Kingu escrita por Van senpai, Amaterasu Mordekaiser


Capítulo 7
Dever


Notas iniciais do capítulo

Finalmente um novo capítulo, esperamos que gostem. Boa leitura!



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“As pessoas que põem um limite em sua força jamais alcançarão o seu verdadeiro poder”

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Os sons de seus passos abafados por causa do enorme tapete vermelho que se encontrava no chão ecoavam pelo extenso corredor, suas paredes dominadas pelos milhares de teias de aranhas que ali repousavam assim como os moveis empoeirados e de aparência antiga, como as armaduras enferrujadas encostada nas paredes já deterioradas pelo tempo. Já devia ter se passado bastante tempo desde a construção daquele local para o mesmo estar em tal estado desprezível, enormes janelas permitiam os raios solares entrarem pelo corredor e ilumina-lo, o homem de cabelos prateados continuava a caminha calmamente, mesmo que seu instinto o diga o contrario, por tal motivo não havia abaixado sua guarda, pois ainda estava em meio aos inimigos, os mesmos que o aprisionaram em uma dimensão sem sinal de vida tirando a dele mesmo, seus pensamentos estavam trabalhando em uma única questão.

“Por quê?” – Questionou-se o homem, não havia uma resposta logica para o terem libertado, um dos maiores causadores da quase extinção da humanidade há milhares de anos atrás. – “Porque eles se dariam o trabalho de me libertar, eu sendo uma das sete criaturas nascida diretamente de Ragnarok, a cria da destruição?” – Seus pensamentos foram interrompidos ao visualizar uma imensa porta de ferro acima dela estava talhado em bronze o número nove, as outras duas pessoas que o acompanhavam tomaram a frente e abrirem o portão de ferro, permitindo ver um extenso saguão.

O cômodo era bem grande tendo várias mesas para possíveis festas assim como os mesmos enfeites que se encontravam no corredor estavam ali, mas o que chamou sua atenção era o ser sentando no trono na ponta do cômodo, o homem de longos cabelos negros olhava diretamente para Fernando transparecendo sua serenidade e confiança, mas também seu destrutivo poder tanto em essência como em aura, em seu lado direito o Rei dos Dragões, Kasai, com seu sorriso arrogante e previsível e do lado esquerdo do trono estava Woo, o Rei do Tempo.

– Fernando o lâmina sinistra, faz bastante tempo desde nosso ultimo encontro! – Falou o homem de longos cabelos negros que estava sentando no trono, um pequeno sorriso zombeteiro nasceu em seus lábios fazendo Fernando perde um pouco de sua paciência.

– Gadved, o segundo Rei. – Pronuncia Fernando o nome do homem em sentando em sua frente. – O que quer de mim seu lixo? – Questiona ele, por um segundo flexionou seu pescoço para a direita esquivando de uma estaca que ia em direção a sua cabeça.

– Não fale assim com Gadved-sama! Cria de Ragnarok! – Gritou um garoto pulando do segundo andar do saguão, seu rosto estava encapuzado em sua mão direita repousava uma estaca semelhante a que foi jogada contra o prateado.

– Não precisa disso Kujiro, volte para seu posto! – Ordenou o homem ao lado direito de Gadved, Kasai.

O garoto acena com a cabeça e efetua um pulo voltando ao segundo andar.

– Samui fez um bom trabalho, você pode voltar aos seus aposentos, você também Karl, vocês dois merecem um bom descanso. – Disse Gadved, ambos fazem uma breve reverencia e se dirigem para o portão do local.

O ranger do portão de ferro cessa indicando que agora estava fechada, o ar começou a ficar pesado, Fernando olhava seriamente para o Rei sentando em seu trono com seu pequeno sorriso superior que brincavam em seus lábios, Kasai e Woo estavam preparados para qualquer movimento do prateado assim como os jovens “Plebeus” que reforçavam a segurança do salão. Seu punho fechava-se agressivamente, Fernando repudiava todos eles, humanos, Reis, ceifeiros, plebeus, não somente por causa de sua natureza, mas sim pelo que vivenciou após seu nascimento.

– Vou perguntar mais uma vez. – Pronunciou-se Fernando finalizando o silêncio que se instalou no local. – O que você quer de mim, Gadved? – Questionou mais uma vez ele.

O Rei sorri com a pergunta do homem, isso fez a pouca paciência de Fernando se extinguir totalmente o fazendo partir para cima de Gadved com um punho armado nem mesmo Woo ou Kasai puderam acompanhar a velocidade do lâmina sinistra, mas quando faltava poucos centímetros de seu punho acerta a face do homem de cabelos longos seu corpo paralisa bruscamente, o fazendo ficar surpreso.

– Se acalme Fernando, não quero ter que mata-lo agora. – Respondeu Gadved se aproximando lentamente de Fernando, o mesmo tentava mexer qualquer parte de seu corpo, mas seu resultado era em vão. – Você e seus irmãos serão de grande utilidade para mim. – O Rei aproximou seu dedo indicador na testa do prateado o liberando da paralisação.

“Ele parou meu golpe tão rápido que pareceu que ele nem sequer se mexeu...” – Refletiu Fernando revendo todo o momento em sua mente, quando faltavam apenas alguns centímetros para acerta-lo Gadved se moveu tão rapidamente que não poderia ser visto ao olho nu, o Rei havia acertado seu corpo rapidamente em todos os seus músculos, o paralisando. – Como assim meus irmãos? – Perguntou Fernando, Gadved se aproximou dele e tocou sua testa com o dedo indicador, então em um piscar de olhos todos os músculos paralisados voltaram ao seu estado normal.

– Você sabe como a humanidade se tornou fútil e horrenda ao passar dos anos, destruíram meu lar, por isso vamos esquecer as aguas passadas e criar um novo mundo juntos! Um mundo perfeito, um mundo criado por nós onde apenas viveram os seres iguais! – Dizia o Rei andando pelo saguão. - Sem dor ou guerra, sem tristeza ou desigualdade! Um lugar onde você será livre sem precisar seguir regras para não ser diferente dos demais! O mundo pelo qual meu pai lutou e morreu! – A cada palavra dita por Gadved os jovens gritavam em concordância, suas palavras saiam fortes e serenas, transpareciam confiança e verdade, para as pessoas que não compreendiam de tal assunto parecia que Gadved tinha uma filosofia absoluta, uma regra perfeita.

– E para isso irá propor um genocídio em massa? – Pergunta Fernando retirando de seu bolso um charuto, o homem levanta seu dedo indicador e dele se criou uma chama negra fazendo acender o charuto em suas mãos, ele a leva em direção a sua boca para em seguida inspirar uma quantidade considerável de ar e solta-la, um pequeno sorriso macabro se formou. – Gostei! – Respondeu ele, Gadved sorriu com a resposta do prateado.

– Esse é o espirito Fernando! – Afirmar o Rei indo em direção ao homem. – Primeiro você terá que ressuscitar a Elite dos Sete e acabar com a resistência daqueles que defendem esses seres imperfeitos e fúteis! – Gadved estende sua mão para Fernando, o mesmo abaixa seu olhar rapidamente para a palma da mão do Rei.

Por momento o prateado parou para pensar na proposta do Rei, um dos noves seres mais poderosos daquela existência, que fora criado para proteger a humanidade pelo próprio “Deus” em pessoa agora estaria se rebelando contra seus protegidos era um ponto a se desconfiar, mas ele tinha um pacto com Samui este era um ponto de sua vantagem caso eles tentassem algo contra ele, então veio em sua mente os dois dos três responsáveis pelo seu aprisionamento naquele Limbo cheio de solidão, Matheus e Vagner, o quarto e quinto Rei, esses nomes grudaram nas paredes de sua mente que clamava por vingança, dar a eles o sofrimento que ele mesmo passou naqueles milhares de séculos aprisionado, então se pensar novamente Fernando aperta a mão de Gadved, firmando sua aliança, o mesmo dá um singelo sorriso de satisfação, como se aquilo já fosse planejado antecipadamente.

“Apenas esperem Matheus e Vagner, eu irei atrás de vocês e os farei pagar...” – Pensou consigo mesmo Fernando enquanto apertava a mão do Rei, sem mesmo percebe um sorriso macabro nasceu em seus lábios.

– Woo, prepare alguns “plebeus” vocês e Fernando saíram ao amanhecer. – Adverti Gadved para seu irmão, o mesmo acena levemente a cabeça atentando o desejo do Rei.

Tanto Woo quanto Kasai dirigiram-se para fora do portão, assim como os “plebeus” e Fernando, deixando somente Gadved no imenso saguão, o homem se dirige a passos lentos em direção á seu trono sentando-se logo em seguida.

– Falta apenas mais um pouco Pai, só mais um pouco e seu mundo perfeito existirá... – Sussurrava para si mesmo o homem. – Mas para isso terei que derramar sangue de meus próprios irmãos e dos novos Reis... – Um sorriso macabro brotou em seu rosto, seus olhos se tornaram escuros. – Eu farei isso com maior prazer.

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O garoto andava de um lado para o outro, mesmo tendo atendido ao pedido de Sarah para ficar na mansão e esperar por seus amigos sua real vontade era de sair dali e ir atrás deles, Rin e Bruna apenas viam a agonia do loiro sem falar nada ambas também não podiam fazer muita coisa para ajuda-lo, pois o próprio Matheus deu uma ordem direta de ninguém sair da Kuroi.

– Dane-se! – Gritou Luiz saindo da sala de estar indo para o corredor principal, Rin e Bruna apenas o acompanharam incertas sobre sua escolha.

Luiz para logo após de dar seu primeiro passo pelo corredor, encostados na parede estavam Yuki e Arthur, parecia que ambos já haviam planejado que o loiro não iria ficar parado enquanto seu dever ainda não fosse concluído, um dever passado de geração em geração por sua família. Rin e Bruna param logo atrás do portador da Rebellion, as garotas fixaram seus olhos nos dois garotos, o clima começou a pensar e intenção de todos os se manifestaram.

– Onde você pensa que vai Luiz? – Pergunta Arthur seriamente, em sua mão direita se encontrava sua foice.

– Vou passar por essa porta e ir atrás daqueles dois. – Respondeu o loiro sério, ele podia sentir Rebellion latejar para ser invocada. – Vocês irão me impedir? – Questionou ele retoricamente.

O loiro olhou para seus amigos, na mão de Arthur estava a foice a ferramenta de batalha de todo Ceifador, quanto a mão de Yuki deslizava lentamente em direção ao cabo de Excalibur preso em sua cintura por uma bainha de couro, os três estavam em um impasse temeroso, Luiz levanta a mão vagarosamente em direção a suas costas, atrás de si em um brilho azulado revelou-se Rebellion, o loiro firma sua mão na bainha de sua espada. As garotas estavam prontas caso aqueles três tentassem algo imprudente, como se atacaram dentro da mansão em momento onde eles estavam sendo caçados. O ar estava tenso assim como todos ali presentes, um movimento em falso e talvez alguém fosse gravemente ferido.

– Eu não vou impedi-lo. – Revelou Yuki distanciando sua mão da bainha de sua espada. – Eu vou com você, eles também são meus amigos. – Disse o possuidor de Excalibuir sorrindo para o loiro, assim como ele Arthur também abaixou sua espada.

Luiz solta um pequeno sorriso quase inaudível para as pessoas ali, ele retira a mão do cabo de Rebellion e continuar a caminhar em direção a porta, Arthur e Yuki o seguiram deixando apenas Bruna e Rin para trás, no segundo andar, encostado na parede Vagner ouvia toda a conversas dos jovens Reis desde seu inicio, em seus lábios um ligeiro sorriso se permanecia, mesmo a escolha do loiro não sendo sensata a se fazer em uma situação como aquele ele ainda sorria, pois realmente aqueles novos Reis o faziam se lembrar de quando tudo começou, a legião dos Nove.

– Você vai deixa-los ir? – Questionou uma voz feminina vinda do seu lado, mas mesmo assim não desviou seu olhar para o corredor. – Sabe que eles sofrem um grande risco caso saiam daqui! – Insistiu a voz preocupada e ao mesmo tempo irritada.

– Eles não devem depender só de nós para evoluírem, a coisas que nós não podemos os ensinar todas as suas habilidades, por que não sabemos sobre elas, somente eles mesmos conseguiram evoluir ao nível em que um dia chegamos. – Respondeu o Rei para a voz, a mesma se calou com tais palavras ditas por ele. – Além do mais isso aconteceria de um jeito ou de outro, Sarah.

A Rainha permaneceu em silêncio quanto às palavras de Vagner, realmente o Rei tinha razão sobre os garotos, certas coisas se aprendem sozinho, então convencida de si mesma ela deu as costas para seu irmão e rumou para a sala de Matheus.

