What I Did For Love escrita por WaalPomps


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Bom, mesmo eu tendo postado ontem, eu sei que a Lau está tristinha hoje. Então, estou postando esse capítulo com Finchel para alegrá-la *---*



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_ Eu tenho mesmo que ficar nesse jantar? – perguntou Rachel, extremamente mal humorada.

_ E aonde mais você iria, em uma quinta-feira a noite, sendo que a senhorita tem aula amanhã? – perguntou Puck, enquanto ajudava Quinn com o jantar.

_ Eu vou estudar na casa da Tina. – tentou a baixinha e Santana riu.

_ Desiste hobbit. Puck sabe que ela está com o Mike, os dois estudam juntos. – Rachel bufou, e os três riram.

_ Qual é Rach, é o Finn que tá vindo jantar. – tentou Puck – Você sempre gostou do Finn.

_ Eu tinha 13 anos na época Puck, eu gostava de todo mundo. – ela resmungou, chamando o irmão pelo apelido.

_ Você ainda gosta de todo mundo. – provocou Santana, fazendo a baixinha fuzilá-la – Que foi? Você é ridiculamente sociável Rachel, já te disse isso.

Rachel ia tentar protestar de novo, porém Puck a cortou.

_ Você vai ficar Rachel, e não se fala mais nisso. – ela bufou indignada, saindo da sala com passos pesados. O rapaz suspirou, voltando a cortar as cenouras – Eu jurava que ela tinha superado essa paixonite.

_ Ela é afim do Finn? – perguntou Quinn, sem conseguir esconder o riso.

_ Ela era louca por ele. – contou Santana – Ele estava sempre em casa, ajudando o Noah, e ela via nele um anjo ou sei lá o que. E ele dava atenção para ela, que era algo que ela precisava muito. Antes que alguém imaginasse, ela estava desenhando corações por todos os cadernos e escrevendo “Sra. Hudson”. Foi bem engraçado.

_ E pela maneira que ela está agindo, ela ainda não o perdoou por ter ido embora para Nova York. – explicou Puck – Ela ficou bem nervosa quando ele foi, a ponto de gritar e bater nele. Ela se trancou no quarto por uma semana e se recusou a responder as ligações dele. Ele cuidava dele assim como eu, e ficou bem chateado.

_ Se é que minha opinião vale de algo, acho que é o fato de o Puck gostar da Rachel como ele gosta, que impede o Finn de mostrar como ele gosta da baixinha. – sussurrou Santana, quando o irmão saiu da cozinha. Quinn arregalou os olhos, e a latina riu – Você vai ver. Não duvido que agora que a Rachel já tem mais idade, Finn não tente algo com ela e...

_ Tentar algo com quem? – perguntou Puck, voltando para a cozinha.

_ Britt. – mentiu Santana, fazendo Quinn ter de segurar o riso da cara do namorado – Qual é, eu via como ele secava a bunda dela quando estávamos aqui em casa. Na verdade, me pergunto se eles não se encontraram em Nova York, por algum motivo. Seria legal ter notícias dela... Ela tem ignorado minhas ligações e mensagens. Isso porque ela disse que seríamos amigas.

Quinn observou o namorado ficar tenso, desviando os olhos da irmã, mas decidiu não perguntar nada. Até porque, a campainha tocou e Puck correu atender.

_ Hey bro. – alguém disse com uma voz grossa e rouca, e Puck riu, enquanto dois corpos se chocavam.

_ Você cresceu mais cara? – perguntou o rapaz, enquanto Quinn e Santana iam para a sala. Na porta, estava um homem de 1,90, pelo menos – Juro que daqui a pouco não vai mais passar pela porta.

_ Se ele for tão grande assim nos demais dotes, pode continuar crescendo. – Santana alfinetou, fazendo o irmão revirar os olhos. Finn apenas riu, abrindo os braços para a latina, que o abraçou – Bom ver você Franketeen.

_ Você também Satã. – ele cumprimentou, voltando-se para Quinn – E você, é claro, é Quinn Fabray. Me lembro de você na escola, e bom, o bobo aqui – apontou Puck – não falou de outra coisa nas últimas semanas.

_ Vá caçar alguém para comer Hudson. – rosnou Puck, enquanto todos riam.

_ E a Rachel? – perguntou o mais alto, tentando conter a ansiedade. Quinn e Santana se entreolharam, com um sorriso cúmplice, enquanto Puck ria.

_ Lá em cima, emburrada. – Finn suspirou – É grandão, vai ter que dar seu jeito. Quando é comigo eu me viro, você vai ter que se virar.

