P.D.V. Jill 

O dia estava maravilhoso, os pássaros cantavam e o sol estava meio escondido atrás das nuvens. Fazia alguns meses desde a missão do Queen Zenobia, O'Brian tinha dado uma semana de férias para todos que foram envolvidos na missão e infelizmente já tinha acabado. O relógio marcava 8:00, me levantei e fui tomar banho, se não eu iria me atrasar para o meu trabalho.


[...]


Já no escritório da B.S.A.A., uma das minhas colegas, Dulce, me chamou.
- Jill, tem um senhor querendo falar com você.
- Senhor?
- Sim. E se intitulou seu namorado.
Um sorriso apareceu em meu rosto. Era Alex meu namorado. Todos são contra o meus namoro, pois ele já tinha quase 50 anos e eu apenas 29, o que não era adequado e me achavam uma aproveitadora que só queria o dinheiro dele. Andei até a sala de espera e ele estava sentado no sofá
- Alex, o que você está fazendo aqui? - Perguntei um pouco surpresa, pois era raro ele aparecer, ainda mais no meu trabalho.
- Vim te visitar. Por que? Não posso?
- Poder você pode, mas aqui é o meu local de trabalho. Não poderia ser em outro lugar?
- Desculpe, eu não sabia que você sentia vergonha de mim.
Esse velho já está enchendo a minha paciência!
- Alex, faz o seguinte, você vai à minha casa hoje à noite e nós conversamos lá.
- Hoje eu não posso.
Agora eu realmente fiquei com raiva. Sempre que eu o convidava para ir a minha casa, ele tinha uma desculpa.
- Por que você sempre tem uma desculpa para inventar quando eu lhe convido para ir a minha casa?
Ele dá um sorriso debochado e responde:
- Meu amor, assim como você, eu tenho um trabalho e fico muito ocupado. Se eu não vou, não é porque eu não quero, e sim porque não tenho tempo. Procure entender.
Ele se aproxima para me abraçar, mas eu o afasto.
- Por favor, vá embora. Tenho muito trabalho a fazer.
Vou embora e o deixo gritando o meu nome. Encontro-me com Dulce e falo:
- Dulce, se esse homem aparecer, por favor, diga para ele ir embora.
- Mas...
- Sem "mas" Dulce! Faz o que eu peço, por favor?
Ela acena com a cabeça e eu caminho de volta para o escritório, tentando esquecer Alex.


[...]


- Está atrasada mocinha! - Chris me surpreende enquanto eu andava pelo corredor.
- Desculpa, é que Alex me procurou de novo.
- O que aquele velho queria com você?
- Chris! Mas respeito por favor!
- Está bem, o que o “vovô” queria dessa vez? - Ele debocha”.
Confesso que não resistir e acabei rindo, era incrível como Chris me fazia rir.
- Eu não sei ao certo porque ele veio me ver.
- Talvez ficou com saudades. - Ele zomba.
- Sei lá. Eu o convidei para me visitar hoje à noite, mas disse que tinha muito trabalho para fazer.
Chris ficou meio pensativo e deu sua opinião:
- Já pensou se ele estiver te traindo?
Nunca pensei nessa hipótese, mas fazia sentido. Ele poderia muito bem estar me traindo ou traindo outra pessoa.
- Será?
- Se tiver alguma dúvida, me ligue e nós vamos tirar a prova dos nove.


[...]


~ Em casa ~

Depois de um pesado dia de trabalho, voltei para meu apartamento e fiquei analisando os fatos envolvidos com Alex. Várias vezes eu pegava ele falando ao telefone com uma mulher chamada Kelly ou então mensagens de amor para um número confidencial. Quando eu perguntava o que era aquilo, ele dizia que a tal Kelly era uma amiga do trabalho e as mensagens eram de um canal pago para mandar mensagens. Como eu fui burra em acreditar nessas mentiras.
Resolvi ligar para Chris, porque não agüentava ser enganada por alguém.
- Chris?
- Oi Jill! O que foi? Aconteceu alguma coisa?
- Não, eu quero que você me ajude a descobrir o que Alex esconde.
- Ok, quando?
- Amanhã à noite.
- Tudo bem, tenha uma boa noite.
- Igualmente!
Desliguei o telefone, me deitei na cama e resolvi dormi, pois amanhã seria um longo dia...