Darkness escrita por Kaah


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um capitulo, como prometido. Espero que estejam gostando, pois estou muito feliz em continuar postando (:
Boa Leitura.



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Alguns minutos depois, o intervalo acabou e o sinal tocou anunciando a quarta aula, enquanto íamos calmamente rumo a nossa sala, vimos a inspetora chegando, alguma coisa havia conhecido. Quando chegamos mais perto, pudemos ouvi-la falando.

– Pátio gente, o seu professor faltou e são duas aulas a menos, vamos povo, anda. – Preciso dizer que eu tinha ficado feliz? Sabia que não. Olhei por um segundo para Sidney e sua expressão era aparentemente a mesma que a minha, pois sorria de orelha a orelha. Ela saiu me puxando de volta ao pátio novamente, e eu como um robô a segui sem hesitar. Sentamos em um dos bancos novamente eu fiquei um pouco calada, e logo Sidney notou e já disparou.

– Mel, por que você gritou de novo hoje na sala? Assustou-me muito sabia, parecia que você estava falando com alguém, sei lá. – Eu olhei para os lados e a olhei novamente.

– Depois te conto aqui não é um bom lugar. – Falei em tom baixo e ela apenas assentiu.

– Ok, mas não pense que por estar adiando vai me fazer esquecer, eu cobro e com juros entendeu senhorita Melanny. – Ela me olhou séria, mas depois sorriu.

– Pode lembrar. – Sorri fraco e levantei uma das mãos meio que “jurando” que iria contar a verdade e ela riu novamente, somos muito lesadas, é. 

Após mais duas aulas sem fazer absolutamente nada, voltamos a nossa sala só para pegar o material, hoje sairíamos mais cedo por falta de professores, assim que pegamos nossas coisas saímos da escola direto para casa, eu não queria ficar vagando pela rua sem o que fazer, e era isso que Sidney queria, mas a convenci a não fazer isso, fui tão rápido de tão ansiosa que estava para chegar logo em casa, que nem percebi que estava quase correndo com Sidney grudada em meu braço pedindo para parar. Chegamos em menos de cinco minutos, é, minha casa era muito perto da escola, perto até de mais pro meu gosto. Fechei a porta e joguei minha mochila em qualquer lugar e me joguei no sofá, como se estivesse procurando algum conforto ou fortaleza, para me sentir melhor, pois um aperto no meu peito acabara de surgir sem eu mesmo saber o que estava acontecendo.

Sidney sentou-se no outro sofá e ficou me olhando sem expressão alguma, eu já sabia o que era, pois era assim que ela ficava quando queria saber de alguma coisa, então eu já perguntei.

– Você quer saber o que aconteceu mais cedo, estou certa? – Eu perguntei com certa duvida e ela simplesmente fechou os olhos lentamente e assentiu esperando que eu continuasse. – Ok, vamos lá. – Suspirei pesadamente sentindo um frio percorrer toda a minha espinha e chegar a me arrepiar totalmente. – Nem sei por onde começar, mas você tem que me prometer, pela sua própria vida, que essa conversa não sai daqui. –Ela me olhou com uma expressão levemente assustada e assentiu, então eu teria que continuar de qualquer jeito, se já comecei tenho quer terminar, força Mel. – Eu vejo coisas estranhas, e todas as vezes que eu grito ou fico assustada, são elas que fazem isso... – Contei tudo a ela, inclusive da prova, e ela pareceu não acreditar em nada do que eu dizia, pois sua face se tornou divertida. – E foi isso. – Terminei de contar a ela o que havia de errado e ela continuou me olhando incrédula.

– Vai me dizer que, você vê pessoas mortas, e que elas falam com você, por favor, Mel, não sou tão idiota pra acreditar nisso. – Ela disse num tom de ironia que sinceramente me irritou, como ela pode não acreditar em mim.

Mas quando eu ia abrir a boca para falar alguma coisa, ouvimos um estouro, olhamos para o lado e era um dos vasos caros de minha mãe, ela me mataria quando visse isso. Sidney me olhou assustada por alguns segundos e depois ouvimos mais estouros, era como se tivesse alguém jogando pedras ou derrubando as coisas, mas não se via ninguém como sempre, então assustada olhei pra ela e disse.

– Tá vendo, é ele, ele não queria que você soubesse, e agora que você sabe, ele ficou irado comigo, mais um motivo para me atormentar. – Eu disse chorando e desviando das coisas. – Eu sabia que não deveria te contar, eu sabia, eu sabia. – Eu repetia incansavelmente essas mesmas duas frases, e ela continuava se desviando do que era jogado ou quebrado me olhando assustada, até que finalmente parou e eu a puxei para fora de casa. Ela estava ofegante e eu também. – Viu?! Eu não estava mentindo, a única coisa que te peço é que não se afaste de mim por isso, você é a única amiga que eu tenho. – E comecei a chorar novamente. De repente senti-a chegando mais perto e me dando um abraço de lado me reconfortando.

– Tudo bem, não vou te deixar, eu precisei ver para poder crer, me desculpe Mel, não sabia que era tão grave assim. Além de mim, alguém mais sabe? - Eu assenti com a cabeça. – Quem?

– Pablo, vocês dois são os únicos que sabem disso, e quero que isso não passe de nós três, por favor, já tem gente de mais envolvida nisso. – Falei ainda soluçando, e ela continuava me abraçando.

