu lembrar de como era o rosto dela. - Insistiu William

– Tá bom. - Carlos clicou no perfil dela e entrou. Viu a foto dela e não havia nada de diferente. - Está vendo? Não tem nada novo. - Ele já ia sair quando viu uma postagem que parecia ser antiga mas não era tão antiga assim. Era do dia em que tudo começou. - Cara, eu não acredito...

William já havia saído da sala mas depois de ouvir isso voltou em dois segundos.

– Cara ela está viva - Continuou Carlos. Ou pelo ao menos estava no começo disso tudo. Aqui tem um post dela. "Tem mais alguém vivo aí?" Achei que fosse velha, mas não é tanto assim. É do dia em que tudo começou.

Os dois ficaram em silêncio.

– Cara, vou até lá. - Disse William do nada se levantando. Preciso ter certeza agora. Se ela estiver viva não vou deixá-la sozinha.

– Car,a você está louco? Você nunca viajou para lugar nenhum. Como você vai chegar lá. - Perguntou Carlos preocupado. Ele sabia que se alguém se perdesse , nunca mais iria ser achado. - Se você se perder como vamos te achar?

– Dou meu jeito. E outra, tem carros com gps então eu consigo chegar lá. - Disse ele pegando algumas coisas rapidamente e se arrumando para sair

– Cara, e eu e a Juliane?

– Vocês se entendem. E sinceramente, é melhor eu ficar distante desse amor não correspondido de vocês, porque uma hora nós dois vamos brigar por causa da sua hipocrisia e aí nem amigos mais vamos ser. E cara, a Gaby é insubstituível, você sabe disso. - Explicou ele. Agora William estava na porta. Carlos estava desligando tudo pois sabia que não conseguiria convencer ele a desistir daquilo.

– Tudo bem. Espero que você consiga então. Vamos lá pelo ao menos se despedir da Juliane.

Eles fecharam tudo e foram. Quando Carlos chegou e disse tudo, ela não acreditou.

– Mas então devíamos ir juntos. Sozinho é perigoso. Mesmo com gps e localizador.

– Não! - Exclamou William. - Eu tenho que ir sozinho. É o certo e eu não vou me perder. - Ao dizer isso, abraçou ela rapidamente e depois cumprimentou Carlos e saiu porta afora.

– Você não vai impedir Carlos? - Juliane olhou pra ele indignada.

– Ele já decidiu. Não adianta dizer nada. - Respondeu calmamente.

– Ah e Juliane, não desista ok? - Gritou ele do carro para ela. Ela entendeu um pouco o que era e acenou com a cabeça.

Eles observaram William indo embora em busca do seu destino. Não o veriam por algum tempo. Enquanto isso teriam que voltar a conviver somente os dois novamente

– Sozinhos novamente. - Resmungou Carlos.

– E não é bom? - Perguntou Juliane confusa com a expressão dele.

– Por um lado é... - Ele fez uma pequena pausa. Por outro, era legal poder zoar com alguém... Zoar você sozinho não tem graça. E zoar outras coisas com você também não é a mesma coisa. Você é uma garota.

– Não é por isso que você não possa zoar. E porque você me zoava e me zoaria agora? - Disse ela curiosa querendo saber sobre o que ele falava dela quando ela não estava por perto.

– Não vou te falar nada sobre isso. - Ele tentou demonstrar um pequeno sarcasmo mas não conseguiu.

– Veremos. Uma hora você terá que falar.

Eles entraram. Carlos se sentou um pouco e depois de alguns minutos se levantou e chamou Juliane

– Quer ir a um lugar comigo? É bom que a gente respira um ar puro e pensa melhor.

– Tudo bem. - Ela sorriu ao ouvir aquilo. - Vou me arrumar então me espere.

– Não precisa. Não é nenhum lugar importante e também ninguém vai nos ver mesmo. - Carlos falava de forma simples e a voz dele nem estava tão alta. Geralmente ele falava um pouco alto demais.

Ela concordou e eles foram de carro até o lugar onde ele queria. Eles pararam no meio da Avenida Brasil

– É aqui? - Perguntou ela incrédula. - Realmente não tem nada de legal aqui.

– Ainda. - Ele pegou a mão dela e subiram a passarela. - Vamos, venha comigo.

Ele foram até o centro da passarela. Lá, na parte de fora, digamos assim da passagem, ficava uma placa com um número. Eles estavam na passarela quinze. Ele subiu até o parapeito e se sentou em cima do número.

– Você é louco?

– É legal não? - Perguntou ele com uma voz calma e até um tanto fria. - Dá pra você sentir o ar melhor. Antes eu tinha medo de altura e até botei uma cama elástica lá em baixo para o caso d'eu cair eu não morrer. No mundo normal isso seria impossível, pois pensaria que você quer se matar. Mas aqui, nada nos impede. Vamos então, suba também.

Ela ficou pensativa e depois de hesitar algumas vezes, subiu.

– Ainda estou com medo de cair.

– Você não vai. - Disse ele firmemente pra tentar transmitir alguma confiança e segurança para ela. - Se cair, eu eu te salvo.

– É mas você morreria. - Disse ela assustada com aquilo.

– Pelo ao menos não seria em vão. Seria por uma razão nobre. Pra salvar uma vida. Agora, tente perder o medo e apenas aproveite o vento, o silêncio e respire.

Eles ficaram ali por uma hora mais ou menos. Ele colocou um rádio com música tocando na passarela enquanto isso e ele ficaram ali abraçados curtindo o momento. O momento que infelizmente não durava para sempre...


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Notas finais do capítulo

Não sei explicar muito bem as coisas então deve ter ficado confuso esse negócio da passarela. Enfim, espero que tenham achado legal. Essas experiências aqui são fáceis, mas uma hora não serão tão simples assim rs. Enfim, isso não é suicídio, ok? Só faz o coração bater mais forte. Até mais.



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