A Filha De Héstia escrita por Mrs Isa


Capítulo 6
A Missão Começa


Notas iniciais do capítulo

Hey! Eu sinto muito pelas mudanças(título e sinopse) mas é que a fic não estava muito compatível com esses, então eu mudei... Espero não ter perdido leitores... :)



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Eu, Joe, Milena e Fernanda, estávamos esperando Quíron nos dar as últimas recomendações para irmos para a missão, seria a nossa primeira missão.

Primeiro vou explicar porque escolhi essa três amigas minhas, e porque nessa lista não está nenhum sátiro. Não chamei nenhum sátiro, nem mesmo Deni, pois não vi motivo, porque chamar um, se você não irá precisar dele MESMO? Bom, estava sendo meio arrogante, mas era assim que eu queria que fosse.

Escolhi Joe para me acompanhar, porque, mesmo que ela seja filha do deus da guerra, e tivesse um pouco das atitudes dele, ela tinha um jeito fiel, uma forma de levar as coisas adiante com uma força diferente. Era uma pessoa meio esquentadinha, mas que  era legal.

Fernanda também estava na minha lista, pois como ela era diferente de todas as pessoas que eu já conheci, ela me fazia rir nos momentos mais estranhos possíveis, como aquele dia que ela aprontou depois da festa(coitado do irmão dela, que teve de cuidar dela hahaha!)... Ela tinha aquele jeito meio de tédio, mas sabia fazer piada e rir.

A outra escolhida foi Milena, a doce e bela menina. Sempre feliz, nem tanto, mas estava sendo querendo bem, ou não... Gostava do jeito como ela pedia atenciosamente, com doçura e tudo, para nos ajudar ou então para que nós fossemos ajuda-la.

Não sabia ao certo porque havia escolhido justo as três. Quatro personalidades diferentes em uma só missão... Não sabia se ia dar muito certo, mas era o que eu escolhi.

-E não se esqueçam. Nunca abram a caixa, eles estarão de olho!

-Tudo bem, Quíron! Não esqueceremos.

-É isso mesmo!

-OK! Pode ser.

-Mais alguma coisa que deveríamos saber?

-Não. Somente tomem cuidado! E não se esqueçam de...

-NUNCA OLHAR PARA O CONTEÚDO DA CAIXA!- Nós quatro falamos ao mesmo tempo.

-Nós já sabemos! - falei rindo.

-É... - Milena falou sorrindo.

-Ok! - Joe forçou um sorriso grande.

-Ok! Isso está tedioso! A mesma coisa toda hora... Vamos logo!- impaciência genética de uma filha de Dionísio... Não era tão comum nela, mas as vezes vencia a alegria repentina dela...

-Podem ir. Já roubei muito do tempo de vocês! Boa sorte!

Foi ai que eu percebi que de repente, um dia depois de eu receber a Profecia, ela estava se realizando, como é mesmo que a figura de meu pai falou?

Ah: "Você e mais três meio-sangues embarcarão em uma missão..."

E assim ocorreu.

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-OK! Estamos aqui, agora precisamos pegar esse trem...

Nós quatro estávamos em um trem indo para sei lá onde, onde encontraríamos uma forma de entrar na tal floresta da tentação. Milena estava com o mapa e tentava achar uma forma de chegarmos mais rápido pelas linhas de trem ou de metrô.

-Não! Vai demorar muito. Olhe aqui, tem umas 16 paradas antes. - Joe reclamou.

-Ai! Eu acho que nós devemos seguir por aqui, é rápido e dá só um dia de caminhada. - Fernanda falou.

-Caminhada? Um dia de caminhada? Você está louca?

-Eu acho boa a ideia de irmos por esse caminho, mas seria melhor se fossemos de carona... - interferi na discussão que ia começar. - Que tal pedirmos um carro emprestado?

Elas me olharam de uma forma estranha e depois explodiram em risadas. Fiz papel de boba, pois só depois fui me lembrar que naquela região não morava praticamente ninguém que tivesse um carro, região rural.

-Lira, você está brincando né? - Fernanda ria com as mãos na barriga.

-Ok! Eu tinha esquecido desse ponto, então podemos pegar algum outro meio de transporte!

-Trator? Nem pensar que entro numa daquelas coisas! - Milena reclamou.

-Não! Eu acho que sei no que você está pensando... - Joe me olhou com as sobrancelhas erguidas.

Fiz que sim.

-Cavalos! Montaria equestre. - falei.

-Oh! Se fosse assim, acho que até o Quíron serviria! - Fernanda resmungou.

-Bom! Se só temos essa opção, vamos lá então. - Milena fitava a paisagem silenciosamente agora.

-Ei! Vejam. Chegamos! - falei com um falso entusiasmo.

Descemos do trem. Perguntamos a um funcionário da estação se existia um lugar para alugarmos uma montaria. Enquanto Milena e Fernanda discutiam sobre onde nós estávamos no mapa, Joe me perguntou.

-Não acha esquisito, que nem um monstro nos atacou até agora, foguinho? - ela inventara aquele apelido no trem, não sei desde quando ela se segurava para não inventar um.