– Se vai dizer á ele você não precisa. – Disse Vagner para ela, a mesa bufa com tal frase, ele havia previsto o que ela iria fazer.

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Estava tudo razoavelmente escuro e silêncio, a única luz do local era de uma pequena fenda feita no teto por causa da queda do garoto, o mesmo permanecia imóvel no chão surpreso com tal situação em que se encontrava, sua melhor amiga estava apontando uma arma para sua testa, vestia o mesmo uniforme das pessoas que o perseguiam sem motivo aparente para ele, um turbilhão de perguntas dominavam sua mente, mas nenhuma delas tinha uma resposta.

– Por que...? – Questionou o garoto em um sussurro, ainda sentia seu corpo dolorido por causa da queda.

– Me responda Van! Por que você está no meio disso?! – A garota ignorou a pergunta de Van e bruscamente diminui os poucos centímetros do cano de sua pistola com a testa do garoto. – Por quê? Por que você e Luiz estão nisso?! Sabe que toda a organização está atrás de vocês?! – Ela notou a rápida mudança de emoção do garoto, antes seus olhos expressavam surpresa, mas agora transpareciam indiferença.

– Então você faz parte daquelas pessoas. – Disse ele serio, a garota estranhou, nunca o viu assim antes. – Não sou quem devo responder suas perguntas, e sim você Rose! Porque esta atrás de mim?! – Exclamou ele levantando sua mão rapidamente para em seguida bate-la no chão.

Rose não pode fazer nada quando uma fonte explosão de ar aconteceu ao redor do garoto, a garota fora jogada com força que foi voou alguns metros de onde ele estava, batendo bruscamente contra a parede em consequência fazendo-a soltar sua arma, mesmo antes que Rose pudesse fazer qualquer outra ação ela começou a sentir uma enorme pressão em seu pescoço, abriu os olhos vagarosamente mesmo com a dor visualizando Van a enforcando, seus olhos brilhavam em rubro no meio de toda aquela escuridão.

– Me responda Rose! Porque você nos traiu?! – Exclamou ele com um tom furioso, Rose por um momento achou estar de frente a uma criatura como as que seu comandante lhe contou.

“Será...?” – Pensou enquanto sentia o pescoço a cada segundo ser mais e mais pressionado pela força de Van.

A garota efetua um chute com sua perna direita, acertando o rosto de Van e o fazendo cambalear para o lado a soltando por causa do impacto, Rose respirar por um único segundo para então rapidamente retirar de um coldre em sua perna uma faca militar e sem mais delongas vai em direção ao garoto fazendo um corte vertical no ar, mas para sua surpresa Van levanta seu braço esquerdo e consequentemente impedido o golpe de Rose, o portador de Dann segura o pulso do braço direito da garota usando sua mão livre e o começa a pressionar.

– Diga Rose! Está com eles? Vai querer me matar também?! – Então o garoto consegue fazer com que Rose soltasse a faca, o som metálico do objeto quicando no chão era ouvido nitidamente, a garota rapidamente desliza entre as pernas de Van o fazendo gira e cair de costas no chão, agora ela esta livre.

Passou seus olhos pelo local de maneira rápida até encontrar o que procurava, parou de observar ao visualizar a sua pistola não muito longe dela, observou Van levantando-se em um único movimento, já sem escolhas ela rola pelo chão parando ao lado da arma, ela a pega e mira em direção ao garoto o mesmo retira da cintura a espada Dann. Estavam em um impasse.

– Parem! – Gritaram duas vozes femininas em uníssono, o garoto para seus movimentos bruscamente assim como Rose.

Van olha pelo canto do olho o lugar de origem daquelas vozes, ambas vinham de uma parte escura do local, o som de passos é ouvido no recinto e duas silhuetas saem das sombras revelando serem Elena e Yumi, a loira de olhos azuis indignada com tal situação em que Van e Rose se encontram e a outra com um olhar triste. O garoto observa no fundo dos olhos daquelas duas e então abaixa sua espada, Rose se levanta do chão e guardando logo em seguida sua pistola no coldre de sua perna direita.

– Eu não estou contra você Van. – Pronunciou-se Rose em sua defesa, o garoto apenas a observa a espera de mais respostas assim como as loiras gêmeas. – Respondendo suas perguntas, sim eu faço parte do grupo de pessoas que estão atrás de você e também de seus amigos! – Van arregala os olhos com tal revelação. – Mas eu não estou à caça de vocês, eu vim ajudar vocês contra a UDRR... – Antes mesmo de a garota pudesse completar sua frase Elena a interrompe, seu olhar era sério e frio, um nunca visto por aqueles dois.

– UDRR. Unidade de Resposta Rápida, uma organização governamental de defesa aos seres de primeiro mundo. – Diz Elena, Rose deixa transparecer livremente sua surpresa, eram poucas ou quase ninguém ligado ao governo que sabia sobre aquele grupo, usavam a fachada de uma unidade especial integrado a policia de Sora para investigar melhor os assuntos estranhos que começaram a acontecer pela cidade, mas então ocorre que Elena e provavelmente Yumi sabiam da existência real daquela organização de alguma forma. – Vocês nós caçam em nome da “defesa” de Sora, mas nunca viram de perto o que é realmente um monstro, os reais monstros que são o verdadeiro perigo. – As palavras da loira eram como um acerto na ideologia de Rose.

– Como você...? – Perguntou Rose em um pequeno sussurro, mas o silêncio não se apoderou do local, pois logo em seguida outra explosão foi sentida e pela força que fez deveria ter acontecido bem perto, esse era o sinal.

Der repente logo após a explosão Rose se vira de costa para as outras pessoas ali e seguiu um pequeno caminho até um canto do local, agachou-se tocou o chão, um quase inaudível ranger fora ouvido, Van forçando um pouco de sua visão verá que sua amiga acabara de abrir com algo parecido com um alçapão, Rose após de alguns segundos se levanta e abri uma das muitas caixas ali presentes pelo fato que o recinto era uma distribuidora de entregas a correio, abriu uma caixa média de cor marrom e de lá puxou uma submetralhadora padrão do exercito, a garota se vira para os demais ali.

– Me sigam, chegaremos à mansão em pouco tempo. – Diz a garota para os três, a mesma parou em frente ao alçapão e em seguida pulou para seu interior.

Yumi fora também em direção ao alçapão sendo seguida por Elena deixando somente o garoto no local, Van tinha os pensamentos confusos e embaralhados pelo ocorrido, uma parte de si estava relutante em seguir sua amiga, uma das única que ficou ao seu lado no enterro de sua mãe, a mesma que o ajudou quando mais precisou assim como Luiz, mas também era uma das pessoas que o estavam caçando para “defender” sua cidade de um mal que eles o denominaram, não sabia do porque ou para que aquilo, caçar as pessoas que o estão protegendo da talvez extinção de toda humanidade. Fechou os olhos por breves segundos e respirou profundamente, ele não poderia ficar parado ali e então, mesmo relutante, ele deu seus primeiros passos em direção ao alçapão, parou em sua borda e visualizou seu interior, escuro e desolado, mas era a única alternativa para se chegar á mansão sem ser detectado por aqueles “soldados” que o caçavam e o queriam provavelmente morto.

“Vou ter que seguir com isso caso eu queira chegar lá, mas no menor movimento em tentar machucar Elena ou Yumi, não hesitarei.” – Pensou Van prometendo a si mesmo que se Rose tentasse algo contra aquelas duas, ele não iria hesitar em puxar Dann e ataca-la para matar.

Então em seguida pulou para dentro do alçapão.

Um caminho duvidoso e incerto, mas era o único a qual recorrer.

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Três silhuetas corriam pelos becos daquela gigantesca cidade chamada Sora, o som dos pneus de blindados militares e escutado em qualquer canto, parecia que estavam à procura de algo ou alguém, o movimento era frenético e parecia que nenhum civil estava presente até mesmo às lojas e a rua central de Sora estava completamente deserta. As três sombras se encostam a uma parede, escondidas nas sombras dos becos misteriosos da cidade.

– Há quanto tempo você chegou aqui Allan? – Perguntou a silhueta parecia estar machucado por segurar seu braço direito, seu cabelo alaranjado agora sujo balançavam levemente pela fraca brisa que batia no beco, mas seu olhar estava fixado em seu amigo.

– Não muito tempo, mas o bastante para saber de certas coisas Draig.

– Respondeu ele sério verificando quaisquer movimentos pelas proximidades. – Como uma organização estar caçando os seres de primeiro mundo, não somente aqui em Sora, mas sim por todo o Japão! Aquele ciborgue que lutou contra você foi uma das mais recentes criações, eles usaram nossos materiais e o construíram, uma maquina perfeita de combate a nós. – O revelou, entre os dois estava Inori, a garota no qual Draig havia salvado e que também estava no meio do esquema dos Reis de alguma forma, a garota estava agachada ao lado do alaranjado, estava analisando o ferimento no braço do garoto causado pelo contato da Katana do ciborgue embranquecido.

– O que houve com aquele ciborgue? Ele foi destruído? – Questionou Draig curioso, ele não havia visto seu adversário em local algum após acorda no meio da cratera e nem mesmo nos lugares onde passaram até chegar naquele beco.

Um silêncio se fez entre os três, Allan permanecia parado fitando o nada, relutante em dizer o que realmente aconteceu assim como Inori, o alaranjado esperava a resposta de seu amigo.

– Eu havia chegado ao momento onde vocês jogaram seus golpes, foram apenas poucos segundo que tinha para salvar essa garota caso contrario ela iria ser desintegrada junto com todo aquele armazém. – Disse ele em um tom sério, Draig permanecia atento à resposta de Allan. – Mas eu consegui salva-la a tempo e a colocar em um local seguro até que toda aquela energia fosse dispensada, após isso você estava caído inconsciente no chão enquanto o ciborgue estava de pé e pronto para matá-lo, mas estranhamente ele não o fez, somente levantou voo e partiu em direção a cidade. – Disse Allan terminando seu relatório sobre o acontecido entre Draig e o ciborgue inimigo, o garoto de cabelos azulados estranhou o súbito silêncio que seu amigo proporcionou, Allan deu uma olhada rápida na garota, a mesma devolveu o olhar, ambos preocupados com o que Draig estava pensando.

“Eu fui poupado...?” – Essa pergunta invadia a mente do alaranjado impetuosamente, pequeno flashes da batalha passaram pelos seus olhos. – “Eu ainda não sou forte o suficiente?” – Draig fecha seu punho esquerdo fortemente, era obvio que ele foi poupado pelo inimigo o mesmo feito por Kasai há anos atrás, quando ele exterminou a pequena vila de sua espécie, Draig ainda não era forte o suficiente, nem mesmo tendo despertado a real força de Doragon.

Allan apenas se limitava a observa Draig em seu momento de reflexão, ele mesmo já ouviu falar do dia do extermínio dos domadores de Dragões dias depois de tal acontecimento, foi o assunto mais comentado dentre todos os reinos habitados no primeiro mundo, lembrou-se da chegada do alaranjado no reino onde vivia, o garoto era calado e solitário, essas palavras descreviam como Draig se comportava em meio à sociedade, seu tio que o salvou da vila em chamas preocupava-se demais com seu sobrinho e também com seu comportamento fechado, era trágico o que ocorreu mais nada poderia mudar o fato que apenas havia agora dois domadores, já que Allan havia recebido a noticia que o tio de Draig faleceu a poucas semanas.

– Por favor, não se mova demais Draig-san. – Pronunciou-se Inori pela primeira vez naquele local retirando o silêncio impregnado, o jovem alaranjado levantou seu olhar para ver o rosto da garota, a mesma tendo apenas o conhecido por poucos minutos sorriu para ele, tentando transparecer confiança. – Eu não sou muito boa com primeiros socorros, mas e melhor que nada. – Disse ela se referindo ao pequeno curativo no braço direito de Draig, um faixa que começava pelo pulso do garoto e finalizava até metade do braço.

– Obrigado. – Agradeceu ele após visualizar o curativo, então uma pergunta veio em sua mente. – Inori, por que você esta no meio de tudo isso? Porque aquele cara estava lhe atacando? – Questionou Draig a garota, a mesma levantou-se fazendo o tamanho entre eles desproporcional para o garoto.

– Eu me chamo Inori, umas das nove Turners designadas a servi um dos novos Reis. – Respondeu ela com um pequeno sorriso.

Draig a observava sem entender completamente a frase de Inori, ele não sabia o que eram Turners e muito menos do porque os servirem, Allan somente se observava aquela situação de forma neutra, talvez Draig ainda não soubesse o que era um Turner ou que Matheus ainda não o havia contado, de qualquer maneira suas questões só poderiam ser respondidas caso conseguisse chegar a Kuroi Tenshin vivos.

