Herdeiros E O Filho Do Lorde escrita por Castebulos Snape


Capítulo 2
O PATRONO CORPÓREO


Notas iniciais do capítulo

leiam o filho do olimpo e comentem



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POV.: Kate Sterveson

                    

– É claro que vamos para a Sonserina, Bi! – insisti. Estávamos naquela discussão dês que entramos no Floreios e Borrões, discretas, não, nem um pouco, mas quem liga? – Somos descendente do fundador da Sonserina, seria realmente uma grande hipocrisia do Chapéu Seletor irmos para a Grifinória, para a Lufa-Lufa ou Corvinal, mesmo que você combine mais com a Corvinal.

Todo o mundo da magia parecia saber quem somos, toda vez que passávamos olhavam, e não era para Severus (alô, ele é Comensal da Morte que matou o Dumby!), como achei no inicio, era para nós duas, como se fossemos tirar o nariz e começar a matar pessoas rindo como duas doidas e falando Avada Kedavra de um jeito estranho e afeminado (nada contra! Só que parecia que ele tinha engolido uma batata inteira de uma vez! Será que a língua dele era maior do que parecia?). O mais estranho é que nos reconheciam de um jeito tão fácil que parecia que já tínhamos estado ali milhões de vezes.

Severus estava falando com o vendedor sobre uns livros para ele mesmo e os nossos de primeiro ano. Eu não me importei em falar baixo, e Bi também não se importou com isso, estávamos muito entretidas nos maravilhosos livros para fazer qualquer coisa alem de observar e discutir, que, afinal, era nosso passa-tempo favorito!

– Vocês são o que? – perguntou uma voz atrás de nós. Fudeu! Virei-me na hora, era um homem um pouco mais baixo que Severus, de cabelos negros e arrepiados, olhos verdes maravilhosos, e uma cicatriz em forma de raio na testa.

– Harry Potter! – eu quase gritei e Bi me ecoou só que mais baixo, sim eu nunca vou ser discreta na vida! – É um prazer Sr. Potter – puxei sua mão para um aperto, realizando um sonho, seus olhos eram lindos e profundos Lilian devia ser linda, Sev fez bem em se apaixonar por ela. Bi também o fez, com um sorriso enorme. Depois nos encarou muito serio acariciando distraidamente a cicatriz – Ah, por favor, diga que não doeu! Nossa vida já está bem estranha, não podemos ter reativado seu mini sensor de magia das trevas.

Ele riu da minha bobagem.

– Na verdade não. Achei que doeria assim que fosse apresentado a vocês, afinal doía toda vez que me lembrava da existência de seu avô, mas não sinto nada de errado.

– Quando íamos ser apresentados? – perguntou Bi curiosa e eu notei o olhar estranho que Severus lançou a nós do outro lado da livraria.

– Bem, imagino que na sua ida ao Ministério amanhã, vocês estão sozinhas?

– Não – respondeu Severus atrás dele – Meninas, se vocês foram conversar com cada um que já ouviram falar – já tínhamos conversado com Tom, ele é muito legal e nos deu balas –, vamos ficar aqui o resto da vida!

– Ah, Severus – disse Harry, carinhoso e verdadeiramente alegre em vê-lo –, não brigue com elas, eu que vim aqui, estava bem curioso para conhecê-las.

A expressão de Severus relaxou.

– Eu sei, Harry, mas você não viu o quanto conversaram com Tom...

Harry?, perguntei sem mover os lábios para Bi.

Severus?, respondeu do mesmo jeito. Bem, relacionamentos mudam, eu só esperava que certas fics não estejam certas sobre aquela relação!

Tom?, seu sorriso travesso (que era raro) me fez sorrir com sinceridade.

– Vamos, precisamos passar no Olivaras – ele se despediu, nós também e eu me permiti um sorriso quando ele colocou a mão sobre meu ombro e nos guiou para a loja de varinhas.

Olivaras era exatamente como eu imaginei, velho, de cabelos bagunçados e brancos, olhos claros, e sorriso amável.

– Olá, Severus! E quem são essas?

– Olá! Essas senhoritas são Katherina – sim, esse é meu nome, chiquérrimo! Morram de inveja! – e Beatrice – chulo! – Sterveson.

Cumprimentamos em uníssono.

– Ora, me lembro da varinha da mãe de vocês, era uma menina assustada por fora, mas corajosa por dentro, acácia, vinte e três centímetros, maleável, com fibra de coração de dragão. Era uma boa pessoa, devem se orgulhar – ele saiu e nós duas ficamos olhando o chão tedioso, pensando em como seria nossa vida com a mamãe. Ele voltou com os braços cheios de caixas de varinhas, ou eu esperava que sim, e me indicou – Você primeiro – (por que sempre eu?) e me entregou uma varinha – tem núcleo de escama de basilísco – Porra, onde foi que essa pessoa arrumou escama de basilísco? Segurei a varinha, mas não senti nada demais.