-Verdade! - comentei. O pior era que ela estava certa... - Eu esperava que no mínimo uma fu... Benevolente apareceria.

Milena e Fernanda já estavam gritando uma com a outra.

-Pelos deuses! Elas não conseguem conversar sem discutir. - eu ri.

Joe se aproximou delas.

-Ei! Será que a 'princesinha' e a 'bêbada' não podem parar de brigar um minuto? - ela riu, não separou as duas.

-Eu não sou bêbada! -  gritou Fernanda.

-Ah! Não? Então porque que me contaram que depois da festinha no chalé de Afrodite você bebeu não sei quantos litros de vinho?

Fernanda me fitou com um olhar de matar.

-Eu juro que não contei a ninguém.

Fernanda suspirou.

-Ok! EU assumo que tomei uma garrafa inteira...

Resolvi que já estava na hora de encerrar a conversa e irmos procurar um lugar para acharmos uma montaria.

-Bom! Resolvido o problema, vamos logo, antes que anoiteça!- fui empurrando as três para fora da estação.

Milena olhou o mapa novamente.

-Segundo o senhor que trabalha ali, deveremos procurar os cavalos no sítio dos Químeron. Esquisito como o nome me lembra alguma coisa.

Engoli em seco, eu sabia de onde ela se lembrou, Joe e Fernanda também pareciam saber, porque ficaram caladas até chegarmos nos portões da fazenda.

-Ei! Ora, ora! Visitas. O que vieram fazer aqui, mocinhas? - um homem que estava no portão nos recebeu com um leve sotaque regional.

-Nós procuramos cavalos para alugar!

-Ah! Mas vieram no lugar certo, entrem, vou mostrar o celeiro pra 'ocês'. - o homem abriu o portão e entramos.

Nós seguimos ele até um celeiro de madeira bruta.

-Aqui estão os cavalos, podem escolher.

-Quanto sairia quatro montarias? - Milena perguntou docemente.

-Faço de graça, se me ajudarem numa coisa.

-No quê? - Joe falou grossa.

-Minhas pobres uvas estão murchando e morrendo, preciso de ajuda para irrigar, já que o meu irrigador automático estragou.

Nós olhamos para Fernanda, que bufou.

-NÓS podemos ajuda-lo, mas só se nos dar esses cavalos. - Fernanda falou erguendo uma sobrancelha.

O homem pensou. Parecia que era uma escolha difícil: Os cavalos treinados e bem tratados ou uma colheita farta de uvas. Depois de alguns minutos ele pareceu ter encontrado a solução.

-Eu dô os cavalos, se me ajudarem na plantação e a descobrir que bicho está matando minhas 'galinhas'!

Nós nos olhamos e concordamos em ajudar o homem.

-Então está feito, venham vou mostrar pra ocês onde 'está minhas parreira'.- nós o seguimos até uma plantação enorme de uvas.

As plantas estavam morrendo e secavam ao sol escaldante. Mas reagiram de forma diferente quando Fernanda, como filha do deus do vinho, Dionísio, começou a andar no meio delas, o homem ficou fascinado com o dom da garota. Claro que ela fingia molhar as plantas com um regador cheio de água.

-Vixi! Essa água é milagrosa! - o homem arregalava os olhos ao ver como as plantas reagiam "com a água".

Nós quatro rimos da reação dele e como ele entendia que era a água que fazia as plantas crescerem. Fomos andando até Fernanda terminar de ressucitar metade da plantação, a essa hora já era noite.

-I! Já e tarde, mas se quiserem podem  durmi aqui em casa!

-Não! - dissemos em coro.

-Preferimos terminar o que começamos, vamos tentar achar o que está matando suas galinhas! - Fernanda falou por nós.

O homem agora estava parado, seus olhos arregalados, e a boca aberta sem voz, apontava para uma coisa atrás de nós. Nós nos viramos devagar. Um leão enorme com uma cauda de serpente, com pernas e patas enormes e musculosas, bufava atrás de nós, e nos fitava com seus olhos vermelhos.

-A QUIMERA! - Nós gritamos ao mesmo tempo.

O homem saíra correndo, depois de sair do transe de susto.