– Vamos, temos que continuar a andar não podemos ficar aqui todo tempo, caso contrario seremos pegos. – Avisou Allan verificando mais uma vez o estado da rua, estava vazia sem sinal de Rhinos ou pessoas. – Se chegarmos vivos até lá podemos nos encontrar com o resto do meu grupo.

– Seu grupo? – Repetiu Draig as últimas palavras do azulado.

– Sim, eu cheguei com um grupo que também estava vindo pela mensagem que o Rhuan mandou. – Respondeu ele a pergunta do domador. – Vamos, temos pouco tempo.

Assim como foi dito Allan foi o primeiro a sair do beco visando à mansão Kuroi, Draig e Inori se entreolharam rapidamente e ambos seguiram Allan, não sabiam o que encontrariam no caminho da mansão, assim como aquele dia esta indo de mal a pior e a esperança de conseguirem chegar são e salvos ao local diminuía a cada segundo que se passava.

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A única coisa que povoava seus pensamentos era onde encontrar aqueles dois, por mais que todos os seres pudessem sentir um ao outro por causa da assinatura de energia, Sora era enorme e também ser um sensor não era a especialidade de ninguém das pessoas que o seguiam, mas suas pernas não paravam de continuar a se movimentar como se fosse um desejo próprio delas de continuar a seguir em frente. O loiro olhou rapidamente para trás, ele e os outros dois que o acompanhavam corriam pela extensa rua, já haviam se distanciado consideravelmente da mansão, o aprendiz de ceifeiro permanecia quieto e determinado enquanto Yuki parecia absorto em seus próprios pensamentos, voltou a visualizar o caminho a sua frente, não importa qual fosse o obstáculo, o garoto não iria falhar em sua missão que todo ser de sua espécie tinha. Então, por um breve momento Luiz relembrou-se do dia em que haviam o dado a missão de sua vida, o dever passado de geração em geração por usa família.

Deveriam ser nove horas da manhã, o sol estava agradável enquanto uma leve brisa passava pela madeira da residência, uma casa tradicional com apenas um andar e feita a partir de carvalho, em seu jardim uma mulher de longos cabelos azulados, vestia um longo vestido azul, carregava consigo um pequeno cesto de palha enquanto retirava algumas flores de seu jardim, no interior da residência uma criança loira estava a brincar com um pequeno boneco de madeira e ao seu lado um homem de cabelos loiros, uma barba por fazer também loira estava a observa o pequeno.

– Ei pai, aquele garoto realmente vem? – Perguntou o pequeno loiro para seu pai.

– Sim Luiz, eles estão prestes a chegar... – Antes mesmo que acabasse de falar sua frase à campainha da residência toca. – São eles, vamos? – Pergunta o homem para a criança, a mesma acenou com a cabeça e pegou a mão do loiro mais velho e ambos se dirigiram para o portão.

Seus passos eram vagarosos e calmos, o som de seus pés ao contato com a madeira fazia um breve e quase inaudível ranger, ambos os loiros passavam pelo pequeno corredor da casa, nela havia pequenas porta horizontais, parecia ser de uma família que realmente levava sua tradição a serio. Enfim os loiros chegam ao portão, Luiz apenas ficava atrás de seu pai e vendo a mulher e a criança que esperavam do outro lado do portão.

– Você veio enfim. – Disse o loiro maior à mulher de cabelos negros cumpridos, o mesmo se aproximando do portão e o abrindo.

– Eu disse que veria Mikoto-san. – Respondeu a mulher entrando no território da residência. – Sohara está? – Pergunta ela sobre a esposa de Mikoto.

– Sim, esta lá no jardim, me acompanhe por fav... – Mikoto ao se virar deparou-se com seu filho que apenas observava a situação e como um estalo que passou em sua cabeça o fez lembrar. – Ah, quase ia esquecendo, como você não vem há muito tempo vou lhe apresentar o meu filho. – Disse Mikoto segurando a mão de seu filho e virando-se para as visitas. – Este aqui é o meu filho, Luiz, o próximo portador da Rebellion.

– Oh que garotinho bonitinho. – Falou a mulher se aproximando do garoto, o mesmo deu alguns passos para trás por instinto. – Não fique com medo, não vou lhe machucar, veja eu lhe trouxe um amigo. – A mulher de longos cabelos negros apontou para a criança que segurava sua mão, o pequeno tinha cabelos negros e espetados. – Esse é o meu filho, seu nome é Van.

Então por um segundo seus ouvidos somente emitiam um zumbido forte e agudo, após alguns segundos percebeu em qual situação havia se metido, seu corpo estava no ar, a sua frente uma enorme cratera havia se abrido por causa de algo com bastante força, logo voltou a ter o controle de seu corpo de volta para em seguida girar no ar e cair de pé no chão.

– O que aconteceu?! – Exclamou Luiz virando para todos os lados a procurar do possível atirador ou criatura.

– Eu não sei, estávamos correndo quando do nada alguém atira! – Respondeu Yuki seguindo os movimentos de Luiz, sua mão estava agora segurando firmemente sua espada. – Encontrou algo Arthur? – Perguntou o garoto para o aprendiz de ceifeiro.

– Nada, parece que alguém ou algo sumiu do nada! – Disse Arthur procurando por alguma assinatura vital, mas fora em vão, estavam sozinhos.

Os três estavam tensos, havia alguém em sua cola que provavelmente fazia parte do grupo que os estavam caçando por algum motivo desconhecido, a rua estava completamente vazia e deserta restando somente os três garotos, Arthur continuava a tentar achar o autor do disparo com sua habilidade de rastreamento de caça, habilidade somente usadas com ceifeiros, mas por consequência de seu uso o corpo do hospedeiro leva leves danos como cansaço e exaustão, mas ele não estava se importando com tal fato, confiava em suas habilidades, como ceifeiro e também nos vários anos de treinamento com Rhuan. Tudo havia se resumido ao mais puro silêncio, Luiz tentava procurar qualquer coisa com seus olhos assim como Yuki e Arthur, então sons de passos foram ouvidos, eram bem baixos, mas com a audição aguçada dos três era bem perceptível, os garotos se virarão para a direção do som e observaram ao longe três silhuetas andando em sua direção calmamente, Luiz por sua rápida percepção deduziu que a silhueta do meio parecia usar um tipo de bengala, pois seu movimento irregular era bem perceptível, do lado direito uma sombra bem grande e robusta, andava de modo militar e por fim do lado direito uma silhueta um tanto pequena comparando com os outros dois.

– Arthur consegue ver quem são eles? – Questiona Luiz em um pequeno sussurro.

– Não, parece que algo impede que minha visão os veja. – Respondeu o aprendiz de ceifeiro.

– Provavelmente são inimigos, estejam preparados caso isso seja verdade. – Disse Yuki retirando da bainha em sua cintura a Excalibur.

O clima estava pesado e o vento começava a se remexer agressivamente, os três garotos apenas esperavam a chegada daqueles três de forma cautelosa, não sabia quem eram, mas deveriam ser extremamente poderosos para que impedisse a habilidade de Arthur sobre eles, mas então, como se tudo acontecesse em um piscar de olhos, um homem aparece no meio dos três os surpreendendo, Luiz tentou virar seu rosto para ver quem era o ser que estava no meio deles, em sua visão tudo estava em câmera lenta, pedaços de asfalto voavam ao redor deles por causa da velocidade do vulto, o loiro pode então ver quem ele era, mas foi novamente surpreendido por uma enorme pressão do lado direto de seu rosto, havia sido acertado por um soco bem aplicado o fazendo voar por alguns metros até conseguir parar perfurando a rua com a Rebellion.

“O que foi isso?” – Perguntou-se ele limpando o canto de sua boca no qual escorria um pequeno filete de sangue, mas antes mesmo de poder ter levantado sua cabeça sentiu uma forte ventania passar por ele, como se algo fosse jogado fortemente. – “O que...” – Antes mesmo de poder terminar sua alto-questão própria, o som estrondoso de um objeto entrando em contato com o asfalto de forma violeta fora ouvido, o obrigando a vira-se para a direção da origem do som, mas ficou chocado ao percebe que eram Arthur e Yuki que haviam sido jogados e que agora estavam no meio de uma cratera do tamanho de um carro.

– Eu pensava que esses tais “Reis” fossem mais difíceis de lidar, mas vejo que o comandante estava enganado. – Pronunciou-se uma voz grossa e grave, Luiz virou-se para ela deparando-se com um homem de alta estatura, quase dois metros ou mais, vestia um colete azulado de manga longa, assim como a calça de cor igual, em seu rosto se mantinha um riso traiçoeiro e sagaz e mais velho que o loiro.

– Assim Delta não pode se divertir caso os alvos não reajam! – Disse outra voz fina e delicada, feminina com certeza, virou-se para direção da voz e visualizou uma garota de longos cabelos azulados, olhos azuis claros, vestia um colete cor vinho assim como sua calça, usava luvas douradas, sua expressão facial era de pura inocência, uma garota recém-tirada de mangas *lolicons, mas Luiz não estava prestando atenção para isso no momento, qualquer um que pelo menos tivesse encarado a morte e sobrevivesse para contar historia, perceberia a enorme intenção assassina vinda dela.

– Não encham o saco agora vocês dois. – Disse um garoto de cabelos brancos e lisos, vestia uma camisa listrada entre preto e branco, em seu braço direito uma bengala metálica se encontrava, seus olhos vermelhos transpareciam uma incrível sanidade escondida.

Luiz levantou-se com muita dificuldade usando sua espada como apoio, não precisou olhar para trás para perceber que os dois também haviam feito o mesmo gesto que o seu, retirou Rebellion do asfalto o meta da lâmina ao se deslocar no ar reproduzia um agudo som, comum entre milhares e milhares de lâminas.

– Quem são vocês? – Perguntou Luiz apontando sua espada para o garoto de cabelos brancos, por algum motivo algo o fazia ter o desejo de banhar Rebellion em seu sangue.

Yuki e Arthur ficaram ao lado do portador da enorme espada, o homem e a garota ficaram calados enquanto a isso, o garoto embranquecido deu um passo à frente, mancando por sinal.

– Eu não tenho nome, só sei que existo para exterminar sua raça, mas em todo caso a maioria das pessoas me chama de Alpha. – Respondeu o garoto de cabelos brancos olhando fixamente para Luiz.

– Este é Omega. – Apontou para o homem de colete azulado, o mesmo deu um pequeno sorriso de escarnio. – E esta é Delta. – Alpha limitou-se somente a olhar para a garota de cabelos azulados. – Nós somos o esquadrão feito somente para acabar com vocês! – Antes mesmo que Luiz ou qualquer outro pudesse fazer algum movimento, Alpha já estava a poucos centímetros do loiro e com um punho fechado, Luiz por puro instinto colocou a lâmina de Rebellion em sua frente, improvisando um escudo, mas nem mesmo isso o impediu de ser arrastado a milhares de quilômetros.

– Parece que ficamos com esses dois Yuki. – Disse Arthur colocando-se em posição de batalha, assim como o portador de Excalibur fez. – Vamos atacar jun... – O garoto não pode terminar de formular sua frase por Delta.

– Não, não, vamos brincar sozinhos! – Disse ela de maneira inocente e infantil, mas que por sua intenção pudesse sentir um frio na espinha, Delta toca o ombro de Arthur e em seguida ambos desaparecem do local, deixando somente Yuki e Omega.

– Vamos ver por quanto tempo você aguenta garoto! – Zombou Omega avançado rapidamente contra Yuki.

O garoto salta para trás esquivando de um gancho de direita proporcionado por Omega, mas sua velocidade era tão absurda que nem sequer pode se defender de outro golpe realizado pelo homem, o soco atinge sua face esquerda, parecia que que o peso da mão do inimigo se comparava a três prédios das empresas Kurato, então rapidamente Yuki exalou uma fina camada de energia sobre o lugar atingido, criando algo tipo como uma pequena proteção em seu rosto, o garoto fixa sua perna esquerda no asfalto, a tração proporcionada pelo movimento permitiu que ele pudesse para bruscamente a força do golpe feito por Omega, o chão abaixo de sua perna rachou, rapidamente Yuki efetua um corte horizontal com Excalibur, Omega visualiza a rota da lâmina indo em direção á seu estomago então o mesmo em um impulso se distancia do garoto, mas sua velocidade não o salvou da lâmina ter passado em um raspão por seu tronco, fazendo o colete no qual vestia ser rasgado levemente.

– Você é esperto garoto, colocando uma camada de energia no local do soco. – Revelou Omega surpreendendo Yuki, o mesmo cospe uma pequena quantidade de sangue, sua defesa não havia o salvado por completo.