– Ela não me quer – não pude deixar de ficar triste, eu tinha sido rejeitada por um pedaço de madeira!

Bi tiro-a de minhas mãos com brutalidade e seu contorno brilhou levemente, ela pronunciou um feitiço do Príncipe Mestiço (que devia ser não-verbal!) e eu fiquei pendurada de cabeça para baixo pelo tornozelo. Tinha que ser Levicorpus? Tinha mesmo?! Só faltava ela tirar minhas calças e minha calcinha me chamando de “ranhosa”. Isso seria engraçado, mas cruel.

Severus sorriu e ela recuou surpresa como se não tivesse sido ela.

– Desculpa, foi sem querer!

– Tudo bem – resmunguei –, que bom e não foi Sectumsempra – Severus soltou outro sorrisinho –, só me tire daqui!

Eu fiquei estatelada no chão por dois segundos antes de me levantar e Bi nem me ajudou, ficou olhando sua varinha com devoção.

– Valeu, irmã! – brinquei e comecei a ser descartada por um monte de varinhas, por um segundo achei que nenhuma ia me quer até que Olivaras hesitou em me dar uma.

– Essa varinha está aqui desde que eu era jovem! – poxa muito tempo! – Carvalho, 33 – esse mero me é familiar! – centímetros, completamente rígida, o núcleo com uma pena de asa de grifo e um pelo da calda, extremamente mágica e poderosa – e difícil de conseguir, eu nunca ia me atracar com um grifo por uma pena ou um pelo.

Eu a segurei e meu corpo ficou inteiramente quente, quase que insuportável, me obriguei a segurar a varinha, então ficou frio, achei que fosse congelar, achei que estivesse abraçada a um dementador. Isso me deu uma idéia, pensei no momento mais feliz da minha vida, por um segundo não me lembrei de nada até que me veio algo: Bi e eu estamos correndo em um parque, eu estou com minha irmã, nossos pensamentos parecem ligados, e sei o que ela sente e sei que ela sabe como me sinto, eu nem conseguia pensar em solidão naquele momento.

– Expecto Patronum – da ponta da minha varinha sai um animal que eu nunca vi, era como uma cobra, devia ter meu tamanho, mas tinha asas enormes de dois metros, o espetro abriu a boca mostrando as presas para uma das paredes e mergulhou nela fazendo com que as caixas de varinhas voassem para todos os lados.

Fiquei mais do que surpresa e me deixei cair no abraço de minha irmã.

– Um patrono corpóreo! – disse excitada saltitando – Como conseguiu se ainda nem entramos em Hogwarts?! Isso é incrível! Nem o Voldy daria conta da gente! – que comparação, irmã!

Uma mão firme me tirou do abraço confortável de minha irmã, machucando meu braço.

– Como conseguiu fazer isso? – perguntou Snape me sacudindo um pouco – Que animal era aquele? Responda!

– Me solta! – sacudi meu braço, mas ele não soltou e sim apertou mais tentando entrar em minha mente, então arranhei seus dedos e sai correndo daquela loja para me esconder na loja de animais mágicos, ela estava vazia e o balconista não estava visível. Encolhi-me em um canto no fundo da loja e segurei as lagrimas insistentes. Severus Snape era meu herói, ele era minha ilusão de pessoa forte que eu tinha que ser, nós éramos parecidos em certas coisas, como a solidão na escola e no fato de ninguém gostar de mim por lá. Ele agora estava agindo como o homem que eu mais odiava: Tobias, ele não devia ser assim, não devia ser legal, ele não é legal, mas não devia ser bruto daquele jeito. Ou será que ele não achava que eu já estava muito assustada com o que tinha feito, que animal era aquele?

Menina? O que houve?, perguntou uma voz sobre mim. Levantei-me e encarei quem tinha falado, era uma cobra branca, com pintas amarelas e marrons com olhos laranja de mais ou menos um metro, devia ser filhote. Eu era ofidioglota! Eu tinha mesmo que puxar isso do meu avô, droga eu já estava vendo Voldy como avô! Repugnante! Azulado! Sem cabelo! Sem nariz!

– Olá! – tentei parecer calma – De que espécie você é?

Sou o que os trouxas chamariam de píton-indiano albina por causa da minha cor. Está todo bem com você?

– Está, é só que uma pessoa que eu gosto muito me machucou!

Ah, isso é muito mal, humanos gostam disso, gostam de fazer os outros gostarem deles e depois descartam, aí falam mal de nós, cobras, por não sermos fieis a verdade sempre. Nós somos fieis às vezes, e, quando somos, realmente somos, sem nos importar com reações e julgamentos. Você é a primeira humana com que eu falo.

– Isso é para ser bom ou ruim?

