POV - Percy

            Depois de devidamente emendado nós fomos até a diretoria, parece que alguém veio e disse ao diretor que quem começou a confusão não foi eu e sim Robert, mas por ter revidado com um soco e por Annabeth ter dado uma de ninja pra cima deles nós vamos ter de passar uma tarde inteira no colégio arrumando o ginásio. Não que esteja contente com esse castigo, mas mesmo assim é melhor ele do que levar uma suspenção, que os outros três, além de que Annabeth vai está comigo então não tenho do que reclamar.

            Nós combinamos de que hoje por volta das 4h ela iria vir pra minha casa terminar o trabalho e depois iriamos jantar no Starbucks. Assim que cheguei em casa eu fiquei parecido com um furacam só que ao invés de bagunçar eu fui arrumando tudo que fosse possível, se minha mãe me vise agora teria orgulho de mim, a parte mais demorada foi meu quarto, eu nunca me importei muito em arrumar meu quarto eu simplesmente jogava as coisas dentro dele e nem me importava mas agora que eu parei pra arrumar eu vi a bagunça que era, se meu quarto fosse a uma competição para a maior zona ele seria o campeão. Quando terminei de arrumar tudo eu me permiti sentar no sofá pra respirar, foi então que eu vi a hora no relógio da parede, 3h e meia, dei um pulo do sofá e sai que nem um louco pra meu pegar uma muda de roupa e parti direto ao banheiro, tomei um banho bem rápido e vestindo uma bermuda creme e uma blusa polo azul, deixei meus cabelos bagunçados, fiz minha higiene bucal e assim que terminei de enxugar minha boca ouvi o som da campainha, fui até a porta com o coração na boca de tanto nervosismo, e quando abri a porta quase tive um infarto.

            Annabeth estava na minha frente com um vestido branquinho que iam até a metade da coxa exibindo belas penas torneadas e bronzeadas que pediam, melhor, imploravam para serem tocadas, seu rosto estava limpo, sem nem uma maquiagem, mas mesmo assim parecia que era feito de porcelana. Fiquei tanto tempo a encarando que ela começou a ficar corada e pigarreou me fazendo despertar e abrir passagem pra ela que entro prontamente.

            - Meu material esta no meu quarto – eu disse fechando a porta e dirigindo ela até o sofá da sala – eu vou lá buscar e já volto.

            Ela simplesmente assentiu e tirou sua mochila das costas. Só agora fui perceber que ela estava com mochila, acho que estou ficando doido.

            Fui e voltei num estante, me sentei no chão ao lado de suas pernas e começamos a resolver questão, hora nós conversávamos e hora eu olha suas pernas, e parece que em um ponto ela percebeu que eu olhava e começou a esfregar meio que “acidentalmente” no meu ombro me fazendo encarar de novo. Depois de muita luta da minha parte pra terminar de resolver as questões, pois ela terminou em menos de uma hora porque convenhamos que ter umas pernas daquele do seu lado distrai qualquer um, ficamos conversando um tempão até que uma questão que surgiu na minha cabeça voltou à tona.

            - Onde você aprendeu a lutar daquele jeito? – eu perguntei já sentado no sofá do lado dela.

            - É uma longa e cansativa história, mas você – disse ela ficando de frente pra mim – porque eles fizeram aquilo com você?

            - Por que eu não sou que nem eles – ela olho pra mim com se me incentivasse a contar mais, depois de um suspiro eu comecei a falar – a maioria deles são filho de empresários, de advogados importantes, cirurgiões..., então que se criou uma pirâmide de ordem lá, no topo viam eles que em sua maioria eram atletas e por último, eu, um bolsista.

            - Isso é ridículo, eles nem te conhecem.

            - É assim que as coisas funcionam por lá, ou se tem dinheiro e ninguém meche com você ou se prepare pra ser perseguido pelo resto de sua vida escolar.

            - Você bem que deveria praticar lutas corporais – eu fiz uma careta com essa frase, luta não é bem o meu forte - assim não vai precisar de mim pra te defender o tempo todo – ela falou isso com um sorriso brincando em seus lábios.