“Tenho que tomar cuidado com ele, veloz o suficiente para eu não poder ver seus movimentos.” - Pensou o garoto de cabelos castanhos enquanto observava Omega parado a alguns metros de distancia do mesmo.

Não seria uma batalha fácil, pois é quase impossível lutar contra algo que ao menos consegue acompanhar.

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O som de passos ecoava pelo extenso corredor escuro, o local era somente iluminado por algumas lâmpadas mal acabadas fixadas em suas paredes, o lugar era cheio de corredores secundários sendo conectados a um extenso e longo corredor central, a cada esquina havia outro corredor que levaria a outro lugar. Os quatros caminhavam silenciosamente durante todo o percurso percorrido, Rose andava na frente dos demais indicando o caminho a ser seguido pelos três que a acompanhavam, em sua mente passavam milhares e milhares de pensamentos que a deixavam cada vez mais apreensivas, pedia no fundo de seu ser que o plano no qual elaborará com seu companheiro desse certo e que não tivesse muitas vitimas, atrás dela estavam as duas gêmeas Turners, andavam silenciosamente seguindo a garota a frente delas, Elena parecia estar tão pensativa que somente caminhava fixando seu olhar para o extenso corredor, Yumi permanecia de cabeça levemente baixa e com pensamentos a mil, mas o que mais mexia com sua mente era o garoto logo atrás delas, uma grande preocupação tomava conta de seu interior com o garoto de agora cabelos brancos, resultado do despertar de sua espada.

“Será que Van-senpai esta bem?” – Questionou-se Yumi observando pelo canto de seu olho o garoto atrás delas, o mesmo andava de cabeça e segurava a bainha de Dann fortemente, como se algo o enfurecesse. – “Ele esta muito calado e a assinatura de energia dele esta muito negativa, ao menos pude contar a ele sobre o que é Dann...”

– Seus pensamentos foram interrompidos por Elena que a cutucava em seu ombro.

– Ei Yumi, será que a Rainha sabia que isso iria acontecer? – Perguntou ela em um sussurro, mas seu tom de voz era sério, algo que não era de seu feitio.

– Não sei, mas ela nos mandou aqui por duas razões e você sabe quais são elas, não? – Respondeu Yumi no mesmo tom de voz de sua irmã, a mesma acenou com a cabeça positivamente, a loira de olhos verdes voltou seu olhar para Van. – Ei Elena, estou preocupada com o Van-senpai... – Disse ela.

– Eu também, mas não podemos fazer nada, isso é algo que somente ele pode resolver. – Falou Elena voltando seu olhar para frente, Yumi também fez o mesmo movimento que sua irmã, mas ainda com muito preocupada.

A mente do garoto se comparava a uma guerra de pensamentos, uma verdadeira bagunça, sentia-se furioso por saber que Rose, a primeira pessoa que conheceu ao entrar em Uingusu e que logo se tornara sua melhor amiga estava agora participando de uma organização que estavam o caçando como se fossem animais perigosos em meio a uma cidade, animais ferozes e sem raciocínio que se limitavam a um único pensamento, “Matar”, apertou o cabo de sua espada mais forte ainda, sentia-se traído por ela, um laço de amizade que estava por um fino fio, seus instintos o diziam para não confiar nela e que retira-se Dann de sua cintura e arranca-se sua cabeça, mas isso daria a justificativa que queriam para caça-los, não sabia de onde viam esses pensamentos que o atormentavam a mente de tal forma que o fizesse querer matar Rose, vagarosamente retirou a mão do cabo de Dann, Van também estava preocupado com os demais integrantes do grupo, se isso que acabara de acontecer com ele fosse realmente o começo da caça ao Reis, então Draig , Luiz e os demais integrantes da Kuroi Tenshin estavam passando no momento.

– Para todas as unidades perto do setor industrial de Sora, Raiden acabou de voltar para a base, o alvo três permanece vivo, o comandante ordenou que deixasse o alvo três e um vivos. – Disse uma voz masculina pelo comunicador de Rose mantinha no ouvido direito. – Alpha, Delta e Omega foram solicitados para capturar o alvo dois e quatro, repito, time de caça fora solicitado para os capturara, por favor, mantenham-se próximo à localização de Alpha para capturar o alvo dois. Cambio desligo. – A transmissão se encerra deixando Rose apreensiva e assustada com a mensagem passada pelo homem, se realmente acontecesse o que foi proposto pela mensagem, Luiz e o outro garoto estariam em sérios apuros.

– Van. – Chamou Rose pelo garoto, o mesmo levantou a cabeça para visualizava melhor, os olhos castanhos da garota se encontraram com os agora vermelhos do portador de Dann.

– O que? – Perguntou o garoto para ela, Elena e Yumi pararam de andar, curiosas pelo que Rose diria ao garoto.

O silêncio se instalou por breves segundos até que Van tomou uma postura mais séria que o do habitual para em seguida retirar Dann de sua cintura a transformando em lâmina, fora tudo tão rápido que ao menos as três garotas presentes puderam sentir o vento passar entre elas, tudo que fora ouvido em seguida era o som metálico de lâminas se encontrando e medindo forças, Rose em um piscar de olhos observou o que realmente estava acontecendo agora, alguém com um manto negro estava medindo força usando uma lâmina negra em suas mãos com a espada de Dann, a força proporcionada resultava em pequenas faíscas. Van impulsiona seu braço direito, no qual segura sua lâmina para a direita, fazendo com que o ser no qual o havia atacado se deslizasse no ar na direção oposta, mas para a surpresa do garoto um golpe usando o calcanhar da perna esquerda estava vindo em sua direção, Van é obrigado a elevar seu braço esquerdo para poder se defender o som do calcanhar entrando em contato com o braço esquerdo de Van ecoava pelo corredor então em um rápido impulso ambos se distanciam.

– O que diabos? – Questionou Van enquanto empunhava Dann, seu olhar estava fixo no estranho ser encapuzado.

– Ei Gustavo pode parar! – Advertiu Rose para o encapuzado o mesmo abaixa sua lâmina para dentro do manto que escondia seu corpo, Van olhava para a cena agora intrigado assim como as gêmeas.

– Eu só estava vendo se realmente os Reis eram bons! – Justificou-se o encapuzado, vulgo Gustavo retirando o capuz, revelando um garoto da mesma idade que Van, assim como os cabelos espetados negros.

– Isso é algum tipo de emboscada Rose? – Pergunta Van seriamente.

– Este aqui é o Gustavo, meu companheiro de equipe e também um dos Reis. – Revela Rose para seu amigo, as gêmeas se mantinham agora surpresas com a noticia dada pela garota assim como o próprio Van.

Van se permaneceu em silêncio por breves segundos, seu cabelo agora embranquecido escondia seus olhos o deixando com uma aparência nada confortante.

– Por que diabos você me atacou?! – Exclama Van pra Gustavo de forma bastante furiosa, Yumi e Elena tinham uma gota em suas cabeças, não acreditavam no que estava acontecendo.

– Ei, ei, não grite aqui, isso incomoda. – Responde Gustavo de maneira relaxada, deixando Van ainda mais furioso.

– Como assim não devo gritar?! Você aparece do nada me atacando e ainda me pedi para ficar calado?! – Grita novamente o garoto de cabelos brancos para companheiro de time de Rose. – E como diabos você ainda esta vivo?! Se você faz parte da nova geração não deveria estar sendo caçado, seu filho da mãe?!

– Ei cala a boca garoto em velhice precoce! Não sou surdo! – Rebate Gustavo agora gritando como Van.

Ambos os garotos continuavam a discutir de forma alarmante, as garotas somente observavam a cena com gotas em suas cabeças sem acreditar no que estavam vendo, Rose então se aproxima dos dois e os acertam dois cascudos.

– Ai! Por que fez isso? – Choramingou Gustavo passando a mão no local atingido.

– Porque Rose? Sua monstra! – Exclama Van inconformado com o golpe que levara.

O ar em volta de Rose começou a ficar pesado, uma forte intenção assassina era sentida no local, Yumi e Elena estavam escondidas atrás de um corredor próximos delas enquanto observavam assustadas a imagem de Rose, os garotos sentiram a presença maligna vinda dela e se afastaram consideravelmente.

– Quem é monstra... Van-kun? – Pergunta ela retoricamente de forma maligna andando de forma lente em direção a Van e Gustavo.

“Meu deus, ela me chamou de “Van-kun”, ela esta furiosa! Eu vou morrer meu Deus! Mãe parece que vou a visitar mais cedo que antes.” – Pensava consigo o garoto enquanto se afastava da garota a passos contrários da sua direção, assim como Gustavo.

“Ela colocou o “-Kun” na frase dele, ele despertou a fera! Eu vou morrer jovem e sem ter tirado uma casca da inspetora! POR QUÊ?!” – Gustavo rezava para todos os Deuses que conhecia e que também desconhecia para que algum deles pudesse o ajudar a sair daquela situação de “vida ou morte”.

– Hein, Van-kun, quem é a monstra aqui? – Pergunta Rose novamente de forma sinistra, Van e Gustavo sentem a parede logo atrás deles, estavam encurralados.

– N-Não é ninguém! Estava apenas brincando Rose! – Responde Van assustado e com medo da garota, eram poucas vezes que Rose ficava daquela forma e quando ficava podia-se apostar que alguém iria ver Kami mais cedo.

– É-É! O precoce aqui estava apenas brincando Rose! Apenas uma brincadeira! – Diz Gustavo tentando ajudar Van em sua resposta, ambos suavam frio perto da garota.

– E bom mesmo, pois se não vocês iriam se tornar lapides em um cemitério. – Fala Rose ficando uma faca militar entre os dois garotos, ambos engolem em seco. – Agora vamos continuar, não podemos perder tempo, uma unidade de caça foi chamada para ir atrás do Luiz e de outro garoto, se não chegarmos logo ele poderá até morrer conhecendo como o Alpha é. – Diz a garota voltando a andar pelo corredor, Van e Gustavo deslizavam pela parede, aliviados por não morrerem naquele momento.

– Me lembre de uma coisa Yumi, nunca iremos deixar essa garota furiosa. - Comenta Elena com sua irmã de forma temerosa e assustada, a mesma acena com a cabeça, concordando com ela.

– Ei precoce, podemos ter começado com o pé esquerdo, vamos nos apresentar melhor, eu me chamo Gustavo, um dos nove novos Reis, eu ainda não fui caçado por que a Rose me escondeu da organização, naquele momento lá encima enquanto você estava sendo perseguido por um helicóptero fui eu quem o salvou. – Diz Gustavo dando sua mão em um sinal de aperto.

– Então era você aquele vulto, obrigado de qualquer jeito. Eu me chamo Van. – Apresenta-se Van para Gustavo apertando sua mão. – E nunca mais me chame de precoce, seu angola ambulante. – Diz Van de forma ameaçadora, mas escondida em um sorriso.

– O mesmo para você, seu porco espinho precoce. – Rebate Gustavo da mesma forma que Van, uma faísca de seus olhos se chocaram.

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O garoto coloca sua foice afrente de seu corpo de forma horizontal, defendendo-se da lâmina congelada da garota de cabelos azuis, a potencia do golpe fez com que Arthur fosse arrastado por alguns metros fazendo uma pequena cortina de fumaça causada pelo atrito do choque dos pés dele com o chão.

– Delta quer se divertir! Você é um alvo muito sem graça. – Diz a garota de cabelos azuis inocentemente enquanto balança de um lado para outro seu braço em forma de uma extensa lâmina feita de gelo.

– Desculpe, mas não sou brinquedo para diverti-la garota! – Rebate Arthur correndo em direção a Delta empunhando sua foice.

Arthur realiza um corte vertical após se aproximar o suficiente de Delta, a garota se esquiva flexionando seu ombro esquerdo alguns centímetros fazendo com que o golpe passa-se a centímetros de sua pessoa, Delta solta um pequeno sorriso macabro e acertar um soco no estomago do garoto, por um momento Arthur pensou ter sentindo energia vinda do golpe de Delta, a pressão fez com que alguns órgãos internos do garoto fossem pressionados brutalmente, o folego faltou por breves momentos assim como sua visão, o soco tinha algo incomum, Arthur rapidamente recupera os sentidos percebeu que naquele instante a azulada havia deixado sua guarda baixa, era sua chance, o garoto solta a foice que carregava em sua mão direita resultando na surpresa da garota com a ação de Arthur, rapidamente o mesmo pressiona o braço fortemente usado no golpe de Delta, a garota cerra os olhos rapidamente, nem mesmo nos treinos duros da organização havia sentindo seu braço estar sendo dilacerado por tamanha pressão, sem delonga o portador da foice ergue seu punho esquerdo e o leva com toda força em direção ao rosto da garota, Delta não pode fazer nada além de sentir o soco acerta-la e a lançar contra uma loja próxima a eles a destruindo por completo.

