My Oath To You escrita por Begin Again


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Boa leitura e boas festas!



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Anne mal conseguia ver por onde andava, lágrimas escorriam pelos seus olhos e passavam depressa pelo seu rosto avermelhado, corria o mais rápido que podia correr junto com a sensação de não ter visto o que realmente viu, atravessou a rua e o prédio de Samantha já havia ficado para trás, então, respirou fundo e diminuiu os passos. Gostaria de estar em casa, segura e protegida, se é que conseguiria se sentir segura em algum lugar a não ser nos braços de Samantha.

“Como ela pôde fazer aquilo? Como ela... Como eu pude demorar tanto a realizar seus desejos?” – pensava.

Seu peito parecia muito mais pesado do que era, lágrimas ainda insistiam em cair, os pensamentos do acontecido a fazia se sentir pior junto com a imagem da mão estranha encostando-se à de sua amada era quase perturbador para ela. Samantha Klein, um nome tão poderoso, mas que nesse momento a fazia se sentir tão fraca e insignificante.

Anne passava por algumas casas ainda um pouco distante de sua residência, era tarde, mas a quieta e gélida noite não acalmava seu coração que batia freneticamente. Com seus braços cruzados que sumiam no meio do grande casaco se aninhavam com sua cabeça baixa.

“Não, ela me amava, ela ama. Deveria ter me entregado, certo?” – sua mente conturbada a fazia um autoquestionamento.

O clima ali era realmente frio e uma chuva fina se aproximava no fim da rua até encontrar seu casaco e seus cabelos loiros, apertou o passo e estimava chegar o mais rápido possível em seu lar.

Anne, então, forçou o seu olhar para frente observando dois homens sentados diante de um beco que se deparava totalmente escuro, os dois sentados ouvindo algum tipo de rádio em meio da chuva que surgia constantemente, com camisetas pretas e bermuda larga discutiam sobre algo inútil, ambos pareciam não se importar com o frio que fazia ali. Ela se aproximou mudando seus passos em direção à rua, mas os homens se levantaram e foram em encontro com a loira que já estava respirando forte.

— Olá docinho. – disse o mais alto.

— Oi gracinha. – falou o outro homem.

Anne apenas continuou andando com a cabeça baixa, mas foi impedida pelos homens parados em sua frente.

— Se não responder será pior. – falou com uma voz ameaçadora.

— O que querem comigo? Me deixem ir. – a loira respondeu ainda com sua cabeça baixa e sua mão trêmula.

— Qual seu nome, gracinha?

— Não te interessa, me deixe ir. – parou e olhou nos olhos do homem. Mesmo sabendo que isso poderia tirar sua vida.

— Uau, ela é uma tigresa. – o que se referia disse e os dois riram. — Que cabelos lindos, pela descrição é você mesmo que queríamos, loirinha.

— Eu vou ligar para a polícia se não me deixarem passar. – disse ríspida.

— Ah é? E como vai fazer isso, Anne?

Anne como um ato instintivo saiu correndo pela rua, mas sua corrida não foi o suficiente, algo maciço a acertou em cheio no meio de suas costas e seu corpo pendeu para frente o que a fez cair, moveu suas mãos até as costas e as trouxe para frente, não havia sangue nelas, o que a deixou mais aliviada, mas o desespero veio quando os homens se apressaram em se aproximar da loira caída no chão molhado e vezes mais frio que o ar. Vinham até ela como um leão achando sua caça já ferida. Anne estava encurralada, pedia para conseguir sair daquele local aterrorizante e poder ver apenas mais uma vez o rosto de sua amada.

— Saiam daqui! – a loira pedia para que os homens se afastassem, mas o que recebia de volta eram risos histéricos.

— Se separe dela Anne! – um homem falava.

— Saia da vida dela Anne! – o outro gritava em seguida.

— O que vocês estão...

A loira foi impedida de falar, pois o homem alto depositou toda sua força em um chute no estômago da loira que arfou para frente.

— Para o seu bem se distancie dela. – Com as palavras que pareciam mais ensaiadas, outro chute, dessa vez na costela da loira a fazia gemer no chão álgido.

Com sua visão atordoada dificilmente viu o homem alto se afastar e o outro se aproximar, imaginou o pior. “Por que essas palavras? Aguente Anne!” – dizia em pensamento.

— Ela vai sofrer, vai perder tudo e você também. É um aviso. – falou o homem que depositou dois socos seguidos em seu rosto, e um perto do ouvido, ela apenas ouvia zumbidos e o quente sangue passando sobre seu rosto. Mas, era forte o bastante para não desmaiar, tudo só ficaria pior com isso, lutava contra a dor como nunca antes. “Não desmaie, Anne!”

— Pare! – a loira pediu gemendo.

— Não, gracinha. Largue da Samantha!

Nesse momento Anne observou uma câmera na mão de um dos homens. Tudo tinha sido gravado. Enquanto tudo, realmente tudo, passava em sua mente um clarão brilhante iluminou todo o local caliginoso, inclusive o beco. Barulhos de gritos e latas de lixo sendo derrubadas assustou a loira estendida no chão. Com os olhos entreabertos uma figura bem conhecida apareceu em seu campo de visão, seu rosto era preocupante, mas a loira ao apenas olhar para aquele tal rosto se esqueceu da dor e ficou totalmente anestesiada, um sorriso surgiu no canto de sua boca com sangue, e a última coisa que viu foi o rosto molhado da morena.

— Anne! Fica comigo!

++

— Anne meu amor, qual hospital seus pais estão?

— Não me leve lá. – falou pausadamente.

— Eu preciso saber. Qual o hospital?

— Memorial Wio.

— Estamos chegando, aguente! – falou com a voz trêmula.

