A Promessa Do Yin Yang ( EM HIATUS ) escrita por Thalia Tsukiyomi


Capítulo 6
Capítulo 06 - "Vitamina"


Notas iniciais do capítulo

O Capítulo ta pequeno, mas espero que gostem. Tentarei fazer o próximo o mais rápido possível.
Talvez até tenha uma pequena quebra de tempo, não sei muito bem.



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— Você compreende? – Perguntou o rapaz de olhos safiras.

— Por que você continua falando isso? – a menina de cabelos rosados fez uma expressão ainda não vista por ele.

— Sinto muito Amu, porém essa será a sua última visita a Terra. – Ele suspira. – Não poderemos mais nos ver.

O jovem demônio havia tomado a sua difícil e dolorosa decisão.  Sua irmã e o seu melhor amigo estavam certos. Não iria fazê-la torna-se um pássaro preso em uma gaiola, iria querer que ela reencarnasse. E se ambos continuassem com essa “brincadeirinha” de se encontrarem, ela não iria poder renascer.
Ele estava fazendo com que ela entendesse de todas as formas possíveis. Porém, a reação dela fora completamente fora do comum.

— Não? Você diz que não poderemos nos ver?! – Exclamou ela, com a face expressiva. Parecia chateada. Não, ela estava irritada.

— Não. – Confirmou sua decisão balançando de leve a sua cabeça.

— Essa é a única palavra que você conhece? Não! – A menina se levanta, o encarando nos olhos. O rapaz que estava sentado de frente para a mesma, a olhava com a cabeça levantada, e um tanto surpreso.

— Não!

— É! Viu! É sim. – ela esboça um sorriso por estar certa. – Você novamente falou “não”!

—Não.  Não é! – Disse ele agora se levantando. – Quero dizer, não. Não!

— Não! Não! – Enquanto ela dava passos para frente, ele recuava. A anja mexia os braços, mostrando o quanto estava irritada com aquela situação. – E de novo e de novo!  Toda vez! – Ela se afasta do moreno, com os olhos serrados. – A única palavra que sai da sua boca é “não”.  Isso me deixa tão... Às vezes você me deixa tão... – Ela aponta um dedo acusador para ele, enquanto procurava a palavra certa. – Às vezes me deixa tão...!

— Eu te deixo como? – Perguntou ele calmo, se aproximando dela.

— Tão... Me deixa tão! Tão...! – Ela mexe os olhos como se procurasse algo. Abre a boca e a fecha. Até que. – Zangada! Hehe’ – Ela abre um largo sorriso.  Seus olhos brilham de tão animada que ficou.  – Estou zangada!

— Você está bem? – Ikuto arqueia uma de suas sobrancelhas.

— Estou zangada. – Ela murmura pra si. Então ela novamente serra seus olhos, tomando sua expressão de irritada. – Estou zangada!  - Ela dá uma tapinha no peito do garoto a sua frente. E novamente sorrio com a sua atitude.

— Você está bem? – Perguntou ele novamente confuso.

— Eu... Estou muito bem. – Falou aliviada. A garota de olhos mel sorriu novamente.

— Tem certeza?

— Eu...  – Ela se aproxima dele, pousando uma de suas mãos em seu peitoral. Ikuto continuava quieto, prestando atenção em cada novo movimento de Amu.  – Eu estou bem. Me sinto ótima.

Eles se encaravam, olho no olho, estavam tão próximos. Podiam sentir o cheiro embriagado de ambos  se misturando.

— Que bom. – Disse ele, se afastando dela, dando as costas. – Boa noite.

Amu ficou ali, parada o encarando ir para seu quarto. Pôs uma de suas mãos sob seu peito, sentindo algo bom, quente e confortável, porém não sabia muito bem o que era.

Ikuto assim que chegou ao seu quarto, trocava sua roupa por uma mais confortável. Um sorriso de lado foi permitido, fora a primeira vez que a vira irritada com algo. Ele lembra quando criança ele fazia de tudo para irritá-la só para ver sua expressão de raiva, porém nunca aconteceu. Ela sempre foi calma.

A cena que aconteceu minutos atrás foi um tanto engraçado e confuso, porém, desconfortável por se tratar de uma despedida.

E o que foi aquela aproximação repentina dela? Aquele seu cheiro doce embriagador. Ainda estava com fome, àqueles quilos de carne cru de animal ainda com sangue em sua geladeira era apenas petisco. Apenas uma distração para sua fome de leão.

