Dia-a-dia de pai de família

— Anda logo, amor, as crianças não podem se atrasar!

Aquela frase foi o suficiente para que Natsu Dragneel cuspisse a escova de dentes — nada delicado — na pia, pegasse o primeiro terno que encontrasse, limpo, sujo, passado ou amassado e voasse pelas escadas de sua casa nova até o carro, onde sua esposa e filhos esperava. Lucy Heartfilia ajeitava o bebê da casa em sua respectiva cadeirinha. As duas filhas mais velhas já estavam sentadas no banco traseiro.

Dali a quinze minutos, a aula de Layla, a filha mais velha, começaria, assim como a aula de Nashi. O bebê Igneel iria para a creche às oito e trinta. Eram sete e quinze.

Natsu entrou no carro — e quase vomitou — alguns milésimos depois de Lucy e logo já estavam no caminho da escola secundária Fairy Tail.

O pai deu um tapa na própria testa em exclamação. Os remédios de Luce haviam feito efeito, mas havia outra coisa lhe incomodando.

— Ah, eu me esqueci de tomar café!

Layla suspirou, olhando para a mãe, e fizeram um acordo silencioso. Era sempre assim.

— Tá bom. Vamos parar pra comer no McDonald's.

Nashi ficou toda faceira.

Natsu estava mais ou menos como a filha.

Lucy sorriu. Então era assim a vida de casada. Ter de se atrasar para o trabalho porque o maridão tinha se esquecido de tomar café. Ter de levar as filhas atrasadas para entrarem somente no período seguinte; ter de ouvi-lo roncando durante a noite; e também, ter de medicá-lo sempre com fortes remédios para enjôo toda vez que fossem andar de qualquer veículo mecanizado.

Ser casada não era fácil.

Mas valia a pena.