What I Did For Love escrita por WaalPomps


Capítulo 43
Capítulo 42


Notas iniciais do capítulo

NÃO ME MATEM EU AINDA ESTOU VIVA HUAHUAUHAHAU
Mais ou menos, por que to só o pó... NÃO TÁ SENDO UMA SEMANA/MÊS/ANO FÁCIL.
E além do que, passei mal de chorar com The Quarterback. PASSEI. MAL. DE. CHORAR.
Não foi fácil.
Enfim, vamos ao capítulo néam?



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Havia jurado nunca mais pisar naquele lugar, pelo menos para ver ele. Mas as circunstâncias eram especiais, eram outras. E ele não podia deixar que Rachel e Santana encarassem Nicholas sozinhas.

_ Tem certeza que você está pronta para isso Rach? – perguntou Santana, pegando a mão da irmã. Haviam conseguido enrolá-la por um mês, até que ela estivesse mais forte e conseguindo se locomover melhor, mas assim que isso foi possível, eles decidiram se render a curiosidade e ir ao encontro de Nicholas.

_ Sant, eu preciso descobrir porque ele fez o que ele fez. E descobrir como chegamos a Shelby e encontramos a Carol. – garantiu a judia, dando o braço para Puck. O homem suspirou, dando sinal para que abrissem o portão.

Nicholas estava bem mais acabado do que quatro anos e meio antes, magro e ossudo, com os cabelos inexistentes. Sorriu com escárnio para os três irmãos, e Rachel apertou mais o braço de Puck. Ele indicou que as duas sentassem, e ficou de pé atrás delas.

_ Ora, ora, ora... Então você acordou? – perguntou ele, encarando Rachel.

_ Como você sabe que ela estava em coma? – perguntou Santana, tentando conter a irritação.

_ Não há porque mantermos mais segredos, já que vocês sabem da verdade sobre os Sarfati. – ele sorriu de canto – Shelby esteve aqui, poucos meses depois de você Noah. E ela me contou que a garotinha dela estava em coma, que tristeza.

_ Você sabe onde podemos encontrá-la? – Rachel praticamente rosnou, e isso fez o homem rir.

_ Você parece ela falando assim. E seu rosto lembra muito o de LeRoy... Sabe, seus pais eram caras muito legais, mesmo com todo o lance de ser gay. – Rachel apertou a mão de Santana, tentando conter a raiva.

_ Porque você matou meus pais? – ela perguntou, trêmula.

_ Veja bem garota, eu conheci Hiram quando fui preso e ele me defendeu. Ele achava que eu tinha futuro, aquele idiota. Ele e LeRoy quiseram me ajudar, e me colocaram dentro da casa deles. Sua mãe já estava grávida e acabamos nos envolvendo. Quando você nasceu, seus pais exigiram a parte dela do acordo, e que ela deixasse você com eles. Mas ela não queria, obviamente, porque percebeu que tinha sido uma ideia idiota. E então me pediu para dar cabo nos dois patetas, e levar você para ela.

_ Shelby mandou você matar Hiram e LeRoy? – perguntou Puck, e o homem riu, concordando – E porque você levou Rachel para minha mãe? Porque Shelby não ficou com ela?

_ Digamos que eu estava com alguma carga roubada, e usei Shelby como bode expiatório, não estava muito a fim de ir à cana de novo. A pena dela acabou sendo pior do que o esperado, e estavam buscando os Sarfati e a filha deles. Então eu precisei sumir com você, assim como sumi o corpo dos dois. Mas depois de tudo que tinha passado para pegar você, te matar não era uma opção viável. Então, te deixei com a Ruth, já que ela havia se queixado tanto da partida da Santana.

_ Você me dá nojo. – sussurrou Santana – Você fez com que eu ficasse longe da minha mãe, matou meu pai, e tratava mamãe como lixo. Qual o seu problema?

_ Ruth sempre foi minha. – ele deu um sorriso doentio – Seu pai não deveria ter tentado tirar ela e Noah de mim. Pagou pelo que fez.

_ Você é doente. – sussurrou Rachel, enojada – Você não ama ninguém, não se importa com ninguém. Você destruiu tantas famílias, incluindo a sua própria. Por sua culpa, Shelby me perseguiu, me fez ficar em coma em anos, perder a vida do meu filho, sumiu com a filha do Noah...

_ E quem disse que eu me importo? – ele se inclinou para a frente, com um sorriso frio. Rachel lhe desferiu um tapa, seguida de Santana. Puck deu a volta na mesa, pegando Nicholas pela gola da camisa e o jogando no chão, dando um chute em sua barriga.