_ Vou lá falar com ela. E deixar minha mala no seu quarto. – Finn começou a subir as escadas – Seu quarto ainda é seu, certo?

_ Claro seu tonto. Mas você vai ficar no escritório, e a Quinn no quarto, comigo. – Finn lançou um olhar malicioso para o amigo, enquanto Quinn corava – Cara, sério, arranja algum lugar para enfiar esse pinto e me deixa em paz.

_ Se eu enfiasse onde eu quero, você não me deixaria em paz... Ou vivo. – suspirou Finn, subindo as escadas. Deixou a bolsa no escritório, ouvindo música alta vindo do quarto de Rachel. Sorriu de lado, enquanto caminhava até a porta branca cheia de adesivos.

Bateu uma vez, não obtendo resposta. Tornou a bater, ainda sendo ignorado. Na terceira, forçou a maçaneta, a encontrando aberta, e abriu a porta. E qual não foi sua surpresa ao encontrar Rachel apenas nas peças intimas.

_ Finn. – a morena guinchou, enquanto puxava um lençol. Finn tentou fechar a porta, mas acabou acertando a própria testa, e gemendo de dor – Ai meu Deus.

Rachel correu, ainda enrolada no lençol, e fechou a porta. Guiou o rapaz até sua cama, parando em frente a ele e olhando sua testa. Finn piscou alguma vez, até focalizar o que tinha a sua frente.

_ Er... Você cresceu Rachel. – ele comentou, tentando desviar os olhos. Ela corou, correndo para o guarda-roupa e colocando um vestido qualquer. Ele pegou um dos travesseiros da cama e o colocou no colo.

_ Porque não bateu? – perguntou Rachel, voltando até Finn. Ela parou a sua frente novamente, tomando cuidado de se abaixar para ficar com o rosto na altura do dele.

_ Eu bati, três vezes. – ele defendeu-se – Achei que você não estava abrindo por birra e...

_ Ah sim, até porque, eu sou uma criança birrada de 13 anos. – ela resmungou.

_ Está agindo como uma de 15. – ele riu, e ela revirou os olhos, se afastando – Rachel, por favor, já conversamos sobre isso... Você é...

_ Eu sou muito nova, sou irmã do seu melhor amigo e mais um monte de baboseiras. – ela citou o que ele havia dito, um ano e meio antes, quando fora para Nova York. A verdade é que Finn não havia partido apenas para estudar, ele poderia ter feito isso ali mesmo, em Ohio.

_ Rachel, eu tenho 20 anos. Você acabou de fazer 15. Você nunca beijou ninguém. Ou pelo menos não havia, quando eu parti. – ela mordeu o lábio inferior e ele suspirou, tentando ignorar o ciúme – Eu não quero que você pule nenhuma fase, mas também não posso ficar me prendendo em fases que já passei. Além do que, Puck me mataria se eu tentasse qualquer coisa com você.

_ Então me diz, olhando para minha cara e sem se esconder com um travesseiro, que você não me quer, não me deseja? – pediu Rachel, com os olhos cheios de lágrimas – Me diz e seja sincero, e eu nunca mais tento nada.

_ Rachel, eu... – foram interrompidos por uma batida na porta, e Santana enfiou a cabeça, com a mão nos olhos.

_ Posso abrir ou tem alguma visão inapropriada? – perguntou ela, fazendo Rachel bufar – Pelo descontentamento da anã, óbvio que não. Enfim, Puck está chamando vocês para o jantar.

Rachel deu as costas à Finn, caminhando para a porta e saindo sem falar nada. Santana encarou o amigo, que apenas suspirou, enquanto se levantava e a abraçava pelos ombros.

_ E ai... Viu a Britt em Nova York? – perguntou ela, e o rapaz ficou tenso – O que foi?

_ Nada. – ele respondeu, dando de ombros – Hã... Não, não vi. Como você sabe, Nova York é bem maior que Ohio, então é meio difícil ver qualquer um lá.

_ Ah sim... – concordou Santana, ainda desconfiada.

Durante o jantar, o clima ficou estranho. Rachel ignorava Finn, que fugia da baixinha. Santana alfinetava Finn e Puck, que pareciam esconder algo. E Quinn tentava manter o clima leve durante o jantar.

_ Muito bem, o que vocês dois estão escondendo?- perguntou Santana, jogando os talheres no prato. Finn e Puck se entreolharam, e o segundo fez sinal para que o amigo falasse – Finn, o que você aprontou em Nova York? Não me diga que engravidou alguma biscate?

