O Legado escrita por Damon Lawller


Capítulo 1
Capítulo 1 - Diário




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Parte Um - Introdução

                                                                                                                      2014 - 15 de setembro, 2:15 PM.

 O mundo estava parado, todos em suas casas, prestes a testemunhar um dos maiores eventos mundiais - a Copa do Mundo de Futebol FIFA. Enquanto todas as atenções estavam voltadas para o Brasil, um grupo de cientistas no norte da Europa se esforçava ao máximo em um projeto secreto, financiado pela OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) que procurava melhorar as células do corpo humano e criar um exemplo de super soldado. Os testes em humanos já haviam começado e estavam a todo vapor, mas a experiência sempre acabava com a morte das cobaias. As coisas estavam prestes a desabar. Os cientistas aplicaram uma substância através de uma ejeção na terceira cobaia, aguardando um resultado positivo, mas não... Os olhos da cobaia começaram a perder a cor, seu corpo começava a tremer e seus batimentos cardíacos pararam, os cientistas observaram o corpo, admirando mais um fracasso. Eles extraíram o DNA do homem, para iniciar os estudos e descobrir o que tinha acontecido. Mas tudo fugiu do controle. A vítima do experimento fracassado se levantou, soltou alguns ruídos e investiu contra os cientistas. Um deles foi mordido pelo homem, os outros dois conseguiram fugir.

O cientista mordido se levantou depois de um tempo, andou lentamente até a saída de emergência junto ao outro infectado e começou a atacar as pessoas na rua, a propagação da doença havia apenas começado.

   Parte Dois - O diário

                                                                                                                            2015 - Texas, 22 de março, 4,38 PM.

   “Querido Diário,

     Já fazem mais de cinco meses que o inferno começou. Fui ao supermercado hoje na tentativa de encontrar mais suprimentos. Consegui sopa enlatada, alguns vegetais e frutas em conserva. Perdemos a Keyla. Após todos concordarmos em ficar juntos, depois que todos concordaram que sair sozinho seria muito perigosos, depois de tudo isso, ela decidiu procurar sozinha nos fundos. E nenhum de nós percebeu. Nenhum de nós percebeu até que ela começou a gritar.

     Nosso sistema de companheirismo falhou completamente. Dylan correu pela porta da frente e nunca mais olhou para trás. Eu e Bryan soltamos as nossas sacolas e empunhamos os nossos rifles. Quando chegamos lá, já era tarde demais. Nós bloqueamos a porta e pegamos as sacolas que podíamos. Então, tentamos alcançar o Dylan. Ele já estava no esconderijo, o portão de ferro fechado. Se Bryan não tivesse sua própria chave, Dylan teria nos deixado do lado de fora. Eu estava quase sem munição quando o portão se abriu. Tivemos que cortar as mãos dos zumbis para conseguir fechá-lo em seguida. 

     Nunca é fácil enfrentar alguém quando todas as pessoas têm armas. Matthew não iria recuar. Ele estava certo de correr, ele disse. Estava certo em sair daquele inferno. 

     Bryan tentou dizer a ele que Keyla era sua amiga e que a culpa por tudo que aconteceu era de Dylan. Ele não ouviu e no final, decidiu que seria melhor ir embora sozinho. Concordamos que ele poderia levar tudo o que pudesse carregar, e o deixar ir. Saiu pelo teto e correu pelos telhados em direção à borda da cidade. 

     Isso nos deixa em sete. Somente três de nós podem ir ao armazém. Dimmy e Ronald são muito velhos, Robert é jovem demais e Roger é um obeso, açougueiro que cuidava da alimentação do grupo. Nenhum de nós sabe o que fazer. Não podemos, sequer, chegar à biblioteca para pegar um livro. 

     Meu dia se arrasta. Como pêssegos enlatados e olho pela janela o portão de ferro que mantém os zumbis fora do alcance do vidro.

   Felizmente, o esconderijo é uma antiga loja de armas e tem seus vidros à prova de balas, então mesmo que passem pelo portão, os vidros nos darão tempo para subir no telhado. Termino meus pêssegos e olho para os rostos lá fora. Eles nem são mais humanos. Nem ao menos sei por que sou tão compelido a observá-los, talvez esteja procurando a minha mãe e o meu pai. Talvez esteja procurando Camille. Ainda não os vi. Cinco meses se passaram e ainda não vi ninguém que eu conheça. Acabou o dia. Tentarei dormir. O lugar onde vejo as pessoas que conheço. E os vejo morrer novamente e de novo e de novo. Boa noite, diário. Mais um dia sob controle. Por hoje é isso.

Parte 3 – Atualmente...

                                                                                                                         2016 – Colorado, 3 de junho, 8:12 AM

Já faz quase dois anos desde o inicio da infecção, muitos já perderam a esperança, outros até optaram pelo suicido. Os arredores de Denver, assim como a cidade capital do estado do Colorado estão infestadas de zumbis, e existem boatos entre os sobreviventes que algumas espécies de zumbis muito mais fortes que o normal foi criado na cidade por um cientista desconhecido, e podem ser vistas normalmente andando pelo centro da cidade.

 No inicio da infecção, o governo mandou um grupo de militares altamente capacitados para conter os infectados, mas a maioria deles morreu, e os que sobraram conseguiram dominar uma mansão abandonada e fizeram dela um forte para abrigar os sobreviventes que restam na região.

Por mais capacitado que os líderes desse grupo sejam, é complicado manter os sobreviventes unidos e ao mesmo tempo cuidar da infestação de zumbis que a cada dia parece que está pior. Denver tem muitos suprimentos, equipamentos e armas, mas não é nada fácil entrar e sair da cidade com vida, não apenas pelos zumbis, mas também por sobreviventes exilados que podem ou não causar problemas. Não existem muitas opções, as esperanças diminuem a cada dia, só existe uma alternativa: sobreviver.


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