_ Espero que apodreça aqui, seu canalha. – o homem pegou as duas irmãs pelo braço, as guiando para fora da sala. Já do lado de fora, na sala de observação, Quinn, Finn e Sam esperava os respectivos conjugues.

_ Shelby nos engambelou esses anos todos. – suspirou o inspetor Motta – Ela veio visitar Nicholas disfarçada, com os documentos de Marie Parker, uma ex-funcionária do hospital. Porém, de acordo com os registros que puxaram do hospital para mim, Marie Parker circulou no hospital diversas vezes ao longo do ano. Como não estranharam isso, não sei.

_ Quer dizer que ela me rondou esses anos todos? – guinchou Rachel, e o investigador concordou, irritado.

_ Então ela está em Ohio? – perguntou Quinn – Nossa filha está aqui perto, e esteve esse tempo todo?

_ Se ela realmente estiver com Shelby como vocês suspeitam, sim. – o casal Puckerman se entreolhou esperançoso.

_ E como fazemos para encontrar Shelby? – perguntou Santana, parecendo ansiosa.

_ Esperamos ela vir até Rachel. – concluiu o investigador, vendo todos murmurarem frustrados – Eu sei que vocês estão ansiosos, mas é preciso esperar. Não temos nenhum registro de Shelby Corcoran nos últimos anos. E em todo caso, ela deve saber que Rachel acordou e não vai conseguir ficar longe da filha por muito tempo. Sejam pacientes, e logo Carol estará de volta para vocês.

~*~

_ Mãe? – virou-se para a porta, vendo a menina de cabelos castanhos a encarando – Vai sair de novo?

_ Vou sim Elizabeth, devo estar de volta às 18h. – prometeu a mulher, beijando a testa da menina – Fez a lição de casa?

_ Já sim. Posso ir à casa da Louise praticar para o concerto de balé? – pediu a menina, sentando-se na banqueta da cozinha.

_ Claro. E lembre-se de melhor seu plié. – a garota concordou, saindo correndo do apartamento em que as duas viviam. Shelby suspirou, apanhando sua bolsa e saindo do apartamento que ambas dividiam. Não era grande, ou bonito, mas era o que ela conseguia pagar e não pedia muitos documentos.

Pegou o carro que usava recentemente e encobriu a placa, antes de sair com o veículo. Não gostava da vizinhança, uma espécie de gueto nos arredores de Lima, mas era o melhor que havia conseguido para não estar longe de Rachel, mas longe do alcance de Finn e Puck.

A verdade era que nada havia sido como planejado, desde a gravidez da menina, seu nascimento, até aquele maldito acidente. Ela queria apenas se aproximar da filha, tê-la junto de si, mas graças a ele isso nunca seria possível.

Então passou a segui-la, na esperança de achar uma maneira de se aproximar. Mas isso nunca acontecia, e Rachel tinha tanto medo dela. Deveria ter voltado, deveria ter ficado no bar, deixado que elas voltassem para a casa de Quinn. Mas estava tão desesperada, tão ansiosa pelo aniversário de 19 anos da filha, que não deu ouvidos aos seus sentidos. E havia visto a filha afundar.

Rachel estava deitada, com a criança adormecida em seus braços, enquanto Quinn voltava à água. O resgate já estava a caminho, não tardaria a chegar. Shelby se aproximou da filha, acariciando seus cabelos e vendo-a piscar os olhos.

_ Resista meu amor, resista. – pediu, beijando a testa de Rachel. Observou a expressão da filha, e a expressão da bebê. Ela era tão parecida com Rachel quando criança, lembrava-se pelas fotos que havia conseguido invadindo a casa dos Puckerman.

Antes que percebesse o que estava fazendo, já pegara o bebê nos braços e corria em direção ao seu carro, a deitando no banco traseiro e arrancando, enquanto via as luzes do resgate surgindo.

Ao chegar em sua casa, pegou a menininha do banco, subindo as escadas as pressas. Abriu a porta do apartamento tomando cuidado para que ninguém as visse. Foi até o quartinho de menina que mantinha para Rachel e pegou uma roupinha, colocando na criança.

_ Mamãe? – a menininha abriu os olhos, confusa, observando o rosto de Shelby – Cadê a mamãe?

_ Eu sou sua mamãe Elizabeth. – sussurrou ela, acariciando os cabelos da criança.

_ Vochei não é a mamãe. – choramingou a menininha – E eu chamo Carol.

_ Calma querida, calma. Mamãe está aqui, durma tranquila. – ela acariciava os cabelos da criança, que começou a piscar – Vai ficar tudo bem Elizabeth, agora você está em casa, com a sua verdadeira mamãe, durma tranquila.

