What I Did For Love escrita por WaalPomps
Notas iniciais do capítulo
E ai gente. Os capítulos estão pequenos, porque ainda estamos no começo da fic. Mas logo vão ficar beeem maiores ;P
As aulas particulares com Puck prosseguiram pelos dias que se seguiram. Logo, já havia se passado um mês e, apesar de lenta, a melhora do rapaz já era visível por todos, incluindo os professores.
Porém, isso acontecia apenas nas aulas e trabalhos. Puck continuava encrenqueiro, mulherengo e, Quinn havia descoberto, abusando de substâncias ilícitas. Duas vezes ele havia chegado alterado para os estudos, porém conseguira se firmar e a garota fizera vista grossa. Mas naquele dia não havia como.
Estava na sala de aula esperando ele, quando a porta se escancarou e ele caiu deitado no chão, rindo mole. Quinn se levantou num pulo, correndo fechar a porta, vendo se não havia ninguém no corredor. Depois, se abaixou ao lado dele, constatando que ele estava com os olhos inchados.
_ Ai meu Deus, Puckerman. O que você usou? – rosnou ela, o ajudando a levantar.
_ Tequila Quinnie, tequila é o que há para a vida. – ele tinha a voz mole, enquanto balançava a mochila. Ela abriu e encontrou, no meio dos livros, várias garrafinhas – Qual a lição de hoje? Estou pronto pro... ic...fessora.
_ Eu vou chamar a Santana para te levar pra casa. – ela jogou a mochila no chão e se levantou, mas ele a puxou pelo pulso.
_ Não faz isso. – ele mandou.
_ E porque não? Tenho que ficar aturando um bêbado perdedor?
_ Não fala do que você não sabe. – ele rosnou e ela revirou os olhos.
_ Qual é Puck. Vamos encarar a verdade: você não quer se formar. Está fazendo isso porque é obrigado. E você só bebe para chamar a atenção, que é o mesmo motivo pelo qual você não estuda. Porque você É inteligente, dá pra ver isso. E...
_ EU MANDEI NÃO FALAR DO QUE NÃO SABE. – ele explodiu, se levantando. Ela deu um passo para trás, assustada e ele começou a chorar – Você acha que me conhece Fabray? Que sabe algo da minha vida? Do que acontece comigo, dentro e fora da escola?
_ Então me conta. – ela aproveitou a fraqueza dele pra descobrir o que queria – Porque você precisa se formar?
Ele hesitou, porém suspirou e abriu o jogo.
_ Porque senão eu vou perder a guarda da minha irmã.
_ Perder a guarda? – ela perguntou confusa – Santana já tem 18.
_ Mas a Rachel tem 14. – ela arregalou os olhos, surpresa por ele ter outra irmã – E se eu não me formar, o conselho tutelar vai levar ela embora.
_ Mas e seus pais? – ela perguntou com a voz baixa e ele deu uma risada irônica.
_ Meu pai deixou minha mãe quando eu nasci. Apareceu quando eu tinha sete anos, com a Rachel nos braços, dizendo que precisava de ajuda. Sumiu um mês depois, deixando minha mãe com a filha dele para criar.
_ E...
_ Minha mãe? – perguntou, e ela viu uma tristeza genuína nele – Morta, por culpa dele. Meu pai acabou com a vida dela. Foi um favor que ele fez, se quer saber. A doença já havia sugado tudo que ela tinha, ela só não morria por causa de nós três.
Quinn ficou encarando o homem a sua frente. Ele chorava e tinha os ombros curvados, parecendo bem menor do que realmente era. Ela se perguntou o que a vida teria feito com ele, as provações que teria imposto a ele e suas irmãs, para que ele se tornasse alguém daquele jeito.
Após alguns minutos, caminhou com passos hesitantes ao encontro dele. Ele ergueu os olhos para ela, e Quinn pode ver por dentro do castanho-esverdeado, toda a dor e sofrimento que se escondia ali. Com carinho, descruzou os braços dele, os passando por sua cintura, enquanto se aproximava para abraça-lo.
Se ele ficou surpreso, não demonstrou. Apenas apertou a loira contra si, irrompendo em um choro forte em seu ombro. Ela se apoiou em uma mesa, sustentando o corpo dele, que estava amolecido pela bebida em demasia.
_ Você não vai perder sua irmã, Puck. Eu prometo. – garantiu a loira, acariciando as costas dele – Eu vou te ajudar a se formar, e com ótimas notas. Mas você tem que me prometer que vai melhorar sua atitude.
_ Eu quero melhorar Quinn, juro que quero. – sussurrou ele, se sentando na mesa e observando a loira – É só que... É minha válvula de escape, a minha maneira de escapar do que acontece, entende?
_ Quando você precisar escapar, pode falar comigo. – prometeu ela – Sou especialista em escapar do que acontece na minha vida.
_ Você? – ele debochou – A garotinha perfeita dos Fabray?
_ Tem muita coisa sobre mim que você não sabe Puck, assim como eu não sei muita coisa sobre você. – ela o repreendeu, e ele apenas concordou – Mas acho que podemos saber, se formos amigos.
_ Você quer ser minha amiga? – ele perguntou, incrédulo. Ela riu, dando de ombros.
_ Nós vamos passar muitas horas juntos nos próximos meses, acho que sermos amigos é o mínimo que podemos fazer. – ela argumentou e ele teve que concordar – Amigos?
_ Amigos. – apertaram as mãos, antes de Puck puxá-la em sua direção e abraça-la demoradamente – Obrigado Quinn, de verdade. Por tudo.
_ Não há de que. – ela se afastou dele – Mas você ainda está alcoolizado e sem condições de estudar ou ficar aqui no colégio. Vou te levar para casa.
_ Você não tem treino das cherrios? – ele perguntou surpreso. Ela riu e negou.
_ Sua irmã só diz que tem para poder ficar agarrando a Brittany atrás da arquibancada sem vocês desconfiarem. – mentiu. Puck resmungou alguma coisa, enquanto Quinn ria. Ela recolheu os materiais, o pegando pela mão e saindo da sala.
Depois enfrentaria a treinadora Sue, porém naquele momento, não poderia deixar Puck sozinho.
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E ai? Gostaram?
Beijinhos ;@