_ O que? – guinchou Rachel, fazendo Finn se desesperar. Ele logo negou, aliviando as duas e Quinn, que começava a entrar em pânico.

_ Eu menti sobre a Britt. – começou Finn – Eu a vi, algumas semanas atrás. Ela me procurou, para contar a verdade sobre a mudança para Nova York.

_ A... Verdade, sobre a mudança? – perguntou Santana, e Finn confirmou – E que verdade seria essa? Quer dizer, ela não foi para a academia de dança e...

_ Sant... – quem interrompeu foi Puck, pegando a mão da irmã. A latina tremia, enquanto Quinn segurava o ombro de Rachel, vendo o quanto a pequena estava assustada – Deixa o Finn falar.

_ A Britt foi para Nova York para fazer um tratamento na Universidade Columbia. – prosseguiu Finn – Você lembra quando ela começou a passar mal, que o médico disse que era anemia?

_ Claro. – a latina concordou – Ela havia melhorado. Porque ela foi tratar a anemia em Nova York?

_ Sant... Ela foi tratar a leucemia, em Nova York. – explicou Puck, fazendo o chão da irmã, sumir. Ela encarou os dois rapazes, que a encaravam com preocupação e pesar, e começou a rir.

_ Boa piada. – ela limpava os olhos, enquanto gargalhava cada vez mais alto. Os dois se entreolharam, enquanto Rachel e Quinn os olhavam em dúvida. Eles apenas concordaram, fazendo as duas começarem a chorar – Adorei a piada. Aposto que é apenas para me assustar. A Britt deve estar lá fora, pronta para uma visita surpresa e...

_ Sant. – quem chamou foi Quinn, segurando a mão da cunhada, que a encarou – Eu acho que eles não estão brincando.

A latina encarou os quatro presentes na mesa, desesperada em busca de qualquer sinal de que aquilo não era verdade. Porém, não encontrou, e logo, as lágrimas eram de dor e tristeza.

Puck se levantou, dando a volta na mesa e abraçando a irmã. Rachel fez o mesmo, aproximando a cadeira da latina, que apenas se deixou abraçar. Finn e Quinn apertaram a mão da amiga, acariciando com carinho, esperando ela se acalmar.

_ E, o tratamento está dando certo? – perguntou Santana, com a voz trêmula. Finn negou com pesar, suspirando.

_ A doença está “estagnada”, ou seja, não piora nem melhora. Mas a condição dela já é delicada, ainda mais com a quimioterapia. – ele relatou com cuidado, temendo as reações de Santana – Ela perdeu os cabelos e não está mais podendo dançar. Na verdade, o que ela mais faz, é ficar com o Lord T vendo TV, ou passando tempo com Sam e...

_ Quem é Sam? – perguntou Santana, arqueando a sobrancelha. Finn hesitou, mas por fim deu de ombros.

_ É um estudante de medicina da Columbia. Está trabalhando no tratamento experimental que Britt está se submetendo. Os dois ficaram bem amigos e tem passado muito tempo juntos. – contou ele, e Santana assentiu.

_ E porque Britt não me contou? De nada disso?- perguntou Santana e todos encararam Finn, que apenas suspirou.

_ Quando ela foi para Nova York, eles tinham esperança que funcionaria, e rápido. Quando as coisas pioraram, Brittany não quis te ligar e explicar pelo telefone, e ela sabia que as coisas aqui estavam corridas, com as notas do Puck e o pai da Quinn. Ela então me procurou, pedindo para eu vir e lhe explicar. Só que depois, ela teve uma piora abrupta, e eu fiquei com ela até ela melhorar. Porém, ela não pode sair de Nova York e, infelizmente, nem receber mais visitas. – Santana murchou ao ouvir isso – Mas vocês podem se falar por telefone, ou pelo Facebook. Ela está louca de saudades, e desesperada para falar com você. Não fique brava com ela. Ela simplesmente te ama demais para querer que você perca sua vida por ela.

_ Estar com ela nunca seria perca de nada na minha vida. – Santana indignou-se, enquanto Rachel erguia os olhos para Finn.

_ Você vê isso com os olhos puros de uma apaixonada. Na prática, é tudo mais difícil. – ele falou para Santana, mas seu olhar era de Rachel – Mas você não pode culpá-la, e nem ela te culpar. Ninguém tem culpa do que faz por amor.


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Notas finais do capítulo

Espero que isso tenha te feito feliz flor, porque escrevi Finchel por você *---*
Beijos gente
@WaalPompeo