++

Uma luz quente alcançou o rosto da loira o que fez seus olhos se abrirem, o quarto era branco e os lençóis azuis, lembranças do acontecido repulsou sua mente e tentou ignorá-las. Olhando para seus lados viu flores e uma mulher loira com um blazer engomado lia uma revista com sutileza, uma parte de seu corpo que não conseguiu identificar qual, provocou uma pontada de dor, então gemeu baixo, mas fez com que chamasse a atenção da mulher.

— Você acordou, ainda bem! – disse se levantando.

— Quinn? Onde está... – forçou a voz.

— Eu a mandei ir comer, ela ficou muito tempo aqui. Seus pais também, mas chegou uma emergência e eles tiveram que ir.

— Obrigada. Como está meu rosto? – resolveu perguntar para Quinn conhecida pela sua sinceridade, era o que precisava.

— Roxo e machucado, tem um corte com pontos logo abaixo do olho esquerdo e em sua testa, por isso a bandana sexy...

— Ok, obrigada

— Mas, ainda parece uma miss universo. – falou com um sorriso.

Anne sorriu agradecendo.

— A máquina de café só faz expresso...

Uma vez que entrou no quarto a morena logo deixou os copos na mesa ao lado da enferma, sua expressão cansada era notável pela loira.

— Anne? Como está? – a morena se aproximou.

— Vou até a recepção ver se encontro alguém. – falou Quinn que piscou e se retirou, recebendo um aceno da morena.

— Dores, muitas dores. – respondeu a loira tentando se sentar.

— Já te deram alguns remédios, logo a enfermeira virá trazer outros. – falou a ajudando.

— Está bem.

— Eu só... Queria estar lá para não deixar isso acontecer. – lágrimas apareciam e caíam sobre o rosto da morena.

— Você chegou no momento certo, e, tenho que te agradecer por isso.

— An... Aquilo no apartamento, não é...

— Sam... – a loira tocou o rosto da morena com delicadeza e Samantha recebeu o carinho com os olhos fechados. — Agora não, por favor.

— Me desculpa. – falou a morena com o rosto molhado.

TocToc

— Filha? Já acordou? Ei, Olá Samantha. – disse Dra. Hale entrando no quarto o que fez a morena sair de perto da loira.

— Samantha Klein? Ainda não foi embora? – perguntou Dr. Hale.

— Estava esperando Anne acordar Dr. Hale, Olá Dra. Hale.

— Não se dedique tanto a pessoas Srta. Samantha. – falou o homem cruzando os braços.

— Dormiu muito querida, estávamos preocupados. Esta melhor? – falou a senhora ignorando o marido.

— Sim mãe. – suspirou. — Minhas costelas ainda doem.

— Ela está um pouco comprometida nada de mais, e quando melhorar seu professor do hospital estará te esperando.

— Você falou com ele? – Anne olhou rapidamente para a morena que ficou surpresa com a notícia que iria dar a ela naquela noite no apartamento.

— Sim, na verdade foi seu pai.

— Obrigada pai. – disse a loira.

— Esta bem, à tarde você irá sair daqui, vai para a casa? – perguntou o senhor frio.

— Richard! Não podemos deixá-la sozinha. – a mulher chamou a atenção do homem.

— Eu a levo para minha casa. – pronunciou Samantha.

— Sam, não...

— Sim Anne, posso cuidar de você lá. Ela já está melhor?

— Mais algumas horas em observação e já terá alta. – falou a Dra.

BIP

— Temos que ir Elizabeth! – disse o Dr. Hale que saiu às pressas.

— É uma emergência! – a mulher depositou um beijo na testa da filha. — Cuide bem dela, logo resolveremos isso tudo – séria, falou para a morena e se retirou em seguida.

++

Anne passou pela porta do apartamento de Samantha apoiando em seu pescoço até subir todas as escadas, a cada passo era como se sentisse os chutes novamente em suas costelas. Samantha, então, com toda sua delicadeza a fez sentar na cama macia e suave.

— Tudo certo? – disse passando as suas mãos nas calças.

— Sim, obrigada.

— Vou fazer um chá para você.

— Sam, não precisa...

— Por que não posso cuidar de você? Estou apenas devolvendo a gentileza. – disse e sentou na ponta da enorme cama.

— Pode, só não quero que se incomode.

— Eu já volto.

— Não. – disse a loira que puxou a morena pelo braço, fazendo Samantha deitar junto à ela.

— Bom, vai perder o sabor do melhor chá de NYC.

— Prefiro você. – disse a loira.

— Foi ela não foi? – perguntou Samantha.

— Sim. – Anne respondeu não a olhando nos olhos.

— Você não precisa fazer isso Anne, você sabe, arriscar sua vida por mim, e eu não quero isso para você. Lola estava aqui só para me dizer que as ameaças iriam ficar piores e isso aconteceu com você, não posso mais aguentar. – desabafou a morena com uma das mãos no cabelo escuro.

Anne percebeu o quanto estava abalada e exausta, só queria a deixar saber que nunca iria sair do seu lado.

— Ei – a loira ergueu sua cabeça e a olhou nos olhos. — Eu já te disse isso, vamos passar por isso juntas, ganharemos isso, ela mexeu com as pessoas erradas. – falou e riram. — Ei, eu te amo mais que tudo Samantha Klein. Ela não vai conseguir nos destruir, nem ela nem ninguém.

— Eu te amo Anne Hale.

Deitaram-se e deixaram com que o sono a atingissem, tudo se silenciou e com a troca de olhares perceberam que agora em diante seriam mais fortes juntas.


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Notas finais do capítulo

Eai? O próximo capitulo será um tanto "sensual" preparem-se hahaha Desculpem a demora novamente e obrigada pela paciência! Desculpem qualquer erro e Quero saber o que acharam!? Beijo!