É bom, apesar de tudo, vocês são seres interessantes. Tire-me daqui, por favor, é entediante e tem uma comida ruim, se me tirar daqui, vou servi-la para sempre.

– Certo! Já volto.

Não queria uma cobra com serva eterna, não queria uma Naguini, mas ter aquela cobrinha fofa como bichinho de estimação seria bom.

O balconista ficou surpreso em ver que eu estava dentro da loja.

– E ai? – cumprimentei ala Ninfadora Tonks – Quanto é a cobra píton no fim da loja?

– Cinqüenta galeões!

– Tudo isso?! Ah, está bem! Tome aqui! – coloquei o dinheiro na bancada e voltei para pegar a cobra – Se enrole em meu braço, por baixo da manga e deixe apenas a cabeça em meu pulso – e assim ela fez me agradecendo baixinho e me chamando de senhora – Não sou sua senhora, pode me chamar de Kate! Qual seu nome?

Dê-me um nome! Sou uma fêmea se é vocês humanos fazem esse tipo de diferença!

Vaílisa, é rainha em grego antigo!

Obrigada!

Sai da loja, com o balconista revistando meu corpo com os olhos atrás de Vaílisa, ninguém podia vê-la. Uma mão pousou em meu ombro e me deparei com os olhos negros de Severus.

– Onde é que estava? – ele parecia preocupado, mas sacudi sua mão de meu ombro, fazendo questão de encará-lo como se fosse Tobias e comparando os dois, podia senti-lo revistar minha mente, ele fez uma careta com a comparação e se retirou – Vá com Beatrice comprar um animal para vocês –, ele me deu vários galeões, desconsertado – Vou comprar alguns ingredientes de poções para vocês, me esperem aqui – e peguei a mão de Beatrice tirando-a dali.

– Onde é que você estava? – perguntou Bi pegando seu filhote de coelho preto e fofinho (Que ela batizou de Almofadinhas em homenagem ao pulguento Sírios Black, por ele ser fofinho e preto como as patas do cachorro eram. Eu votei por Snufles que era um apelido melhor para o mesmo idiota) nos braços enquanto esperávamos Snape – Severus ficou preocupado com você, e bem arrependido de ter te machucado, que animal comprou?

– Não adianta nada ele se arrepender, me machucou de qualquer jeito. É como quando eu perco a paciência e acabo te machucando, você fica sem falar comigo até eu pedir desculpas, mesmo que isso não mude que eu te ferir e que te machuquei, só depois de um tempo você me perdoa de verdade, normalmente quando a dor passa – esfreguei o braço distraidamente – Ainda tá doendo, ele não devia agir assim.

– Tem razão! Então tomara que pare de doer e que ele te peça perdão! – duvido muito, querida irmã – Qual é seu bichinho? Ele fica invisível?

– Não, Vaílisa estava escondida! – sussurrei fazendo com que ela se aproximasse, ninguém podia saber disso – Eu vim para cá me esconder e chorar um pouco, e ela falou comigo, Bi acho que herdamos isso de Slytherin. Vaílisa saia, quero que conheça uma pessoa – Vaílisa saiu de minha manga e encarou Bi que arregalou os olhos, apavorada.

– Kate, isso é uma cobra! – ela gritou e eu mandei que calasse a boca. Ela começou a sussurrar – Sabe o que vão dizer quando descobrirem que a neta de Voldemort é ofidioglota? E só uma, e uma que tem como patrono uma cobra com asas, e que já sabe fazer um patrono mesmo que nunca tenha entrado em Hogwarts, é melhor esconder bem Vaílisa e esses seus poderes! Não que você consiga controlar seus poderes ou o crescimento dessa coisinha muito fofa! – apaixonou! – Oh, inferno pra ter cão! Você já está começando a me preocupar e ainda nem terminamos as compras!

– Eu vou não se preocupe! Ela pode se alimentar sozinha, tenho certeza que em Hogwarts tem um monte de ratos para ela comer, e se eu for para a Sonserina melhor! Duvido que cresça muito, mas se crescer eu dou um jeito, não vou deixá-la sozinha nunca mais.

– Meninas! – chamou Snape no balcão, fomos até lá e ele acariciou o Almofadinhas, fazendo uma careta ao ouvir o nome – Kate... –, mas parou de falar quando viu que eu não responderia –, Beatrice, o que foi que ela comprou?

– Um bichinho adorável! – adoro quando Bi se faz de Luna, adoro quando ela faz isso porque qualquer pessoa fica com uma cara de taxo.

– Ah! – uma irmã gêmea, grátis, uma cobra píton, cinqüenta galeões, professor Severus Snape com cara de taxo, não tem preço! – Parece que já compramos tudo, vamos, vocês tem que conhecer a nova casa de vocês.


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Notas finais do capítulo

ministerio no proximo



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