What I Did For Love escrita por WaalPomps


Capítulo 48
Capítulo 47




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Charlie chegou ao apartamento dos pais completamente adormecido. Finn fez com que ele tomasse banho e colocasse pijama, já que Rachel seguia quieta e reclusa. Logo o menino dormia novamente e o pai o acomodava em sua cama.

“Boa noite, campeão.” Desejou, lhe dando um beijo rápido na testa.

Foi até a cozinha e fechou a porta da lavanderia; passou pela sala e fez o mesmo com a porta da varanda. Apagou todas as luzes e entrou no quarto, seguindo direto para o banheiro e entrando no chuveiro.

Quando saiu, encontrou Rachel com o notebook aberto, compenetrada.

“Sabia que o colégio primário de Lima está procurando uma professora de teatro?” Ela contou, enquanto o namorado trocava de roupa.

“Sei, eu tenho um colega que dá aula lá e me disse. Por que a pergunta?” Questionou o rapaz, enquanto se vestia.

“Pode ser uma boa opção de emprego para mim.”

“Rachel, você não precisa voltar a trabalhar ainda, você sabe; seu processo de recuperação ainda não terminou completamente.” Finn observou, sentando na beirada da cama.

“Eu sei, mas eu achei uma boa ideia... É só no período da tarde, então posso fazer meus tratamentos pelas manhã; e eles não requerem formação profissional, além de ser um emprego com muitos benefícios.”

“Qual é o lance, Rachel?”

“Eu não vou mais atrás de NYADA, Finn, esse sonho já foi. Eu o perdi com o acidente, mas também perdi a vida do Charlie e tanto tempo com você... E se for para escolher qual dos dois recuperar, eu escolho você e o nosso filho.” Ela segurou as duas mãos dele, sorrindo com os olhos cheios de lágrimas.

“Se fizer isso, Rach, eu quero que faça ciente e de coração, para não se arrepender no futuro.” Pediu ele, apesar de por dentro estar transbordando de felicidade. “Vai ser pior para o Charlie se você...”

“Eu estou certa do que eu quero... Eu quero a nossa família, a que nós sempre sonhamos e eu não pude aproveitar. Dar irmãos para o Charlie, curtir nossos sobrinhos, meus irmãos, curtir você. Escolhas são difíceis sim, mas quando as fazemos do coração, nunca são erradas.” Rachel se ajoelhou em frente à ele. “Eu te amo, Finn.”

“Eu também te amo, minha pequena.” Ele a enlaçou pela cintura, lhe dando um selinho. “E isso me leva a uma pergunta muito importante... Quer casar comigo?”

“Assim, do nada?” Ela perguntou surpresa.

“Do nada? Já tem quase dez anos que começamos a brincar de gato e rato, acho que já passou da hora.” Ele lembrou, enquanto a morena ria. “Mas se quiser, bolo um jantar lindo, a luz de velas e tal, e refaço o pedido.”

“Não, para mim está ótimo.” Ela sorriu, brincando com os cabelos da sua nuca. “Eu aceito, grandão, aceito me casar com você.”

E um beijo selou aquela promessas de que seria um felizes para sempre.

~*~

“Samuel, sua filha não dorme nem por decreto, se vire.” Mandou Santana, entrando no quarto do casal com Brittany.

“Olha o horário, Sant, é óbvio que ela não vai dormir.” Ele riu, encarando o relógio.

Dios mio, pequena assim ela já vai ter horário tarde para dormir? Eu estou exausta.” Reclamou a latina, deixando que o marido ninasse a menina.

“É que nós ficamos correndo com os meninos o dia inteiro, ela só dormiu.” Lembrou o médico, brincando com as mãozinhas da filha. “E então, como é a sensação de ter a Carol de volta?”

“Maravilhosa, mas estranha. O sumiço dela marcou o começo de toda essa loucura, sabe? E agora, tudo voltar ao normal, mas ao mesmo tempo anormal.”

“Amor, isso é bipolar.” Riu o loiro.

“Eu sei, mas é a realidade. É como se ela ainda fosse um bebê que ficava brincando comigo no quintal da Quinn e do Puck, mas ela já é uma criança grande. O tempo passou, mas não o tempo com ela. Então ter ela de volta me deixa confusa.”

“Sobre o que você sente?” A pergunta soou insegura.

“Oun, meu maridinho está inseguro.” Ela zombou, apertando as bochechas dele. “Não, meu bocudo, eu estou muito segura sobre te amar e sobre amar a nossa filha, está bem? É só que ela me lembra muito da Brittany, a Britt original.”

“Eu imagino, minha morena; e eu entendo, porque eu sei que nenhum de nós dois nunca vamos esquecer a Britt, especialmente em assuntos que digam respeito à época em que ela estava conosco.” Ele sorriu, beijando a mão dela. “Só precisamos lembrar que não podemos deixar que isso nos derrube, por essa Britt aqui.”

“Dois amores por uma única pessoa, geraram um amor maior, que gerou o maior presente do mundo.” A morena poetizou, fazendo o sorriso do boca de truta se alargar.

“Deita aqui, amor.” Ele pediu, indicando o lado oposto da cama.

Ela se acomodou onde ele pediu, vendo o marido acomodar a filha do casal entre ambos.

“Britt, o papai e a mamãe vão contar uma história para você dormir, está bem? É sobre uma unicórnia muito especial, de quem você herdou esse nome tão lindo que você tem.” Avisou o homem, vendo a esposa sorrir. “Você começa, Sant?”

