What I Did For Love escrita por WaalPomps


Capítulo 26
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Velho, é dar uma bronca e vocês comentam né mocinhas sapecas?UHAHUAHUAAHUAHU
OK, esse capítulo terá um pouco de esperança para Quick.



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Puck bateu a porta de casa, jogando o casaco e as chaves no aparador de qualquer jeito. Quinn já havia alcançado a sala, e observava o marido andar de um lado para o outro, nervoso.

Como pôde ser tão burro? Como pôde ter deixado tantos detalhes passar? Estava tão desesperado atrás de respostas, que não viu as que estavam em frente à sua cara.

_ Noah? – Quinn o chamou, e ele virou-se para ela, vendo-a recuar – Seus olhos estão escuros. Você está com raiva.

_ Como eu não consegui perceber que era Shelby o tempo todo? – ele praticamente gritou, enquanto chutava a poltrona da sala. Quinn recuou mais um pouco, e logo ele estava sentado no chão, em prantos – Ela era a única pessoa que poderia dizer o que aconteceu com a nossa filha Quinn, a única. Agora nós nunca mais vamos encontrar a Carol, porque ela fugiu e você...

_ E eu não consigo me lembrar de nada. – ela completou a frase do marido, que enterrou o rosto nas mãos. Ouviu os passos dela correndo escada acima, mas não conseguiu reunir forçar para segui-la.

Depois de quase uma hora, levantou-se, secando as lágrimas dos olhos. Arrumou a poltrona e subiu as escadas, abrindo a porta do quarto de Quinn (que outrora fora de ambos), encontrando-o vazio. Abriu a porta do escritório, onde estava dormindo desde que Finn se mudara, e encontrou vazio também.

Suspirou, se dirigindo ao quarto de Carol, que havia passado a evitar depois que Santana havia voltado para o seu próprio apartamento. Ouviu os soluços de Quinn do corredor, e abriu a porta devagar.

Encontrou a esposa sentada no chão, abraçada a alguns vestidinhos e ursinhos de pelúcia, chorando muito. A cena seria de partir o coração, se o dele já não estivesse em frangalhos. Caminhou até o lado dela, sentando-se e a abraçando. Ela escondeu o rosto no pescoço dele, deixando as lágrimas mancharem a camisa dele.

_ E-e-eu quero me lembrar, eu estou fazendo de tudo para me lembrar. – garantiu a loira, sem encará-lo – Mas eu não aguento mais essa pressão.

_ Que pressão? – perguntou ele preocupado – Você está com alguma pressão na cabeça ou...

_ Você está me pressionando. – ele abriu a boca, verdadeiramente surpreso. Estava tentando ser o mais compreensível possível, respeitando o tempo dela para tudo. Havia até mesmo mudado de quarto, para ela não se sentir pressionada.

_ E no que, exatamente, eu estou te pressionando. – perguntou ele, com os dentes cerrados, tentando manter o máximo de calma possível.

_ Em me lembrar. – disse ela, erguendo os olhos avelãs para ele. A dor que ele viu ali fez seu peito se apertar mais – Eu estou tentando, estou fazendo tudo que você pede ou propõe, mas essa cobrança não está me ajudando em nada. A Dra. Watson concorda com isso, ela ia inclusive conversar com você... Acho que vou passar uns tempos com a minha irmã.

_O que? – ele gritou, soltando-a e se levantando. Ela também se levantou, porém para o assento da poltrona onde outrora havia amamentado Carol – E porque você faria isso?

_ Para você pensar. – ela disse, com um suspiro – Noah, você precisa entender e aceitar que, talvez, eu nunca volte a ser a Quinn de antes, não importa quantas fotos, histórias ou lugares eu veja. Isso pode nunca acontecer, eu posso nunca me lembrar de nada.  Eu posso aos poucos ir me tornando a mesma pessoa, com os mesmos gostos. Mas eu também posso desenvolver novos gostos, como aconteceu com o café.

_ Tudo bem, nós podemos conviver com isso. – ele disse, enfiando as mãos nos bolsos. Quinn riu tristemente.

_ Será mesmo Noah? Será que você consegue viver com isso? Será que você consegue se apaixonar por essa nova Quinn?