– Aqueles treinos de distribuição de energia realmente valerão a pena. – Disse Arthur observando seu punho esquerdo, quando Rhuan o havia proposto ensina-lo a distribuição de energia da forma que um verdadeiro capitão ceifeiro soubesse o fez quase morrer sete vezes, mas parecia que havia valido a pena.

Antes mesmo que pudesse dizer algo mais sentiu a direção do ar se tornar irregular e por instinto voltou seu olhar em direção à loja onde Delta fora jogada, usou seus dois braço e formou um “x” na frente de seu corpo até pode sentir o golpe fortemente armado de Delta sobre ele, era solido e grande, abriu os olhos por breves minutos enquanto ainda era lançado pelo golpe misterioso e viu que era um punho gigante feito de gelo, Arthur em seguida somente sentiu suas costas serem pressionadas contra a parede de forma brusca e atravessa-la, parou até ter batido em três paredes seguidas.

“Droga, ela tem os meus poderes que o Luiz?” – Analisou ele, seus antebraços estavam doloridos e pareciam queimar por conta do gelo, não tinha duvidas, aquela garota poderia estar usando energia. – “Mas como, se somente pessoas nascidas em primeiro mundo podem usar energia?” – Arthur se jogou para o lado esquivando-se de uma enorme estaca feita de gelo que resultou em um grande buraco na parede já destruída.

Arthur corre em direção a rua onde estava passando pelos prédios no qual havia batido pelo golpe anterior de Delta, mas logo após ter tocado o asfalto seus sentidos o avisaram para se esquivar e assim o fez conseguindo escapar de outra estaca de gelo.

– Isso, isso, você tem que correr como um covarde ou morrer como um idiota. Delta adora! – Exclama ela com um sorriso macabro, mas ao mesmo tempo inocente, o garoto visualiza o local de onde vinha à voz de Delta, Arthur se surpreendeu ao perceber que a mesma planava no ar e em suas costas asas de gelo se encontravam que mais pareciam estacas que saiam dela, mas não tinha duvidas, eram asas reais.

– Como alguém como você tem asas? O que diabos é você?! – Grita Arthur observando Delta a planar no ar, a mesma o recebe com varias estacas de gelo sendo jogadas em sua direção.

Tudo que o aprendiz de Rhuan pode fazer era correr e se esquivar dos múltiplos ataques que vinham em sua direção, observou ao longe sua foice jogada no chão se conseguisse a recuperar ele poderia usar energia, já que somente Ceifeiros de alta poder conseguiam usar energia sem precisar de sua foice, assim como o Rhuan. O garoto continua a correr enquanto uma chuva de projeteis ia a sua direção, estava quase chegando a sua arma, mas então sentiu energia se reunidos em seus dois lados, percebeu que algo se formava com ele ainda em movimento, Arthur se questionou sobre o nível de habilidade de Delta, pois se necessitava de muita concentração para poder fazer algo em movimento, ainda mais gelo que precisa concentrar energia, converte-la em algo solido o que leva bastante tempo para um inexperiente e faze-la algo destrutível. Duas estacas de tamanho enorme se formaram em ambos os lados direito e esquerdo de Arthur, o mesmo fica surpreso por breves segundos.

– Adeus, brinquedo. – Pronuncia-se Delta fechando seu punho direito enquanto ainda matinha o sorriso em seu rosto.

Arthur pode ver tudo em câmera lenta, ambas as estacas se moviam lentamente em sua direção, ele não poderia parar caso parasse seria alvejado pelos projeteis e caso continua-se a correr seria perfurado de forma bem dolorosa, o garoto calcula a distancia dele para a foice, seria quase impossível chegar nela, mas então uma ideia lhe passo pela cabeça. O aprendiz de Ceifeiro abaixa-se rapidamente deslizando pelo chão ganhando velocidade fazendo com que ambas as estacas se chocassem e se alto-destruíssem, com a velocidade atual não tardou a ele conseguir obter novamente sua foice, o garoto então se vira rapidamente para a direção dos projeteis e em um único corte horizontal no ar fez com que uma massa de ar se chocasse com o gelo os partindo em pedaços, o golpe também havia acertado Delta fazendo suas asas de gelo partir-se em pequenos pedaços, a azulada cai no chão de forma brusca enquanto os cacos de gelo entravam em contato com o asfalto.

O garoto de cabelos castanhos ofegava pesadamente, sabia que desde o começo ter soltado sua foice fora algo arriscado, pois Ceifeiras são pessoas normais sem suas armas somente havia sobrevivido por causa de sua alta resistência física, o garoto levantou-se do asfalto e observou o corpo da garota inerte ao chão, Arthur deu alguns passos em direção á ela de forma cautelosa, não sabia se ainda estava viva.

– Acabou...? – Disse ele para si mesmo enquanto se aproximava de Delta.

– Sim... Sim... Sim... Assim que se brinca! – Arthur parou no exato momento em que ouviu tais palavras, uma gota de suor deslizou de sua testa até chegar ao seu queixo e caindo logo em seguida em direção ao asfalto, ela ainda estava viva mesmo após de ter levado um golpe cortante de sua lâmina. – Delta esta se divertindo muito com você, agora é a vez de Delta brincar! – A azulada levanta-se lentamente do chão, seus longos cabelos cobriam-lhe o rosto a deixando-a com uma aparência assustadora, Arthur realizou alguns passos para trás retrocedendo sua caminhada.

A temperatura no local começou a cair rapidamente deixando o ar gélido, a rachada gelada rodeava a garota, sentiu que de lá uma enorme quantidade de energia se acumulava de forma monstruosa, o garoto agora estava hesitante, nunca havia sentindo tamanha energia em sua vida nem mesmo nos treinos de Rhuan, aquela energia negativa que envolvia a garota começava a tomar formar e um único movimento Delta dissipou o ar que a rodeava de forma brusca criando uma forte ventania, Arthur fora obrigado a cobrir o rosto pela força do ar que havia aparecido, mas ao abri-los surpreendeu-se e ao mesmo tempo o medo se instalou em seu ser.

– Deixe-me mostrar meu brinquedo favorito, Stiyl. – Gritou a garota referindo ao enorme que a envolvia, uma criatura com dois chifres e com cara de touro, atrás de si onde seriam suas costas gigantescas asas se encontravam abertas, a criatura Stiyl parecia ser feita de pura energia que ao ver de olho nu parecia chamas azuladas que o formavam, Delta se encontrava no tronco da criatura.

– O que é isso...? – Questionou-se Arthur ainda observando Stiyl, sua foice tremia ao ritmo de seu corpo, nunca havia enfrentando algo daquela magnitude, suas pernas estavam bambas, a essência que aquela criatura, ou seja, que for o amedrontava de uma forma grotesca.

– E-eu não consigo... Aquilo é muito forte... N-n-não... Consigo... – Dizia para si mesmo o garoto as palavras balbuciavam em sua boca, a esperança em seu ser estava se esvaziando rapidamente, agora pensava se realmente sairia dali vivo.

Não encare o medo como uma fraqueza, pois até mesmo o ser mais forte tem medo de algo, o medo é algo que não podemos lutar ou ver, mas ela está lá à espreita esperando o momento para aparecer, e quando acontecer você não moverá qualquer musculo de seu corpo por mais que tente, pois se deixou ser controlado pelo medo. Lembre-se Arthur, não lute contra o medo, mas sim o faça parte de você e de seu ser, somente sente medo, pois sua mente diz que não chances, mas isso esta errado, você mesmo quem cria suas chances!

“Eu, mesmo crio as minhas chances, faça o medo ser parte de mim assim como minha foice é...” – Dizia mentalmente o rapaz para si fechando os olhos logo em seguida. – “Não vou morrer aqui, eu não tenho medo de morrer, eu sou um Ceifeiro!”– Arthur abre os olhos determinado, segurou firmemente a foice em sua mão direita.

– Eu mesmo crio as minhas chances! – O Ceifeiro começava a acumular energia envolta de sua lâmina, segundos depois toda foice estava coberta por uma chama esverdeada. – Que as almas queimem em contato com minha lâmina, que todos aqueles julgados culpados pagam suas dividas com a morte. Parabéns Delta, você acabou de me obrigar a usar todo meu poder, agora aguente a fúria de Folkotres! – Após dizer tais palavras a garota sorri como se aquilo fosse alguma piada, mas nem mesmo segundos haviam se passado e ambos usando uma velocidade monstruosa já estavam indo em direção ao outro, Stiyl realiza um soco em direção a Arthur, mas o mesmo efetua um corte vertical com sua foice, o choque de ambos os golpe criou um enorme flash para que logo em seguida fosse ouvida uma explosão.

A batalha acabará de evoluir.

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Matheus mantinham-se quieto e sério, desde que Vagner o informou que os garotos saíram da mansão o Rei continuava a permanece do mesmo jeito de quando recebera a noticia, mas no fundo de seu ser sabia que aqueles jovens não estavam errados, ele mesmo faria isso se fosse tudo como era antes, todos os nove tinha aquele desejo e a convicção de ajudar e se preocupar com os outros, assim como seu pai os ensinara. Pai. Há muito tempo não tinha ouvido esta palavra de três letras, mas que para muito humanos normais seria a figura paterna, aquele no qual daria sua própria vida para defender seu filho, por um momento seu coração doeu, a mesma dor que sentiu quando havia perdido Rafaela, lembrava-se claramente dos últimos minutos de vida de seu Pai, aquele que os havia criado e educado todos os nove como se fossem seus próprios filhos, mesmo sabendo que ele realmente não era seu Pai, mas sim seu criador, Matheus, Vagner, Sarah e assim como todos os nove Reis originais não eram humanos, tinha a aparência de um, mas eram feitos de somente energia, essa era sua dura realidade, ele era uma criação de energia pura, assim como as criaturas do Limbo ou os demônios que rodeiam as noites do planeta terra a caça de suas presas, ele deveria ser como eles, um ser dominado pela energia negativa, ter somente um único objetivo, matar, mas diferente deles seu Pai os havia criado a semelhança humana para que pudessem que pelo menos por poucos segundos desfrutar da vida normal.

Adeus... Meus filhos.

Essas palavras ainda passavam em sua cabeça sem fim, tais palavras que ele pronunciou ao dar sua vida para enfraquecer Ragnarok o suficiente para que os Nove Reis pudessem o aprisionar.

“Assim como nós fomos, esses garotos também são, espero que eles não tenham o mesmo destino que a gente.” – Pensou Matheus continuando a olhar a enorme janela de seu escritório.

O Rei estava sozinho em seu cômodo, Rafaela fora ajudar Rin na cozinha para poder passar o tempo, a ruiva ainda não havia se lembrado por inteiro de sua vida passada, Matheus ainda pensava do porque dá amnesia, não havia uma explicação obvia e concreta pra tal questão, o próprio homem viu a casa onde moravam há anos atrás ser tomada pelo fogo com sua esposa ainda lá dentro. Não havia sentindo, mas o mesmo não quis continuar a pensar em tal assunto. Der repente a porta do escritório e aberta violentamente revelando uma Bruna bastante aflita, logo atrás dela estava Vagner e Rin.

– O que houve? – Perguntou ele sem entender a aparição repentina dos três.

– Matheus-sama, o senhor precisa salvar os garotos! – Exclamou Bruna aflita, Matheus não entende a pergunta corretamente.

– Por quê? O que aconteceu? – Questionou novamente o Rei ainda sem entender.

– A tal organização que esta nos caçando não é constituída somente de humanos. – Revelou Vagner, tal noticia atiçou a curiosidade de Matheus. – Há poucos minutos senti uma enorme cumulo de energia vinda do setor oeste de Sora, a fonte é desconhecida, mas se assemelha as chamas de Draig e o gelo do Luiz! – Agora Matheus fora pego de surpresa, não havia possibilidade alguma de um ser tem a mesma assinatura e ainda por cima os mesmos traços e energia de um ser já existente, só havia uma única explicação para isso, mas a mesma estava fora de cogitação.

– Tem mais Matheus-sama, senti cinco assinaturas de energia entrando na cidade há poucas horas, todas tem um grande reserva e ainda pude sentir as... – Rin fora cortada de sua explicação pelo próprio Matheus.

– Essência do Rei. – Disse Matheus completando a frase da garota.

O Rei vira-se mais uma vez para a janela, desconhecia o motivo para não ter sentido as energias, talvez fosse o fato de ser sensorial não fosse seu forte. Na mão direita de Matheus começou a se formar uma longa lâmina de bainha negra, aquele era Kazemori.