~*~

Esperar. Esse era o verbo que rondava suas vidas nos últimos anos. Esperar que Charlie sobrevivesse, que Rachel acordasse, que Quinn se lembrasse, que Carol voltasse. E agora, a espera que Shelby aparecesse.

Era o inferno particular da vida deles, nunca poderiam viver em completa paz. Quando algo se ajeitava, outra ponta se partia. O primeiro aniversário de Caleb havia se passado como uma mera lembrança, mas nenhum deles tinha cabeça para pensar nisso.

Agora estavam ali, na praça do centro de Lima, com Charlie ensinando Caleb a correr, Brittany aprendendo a sentar com a ajuda dos pais, e Rachel sentindo calafrios.

_ Finn, eu vou dar uma volta, sozinha. – sussurrou a morena, vendo que todos ouviam e a observavam – Espere um pouco e vá com o Noah, como se estivessem andando com os meninos.

Todos concordaram, vendo-a levantar e sair andando calmamente. Ela pegou um dos caminhos ao redor do pequeno lago, enquanto observava Puck e Finn a uma distância segura, com Charlie e Caleb junto deles. E havia mais alguém.

_ Você não deveria andar sozinha, ainda mais não estando completamente recuperada. – Shelby surgiu do meio das arvores, e Rachel observou Finn colocar Charlie no chão e o filho sair correndo em direção as tias.

_ E você não deveria perseguir as pessoas, Shelby. – a mulher não pareceu surpresa que ela soubesse quem era. Ela na verdade lhe sorria quase de maneira doentia.

_ É tão bom poder falar com você, de alguma maneira que não naquela cama. – ela rodava ao redor de Rachel, que se segurava para não estapeá-la.

_ Mas já fazem o que? Quatro anos? – jogou verde, tentando ganhar tempo.

_ Claro que não querida, eu arranjei um jeito de visitá-la depois disso. Sabe, você devia conversar com Finn, ele é muito grosseiro. Não me permitiu que fosse te ver, ou ver o Charlie. – ela dizia com a voz ofendida – Ele colocou uma estranha na vida do Charlie, ao invés de deixar que eu cuidasse dele para você.

_ Você tentou sequestrar meu filho. – a morena mais nova rosnou, deixando a mãe surpresa.

_ Sequestrar? Claro que não meu amor, claro que não. – o olhar de Shelby quase beirava a loucura – Eu apenas queria cuidar dele até você melhorar e ir para nossa casa. Você era apenas uma menina quando ele nasceu, tão nova. Também, criada pela mulher do Nicholas, com dois delinquentes como irmãos, o que se esperar. Mas você poderia voltar para sua família de verdade, eu. Nós seriamos felizes, nós duas e Charlie.

_ Você é doente. – o mais nova tremia de raiva – Você mandou Nicholas matar meus pais.

_ Eles queriam tirar você de mim, me manter longe de você. E você precisava de mim, eu sou sua mãe.

_ Minha mãe se chama Ruth Berry-Puckerman, e ela está morta. Assim como Hiram e LeRoy Sarfati, meus pais. Você e Nicholas são dois malucos, que só arruinaram as coisas na minha vida. – rosnou Rachel, partindo para cima de Shelby. Ela prensou a progenitora em uma arvore, segurando o pescoço dela – Eu nunca trocaria a vida que eu tive, por um minuto com você. Você é uma pessoa suja, amargurada. Você mandou matar alguém, me perseguiu, destruiu a vida da minha família, duas vezes. E eu te odeio.

_ Não fale isso Elizabeth, por favor. – implorou a mulher com lágrimas nos olhos.

_ Meu nome é Rachel, Rachel Barbra Berry. – sibilou, frisando cada um dos nomes.

_ Esse foi o nome que LeRoy quis, eu escolhi Elizabeth. – ela sorriu, segurando a mão da filha que ainda estava em seu pescoço – Mas não se preocupe, pode ficar com o Rachel. Sua irmã já chama Elizabeth.

_ Minha... Irmã? – sussurrou a judia, confusa.

_ Você vai adorá-la... Ela já tem quase oito anos, e parece muito com você. – Rachel arregalou os olhos, mas não teve tempo de perguntar nada, já que Finn e Puck apareceram com os policiais.

_ Shelby Corcoran, você está presa por perseguição, tentativa de sequestro e comando de homicídio. Tudo que disser pode e será usado contra você e... – enquanto os policiais a algemavam, ela continuava falando com Rachel, mas a judia não mais ouvia. Ela virou-se para o irmão e disse;

_ Eu acho que ela acha que é a mãe da Carol. Ela está com ela, em algum lugar.


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Notas finais do capítulo

COOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORRE E COMENTA HUAHUAHUAHUAHUAHU
Beeeeeeeijos gentem ♥