Lambeu os seus lábios, ainda sentindo o gosto do sangue puro daquele ser angelical. Seus olhos antes safiras estavam vermelho escarlate, deixando evidente o seu desejo que pulsava dentro de si no qual ele fazia um enorme esforço para controlá-lo.

                           [...]

— Mas o que...

— Bom dia! – Cumprimentou a menina sorridente.

A rosada decidiu que iria fazer  todos os dias o café da manhã como agradecimento por estar na casa do rapaz moreno e como comemoração por ter mais um dia com ele. Sabia que o jovem Tsukiyomi não comia comida humana, pelo simples fato de não sentir o gosto delas – a não ser quando é carne crua ainda com sangue escorrendo por ela -. Ela gostaria de ter a presença dele durante o café. Porém, o demônio se surpreendeu ao ver a mesa da cozinha cheia de comida.

— Esse cheiro. – Disse ele se aproximando. – Você se cortou novamente?

— Ahn... – Corou levemente, pondo seus braços enfaixados para trás, para que o dono de olhos safiras não visse seu ferimento no qual foi proposital. – Bom, como você não come as mesmas coisas que eu, eu separei algo para você.

O rapaz arqueou uma de suas sobrancelhas enquanto sentava à mesa. A menina de vestido simples e floral, após retirar um copo médio com uma tampa e um canudo embutido na mesma, pôs a frente dele.

— O que é isso?

— Etto... Um tipo de vitamina. – Ela senta de frente para ele, pegando um pão com geleia. – Espero que goste.

Ele nada mais disse, simplesmente pegou o copo de cor azul que ainda estava gelado, e pôs o canudo a boca, sugando o liquido grosso, no qual ia subindo divagar, mostrando o seu tom vermelho vivo.  Seus olhos agora escarlates arreganharam ao reconhecer o gosto.

— O que você fez?! – Perguntou ele elevando o tom da sua voz batendo o copo na mesa enquanto se levantava, assustando-a.

— E-Eu... Bem... – Ela abaixou a cabeça e os braços tento esconde-los por debaixo da mesa.

— Amu o que deu em você! – Ele se aproxima dela.

—  Eu só queria agradar você... – Respondeu quase em um sussurro, mas o suficiente para ele ouvi-la.  – Eu... Eu apenas misturei um pouco do meu sangue com o que tinha na geladeira....

— Deixe-me ver. – Ele estendeu sua mão, dando um longo suspiro.  O anjo pousa a sua mão esquerda sob a dele, revelando um pulso mal enfaixado com manchas de sangue. – Com certeza você não seria um bom anjo da guarda.

A menina de cabelos rosados sorriu fraco, não sentia-se magoada com as palavras do mais velho, sabia que ele estava certo. O rapaz verificou o corte no pulso, viu que não era tão profundo, porém, era o suficiente para escorrer muito sangue.

Controlando sua respiração e sua grande vontade de beber o liquido da fonte, ele fez pequenos pontos e um curativo, enfaixando novamente a pele alva e macia da garota que não reclamou nenhum momento da dor, apenas fazendo caretas engraçadas.

— Não precisa fazer isso. – Falou Por fim, guardando a maleta de primeiro socorros que sempre teve por conta do anjo desajeitado. – o que tem no copo, posso tomar um pequeno gole, todos os dias, assim não sentirei tanta fome.  E você não vai precisar ficar fazendo isso cm você mesma...

— Mas você não têm se alimentado direito, certo? – Tentou protestar. Sabia que ele ainda estava com fome e estava se controlando ao maximo para não beber a tal “Vitamina” toda, que agora estava novamente na geladeira.

— Eu posso me alimentar de outras coisas. – Deu de ombros.

— De carne? Carne é apenas petisco pra você, e não te satisfaz em nada! – Ela levanta da cama. – Além de te deixar fraco a cada vez que você consome... – Ela abaixa a cabeça. – Meu sangue é a vitamina que seu corpo precisa, você sabe disto! Então por que....

— Amu, obrigado.

Ele a abraçou. Sabia que a menina tão inocente estava certa de tudo sobre a sua alimentação. Porém, o que ela é capaz de fazer por ele o deixava preocupado. E não queria que ela se aalto mutilasse só para vê-lo bem. Isso o machucava de certa forma.

— Ikuto...


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Notas finais do capítulo

Se o formato do capítulo estiver feio, depois eu arrumo. No momento estou usando o cel para escrever e publicar...