– Vamos rápido. – Pediu o homem para os três, os mesmos acenaram com a cabeça em resposta positiva, dessa vez Rafaela não iria participar os inimigos agora eram de outro nível.

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A gigantesca lâmina movia-se rapidamente realizado um golpe atrás do outro, mas em sua maioria eram defendidas com a simples bengala de ferro que o garoto de cabelos brancos segurava o loiro ainda não podia explicar como aquele objeto aguentava tamanha força para poder aguentar os ataques de Rebellion, tentou novamente outro golpe usando sua lâmina, mas pra a surpresa do garoto seu inimigo havia feito o mesmo movimento resultando na situação onde ambos mediam forças, Rebellion em contato com o metal da bengala criava pequenas faíscas que ao voarem logo desapareciam. Luiz soltou sua mão esquerda do cabo de sua espada e armou seu punho envolto de energia de seu elemento, o gelo, mesmo ambos imprensando suas lâminas tão bruscamente ainda não haviam esquecido um de seus portadores, o loiro transgredia o ar com seu punho já preparado indo em direção ao que seria o rosto de Alpha, mas somente sentiu seu punho chocando-se com outra coisa dura, voltou seu olhar para o garoto a sua frente e percebeu que ele também havia realizado o mesmo golpe que si, para surpresa de ambos, os dois são jogados violentamente em direções opostas resultando em uma grande distancia entre eles.

– O que aconteceu? Fui... Repelido? – Perguntou Luiz para sua própria pessoa enquanto levanta-se vagarosamente do chão, sua mão direita residia a sua espada Rebellion com alguns pequenos cortes, mas não afetavam sua estrutura.

Uma densa cortina de fumaça se criou do lado de seu inimigo, não poderia enxerga-lo resultando em uma tática defensiva naquela situação, podia ouvir os passos de Alpha indo a sua direção calmamente o som era acompanhado do barulho da bengala metálica ao entrar em contato com o asfalto agora em péssimo estado.

– Eu achava que você seria moleza de acabar, mas vejo que estava enganado. – Diz Alpha no meio da cortina de fumaça.

– Eu não sou tão... – Sua frase fora interrompida, pois seus olhos agora não acreditavam no que enxergavam, Alpha estava na sua frente como se tivesse aparecido em um passe de magica, o garoto de cabelos brancos sorriu de forma psicopata e sádica, como se sentisse prazer em ter conseguido surrar o rosto de Luiz, o mandando para uma parede de um prédio vizinho, a parede não aguentou a força exercida no golpe é se partiu em pedaços minúsculos.

Luiz podia apostar que havia quebrado algumas costelas com aquele golpe, sentiu o gosto metálico em sua boca e logo em seguida cospe uma pequena quantidade de sangue, a dor era algo absurdo e com somente um golpe parecia que o loiro se encontrava cara a cara com Matheus com apenas dez por cento de força, era um pensamento desmotivador, mas também era o que mais se aplicava ao momento, lentamente o garoto ergueu-se se apoiando em sua gigantesca lâmina, levou seu olhar a Alpha que somente assistia a cena com um grande sorriso no rosto, por algum motivo o sangue de Luiz ferveu, seu ser interno estava começando a gostar daquela batalha.

– Ele é rápido, isso tenho que admitir, mas vamos ver se consegue acertar o que não vê! – Grita para si mesmo o loiro enquanto finca Rebellion no chão, rapidamente milhares e milhares de estacas de gelo brotaram no concreto abaixo dos pés de Luiz e seguiam em direção a Alpha em uma velocidade monstruosa, eram tantas que a figura do utilizador do gelo sumiu em meio ao cenário gelado.

Alpha observava o ataque ir a sua direção rapidamente, ele alargou mais o sorriso em seu rosto como se aquela ideia fosse algo completamente inútil com ele, o embranquecido pisa levemente no chão para que logo em seguida avançar em direção as estacas em uma velocidade assustadora.

– Não brinca comigo seu pedaço de merda! – Exclama o exterminador socando uma estaca enorme de gelo, segundos após seu punho se chocar com o objeto o mesmo se parte em milhares de pedaços, como se virasse pó e seguiu assim até chegar onde Luiz se encontrava, mas surpreendeu-se quando conclui que ele já não estava mais lá.

O ar frio produzido pela criação abundante de gelo pairava pelo local, o golpe havia destruído quase toda rua onde se localizavam, Alpha procurava Luiz em todos os lugares em que podia ver e também sentir, mas quando provavelmente tinha achado o garoto não havia mais tempo, do chão uma cratera se fez embaixo do embranquecido que somente podia olhar a cena, aflito e surpreso, do buraco surgiu Luiz com seu punho direito fechado e acertando logo em seguida um gancho de direita fazendo com que Alpha fosse retirado do chão pela força do soco executada. Mas Luiz não planejava que o garoto o qual fora acertado por seu golpe gargalhasse em pleno ar, seus olhos saltaram para fora de suas orbitas quando constatou que Alpha o olhava para baixo com um sinistro sorriso em seus lábios, o loiro segurou firme no cabo de sua espada e com força a moveu em um trajeto de forma meia lua indo à direção do garoto de cabelo branco em uma tentativa rápida de acerta-lo.

– Lute pequena presa. – Sussurrou Alpha ainda com o sorriso preso em seu rosto de forma sóbria. – Assim você me divertira um pouco mais. – De forma rápida e ágil, Alpha direcionou sua bengala metálica que segurava com sua mão direita em direção ao trajeto onde á lâmina de Luiz corria.

Fora tudo com uma explosão de Luiz, o contato brutal e agressivo entre os dois objetos fez com que ambos os golpes se repelissem criando um brilho embranquecido e ofuscante para qualquer pessoa que pudesse enxergar a luta entre os dois, tanto Luiz quanto Alpha foram jogados a uma distancia significativa entre si os dado uma segura posição, o aprendiz de Rei teve êxito em parar quando usou Rebellion a fincando no chão criando um profundo corte no chão de aproximadamente oito ou nove metros de extensão, mas isso não o salvou de ter colidido com um prédio em meio ao trajeto onde fora jogado com força, mas felizmente conseguiu parar.

– Droga, todos os ataques que faço não surtem efeito e sinto também energia correndo por todo canto dele, posso concluir que ele não é um humano normal. – Conclui a si mesmo sua pequena analise sobre sua breve luta conta seu exterminador.

Passou-se um bom tempo em silêncio até ouvir o som da risada enlouquecida de Alpha, como se realmente sentisse um gosto enorme pela luta que travava contra Luiz, mas o que deixou o portador de Rebellion mais apreensivo fora um som rochoso de algo semelhante a uma pedra retirada do chão, logo em seguida e ouvido o de janelas se quebrando. Luiz não sabia distinguir o que Alpha estava fazendo, parando para pensar rapidamente as semelhanças entre Alpha e Van eram um tanto que assustadoras, o exterminador tinha os olhos vermelhos e os cabelos brancos assim como seu amigo, mas ambos se diferenciavam pelo cabelo, o de Van era arrepiado de forma rebelde e o de Alpha era liso um tanto desorganizado, seu comportamento também era um outro fato no qual não podia passar despercebido pelo loiro, o garoto que fora determinado a mata-lo tinha, em alguns pontos, o mesmo comportamento de Van, tal como aquele olhar assustador e sorriso macabro que somente viu uma vez em todos os anos junto a ele. Em seu ser ele realmente não queria ter visto aquilo. Alpha parecia estar completamente se divertindo com a dor que proporcionava ao loiro, mas para Luiz bem no fundo de seu subconsciente ele estava também a adora causar dor naquele garoto embranquecido, aquela luta o deixa completamente louco a querer partir todos os membros de Alpha a tal ponto que nem mesmo Deus, se é que existia um, o chamaria de humano.

Algo tirou Luiz de sua linha de pensamento, era algo especifico um som de algo sendo jogado em sua direção, mas era impossível ver pela cortina de fumaça que se criou do golpe daqueles dois. Der repente todo seu corpo paralisou ao conseguir visualizar de onde vinha o som, era um pequeno prédio de três andares que ia a sua direção a toda velocidade, teoricamente aquilo era impossível de se acontecer. A base do prédio recém-atirado por causa de seu peso entra em contato com o chão causando um enorme estrago por onde passava. Um simples pensamento passou pela mente do loiro, o do quanto idiota àquela situação estava chegando.

Sem perde algum tempo e com um plano já formado em sua cabeça, Luiz avançou sem hesitação em direção ao prédio que avançava cada vez mais em seu caminho. A cada passo que realizava a imagem do prédio aumentava consideravelmente de tamanho até chegar a um totalmente absurdo, mas sem se importar com tal detalhe o garoto saltou em direção ao prédio que seguia em sua direção de forma agressiva, segurou firmemente o cabo de Rebellion, ainda não havia conseguido despertar por completo o poder de sua espada, mas o conhecimento de energia que havia aprendido de sua arma seria usado logo naquele momento oportuno, um golpe que havia trabalhado há alguns dias antes do despertar de Van e do começo do movimento dos antigos Reis, podia não aparecer, mas Luiz já conhecia bem o mundo no qual havia nascido.

Todoroki:Hangyaku no jigoku no tōketsu*– Gritou o garoto loiro enquanto era envolto de uma luz de cor azulada, seus olhos tomaram a cor azul assim como sua lâmina ajeitando-a de forma reta, assim um longo feixe de luz azulada cortou os céus de Sora, o tempo estava entardecendo dando uma hora de aproximadamente cinco horas da tarde.

Um movimento singular usando a espada fez com que o feixe caísse em rápida velocidade em direção ao prédio, por onde a luz azulada passava cortava os céus até chegar a seu alvo principal, o prédio foi divido em dois sem qualquer problema apresentável, ambas as partes partirem em direções diferentes um indo para a direita enquanto a outro tomava o caminho da esquerda. Luiz permanecia imóvel enquanto flutuava no ar, o custo de seu golpe criado era que o consumia mais energia que devia, estava incompleta no geral por tal problema, mas o resultado ali visto o fazia sentir orgulho de ter pelo menos visto que sua criação não era falha.

– Não abaixe a guarda! – Gritou uma voz completamente hostil do caminho que o prédio percorreu, de longe podia ver a silhueta de Alpha avançando monstruosamente a tal ponto que Luiz não pode acompanhar quando o mesmo já estava perto de si.

Ambos se encararam por breves segundos, os olhos ensandecidos de Alpha brilhavam de forma assustadora de cor rubi, o cabelo branco agora balançando violentamente com o vento batendo em si, notou que em seu braço direito estava flexionado e ainda com a bengala, podia ver a ponta dela, Luiz colocou em sua frente Rebellion para autodefender-se, o contato entre as duas criou uma forte corrente de ar no local fazendo com que pedaços das casas vizinhas soltas assim como pedaços de destroços fossem jogados para longe e criando abaixo de si uma enorme cratera. O loiro consumindo de sua maior força articulou sua perna direita com o proposito de acerta o tronco de Alpha colocando mais energia que no momento tinha, era verdade que após usar seu novo golpe suas forças seriam reduzidas pela metade, mas era um risco a se tomar caso contrario estaria em sérios apuros naquele momento. Luiz pode acompanhar o trajeto de sua perna direta indo em direção ao tronco do inimigo por um momento achou que se golpe funcionara, mas descobrira logo em seguida que estava completamente enganando. Com um sorriso mirabolante dançando em seus lábios, sua face quase desprovia de sanidade humana, Alpha segurará o chute do loiro como se fosse apenas um golpe normal como qualquer outro esquecendo o fato que ele tinha botado energia o suficiente para derrubar sete prédios Kurato de uma só vez. O sangue corria rapidamente por suas veias espalhando a adrenalina do momento com uma bomba motora deu uma Ferrari recém-criada, Luiz somente podia olhar incrédulo seu golpe sendo parado pela mão esquerda do garoto de cabelos brancos, sentiu uma pressão absurda no local, significando Alpha estava preste a fazer algo que o loiro não poderia se defender. O garoto com um força que parecia não vir de seu corpo rodopiou Luiz pelo ar e o jogou com força no chão abaixo de sua pessoa, com a adrenalina ainda pulsando em suas veias, o loiro portador da espada Rebellion em um hábil momento girou seu corpo em noventa graus ajustando seu ângulo para que caísse de pé quando entrasse em contato com o frio e agora destruído concreto. Seu impacto não causou qualquer ruído ou som, parecia que o mesmo havia caído em um belo campo de algodão, olhou sugestivamente para cima onde via ligeiramente a silhueta de Alpha caindo em sua direção, brevemente cálculos todas as formas possíveis de contra ataque, um assunto a muito insistido por sua mãe que agora vinha a calhar de forma útil, sorriu com o resultado que descobrirá.