            - Eu não precisava da sua ajuda – respondi prontamente – eu podia derrubar aqueles dois em um piscar de olhos – dessa vez ela começou a rir descontroladamente.

            Eu fiquei com cara de tacho esperando ela se recuperar, mas toda vez que olhava pra mim ela voltava a rir.

            - Vem cá, alguém pintou meu nariz de vermelho e me fez de palhaço? – eu disse emburrado.

            - Percy, você não é capaz de matar uma mosca quanto mais bater em alguém.

            - Mas eu bati em alguém, você viu.

            - É eu vi, tanto vi você acertando UM soco, e levando uma SURRA em seguida – disse ela ressaltando alguns pontos – se eu não tivesse ido te ajudar você estaria num necrotério agora, você deveria estar me agradecendo isso sim.

            - Eu estava sendo humilde – ela voltou a rir, mas dessa vez foi mais controlada – eu poderia até te vencer – falei em um sussurro, mas Annabeth acabou escutando e virou o rosto pra mim com um brilho nos olhos que eu nunca tinha visto antes.

            - Nem em um milhão de anos você seria capaz de me vencer.

            - Quem está sendo a humilde agora – disse rindo – querida eu posso te vencer a hora que eu quiser – eu falei brincando mas parece que ela levou um pouco a sério de mais a brincadeira.

            - Então bora ver se você é mesmo capaz – dito isso ela se levantou e afastou um centrinho que tinha na sala deixando um espaço considerável livre de qualquer objeto – levante-se e lute.

            - Você não está falando sério – eu disse, mas recebi um olhar repreendo vindo dela – você está falando sério.

            - É claro que estou você praticamente me chamou de lixo quando falou que poderia me vencer em uma luta.

            - Sua sinceridade me comove – eu disse me levantando e ficando cara – seria bem mais fácil se você admitisse que eu sou melhor que você.

            - Não me provoco – disse ela chegando mais perto de mim – você não ideia de com quem está lidando.

            - E o que você vai fazer? - Pra que eu fui falar isso?, eu estava pedindo pra morrer.

            Dito e feito sabe aquele golpe de judô em que você joga se oponente por cima do seu corpo, então foi isso o que aconteceu só que o cara que estava sendo jogado era eu. Assim que eu bati as costas no chão ela ficou por cima de mim perdendo meus braços com suas pernas e suas mãos vieram para cada lado do meu corpo e com o rosto a três dedos de diferença do meu.

            - Quem é o melhor agora – disse ela num sussurro.

(coloquem essa música pra rodar - http://www.youtube.com/watch?v=un-KTpvCPXo)

            Não sei o que deu em mim, mas comecei a diminuir a distância entre nos e cada vez que eu ia chegando mais perto de seus lábios mais rápido meu coração ia batendo, e aquela sensação de borboletas no estômago ia ficando mais forte. Sua respiração se chocava com a minha, misturando hortelã com morango me deixando hipnotizado, foi então que olhei em seus olhos e a fusão entre o verde e o cinza foi feita, foi um choque que começou a percorrer meu corpo, mas não era uma sensação ruim mais sim a melhor sensação que eu tinha sentido em toda a minha vida fazendo todo o meu corpo formigar, foi quando finalmente toque seus lábios em um beijo simples e singelo e toda essa sensação que estava sentindo se misturou fazendo que fogos de artifícios se estourassem dentro de mim, fazendo tudo dentro de mim se entrar a esse incrível sentimento que estava se formando dentro de mim e então aprofundei o beijo o deixando mais desesperado, como se fosse morrer se não o tivesse. Suas pernas liberaram meus braços que foram para sua cintura e pra sua nuca a trazendo para mais perto de mim e suas mãos que antes estavam ao lado da minha cabeça foram para minha nuca e meu cabelo arranhado meu corou cabeludo me fazendo soltar um gemido de prazer, e amentando a disputa de controle entre minha língua e a dela que resultava numa dança sensual na qual eu já saberia que iria perder, pois ela já tem algo que eu uma vez considerei uma das coisas mais importante pra mim mais agora foi desbancado por essa incrível loira que agora é dona do meu coração.