_ E você acha que eu te amo pelo café que você toma ou pelas músicas que você ouve? – ele rosnou, virando-se para ela – Eu te amo porque você acreditou em mim, quando ninguém mais acreditou. Você foi a primeira pessoa que olhou para mim e acreditou que eu podia ser algo mais do um simples badboy mulherengo. Você lutou por mim, quando eu mesmo não acreditava que daria certo. Eu te amo porque você viu meu melhor, mas também conheceu meu pior e nem por isso fugiu de mim.

_ Então porque você insiste tanto para eu voltar a ser quem eu era? – perguntou ela, e ele ergueu os olhos.

_ Porque eu tenho medo que você deixe de me amar se virar outra pessoa. – as lágrimas invadiram os olhos de ambos, os dela transbordando mais rápido. Ela levantou correndo, se jogando nos braços dele. Ele a apertou contra si, inalando o cheiro dos cabelos recém crescidos dela: morango, como sempre havia sido.

_ Eu posso não lembrar do nosso primeiro beijo, nosso casamento ou de quando a Carol nasceu, mas eu sei, bem no fundo do meu coração, que eu te amo. – ela falou no ouvido dele, fazendo-o chorar mais – Sente.

Ele ficou em silêncio, vendo-a colar o peito ao dele. Num primeiro momento, seus corações batiam agitados e descompassados pela discussão. Mas aos poucos, começaram a se acalmar, e logo batiam na mesma frequência.

_ É assim, todas as vezes que eu estou do seu lado. – sussurrou ela – Meu coração bate junto do seu, e eu perco qualquer medo. Eu não sei quem eu sou ainda Noah, e não sei muito sobre quem você é. Mas eu sei, meu corpo sabe, meu coração sabe, que você é parte de mim.

Ele a apertou mais forte, beijando o topo da cabeça dela.

_ Você fez exatamente isso, na noite em que me ouviu falando que te amava para a Rachel. – contou ele, e ela fechou os olhos – E eu te prometi que, quando você ficasse velhinha e não lembrasse mais de mim, eu ia sempre te lembrar que você era só minha.

_ Eu sei disso, de alguma maneira estranha. – ela ergueu o rosto, encarando os olhos dele – Eu posso... Posso te beijar?

_ Acho que eu quem deveria pedir isso. – ela riu, fazendo-o sorrir – Mas acho que vai ser bom, depois de tantos meses.

_ Só não apresse as coisas. – ela pediu, os olhos transpirando súplica – É tudo novo para mim, e eu quero ir com calma.

_ Iremos na velocidade que você quiser. – prometeu ele, e Quinn assentiu.

Ela colocou as mãos nos ombros dele, enquanto ele envolvia sua cintura. Ela se aproximou lentamente, selando seus lábios timidamente. Ele deixou que ela ditasse o ritmo do beijo, se controlando para não beijá-la como eram acostumados.

_ Eu quero muito que dê certo. – garantiu ela, após quebrar o beijo e colar suas testas. Ele podia ver o rosto dela bem de perto, seus olhos fechados, ainda marcados de lágrimas – Mas para isso você vai precisar entender que eu tenho que ir no meu ritmo. Para tudo.

_ Acho que posso viver nesses termos. – garantiu ele, beijando a testa dela com carinho – Nós vamos conseguir passar por isso, nós dois.

_ E nós vamos encontrá-la Noah, eu sei que vamos. – prometeu Quinn, e ele sabia de quem ela falava – Cedo ou tarde, nós vamos encontrar Shelby, e descobrir se ela sabe o que aconteceu com a nossa filha. E você vai ter ela de volta. Nós dois vamos tê-la de volta.

Ele apenas assentiu, a apertando mais forte. Era essa esperança, de que tudo daria certo, que o manteria vivo. 

Just give me a reason

Just a little bit's enough

Just a second we're not broken just bent

And we can learn to love again

It's in the stars

It's been written in the scars on our hearts

We're not broken just bent

And we can learn to love again


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Notas finais do capítulo

E ai gente? Gostaram? Odiaram?
Deixem-me saber de suas opiniões ok?
Quanto mais rápido comentam, mais rápido eu posto.
Beeeeeijos