– Agora minha vez de contra atacar seu maldito! – Esbravejou Luiz de forma confiante enquanto com um único movimento rápido elevou sua enorme espada, que fora herdada de sue pai há muito tempo e apontou para sua ponta em direção ao garoto que caia em sua direção rapidamente.

Alpha não pode de demostrar uma breve surpresa quanto o movimento de seu inimigo, ele mesmo não podia muita a rota de um curso já traçado por seu impulsionador caso houvesse uma superfície plana não qual poderia usar, mas naquele momento não havia sequer alguma perto do garoto, apenas seguia reto seu caminho que a cada segundo se reduzia, ele iria direito para o ataque do loiro sem poder fazer qualquer outro movimento de evasão. Por mais que fosse genial Alpha continuou a sorrir, era certo que a situação havia virado de forma inesperada, mas não era momento de entrar em desespero.

Rapidamente flexionou o seu braço direito apontando a ponta negra e um pouco gasta de sua bengala metálica, o material usado para fabricação daquele objeto era bem resistente, feito originalmente para que ele pudesse usar como arma em suas batalhas e que a mesma se adaptasse a seu estilo de luta. Ambos os objetos se colidem de forma monstruosa e selvagem criando um enorme vendaval que levava qualquer coisa que não aguentasse sua força para longe, algumas casas que ali estavam já não aguentavam tamanho poder destrutivo e cederam se partindo em milhares de pedaços, tijolo por tijolo. O chão embaixo de Luiz começou a rachar, era sinal que estava perdendo aquela batalha entre forças, a cada minuto o chão rachava cada vez mais rigorosa, como se ele fosse um prego enquanto Alpha se portava com um martelo, a cada pregada ele afundava cada vez mais no chão.

Não havia percebido há tempo o suficiente para dá-lo uma chance de se defender, a ponta de sua lâmina rachou e em seguida quebrou-se em pedaços, Alpha em um movimento tão rápido que possivelmente teria ultrapassado o limite humano, antes que se percebe, a mão de Alpha estava dentro de seu peito, sangue jorrava de como se fosse um chafariz novo colocado em um parque, seus olhos permaneciam parados que fitavam o garoto a sua frente.

– Fim de jogo, loiro de merda. – Pronuncio Alpha com um tom sarcástico e homicida enquanto perfurava cada vez mais o coração de Luiz.

O loiro não sentia mais cada extensão de seu corpo, a visão turva começava a tomar sua visão tornando a silhueta de Alpha completamente opaca, suas pernas agora bambas esperavam somente uma breve brisa de ar para desabarem sobre a cratera onde se encontravam, sentia por ironia do destino o frio tomar seu corpo como se congelasse sua alma. Então o fim não tardou a chegar para o garoto de cabelos loiros, sua visão tornou-se completamente negra.

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Yuki continuava a travar uma batalha selvagem contra o homem de colete azul, ambos os lados tinha uma desvantagem considerável sobre si, o garoto que portava a temível espada da idade média chamada de Excalibur, tinha a velocidade desumana como vantagem, mas sua força de nada fazia contra Omega, já o enorme homem tinha a força como suporte notável contra aquela luta, mas sua velocidade de muito não era útil contra o garoto Rei. Percebeu tarde demais quando sentira os músculos de seu maxilar contorcesse com o chute feito por Yuki, surpreendeu-se com a força posta no golpe, algo que achou estranho o garoto ter tido, Omega e jogado para trás, tomando uma distancia segura entre os dois.

– Nada mal, nada mal, mas você não pode se esquivar para sempre. – Disse Omega enquanto limpava o pequeno filete de cor vermelho sangue do canto de sua boca, um sorriso satisfatório tomava seus lábios. – E parece que seu amigo loiro não teve muito sorte. E logo você também não terá. – Omega apertou os punhos de forma dura de modo que se fosse audível o estalo de seus dedos.

Antes que Yuki pudesse ter a oportunidade de embolsar qualquer expressão quanto a noticia de Luiz, Omega havia desaparecido de sua visão por poucos segundos, mas suficiente para que fosse acertado no estomago com um dos potentes socos de Omega o que o custou perde por segundos a sua visão e respiração, o golpe fora seguido de um segundo mirando o rosto e o peito do garoto, sentia os ossos se partindo e a dor aguda no peito, Yuki com tal força fora jogado para até colidir um poste de luz na calçada, o torcendo em dois.

Aquilo fora uma bela surpresa para Yuki, Omega ate aquele momento desprovia de qualquer velocidade humana o que tornava a vantagem para o possuidor de Excalibur muito boa, mas então pode sentir que aquilo era somente uma fachada de sua total força que havia ultrapassado ate mesma a de Yuki. Cuspiu uma boa quantidade de sangue para o chão enquanto ficava de joelhos no concreto da calçada, havia adquiridos alguns ossos trincados e um órgão perfurado pelos golpes de Omega, não conseguia nem ao menos segurar Excalibur em suas mãos, cerrou os olhos de dor a qualquer movimento sentia que seu corpo se partiria em pedaços. Algo desconfortável.

– Enfim, você achou mesmo que aquela era minha velocidade toda? Ingênuo, muito ingênuo. – Zombou Omega enquanto caminhava de forma lenta em direção a Yuki, sua frase fora seguida de uma gargalha.

– Você nem em sonhos conseguiria me acompanhar, admito que sua velocidade me pegou de surpresa realmente, fora melhor que os alvos anteriores, mas agora sera seu fim. Seu amigo loiro esta morto, o da foice ira morrer em breve e em seguida seus outros amigos sofreram do mesmo destino, irei cumprir com meu único objetivo de vida e salvarei a população de Sora. Gratificante, digo eu. – Informou Omega, Yuki cuspiu mais um bocado de sangue e tomou a vez de falar.

– Salvar? Vocês estão matando a única salvação do mundo! – Exclamou o garoto com muita dor, tanto que sentiu o pulmão arde em chamas após tomar o ar para falar. – Vocês não serão pariu contra o que nós estamos lutando, me mate agora e depois não reclame do que acontecer ao mundo e também á Sora.

Fechou os olhos após dizer sua frase, a dor o impediu de continuar, mas não era de mais importante, iria morrer pelas mãos de um ser com forças desumanas, tais comparadas aos seres dos mundos diferentes ao do plano terrestre. Irônico, muito irônico. Ainda com os olhos fechado era audível os passos de Omega que cada vez mais se aproximavam de si, seus passos pesados e firmes como se fosse algo pesado batendo contra o chão partindo por causa de sua recém-batalha realizada ali. Percebeu quando seu inimigo parou bem a sua frente por falta de som dos passos do inimigo, não tinha mais forças sequer para poder contra atacar uma criança com um graveto de madeira como arma, tudo que podia era esperar o seu inevitável fim já que não havia qualquer aliado perto de sua localização.

Mas algo o tirou sua total concentração em sua situação atual. Uma explosão ocorreu a não muito longe onde se encontrava, abriu os olhos rapidamente para poder ver o que estava acontecendo, mas somente viu Omega ser jogado para trás por algo ou alguém, uma pessoa encapuzada tomava sua frente, podia ver de forma nítida uma enorme lâmina em sua mão direita, negra com uma pequena parte branca em sua lateral, seu cabo rodeado por uma longa fita branca.

– Desculpe a demora, mas o herói acaba de chegar! Tikie é o nome! – Disse o encapuzado retirando o capuz que cobria seu rosto, revelando seu rosto jovem e um tanto astuto, cabelos negros e rebeldes em cada ponta tinha uma coloração alaranjada, pequenas ondas elétricas passavam entre seus fios, olhos negros como a noite que demonstrava travessura assim como a de uma criança.

– Quem... Quem é você? – Perguntou Yuki com bastante dificuldade.

– Um aliado chamado pelo Rhuan, não se preocupe, seus amigos estão em boas mãos. – Informou Tikie ao garoto caído, mas sem tirar de fitar Omega que observava a situação, um tanto indignado e furioso. – Mas agora temos um grande problema para resolver. – Disse ele referindo-se obviamente a Omega que parecia furioso.

Surpreendente outra explosão aconteceu, Yuki olhou para trás de forma curiosa e testemunhou uma gigantesca lâmina em chamas cortando os céus, vinha da esquina não muito longe a sua, em seu outro lado observou um grande pedaço de rocha era perceptível ver um Rhino voando.

– Esqueci-me de falar, meus amigos estão aqui também, espero que não goste muito de bagunça, por que agora ira acontecer uma enorme festa! – Gritou Tikie levantado sua lâmina para o céu.

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Arthur observava a situação totalmente perplexo, a sua frente uma garota portando um arco negro se encontrava ao seu lado outra garota que matinha suas mãos juntas e fechadas isso por que duas lâminas de origem desconhecida estavam a segurar as mãos da criatura de Delta. O garoto deveria no momento estar morto após ter deixado sua guarda aberta quando havia se defendido de um golpe direito de Styli com Folkotres, estava o caminho aberto para sua morte, mas uma explosão havia tirado a atenção de Delta e do nada uma flecha havia sido disparado em direção a criatura o fazendo recuar e em seguida duas lâminas que surgiram dos seus atravessaram as mãos de Styli o impedido de fazer qualquer movimento.

– Reforços? – Perguntou Delta mais para si mesmo do que para os três ali a sua frente.

– Não se mexa ou meu Apollon ira te matar, essas flechas podem atravessar qualquer coisa. – Disse a garota que segurava o arco chamado de Apollon, o cabelo longo é de cor castanha tanto que seria normal o confundi-lo com uma cor negra, olhos da mesma cor, expressões finas e femininas notáveis nas garotas a dando um charme quase surreal, era um pouco mais magra que o normal e tinha uma pele parda.

– Renda-se agora e deixaremos você ir embora sem qualquer arranhão. – Se pronunciou a outra garota, cabelos curtos e castanhos claros, olhos da mesma cor que seus cabelos, mantinha uma postura seriam e hostil, algo que contradizia a suas expressões um tanto dóceis ao olhar de um especialista.

“Estou encurralada, essas flechas atravessaram a defesa impenetrável de Styli assim como essas lâminas que estava perfurando suas mãos” – Analisava Delta sobre sua situação, é completamente desfavorável a sua pessoa. – “Parece que o Omega também esta tendo problema com esses intrometidos, também a outros vindos, parece que viram os idiotas da U.D.D.R.”.

– Vocês me pegaram, Delta admira isso. – Disse a azulada admitindo sua inevitável derrota naquele momento. – Entretanto já terminamos nossa missão aqui.

– Qual seria essa sua missão? – Questionou a garota de cabelos castanho-negros, contudo conseguia ocultar o tom preocupado e curioso.

– Eliminar o alvo três e leva-lo conosco. – Respondeu ela com um pequeno sorriso no rosto.

Com um pequeno sorriso brincando em seus delicados lábios a garota desapareceu dali como se nunca existisse até mesmo a criatura enorme havia sumido, deixando os três ali sozinhos.

– Ela fugiu? – Perguntou Arthur sem entender do porque deste movimento inimigo.

– Não, ela vai se encontrar com o outro, vamos, não temos muito tempo, temos que ir para onde o Ero-Tikie está! – Indagou a garota de cabelos castanhos tocando o ombro de Arthur assim como o da sua amiga e dali sumiram, igual Delta.

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– Vão para o inferno! – Gritou Draig de forma furiosa enquanto descia suas chamas em direção aos Rhino presentes no meio da rua, as pessoas que trajavam os coletes negros da U.D.D.R corriam para longe daqueles golpes furiosos do Dominador de Dragões.

Haviam passado algumas horas andando pelas sombras de Sora até chegarem naquela rua em especial, a que dava para a entrada do parque da cidade, encontraram ali dúzias de veículos inimigos assim como vários jovens de sua organização que pareciam aguarda ordens de alguém como observou Allan, Draig em todo tempo sentia as essências dos três amigos e paralisou quando sentiu a de Luiz desaparecer do campo do sensor. Inori em momento algum tomou as palavras, esteve inerte em seus pensamentos, quando havia sido designada a missa de servir ao Rei pela própria Rainha da torre do relógio, todas as Turners não tinham pai ou mãe eram desprovidas de tal sentimento, mas eram bastantes amadas pela Rainha como se fossem suas próprias filhas, por esse sentimento foi que ela é mais oito pessoas, sete garotas e dois garotos foram chamados para servirem a um proposito maior do que as deles, ela ouviu tudo quando sua Rainha tinha um sorriso no rosto, como se já conhecesse aquela vida. Allan avançava com golpes rápidos e não mortais contra os inimigos, destruía os Rhinos assim como os tanques de guerra que lá estavam com apenas um poderoso soco de sua arma, diferente das dos outros não havia qualquer lâmina, suas armas eram seus punhos chamados Asura, tão fortes que poderia partir uma cidade em duas ou até levantar uma montanha debaixo da terra. Ambos já estavam atacando por um bom tempo, mas os esforços de avanço não eram satisfatórios para eles, não conseguiram ultrapassar muito, pois um grupo de inimigos começou a tomar resistência contra eles, os impedindo de prosseguir.

