Estava saindo de casa quando me deparo na entrada da mesma com um Natsu sorridente e um Happy de asas abertas, flutuante. Ao ver-me gritou:

– Lucy!

– Ah! Oi Happy e Natsu – sorri e os observei, pela primeira vez eles não haviam invadido minha casa. Natsu parecia distante concentrado em algo que eu não sabia do que se tratava. Só o via dessa forma quando estava realmente concentrado em algo importante. – Então... O que fazem aqui?

Natsu me encarou e ameaçou dizer algo, suspirou e continuou em silêncio. Ele aparentava estar nervoso.

– Alguma coisa aconteceu? Algo com a guilda?

Estava ficando preocupada, nunca o tinha visto daquela forma. Esperei uma resposta sua, mas, quem realmente me respondeu foi Happy.

– Não, está tudo bem com a guilda. É só que o Natsu... Bom até mais. – E saiu voando tão rápido que nada eu pude fazer.

Estávamos eu e Natsu parados em frente a minha casa sem nada dizer.

– Lucy... - Ele finalmente disse. O encarei apreensiva – P-posso entrar?

Estranho, ele nunca pedia para entrar, sempre invadia e não se preocupava em como eu poderia estar vestida ou não. Nunca se importava, apenas invadia.

– Pode, mas eu estava indo para a guilda e...

– Por favor. Depois que falar com você a deixarei ir.

Ele estava suplicante, não pude negá-lo então entramos.

– Eu estou com fome. – Ele disse, já era de se esperar, afinal de contas é o Natsu.

– Ah! Típico não é Natsu? – Ele sorriu, mas, mesmo sorrindo parecia tenso. – Vou pegar algo para comermos.

Havia exatamente o suficiente para nós dois. Eu estava de saída justamente para comprar comida.

– Aqui Natsu. Espero que seja o suficiente.

Ele ficou feliz ao ver a comida, levantou e tropeçou em uma almofada que havia no chão, derrubando a mim e a comida que antes em minhas mãos estavam, ótimo. Só depois percebi que Natsu estava sobre mim. Seus braços apoiados próximos ao meu pescoço e suas pernas em torno da minha cintura. Corei, não era uma posição muito confortável.

– E-então – ele engoliu em seco – o que eu queria lhe falar. – disse e aproximou seu rosto ao meu. Estava tão perto, tão perto que eu poderia beijá-lo. – É que eu gosto de você Lucy, muito mais que uma amiga, muito mais que uma companheira de aventuras. Eu te amo.

Foi demais ouvi-lo dizer que me amava. Como ele podia dizer uma coisa como essa tão de repente?

Então entendi porque ele estava tão tenso. Havia realmente algo importante para ele fazer. Em reposta apenas o beijei, um beijo calmo, mas que dizia tudo o que eu sentia por ele. Tudo o que há muito tempo eu vinha escondendo de mim mesma. Eu também o amava e o queria, mas nunca soube como dizê-lo isso.

Paramos de nos beijar, ofegantes, seu corpo colado ao meu encaixado em perfeita sintonia, eu o queria. Era tudo em que eu podia pensar.

– Natsu... – Sussurrei em seu ouvido, ele pareceu me entender e tirou a camisa, não sabia o que estava fazendo. O deixei tirar minha blusa também. Nossos lábios se encontraram mais uma vez, nada de sentimentalismo, apenas desejo. Desejo de ter um ao outro, sentia que podíamos começar um incêndio.