– Daqui não sai nada, agora vamos entrar que já acho que está mais calmo lá dentro. – E ela foi meio que me carregando por que nem forças eu tinha mais para firmar meus pés sozinhos ao chão, ainda com medo fomos andando bem lentamente, parecia mais um filme em câmera lenta, e quando finalmente abrimos a porta de uma vez, tivemos uma surpresa, tudo estava em seu devido lugar como antes, nada quebrado, nenhum vidro espalhado pela casa, nenhum vestígio de nada. Sidney me olhou com os olhos arregalados e com razão, parecia que nada havia realmente acontecido, que aquilo foi uma alucinação, mas eu já sabia que aquilo foi realmente verdade, pois já aconteceu esse tipo de coisa mais vezes do que eu gostaria de contar, ele queria mesmo que achássemos que estávamos loucas.

– Mel tem certeza de que isso aconteceu mesmo? – Ela perguntou esfregando os olhos e olhando novamente. Em uma tentativa de saber se aquilo que acabara de acontecer foi mesmo real. – Que não foi alucinação, e que realmente não estamos enlouquecendo? – Ela continuava olhando ao nosso redor. – Bom, mesmo o que aconteceu sendo esquisito, foi legal. – Ela disse finalmente olhando para mim que a olhava com os olhos arregalados. – Que foi? Pensando bem, foi mesmo legal. – Ela me olhou com uma cara de idiota, e mesmo eu estando paralisada desde que entramos eu consegui rir da cara dela, mesmo que por um breve segundo.

– Tudo bem, isso foi esquisito, falar que o que acabou de acontecer, a coisa que eu mais tenho medo, foi legal. – Eu dei uma pausa ainda digerindo aquela resposta que ela acabara de dar. – Eu supero.

– Sei lá foi diferente ver isso, tipo, quando saímos daqui estava praticamente tudo quebrado e quando voltamos encontramos tudo como se nada tivesse acontecido. Mas agora eu acredito no que você me contou, e pode ter certeza, que pode sempre contar comigo. – Ela me deu outro abraço e nos sentamos no sofá, quer dizer, ela sentou e eu deitei no colo dela. – Faz muito tempo que isso acontece Mel? – Ela me perguntou com um tom de voz preocupado e com a expressão curiosa em seu rosto. – Quer dizer, você me contou o que acontece, mas não me contou a quanto tempo, e o pior, seus pais já sabem disso?

– Faz, acho que uns três anos, já sabem, e pensam que sou louca, quando eu contei a eles o que acontecia comigo, eles simplesmente ignoraram minhas palavras e me levaram para um psiquiatra, fui até internada, e então parei de contar a eles o que via. Não quero voltar para aquele lugar de novo, não quero. – Eu disse com a voz embargada por causa do choro que insistia em continuar. – Só você e o Pablo me entendem. – Falei em meio aos soluços que não cessavam. E assim que eu falei o seu nome, incrível, ele chegou. Ao me ver naquele estado ele já se assustou e veio correndo para ver o que estava acontecendo.

 – O que aconteceu? Por que ela está chorando? – Ele perguntou para Sidney que de alguma forma tentava sem muito sucesso me acalmar.

– Aconteceram umas coisas esquisitas hoje a tarde, e bem, ela não consegue se acalmar. – Mesmo estando chorando, eu estava ali, e então me levantei tentando engolir o choro.

– Ela. – Dei uma pequena pausa e suspirei. – Ela sabe. – Pablo me olhou descrente com o que eu acabara de falar. E Sidney apenas deu um sorriso tímido e assentiu.

– Ok, então me conta o que aconteceu. – Ele me olhava preocupado, e pelo meu estado não consegui falar mais nada.

– Não sei exatamente, foi estranho, as coisas quebraram, voaram sobre nossas cabeças. – Ela falava assustada, se eu não tivesse em estado de choque, certamente riria da cara que ela fez.

– Temos que resolver isso e rápido, não sabemos o que pode acontecer se demorarmos muito tempo. – Pablo falou fazendo carinho nos meus cabelos. – Mas eu não sei o que fazer, se contar aos nossos pais, provavelmente eles vão querer que ela volte para aquele lugar horrível. – Após ouvir aquilo, se tinha como ficar pior do que eu já estava eu fiquei. Tudo bem, isso não ia acontecer por que eles não diriam nada, mas pensar nessa hipótese me dá calafrios. – Vou pensar em alguma coisa e depois digo a vocês.

Depois que ele disse isso, minha visão ficou um pouco turva, tudo girava, a ultima coisa que me lembro foi ter visto aquele homem de branco ao lado de Pablo, e ele continuava com aquela expressão divertida no rosto, parecendo uma criança que iria aprontar, e então ficou tudo escuro, me vi novamente em um lugar que parecia minha casa, mas não seria possível o que eu estava vendo, eu estava deitada no colo de minha amiga e meu irmão continuava afagando meus cabelos, como isso podia acontecer, se eu estava ali, o que realmente esta acontecendo? 


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? O que estava acontecendo agora?! o.O
Adoro um suspense *-* kkkk
Mereço reviews?! Digam o que acharam sobre esse capitulo, adoro opiniões.
E acho que mais tarde posto o próximo capítulo (:



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