*POV NARRADOR

Lira tirou o anel e apertou a pedra, imediatamente ela estava com uma espada nas mãos. Joe pegou um pequeno bastão e apertou um botão vermelho no centro, o bastão cresceu assustadoramente nas suas mãos, na ponta uma forte onda elétrica estalava, um bastão elétrico! Fernanda também participou do grupo com as armas, retirou o grampo roxo do cabelo, fazendo com que sua franja volumosa caísse sobre os olhos, ela girou o grampo nos dedos e sorriu, o objeto metálico se dividiu em dois, uma parte permaneceu nas mãos da semideusa a outra começou a cair no chão. Por reflexo, antes de metade do grampo cair no solo, ela se abaixou, com um joelho no chão e o outro flexionado, com a outra mão ela pegou a metade do grampo, e de repente ela empunhava duas adagas médias afiadas e prateadas. Milena teve sua parte de ação também, com seu sorriso contagiante, ela tirou do bolso um espelho pequeno prateado, ela jogou ele para cima e ele explodiu em poeira dourada, e nas mãos dela caiu uma espada de bronze. As quatro armadas, Lira e Milena com suas espadas, Joe com seu bastão de choque e Fernanda com suas adagas, rodearam a Quimera. A serpente-cauda sibilou serpenteando suspensa, e tentou atacar Joe. A garota pulou para trás e na hora que a serpente abriu a boca ela encostou rapidamente sua lança e tirou no mesmo momento, uma onda elétrica percorreu o corpo do monstro, agora o leão que tentava atacar as duas espadachins se virou para a filha de Ares. Joe sorriu, se divertindo.

Milena aproveitou enquanto o leão estava de costas para elas e combinou um ataque com Lira. Quando a serpente se virou para atacar Joe, as duas cortaram a serpente do corpo da besta que urrou, se virando para as garotas. Fernanda fez com que ramos dos parreirais segurassem a cauda mutilada da Quimera, que urrou novamente se preparando para avançar, com seus dentes pontiagudos ,sobre as duas que haviam mutilado sua cauda.

-Estranho o fato de que nós acabamos de mutilar a cauda da Quimera e ela não explodiu em cinzas! - Lira falou com a espada a frente.

-Sim! Isso é estranho! - Fernanda confirmou enquanto pulava sobre o enorme leão.

-Fernanda! O que você está fazendo? - perguntou Joe enquanto dava diversos choques elétricos no monstro.

-Isso! - ela se pendurou de ponta cabeça com as pernas presas no tronco da Quimera.

-Não de uma de acrobata agora! Você vai cair!-Fernanda repreendeu-a.

-Não vou. - e de fato suas pernas estavam presas por um emaranhado de galhos de parreiras, como um gancho e parecia que não iam ceder.

Fernanda estava de ponta cabeça, sob o monstro, ela habilmente girou uma das grandes adagas nos dedos e cravou no peito peludo da besta que novamente urrou e explodiu em poeira. Ela caiu no chão debruças com os pés amarrados, as adagas caíram fincadas no chão, perto dela.

-Bem feito! A uvinha caiu! Ninguém mandou dar uma de macaco... - Joe zombou.

-Pelo menos eu matei a Quimera, diferente de você que só deu um choque na serpente! - Fernanda desamarrou os pés e pegou suas adagas as transformando novamente no grampo.

-Ham! - Joe se virou e apertou o botão que diminuía a lança e desligava a bizarra eletricidade.

-Não briguem, por favor! - Lira também destransformou sua espada para o anel.

-Sério, Lira. Não tem como alguém conseguir brigar de verdade perto de você! - Milena riu e jogou a espada para cima e pegou o espelho novamente, ajeitando o cabelo.

Lira deu de ombros, e elas foram pegar os cavalos. Deram adeus para o fazendeiro assustado e foram procurar o caminho da tal floresta.

*POV Lira

-...então nós dobramos na próxima direita e seguimos... - Milena ainda estava com o mapa em mãos.

-Mas dobrar aonde? Não tem nenhuma curva aqui! Pelos deuses, você tem certeza que não está perdida? - Fernanda começou a se estressar.

-Não estou perdida! Por Afrodite! Eu juro que esse mapa, que Quíron me deu, diz que é para virar a esquerda nesse ponto do caminho...

Paramos, desci do cavalo para olhar pelas margens da estrada de terra. Estranhei uma falha na grama alta no lado direito.

-Ei! Meninas vejam isso aqui! - chamei elas.

-Uma curva! - Milena explodiu de orgulho. - eu sabia que não estava perdida!

-Agora a princesinha, começou a se gabar! - Joe revirou os olhos.

Fitei as duas repreendendo-as.

-Digamos. Que não é uma boa hora de discussões!

-Sim, senhorita conciliadora! - Joe mudava de comportamento a cada vez que chegávamos mais perto da floresta da tentação.

Floresta da Tentação... Mudança de comportamento... Discussões... O que que o Oráculo tinha dito mesmo? Perdem-se na mata escura e caem na tentação... Agora tudo começava a fazer sentido...

Engoli em seco, torcendo para que minhas conclusões não estivessem certas. Seguimos pelo caminho, deixando os cavalos soltos, ninguém mais precisava deles, e de qualquer jeito eles eram treinados e voltariam para a fazenda. A mata começou a surgir, e logo nós entrávamos na floresta escura. Estremeci com a lembrança do Oráculo. Começava a compreender porque a Floresta tinha aquele nome.

Joe pisou em um galho e pulei de susto.

-Nossa! Ficou medrosa! - Joe zombou.

Fingi que não tinha ouvido e continuamos, mas paralisei junto com as meninas quando um barulho vindo de trás de uma árvore, um ruído alto seguido de um ronco amedrontador...


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Notas finais do capítulo

E ai?! Merece comentários? Diz que sim, diz que sim!



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