A latina assentiu, começando a contar sobre o dia em que havia conhecido Britt. Logo, a pequena dormia, mas nenhum dos dois parou com a história, envoltos nas lembranças pela primeira vez sem dor.

~*~

Na casa dos Puckerman, Caleb apagou direto, exausto pela correria e brincadeira do dia inteiro. Quinn não conseguiu acordá-lo sequer para tomar banho, apenas colocou o pijama e o deitou no berço, ligando o climatizador para refrescar o local do calor intenso do lado externo.

“O que vocês estão fazendo?” Perguntou parando no corredor, observando Puck marcar a porta de Carol com sua altura.

“Papai disse que precisamos começar a refazer as memórias que perdemos.” Explicou a menininha, o observando anotar a data. “Na porta do meu antigo quarto tinha o meu crescimento, nesse vai ter também.”

“E a fita métrica?”

“Eu fotografei as medidas que tínhamos lá na casa, e agora vou recolocá-las.” Ele explicou, enquanto marcava as medidas. “Caramba, você era bem baixinha quando tinha três anos.”

“Claro, né papai, eu tinha três anos.” Ela riu, correndo até sua cama. “Vai recolocar a medida do Sr. Bigodes também?”

“Claro, você fazia eu medir esse coelho de pelúcia todas às vezes, quem sabe agora desiste disso.” Brincou o mecânico, anotando o nome do bichinho e a altura de 22cm.

“Muito bem, amanhã continuamos com a criação de memórias e medimos todos os ursinhos, se você quiser. Mas agora, já para a cama, mocinha.” Mandou Quinn, indo ajustar o climatizador do quarto da filha.

“Quer ouvir uma história, princesa?” Perguntou o pai, a ajeitando na cama.

“Você contava uma do gato xadrez.” Lembrou a menina, recebendo uma afirmação. “Vocês dois.”

“Seu pai viu uma vez em um seriado da TV e ficou com essa mania.” Quinn ocupou o lado oposto da cama. “Amor, você começa?”

“Era uma vez um gato xadrez.”

“E pode parecer que ele era chinês.”

“Mas ele era francês.”

“E falava holandês.” Carol começou a rir em voz baixa. “É pra dormir, mocinha.”

“Ele gostava de jogar xadrez.”

“E de uísque escocês.”

“Quinn, vai falar de uísque para a menina, pelo amor de Deus?” Horrorizou-se Puck.

“Não lembro mais nada com es, dá um tempo.” Reclamou ela, bufando.

“Tudo bem, mamãe, podem ir dormir. Eu leio a história da Cinderela até dormir.” Carol avisou, pegando o livrinho ao lado da cama.

“Valeu, pequena.” Puck beijou a testa da filha. “Boa noite.”

“Boa noite, papai. Boa noite, mamãe.” Ela recebeu os beijos dos dois, começando a ler o livrinho enquanto os dois saiam do quarto.

Já no próprio quarto, Puck agarrou Quinn pela cintura, fazendo-a gargalhar enquanto caiam na cama.

“E então, que tal aproveitar a noite?” Propôs ele.

“Nossa filha está acordada no quarto ao lado, Nyah, acho que não é hora de fazer sacanagem.” Observou a loira, lhe dando um selinho.

“Esqueci que ela tem sono leve.” Ele gemeu desgostoso.

“Nem ouse falar que preferia quando ela não estava aqui.”

“De jeito nenhum, minha linda. Eu não poderia estar mais feliz com a volta da nossa princesa.” Ele sorriu, mais feliz do que nunca. “Posso admitir uma coisa?”

“Até duas.”

“Hoje, lá na praça, pela primeira vez eu me senti realmente em paz pelas escolhas que fiz.”

“Como assim.” Ela se sentou, fazendo-o imitá-la.

“Você sabe... Esconder a verdade das meninas, lutar pela Rachel e pela Santana, lutar por você... Não foram escolhas fáceis, e nem sempre eu acreditei que eram as certas. Mas eu fiz todas elas por amor, e hoje posso dizer que estou completamente me paz.”

“Tem uma música sobre isso, sabe? Chama What I Did For Love.”

“E como ela é? Canta para mim, amor.”

Ela começou a cantarolar a música, brincando com os cabelos escuros do marido, que sorria ao ouvir a voz dela.

“We did what we had to do, won't forget, can't regret, what I did for love... What I did for love... What I did for love...” Ela cantou o trecho final da música, olhando nos olhos dele.

“Te amo, Q.”

“Também te amo, Noah... Obrigada por tudo o que fez por nós.” Ela sussurrou, antes de selar seus lábios em mais um dos milhares de beijos que ainda dariam.


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Notas finais do capítulo

SIM, EU SURGI DO QUINTO DOS INFERNOS DEPOIS DE 10 MESES PARA POSTAR O CAPÍTULO FINAL DA FIC, ME AMEM HAHAHAAHAHAHAH
Ooooi gente, tudo bem? Eu sei que sumi, to ciente disso. É que eu criei uma segunda conta e me foquei em fics de Malhação; tipo, foquei muito. Mas agora resolvi terminar todas as minhas fics e escrever muitas oneshots.
Aliás, agora tenho página no face, sabiam? Sim, pro pessoal pedir oneshots, dar ideias de fics, ficar mais perto de mim e tudo o mais. Se quiser e não me odiarem totalmente, curtam lá.
https://www.facebook.com/fanficswaalpomps
Prometo que o epílogo sai antes do final do mês, ok?
AMO VOCÊS, ATÉ MAIS