– Sabe o que eu acho sobre isso Allan? – Perguntou Draig encostado atrás de uma parede próxima a rua com ele estava Allan e Inori.

– O que?

– Isso esta começando a me encher o saco, não sei onde o Van esta, Yuki, Luiz e Arthur estão em apuros e eu estou aqui, impossibilitado sem usar tanta energia enquanto um tanque esta a atirar contra a gente, meu dia poderia melhorar? – Pronunciou Draig sem paciência sobre a situação que se encontrava.

– Se quiser eu posso ajudar Draig-kun. – Disse Inori entrando na conversa dos dois.

– Como? – Questionou Allan curioso sobre a ideia da garota.

– Com isso. – Respondeu ela abrindo uma pequena bolsa que carrega que só agora ambos os garotos haviam notado, a abri-o e de lá tirou uma enorme bazuca militar, os garotos estavam de queixo caído.

“Como é que é que uma coisa dessas sai de uma bolsa desse tamanho?!” – Esse era os pensamentos de Allan e Draig.

– Eu posso distrair eles enquanto vocês acumulam energia o suficiente para atacar de uma só vez, assim impossibilitando todos os inimigos. – Disse ela de forma analítica, assustando um pouco a Draig por nunca em momento algum que esteve com ela a viu desse modo.

– Certo, não devemos demorar muito, apenas tome cuidado. – Advertiu o domador de Dragões para a Turner, a mesma acenou com a cabeça, confirmando o aviso.

A garota retirou-se da cobertura correndo em direção ao meio da rua, o tanque que antes mirava perto do beco onde estavam agora tinha como alvo a garota que portava a arma, sem aviso eles abriram fogo contra ela. A movimentação naquela rua em frente à entrada do parque central de Sora era constante, assim como não havia quaisquer habitantes que pudessem correr risco de entrar no meio do fogo cruzado, as pessoas da organização de UDDR então tinham total permissão para abrir fogo com quem quer que fosse. Inori habilmente toma um velho carro agora destruído como proteção, felizmente os ataques de Draig e Allan haviam destruído em maioria as armas pesadas, deixando somente os leves como rifles e pistola, mas os tiros pareciam que não iam cessar rapidamente, a garota segura de forma firme o gatilho da bazuca esverdeada, o som dos projeteis que batiam na carcaça do veiculo destruído era constante, já havia inúmeros buracos por causa dos tiros.

– Ainda não... – Inori respirou e inspirou algumas vezes, precisaria ter uma calma mesurável para poder acertar o seu único tiro. – Procurando alvo... – A Turner passou seus olhos rapidamente a sua frente, procurando quaisquer indicio de algo que vira-se o jogo contra eles, por algum motivo os tiros cessarem, aquela era a chance de Inori para analisar suas opções.

Olhou e percebeu um tanque inativo provavelmente danificado pelas chamas de Doragon, pois era perceptível o metal derretido do lado esquerdo do veiculo, o tanque estava próximo de vários outros veículos, se eu calculo estivesse certo aquilo iria se tornar um verdadeiro estouro. O vento soprou, de forma leve e refrescante, Inori fechou os olhos por breves segundos, respirou profundamente e apontou sua arma para o tanque danificado, seus braços continuavam firmes enquanto sustentavam a bazuca de aparência pesada.

– Putch. – Disse Inori ao apertar o gatilho da bazuca.

O coice do disparo fez com que a garota fosse jogada para trás de forma leve enquanto uma espessa fumaça branca surgiu sinalizando que o míssil estava a caminho do alvo. Tudo que foi ouvido em seguida eram as explosões consecutivas e de gritos de terror e socorro dos jovens, o estrondo poderia ser nítido a quilômetros de distancia que também poderia ser vista de cima como uma grande e opaca fumaça negra que subia aos céus.

– Wow. Isso que chamo de estouro. – Comentou Allan observando os veículos em chamas. – Ei Draig, me lembre de nunca irritar essa garota. - Disse o azulado ao alaranjado em um sussurro, o domador de dragões sorriu disfarçando o comentário de seu amigo.

– Vamos ind... – A fala do um dos últimos domadores de dragões fora interrompida bruscamente por uma explosão, diferente da demais ela não foi de algum veiculo e sim de algo vindo da superfície, especificamente da entrada do parque de Sora.

A fumaça amarronzada cobriu metade de toda a extensão do local, impossibilitando quaisquer meio de contato visual daquele ponto, tanto Draig e seu grupo ficaram apreensivos assim como as pessoas da UDDR, parecia que aquilo não era obra deles. A cortina abaixou revelando cinco silhuetas, uma delas segurava algo comparado a uma espada com uma pequena curva e sua ponta, a fumaça se dissipou, mas o silêncio que há minutos atrás reinava na rua fora completamente acaba com um único grito de frustração.

– Já estou de saco cheio desse dia! – Reclamou alguém vindo do local da explosão, o alaranjado se aproximou para ver tal situação.

– Van?! – Exclamou Draig estranho a presença do amigo ali, mas ainda de sua companhia.

– Draig! Vejo que também achou algumas pessoas pelo caminho. – Comentou Van ao amigo, os integrantes da UDDR se dissiparam rapidamente, um movimento estranho para quem estava em maior numero.

– Que? Porque estão fugindo? – Perguntou Gustavo vendo o ultimo caminho militar passar por eles rapidamente. – Mal chegamos e já fugiram covardes!

– Eu não acho que seja isso. – Disse Rose apontando para a rua a sua frente, ao longe se poderiam ver três silhuetas bem distintas. – Parece que chegamos um pouco tarde. – A adiciona tomando à dianteira.

Rose correu em direção as silhuetas sendo acompanhada pelo resto do grupo no qual estava integrada. Van e Draig trocaram olhares sugestivos, ambos haviam percebido o desaparecimento da assinatura de Luiz, isso poderia se deduzido de duas formas: Ele havia sido levado para uma dimensão diferente ou estaria morto. Van parou de correr quando percebeu todos ali também já haviam parado, observou a cena intrigado e curioso. Um homem de quase dois metros de altura vestindo um colete azul escuro, barba mal feita, cabelos castanhos um tanto envelhecidos era nítido ver alguns fios brancos, segurava o braço direito de forma débil como se fosse atacado, o mais estranho era ver pequenas ondas elétricas passaram por aquela região, pousou seu olhar as outras duas figuras, uma caída obviamente era Yuki, tanto por sua assinatura quanto a reluzente Excalibur em suas mãos, mas parecia que o garoto não estava muito bem, havia uma boa quantidade de sangue ao seu redor, outra figura era uma desconhecida para o jovem de cabelos brancos.

– Tikie! – Gritou Allan para o garoto que empunhava uma enorme lamina negra, poderia até ser comparada a mortífera Rebellion de Luiz.

– Allan! Chegou em boa hora, preciso de uma mão aqui. – Respondeu o tal garoto Tikie para o azulado, o mesmo tomou o olhar para Omega.

Antes mesmo que alguém pudesse fazer quaisquer movimentos, alguém apareceu do lado de Omega, longos cabelos azulados, vestia um colete de cor vinho, luvas douradas e mantinha um sorriso gentil no rosto, algo que contradizia a sua intenção assassina completamente assustadora.

– Parece que Omega esta em má situação, mas já temos que ir, Alpha completou nossa missão. – Disse a garota de cabelos azuis longos para o grandão.

– O que aconteceu com o seu brinquedo Delta? – Perguntou Omega a garota, mas a atenção fora tomada pela chegada de três pessoas no meio do campo.

– Todo mundo esta aqui é? – Perguntou sarcasticamente o garoto Tikie enquanto passava os olhos pelas recentes visitas, duas garotas e um garoto.

– Arthur? – Disse Draig ao percebe o garoto em meio às garotas.

– No momento não é uma boa hora para explicar a situação. – Pronunciou-se uma das garotas que acabara de chegar, tinha cabelos curtos e acastanhados, portava em suas duas mãos lâminas gêmeas.

Todos ali estavam em um grande impasse, Omega e Delta mesmo estando em desvantagem tinha sua força e poder desconhecidas como surpresa, algo que Rose sabia muito bem por já os ter o visto, mas era surpreendente ver que Omega fora ferido ou até mesmo incapacitado pelos Reis. Analisando a situação de forma geral os Reis tinham uma pouca vantagem apesar de estarem em grande numero a maioria deles seriam novatos, algo que os comprometeria e resultaria em uma chacina seguida de destruição total de metade de Sora. Então do nada aparece um garoto no meio de Omega e Delta, cabelos brancos e curtos, olhos vermelhos que poderiam fazer com que pessoas menos capacitadas se matassem por causa da intenção que dela emanavam, mas o fator que chamava a atenção era o corpo que ele carregava no ombro esquerdo, Van percebeu mais cedo que os outros que aquele era o corpo de Luiz. Ambos os olhares de Van e de Alpha se encontraram, parecia que e o outro se olhavam no espelho, sua aparência física se assemelhava demais. Mas, de forma completamente impulsivo o garoto de cabelos brancos que segurava Dan vai em direção a Alpha, sua velocidade por um momento pegou todos de surpresa, levantou sua espada em um ângulo diagonal, o caçador somente ria com o movimento do garoto. Der repente uma sensação instintiva passou pela cabeça de Van, pode sentir alguém se aproximando de sua esquerda, mas se esquiva naquela velocidade era impossível, então o som de metal chocando contra outro metal fora ouvido, o garoto somente sentiu alguém o segurar pelo braço e o arrasta-lo para longe daqueles três.

– Matheus?! Vagner?! – Exclamou Draig surpreso e também assustado com a aparição daqueles dois.

Matheus no momento estava competindo a força contra o mesmo ciborgue que atacara Draig no armazém, as faíscas, resultado do contato entre as duas lâminas se acendiam com a resistência de ambos até que o Rei do Vento usou a lâmina do inimigo para se impulsionar para longe dali, se aproximando do grupo onde Vagner estava ao lado de Van.

– Realmente, tinham razão para virmos aqui, esses quatro não são inimigos quaisquer. – Analisou Matheus enquanto empunhava Kazemori de forma defensiva.

– Pelo menos chegamos em boa hora ou quase. – Disse Vagner percebendo o cadáver que Alpha carregava.

– Desculpe-me a inconveniência, filhos de Kingu. – Falou Alpha espantando tanto Matheus como Vagner, era quase impossível alguém saber quem eles eram sem ser de primeiro mundo. – Queria poder ficar e bater um papo com vocês, mas tenho que levar esse corpo para os superiores, se acalme, ele não esta morto, ainda. – A cada palavra do garoto de cabelos brancos todos ali ficavam apreensivos, se realmente o loiro não estivesse morto então ainda teriam uma chance, mas estavam em um impasse mortal. – Três semanas, daqui a três semanas vão para o colégio Uingusu que esta sendo reconstruído, assim como meu chefe disse, vocês, se quiser salvar este merdinha aqui, terão que ir. Então se preparem. – Terminou ele com um sorriso psicótico em seu rosto até desaparecer dali sem deixar vestígios.

– Droga! – Praguejou Van fincando sua lâmina no chão.

– Se acalme Van, no momento eles têm o Luiz como refém, se tentarmos algo imprudente, eles talvez o matem. – Disse Matheus guardado à lâmina em sua bainha. – Além do mais parece que temos mais integrantes a Kuroi Tenshin e também alguém que quer nos ajudar, vamos, temos que levar os feridos até a mansão para que Rin os cure.

Todos começaram a caminha para longe daquele local em silêncio, Yuki era levado por ajuda de Arthur e Allan, parecia dentre os três ele é quem estava em pior estado, as garotas seguiam em silêncio o rumo em que eram designadas, restou apenas Van no local, ou era o que ele achava.

– Vamos cara, não podemos fazer nada no momento, mas eu te aconselho a se preparar em três semanas. – Aconselhou Draig ao amigo que estava de cabeça baixa visualizando sua espada enterrada no concreto.

– Tem razão, vamos salvar aquele maldito loiro não? – Brincou ele retirando Dan do chão e seguindo o mesmo caminho que os outros.

–---------------------------------- Kingu: Kuroi Tenshin ----------------------


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Notas finais do capítulo

*: Inferno congelante de Rebellion.Comentem, digam o que acharam do capítulo. Até o próximo.